Organização de Empresas dução, foi um dos primeiros a ressaltar a ne-
Principais Teorias Administrativas cessidade de racionalizar o trabalho industrial para aumentar a eficiência nas fábricas.
Escolas de Administração Taylor, o "Pai da Administração Científica",
focava sempre a eficiência e eficácia opera- Na Revolução Industrial, fábricas es- cional na gestão de negócios industriais. Severo truturadas por processos mecânicos au- nos controles, com uma visão mecanicista, Tay- mentaram, consideravelmente, o volume de lor melhorou sensivelmente o desempenho das operações desde o processo de aquisição empresas nas quais aplicou suas metodologias. de matérias-primas, até os processos pro- dutivos e de expedição de mercadorias ven- Em contrapartida, também acentuou os didas. conflitos com os sindicatos pela ocorrência de Uma nova maneira de "cuidar" do negó- demissões e insatisfações gerados pelo novo cio se fazia necessário. A força de trabalho cenário de relações entre empresa e emprega- passou a ganhar maior relevância em função dos. Seu livro Os Princípios da Administração dos altos índices de desemprego e das pres- Científica, de 1911, confirma a necessidade de sões dos trabalhadores, da igreja, do governo, executar o trabalho administrativo em bases enfim, da sociedade como um todo. científicas e objetivas. De seus estudos, uma Muitos pensadores, donos de indústrias produção extensa de diretrizes para a boa ges- e intelectuais da época debateram propostas tão de empresas foram evidenciadas. para solução de alguns problemas peculiares De uma forma sintética, cinco são seus das empresas daquele período de desenvolvi- fundamentos: mento econômico. Mas, apenas no séc. XIX, 1. Princípios científicos em substitui- e início do século XX, houve aprofundamento ção ao empirismo - prática administrativa e sistematização dos estudos relativos à Ad- científica baseada em princípios e não no pro- ministração. Conheçamos os principais estu- cesso de tentativa sob risco. Isto significa que diosos sobre teoria da Administração: todas as tarefas precisam de um estudo preli- minar para que seja determinada uma meto- Administração Científica de Taylor dologia própria, visando sempre ao seu máximo desenvolvimento. Frederick Winslow Taylor (1856- 1915), nasceu nos Estados Unidos, foi técnico em mecânica e operário, diplomou-se enge- nheiro chegando a ocupar altos postos admi- nistrativos em empresas norte-americanas. Empirismo: crença de que o conhecimento provém unicamente da experiência, limitando-se ao que pode ser captado do mundo externo (pelos senti- dos) ou do mundo subjetivo (pela introspecção) sendo descartadas as verdades reveladas pelo racionalismo.
2. Divisão do trabalho - regras básicas
para a divisão de tarefas, em diferentes etapas das diversas atividades. Adota a supervisão funcional a qual acompanha todas as fases de um trabalho para verificar se as operações Organização de Empresas - Aula 2 3 Instituto Universal Brasileiro são desenvolvidas conforme instruções pro- têm poucas chances de conseguir um outro em- gramadas. prego porque só sabem executar uma tarefa. 3. Divisão de autoridade e respon-sa- . O que importa é a eficiência adminis- bilidade - tarefas de planejamento e direção trativa. devem ser separadas daquelas referentes à . Considera apenas a fadiga muscular e execução do trabalho. fisiológica, desprezando os fatores psicológicos. 4. Treinamento e seleção do trabalhador - . Vê as empresas como um sistema fe- torna relevante a qualificação do trabalhador chado, não considerando o ambiente, sua li- mediante a seleção e aperfeiçoamento técnico. gação com fornecedores, concorrentes etc. Instruções sistemáticas e adequadas aos tra- Apesar das críticas, seguramente pode- balhadores permitem desenvolvimento de pes- mos afirmar que a formação dos parques in- soal e melhores resultados, ou seja, maior dustriais, da maioria dos países ocidentais, produção com melhor qualidade. fundamentou-se na aplicação dos princípios 5. Coordenação entre as atividades - a de Taylor. atuação dos trabalhadores deve ser articulada com a dos supervisores e administradores. Teoria Clássica da Administração Baseados nestes fundamentos, muitos outros princípios e, consequentemente, práti- Jules Henri Fayol (1841-1925), nascido cas operacionais passaram a ser utilizados: em Istambul, na Turquia, sua nacionalidade a) Estudo de tempo e padrões de produção. era francesa. Engenheiro de minas, fundador b) Supervisão funcional. da Teoria Clássica da Administração, criou o c) Padronização de ferramentas e instru- Centro de Estudos Administrativos, no qual re- mentos. unia pessoas interessadas na administração d) Planejamento das tarefas e cargos. de negócios comerciais, industriais e gover- e) Princípio da exceção: concentração namentais, contribuindo para a difusão das apenas nos desvios dos processos. doutrinas administrativas. f) Fichas de instrução de serviços. g)Associação de tarefa a prêmios de pro- dução pela sua execução eficiente. h) Classificação dos produtos e de mate- rial utilizado na manufatura. i) Delineamento da rotina de trabalho.
A Administração científica instituiu também
o Sistema de Mérito, que consistia em: . Demissão dos incapazes. . Maior salário para quem produzisse mais. Se Taylor centrou-se no aspecto opera- . Promoção para os que apresentassem cional das indústrias, fixando-se na linha de melhor desempenho. produção, o francês foi mais amplo em sua abordagem. Construiu uma teoria mais global Críticas à Escola de Taylor da ação administrativa a partir de uma visão . Trabalho operário com instruções mi- geral da empresa, ou seja, ênfase na estrutura nuciosas tende a transformar o colaborador e no funcionamento dos setores para melhor em mero autômato, um "homem robotizado", arranjo dos diferentes órgãos da empresa e desconsiderando o elemento humano. das relações existentes entre eles. Sua preo- . Procura sempre o desempenho má- cupação era analisar a empresa de cima para ximo, não o bom. baixo, ao contrário das ideias adotadas por Tay- . Os operários, ao deixarem a empresa, lor e Ford. Mas, inegavelmente, como Taylor, Organização de Empresas - Aula 2 4 Instituto Universal Brasileiro buscava eficiência nas organizações por meio 1. divisão de trabalho - dividir o trabalho da utilização de método científico. em operações mais simples pela especialização. Ao assumir, aos 47 anos, a direção geral Considerar o tempo e o espaço utilizado. da mineradora de carvão francesa Commen- 2. autoridade e responsabilidade - poder try-Fourchambault-Decazeville, restabeleceu a de dar ordens e de se fazer obedecer. Quanto à saúde econômico-financeira da empresa. Sua responsabilidade, além de realizar a tarefa, cen- teoria apresenta também princípios, sistemas tra-se na obrigação de prestar contas. de regras e normas administrativas. Por esse 3. disciplina - mediante regras de subor- motivo, alguns também chamam sua teoria de dinação aos superiores. Normativista. 4. unidade de comando - para cada ação só se deve receber ordens de um único Ao editar em 1916, o livro Administração In- chefe/gerente. Desta forma, um certo número dustrial e Geral, demonstrou que as organizações op- de subordinados recebe e acata ordens de um eram envolvidas em um conjunto de seis funções único superior. básicas: 5. unidade de direção - um só obje- 1.Técnica - Atividade produtiva da empresa é tivo/programa de ação (concentração dos es- a função básica operacional. forços). Um certo número de atividades 2. Comercial - Tarefas de entrada de insumos supervisionado por um único superior. - compra de mercadorias - para processamento e op- 6. subordinação do interesse individual eração da empresa e tarefas de saída de produtos ou ao coletivo - prevalência dos interesses gerais serviços - venda dos bens e serviços. Saber comprar da organização aos interesses individuais. e vender é tão importante quanto fabricar bem. 7. remuneração - salários justos do 3. Financeira - Captação e gestão de recur- ponto de vista da empresa e do trabalhador. sos financeiros, administração do fluxo de caixa, 8. centralização - concentração da maior créditos, aplicações, pagamentos e recebimentos em soma de direção possível nas mãos de um geral. único controle. Centralizar é aumentar a im- 4. Contábil - Classificar e registrar ocorrências portância da carga de trabalho do chefe e des- econômicas ou financeiras da empresa. Apurar bens, centralizar é distribuir, de forma mais direitos e obrigações, lucros ou prejuízos. homogênea, as atribuições e tarefas. 5. Segurança - Controles, através de normas, 9. cadeias hierárquicas - cadeia de co- materiais e demais dispositivos legais visando à pro- mando (cadeia escalar) associada à comuni- teção humana (salubridade do ambiente de traba-lho, cação horizontal (embrião do mecanismo de condições de iluminação, temperatura e cuidados coordenação), definindo uma rigorosa estru- contra acidentes) e a proteção material (segurança tura de autoridade e responsabilidade. de equipamentos, instalações e construções). 10. ordem - cada coisa/pessoa no seu 6. Administrativa - Organizar, planejar, tomar lugar estabelecido previamente (racionaliza- decisões e controlar as tarefas e operações diversas ção do trabalho), ou seja, perfeita ordenação da empresa. Refere-se ao trabalho de gerência, di- humana e material. reção e controle das atividades para que a empresa 11. equidade - garantindo a conciliação possa atingir seus objetivos. É esta função, para mais justa entre os interesses empresariais e muitos, a mais importante, pois dela depende a trabalhistas. obtenção de resultados positivos na execução de 12. estabilidade do pessoal - diminuir a todas as outras funções. rotatividade de mão de obra que julga mais efi- ciência na sua permanência trazendo segu- Estas seis funções formam os pilares rança no emprego. As organizações devem para a aplicação de quatorze princípios admi- reter seus funcionários, evitando o prejuízo/ cus- nistrativos, os quais devem se adequar à rea- tos decorrente de novos processos de sele- lidade de cada empresa: ção, treinamento e adaptação. Organização de Empresas - Aula 2 5 Instituto Universal Brasileiro 13. iniciativa - estímulo à solução dos problemas que se apresentam, abrangendo o dinamismo desde o principal executivo até os mais baixos níveis de autoridade. 14. cooperação - estimulando o espírito de equipe e a conjugação dos esforços para a meta final e destinos interligados.
Isso dá forma à pirâmide hierárquica, e nos
leva à compreensão de que as habilidades técnicas passam a ser, cada vez mais, adminis- Para se ter uma ideia da abrangência trativas. Taylor e Fayol se complementam nas in- de seus estudos, Fayol também conside- vestigações sobre administração de negócios. rava um conjunto de seis qualidades pes- .A organização é um simples mecanismo. Críticas à Escola de Fayol: soais para melhor performance dos .Racionalismo extremado. .Empresas vistas como sistemas fechados. funcionários:
.Pouco trabalho experimental.
1. Físicas: saúde, destreza e vigor.
.O homem é visto como mais um ele-
2. Intelectuais: aptidão para compreen- der e aprender (discernimento, força e agili-
.Fayol vê o homem influenciado por dinheiro.
dade intelectual). mento da máquina. 3. Morais: energia, firmeza, coragem de aceitar responsabilidades, iniciativa, decisão, tato e dignidade. Henry Ford e a Administração 4. Cultura Geral: conhecimentos variados. Henry Ford (1863-1947), norte-americano, 5. Conhecimentos especiais: relativos utilizou os princípios de padronização e simplifi- à função. cação de Taylor e desenvolveu outras técnicas 6. Experiência: conhecimento prático. avançadas para a época. Iniciou sua carreira como mecânico e, após trabalhar para várias oficinas, conseguiu construir um automóvel, Para Fayol, "A capacidade técnica do- montando-o peça por peça. mina a base da escala hierárquica enquanto a capacidade administrativa domina o topo e, à medida que alguém se eleva na escala hierárquica, a importância relativa da ca- pacidade administrativa aumenta enquanto a da capacidade técnica diminui".
Organização de Empresas - Aula 2 6 Instituto Universal Brasileiro
Com o passar do tempo, tornou suas fá- ção, aumentando o rendimento, segundo Ford, bricas verdadeiros modelos de verticalização. era plenamente possível, tornando seu em- Inovador, extremamente ousado para a época, preendimento produtivo dentro de princípios defendia a ideia de que uma empresa deveria, éticos e politicamente corretos. na medida do possível, contemplar todos os Aperfeiçoou, sensivelmente, processos de estágios do processo produtivo, chegando, in- linha de montagem. A produção em série, me- clusive, a dominar as fontes de matéria-prima lhorada por Ford, considerava o ritmo de tra- que, no seu caso específico eram a borracha, balho em cadeia e poupava tempo e custos. o ferro e o carvão. Assim possuía desde a fábrica de vidro, plantação de seringueiras, até a siderúrgica. Seu modelo de produção em massa - o For- dismo - revolucionou a indústria automobilís- tica na primeira metade do século XX. Segundo historiadores, sua obsessão era tor- nar o automóvel tão barato que todos pode- riam comprá-lo.
Montava seus veículos em esteiras rolantes que
se movimentavam enquanto o operário ficava praticamente parado, realizando uma pequena etapa da produção, dispensando-se uma maior qualificação dos trabalhadores.
Ford relatou, em seus livros Minha
Filosofia de Indústria, e Minha Vida e Minha Obra, suas ideias sobre Administração, ocu- pando-se do sistema de produção empresarial com ênfase na eficiência produtiva e a conse- quente diminuição do custo unitário dos pro- A montagem de um carro no início do sé- dutos, ao contrário de Fayol, que centra sua culo XX análise no aspecto administrativo da empresa. Em 1908, ano de lançamento do modelo T da Ford, a montagem de um automóvel de- morava doze horas e vinte minutos. Na década Três princípios são os pilares de sua de 20, bastava uma hora e vinte minutos. O orientação para a produção: modelo vendeu 15 milhões de unidades. O método de produção fordista exigia vultosos in- 1. Princípio de Intensificação vestimentos e grandes instalações, mas per- mitiu que Ford produzisse mais de 2 milhões Diminuir o tempo de produção com o em- de carros por ano durante a década de 1920. prego imediato dos equipamentos e da maté- Para conseguir isso, Henry Ford agiu, ria-prima e rápida colocação do produto no planejou, trabalhou e acabou por fazer uma mercado. Objetivo: rápido retorno do capital in- decomposição da montagem do Ford T che- vestido, buscando-se eliminar a capacidade gando a 7.882 operações. Decompor o trabalho ociosa, tanto de trabalhadores quanto de equi- em gestos elementares, racionalizar a produ- pamentos. Organização de Empresas - Aula 2 7 Instituto Universal Brasileiro 2. Princípio de Economicidade
Reduzir volume do estoque da matéria-
prima em transformação ao mínimo. Objetivo: velocidade de produção, criar condições para que o trator ou automóvel fossem pagos à sua Taylor, Fayol e Ford, com algumas empresa antes de vencido o prazo de paga- diferenças de enfoque, são os pioneiros das mento da matéria-prima adquirida bem como teorias da Administração. Portanto, apesar do pagamento de salários. É explicado este dos eventuais conflitos e falhas em suas princípio pela célebre frase presente em um de propostas, são os principais estudiosos, nos seus livros: O minério sai da mina no sábado e quais se fundamentam os estudos da gestão é entregue sob a forma de um carro, ao con- de organizações. sumidor, na terça-feira, à tarde. Escola de Relações Humanas 3. Princípio de Produtividade Surgiram algumas frentes de oposição a Taylor como uma tentativa de humanizar o tra- Especializar o homem e a linha de mon- balho dando forma a novas teorias, as quais tagem. Objetivo: aumentar a capacidade pro- destacavam a importância do aspecto humano dutiva do trabalho. O resultado é mais acima dos aspectos mais mecanicistas do pro- produção ao empresário e a possibilidade do cesso (máquinas, equipamentos e métodos de operário ganhar mais. trabalho).
Análise Crítica à Escola de Ford Georges Elton Mayo (1880-1949),
sociólogo australiano, formou-se em medi- A rigidez deste modelo de gestão indus- cina na Universidade de Adelaide. Foi um trial, com o passar do tempo, perdeu sua força. dos principais expoentes do método da so- A frase de Ford, que dizia que poderiam ser ciologia industrial norte-americana. produzidos automóveis de qualquer cor, desde que fossem pretos, tinha um motivo: a tinta preta secava melhor, e os carros poderiam ser montados rapidamente. Mas esquecia-se de observar a tendência de, cada vez mais, ser necessário ouvir o consumidor, observar seus gostos e preferências. Na América, seu principal concorrente, a General Motors, flexibiliza sua produção e seu modelo de gestão. Lança diversos mo- delos de veículos, várias cores e adota um sistema de gestão profissionalizado. Com isto, a GM ultrapassa a Ford como a maior montadora do mundo. Nos anos 70, após os Em 1927, o Conselho Nacional de Pes- choques do petróleo e a entrada de compe- quisas dos Estados Unidos iniciou uma ex- tidores japoneses no mercado automobilís- periência na fábrica da Western Eletric tico, o Fordismo e a produção em massa Company, situada em Chicago, bairro de entram em crise e começam, gradativa- Hawthorne, cuja finalidade era a de deter- mente, a serem substituídos pela produção minar a relação entre a intensidade da ilumi- enxuta, modelo de produção baseado no nação e a eficiência dos operários medida Sistema Toyota de Produção. através da produção. Organização de Empresas - Aula 2 8 Instituto Universal Brasileiro Foi contratada uma equipe de Harvard, . Em vez de intervalos de manhã e de liderada por Elton Mayo e Fritz Roethlisberger tarde, apenas um no meio do dia: queda da para conduzir os experimentos em um grande produção. departamento onde moças montavam relês de Nota-se que o ambiente de trabalho, telefone. A tese era que, aumentando a lumi- tanto como o bem-estar dos trabalhadores nosidade, a produtividade também aumenta- ajuda a elevar a produção de uma empresa e ria. Depois, diminuía-se a iluminação e não apenas o sistema exato de como agir, pro- comparavam-se os resultados. duzir etc. Essa experiência teve fases distintas, com observações, separação de grupos e entrevistas. As conclusões obtidas criaram uma nova teoria de administração: as relações humanas. 1ª Fase: Esta afirmava que o desempenho dos traba- A experiência obteve bons resultados, lhadores não dependia apenas de um correto pois, quanto mais lâmpadas eram acrescenta- método de trabalho para a execução das tare- das ao ambiente de trabalho, mais relês eram fas, mas também - e principalmente - da montados. Os especialistas estavam prontos motivação deles para realizar tais atividades. para concluir o relatório quando resolveram fazer a contra-prova, reduzindo a intensidade de Ficou clara a relevância do fator social e luz para observar a queda na produtividade. expectativas individuais para o sucesso da em- Os resultados foram surpreendentes, pois presa. Percebeu-se que o nível de produção de- a produção continuou aumentando, mesmo pende da integração social dos indivíduos. Os quando eram retiradas lâmpadas do ambiente. trabalhadores possuem um comportamento so- A conclusão (que ficou conhecida como expe- cial; suas reações não são isoladas, seu com- riência de Hawthorne) é que a produtividade sobe portamento dependerá do grupo. quando há a percepção dos trabalhadores e a di- No procedimento gerencial autoritário, reção da empresa dá atenção a eles. Com isso, as pessoas são conduzidas a produzirem de Mayo e Roethlisberger mudaram o objeto de suas forma mecânica, sem terem oportunidade para pesquisas. pensar; já no de liderança, as pessoas são conduzidas a produzirem de forma envolvente, 2ª Fase: participativa e criativa. Foram testadas, então, várias mudanças, cada qual com um resultado: Mary Parker Follett (1868-1933), au- . Pequenos intervalos de manhã e de tora norte-americana, tratou de diversos tarde: aumento da produtividade. temas relativos à administração. "Profetisa . Sábado livre: continuou aumentando do gerenciamento", suas ideias, muito re- a produção. volucionárias para sua época, até os dias at- . Refeições durante os intervalos: au- uais, em alguns casos, desafiam gestores de mentou mais ainda. negócios. . Deixando amigas trabalharem juntas: aumentou a satisfação no trabalho. . Horário de saída que era 17:30 para 18:00: aumento da produção. . Líderes simbólicos (alguma operária): au- mento da vontade do trabalho e produção. . Horário de saída para 18:30: queda da produção. . Horário de saída para 19:00: maior queda da produção. Organização de Empresas - Aula 2 9 Instituto Universal Brasileiro Follett propôs que o ser humano somente afeto, aprovação, prestígio e autorrealização. se desenvolve quando carregado de respon- Vários outros cientistas sociais, como Kurt sabilidade. Ela deu mais importância às rela- Lewin (estudos sobre dinâmica de grupos e ções individuais dos trabalhadores e analisou tipos de liderança) e Chester Barnard (funções seus padrões de comportamento. do executivo) também se destacaram na aná- Para Mayo, se uma empresa realmente lise do papel do homem enquanto colaboraram quer aumentar o desempenho de seus traba- nos processos produtivos. lhadores, deve praticar: A Escola Humanística enfatizava a auto- . interesse pelo empregado e não so- nomia do empregado com maior delegação de mente por máquinas e produtividade. Se os em- autoridade e maior preocupação quanto ao pregados fossem consultados sobre possíveis conteúdo e à natureza do cargo e, por-tanto, modificações nos processos de trabalho, pode- maior liberdade e atenção à organização in- riam se sentir importantes no contexto do negó- formal. cio e, assim, produziriam mais. . novo estilo de supervisão, não de forma impositiva, mas com maior participação dos trabalhadores. . fortalecimento das relações com o grupo de trabalho, em vez de tratar o indiví- duo isoladamente.
A Escola das Relações Humanas dentro
de uma dinâmica normal da evolução social sofreu influências de novas maneiras de ver a relação entre trabalho e capital. Desta forma, mais alguns pensadores e pesquisadores am- pliaram as concepções sobre modelos de ges- tão de empresas. Vejamos algumas destas derivações:
As conclusões das experiências de Hawt- Teoria Comportamental ou Behavio-
horne destacaram a necessidade de a adminis- rista (Teoria Motivacional) tração estudar e compreender as relações entre as pessoas, enfatizando o trabalho em equipe, o autogoverno e a cooperação entre todos. Isso Surgiu no final da década de 1940, do sé- determinou a continuação dos estudos de admi- culo passado, nos EUA, mantendo as pessoas nistração nas décadas seguintes, chegando até - colaboradores - como foco principal. Funda- os dias de hoje. mentada em experimentos sobre critérios de aprendizagem, reações, estímulos e respostas, De forma sintética, temos as seguintes fez uma análise mais concreta dos padrões informações sobre as pessoas em ambiente comportamentais do indivíduo. Alegava que de trabalho: esse comportamento reflete no das organiza- . O comportamento humano é complexo. ções. Destas análises, surgiu a Teoria Moti- . O homem é condicionado pelo ambiente. vacional de Abraham H. Maslow, baseada nas . O homem tem necessidade de segurança, necessidades humanas. Organização de Empresas - Aula 2 10 Instituto Universal Brasileiro Conclui-se que as necessidades FATORES MOTIVACIONAIS FATORES HIGIÊNICOS podem ser classificadas em uma espécie de (Satisfatórios) (Insatisfatórios) pirâmide em que cada estágio se sobrepõe ao anterior, sendo alcançado somente Conteúdo do Cargo Contexto do Cargo (como o indivíduo se sente a re- (como o indivíduo se sente a respeito quando o indivíduo consegue subir o degrau speito do seu cargo) de sua empresa) anterior. Estuda o comportamento do indiví- 1. O trabalho em si 1. Condições de trabalho duo com relação às necessidades pessoais 2. Realização Pessoal 2. Administração da empresa do ser humano para satisfazer seus an- 3. Reconhecimento 3. Salário seios. 4. Progresso profissional 4. Relações com o chefe 5. Responsabilidade 5. Benefícios e serviços sociais Hierarquia das Necessidades Fonte: Sikula, Andrew F. Personnel administration and human resources management. New York: John Wiley Maslow identifica necessidades hu- & Sons, 1976, p.88. manas organizadas em uma hierarquia: AUTO REALIZAÇÃO -Autodesenvolvimento ESTIMA - Autossatisfação Necessidades do SOCIAIS ego: - Orgulho, SEGURANÇA Relacionamento - Autorrespeito - Aceitação - Autoestima Proteção contra: - Afeição - Progresso - Amizade FISIOLÓGICAS - perigo - Confiança - doença - Compreensão - Status - Alimento - incerteza - Consideração - Reconhecimento - Repouso - desemprego - Abrigo - roubo - Sexo
necessidades humanas primárias e secundárias
Em Administração, a teoria indica que o agente administrativo deve conscientizar-se desta lógica para obter melhores resultados de sua equipe. Quanto à empresa, cabe ao admi- nistrador entender que sua ação precisa trilhar rumo aos objetivos empresariais.
Teoria dos Fatores Higiênicos e Fatores
Motivacionais de Herzberg
A palavra-chave continua sendo "motiva-
ção". Analisa-se o papel do estímulo do homem, pois é o elemento fundamental das organiza- ções, extremamente relevante na condução Para que o conteúdo do cargo (fatores dos negócios. Frederick Herzberg (psicólogo, motivacionais) seja sempre estimulante, consultor e professor) desenvolveu teoria dos propõe-se o enriquecimento do cargo. Isso dois fatores que procura explicar o comporta- traz efeitos desejáveis como aumento da mento de trabalho dos indivíduos. motivação, aumento da produtividade, redu- Para ele, existem dois fatores motivacio- ção das faltas ao trabalho e redução da ro- nais: tatividade de pessoal. Organização de Empresas - Aula 2 11 Instituto Universal Brasileiro Teoria X e Teoria Y de recompensa econômica (o salário). Douglas McGregor A Teoria Y diz que administrar é um pro- cesso de criar oportunidades, liberar poten- Douglas M. McGregor em sua Teoria X ciais rumo ao autodesenvolvimento das e Y de estilos administrativos de direção, diz pessoas. No longo período de predomínio da que o processo de gestão de pessoas de- Teoria X, as pessoas se acostumaram a ser di- pende das suposições que os administradores rigidas, controladas e manipuladas pelas em- têm a respeito do comportamento humano presas até encontrarem fora do trabalho as dentro da empresa. satisfações para as suas necessidades pes- soais de autorrealização. McGregor distingue duas concepções opostas de estilos de direção baseadas em con- cepções antagônicas acerca da natureza hu- mana, a saber: a Teoria X (ou tradicional) e a Teoria Y (ou moderna). Teoria X: analisa concepções e premissas incorretas e distorcidas a respeito da natureza humana. Nela o administrador desenvolve um estilo de direção que se restringe à aplicação e ao controle da energia humana unicamente em direção aos objetivos empresariais. Teoria Y: propõe um estilo de direção par- ticipativo e democrático baseado nos valores hu- manos e sociais, por meio do qual administrar é um processo de criar oportunidades, libertar po- Teoria do Enfoque Sistêmico tenciais, remover obstáculos, enco-rajar o cres- cimento individual e proporcionar orientação Já vimos que a visão mais clássica da quanto a objetivos. Administração (Taylor, Fayol e Ford) tem como elementos principais fatores técnicos. Na es- Confrontação das Teorias X e Y cola comportamental (Elton Mayo, Maslow, Herzberg, McGregor e outros) os fatores hu- A Teoria X se fundamenta em pressupo- manos predominam. A integração desses dois sições errôneas acerca do comportamento hu- enfoques é um dos interesses do enfoque sis- mano e apregoa um estilo de direção em que têmico. a fiscalização e o controle externo rígido (re- A essência do enfoque sistêmico é a in- presentado por uma variedade de meios que teração entre diversos elementos que se in- garantem o cumprimento do horário de traba- fluenciam para realizar objetivos. Este enfoque lho, a exata execução das tarefas por meio dos formou-se com base no seguinte conceito: métodos ou rotinas e procedimentos de ope- ração, avaliação do resultado do trabalho, re- Sistema é o conjunto de partes inte- gras, regulamentos e decorrentes medidas grantes e interdependentes que formam um disciplinares pela não obediência etc.) consti- todo unitário com determinado objetivo e ex- tuem mecanismos para neutralizar a des- erce determinada função. confiança da empresa quanto às pessoas que nela trabalham. O moderno enfoque de sistemas procura Classifica os colaboradores como indo- desenvolver: lentes, preguiçosos, não assumem respon-sa- . Uma técnica para lidar com a grande e bilidades e trabalham sob a perspectiva de complexa empresa. Organização de Empresas - Aula 2 12 Instituto Universal Brasileiro . Um enfoque sintético do todo o qual d. Saída do Sistema - resultado do pro- não permite a análise em separado das par- cesso de transformação. Devem ser coeren- tes, em virtude das intrincadas inter-relações tes com os objetivos do sistema e, tendo em das partes entre si e com o todo, as quais não vista o processo de controle e avaliação, as podem ser tratadas fora do contexto. saídas devem ser quantificáveis de acordo . Estudo das relações entre os elementos com parâmetros previamente fixados. componentes em preferência ao estudo dos e. Controle e Avaliação do Sistema - elementos em si, destacando-se o processo e verifica se as saídas estão coerentes com os as probabilidades de transição especificadas objetivos estabelecidos. O controle e avaliação em função dos seus arranjos estruturais e da são realizados em uma medida de desempe- sua dinâmica. nho do sistema padrão. f. Realimentação ou Feedback - rein- trodução de uma saída sob a forma de infor- SISTEMA mação. Instrumentos de controle são resultados das divergências verificadas entre as respostas de um sistema e os parâmetros Objetivo previamente estabelecidos.
Teoria do Enfoque da Qualidade
Entrada do Sistema Com a expansão do setor industrial, no Transformação início do séc. XX, com o desenvolvimento da produção em massa, um melhor controle da qualidade se tornou necessário. Esta Saída do Sistema visão evoluiu para a administração da qua- lidade total. A evolução do controle da qualidade para Controle e Avaliação a moderna administração tem três períodos distintos: Realimentação ou . Era da Inspeção: Criou-se a função de Feedback inspetor da qualidade que, até os dias de hoje, permanece em muitas empresas. Mas acabar Componentes Básicos de um Sistema gradativamente com a dependência da inspe- ção em massa para garantir a qualidade é fun- a. Objetivo - razão de existência do sis- damental. tema, ou seja, a finalidade para a qual o sis- A inspeção e o controle não produzem tema foi criado (o que se pretende; o resultado qualidade, apenas verificam sua existência que se espera alcançar). ou não. b. Entrada do Sistema - forças que for- A qualidade não deriva da inspeção e sim necem ao sistema o material, a informação e a da melhoria do processo produtivo. energia para a operação ou processo, o qual gerará determinadas saídas do sistema que . Era do Controle Estatístico: Técnicas devem estar em sintonia com os objetivos es- de amostragem e procedimentos fundamenta- tabelecidos. dos na ciência Estatística são a base deste pe- c. Processo de Transformação - função ríodo em que a separação dos produtos bons que possibilita a transformação de um insumo dos ruins era realizada de forma que se apon- (entrada) em um produto, serviço ou resul-tado tassem indicadores numéricos de quantidade, (saída). incidência etc. Organização de Empresas - Aula 2 13 Instituto Universal Brasileiro A principal justificativa para o novo con- trole é a necessidade de padronização, visto que estamos falando de produção em massa, ou seja, grande quantidade. Toyota
Na década de 1950 do século passado,
com a estagnação provocada pela guerra, a Toyota, uma empresa de pequeno porte, na época, tinha um programa de produção de 1000 carros por mês. Se fabricasse mais, não conseguiria vender. Nos anos 80, a Toyota fabricava 1000 car- ros em poucos minutos e era a terceira maior fa- bricante mundial, atrás da GM e da Ford. Toyoda e Ohno Eiji Toyoda, da família proprietária da Toyota, e Taiichi Ohno, o chefe da engenharia da empresa, são os principais responsáveis pelo conjunto de . Era da Qualidade Total: A qualidade técnicas de manufatura que se tornou conhecido não mais se refere ao produto ou serviço, nem como Sistema Toyota de Produção. é responsabilidade apenas do departamento Nos anos 50, ambos concluíram que o Sis- da qualidade. É problema de todos os funcio- tema Ford não poderia funcionar na Toyota, que nários e abrange todos os aspectos operacio- era sensivelmente menor e precisava de soluções nais. Torna-se uma questão sistêmica. mais eficientes e menos dispendiosas. Se o sistema de qualidade funcionar, ga- Ao longo de um período de cerca de 20 rante-se a qualidade dos produtos e serviços. anos, Toyoda e Ohno colocaram em prática os Evolui-se para o que chamamos Era da Qua- princípios que formam a base do Sistema Toyota lidade Total em que, dentre vários especialis- de Produção e que são: tas, destacamos Deming, Feigenbaum e . eliminação de desperdícios Ishikawa. . produção de veículos com qualidade . produção enxuta Modelo Japonês de Administração
MODELO JAPONÊS
Ênfase na Combate ao Simplificação Qualidade
Eficiência Desperdício Modelo FORD Total
As técnicas desenvolvidas na Toyota foram
O modelo japonês de administração con- rapidamente adotadas em outras empresas do funde-se com a centralização da ideia da qua- Japão. Nesse processo de disseminação, outros lidade total. Juntando-se as tradições culturais ingredientes foram agregados, originando um japonesas, a administração científica e os prin- conjunto de soluções que se tornou conhecido cípios da qualidade, teremos uma síntese do como as artes industriais japonesas ou o modelo modelo japonês. japonês de administração. Organização de Empresas - Aula 2 14 Instituto Universal Brasileiro racional e natural. Esta Escola passa a utilizar uma abor- dagem múltipla por meios de análise in- traorganizacional e interorganizacional. Acredita que os conflitos são os elementos geradores das mudanças e do desenvolvi- mento organizacional. Os autores estru- tura-listas procuram correlacionar as organizações com seu ambiente externo à sociedade, estabelecendo novo conceito de organização. Posteriormente, a idéia central da produ- Alguns fatores econômicos e sociais in- ção enxuta - a eliminação de desperdícios - ga- fluíram nas organizações, tais como o au- nhou maior envergadura e alcançou toda a mento da população, o crescimento das administração da empresa. Isto, no Ocidente, cidades, a produção em série etc. O cresci- virou uma espécie de prática comum. mento trouxe a complexidade e as empresas Nos anos 90, a expressão organização depararam-se com grandes desafios relacio- (ou empresa) enxuta passou a fazer parte do nados ao melhor aproveitamento de matéria- vocabulário corrente nas análises de modelos prima, custos menores, novos mercados, de gestão. tecnologia etc. O modelo estruturalista contempla a aná- Escola Estruturalista lise da estrutura formal e da informal. Crítica ao Modelo Estruturalista Como o próprio nome diz, analisava a A tipologia desenvolvida das organiza- "estrutura como um todo". Desta forma, se ções, em razão de sua limitada aplicabilidade preocupava com a interdependência entre as prática, é muito discutível em certos casos. partes que formam o todo. O estruturalismo surgiu como vertente Escola do Desenvolvimento Organiza- ideal por entender que as organizações são cional sistemas abertos e que a burocracia limita o universo de ação. Seus "pensadores" concen- Cientistas sociais nos Estados Unidos travam-se na estrutura interna e em sua inte- enfatizavam o desenvolvimento organiza- ração com outras organizações. O autor que cional planejado. Mais uma vez, confirmou- mais se destacou na Escola Estruturalista foi o se que a organização define a estrutura e os cientista social Amital Etzioni. procedimentos de trabalho. As origens do Desenvolvimento Organizacional podem ser Dentro da visão organizacional da Escola atribuídas à difícil aplicabilidade das teorias Estruturalista, define-se o conceito de homem-- administrativas ao aprofundamento dos es- organizacional, que desempenha papéis em tudos sobre a motivação humana e a sua in- diferentes organizações. terferência na dinâmica das organizações, à Na verdade, a Escola Estruturalista pro- conscientização sobre as mudanças e à cura unir teorias anteriores (Escola Clássica, fusão de duas tendências no estudo da or- Escola das Relações Humanas) em sua aná- ganização: estudo da estrutura e estudo do lise. Não apresenta novos conceitos a respeito comportamento humano. da organização formal e informal, mas busca o Essa escola pode ser caracterizada equilíbrio entre elas e sua interação como am- como um desdobramento da Teoria Com- biente. Segundo os estruturalistas, há dois portamental, pois estabelece mudanças e fle- modos de ver e conceber uma organização: xibilidade organizacional. Organização de Empresas - Aula 2 15 Instituto Universal Brasileiro pesquisadores a concluírem que o tipo da es- O Desenvolvimento Organizacional trutura organizacional é determinado pelos tem como pressupostos básicos: fatores ambientais. A estrutura e o - constante e rápida mutação do ambiente. comportamento organizacional integram - necessidade de contínua adaptação. as variáveis dependentes, enquanto o am- - interação entre organização e am-bi- biente e a tecnologia compõem as va-riá- ente, indivíduo e organização, objetivos in- veis independentes. A administração dividuais e organizacionais. contingencial se vê atrelada a três níveis or- - mudança organizacional planejada. ganizacionais: institucional, intermediário e operacional. Baseando-se nas ciências do compor-ta- mento, o Desenvolvimento Organizacional pro- Estrutura cura aplicar a dinâmica de grupo aos Variáveis De- procedimentos de planejamento. Envolve vá- pendentes rias mudanças e a organização precisa estar Comportamento disponível para diagnosticar, planejar e imple- Organizacional mentá-las. Para tanto, os gestores realizam conti- nuamente a captação de informações via co- leta de dados, diagnóstico organizacional e Ambiente ação de intervenção. Variáveis independentes Críticas à Escola do Desenvolvimento Organizacional Tecnologia
Alguns cientistas da Administração têm A principal característica da Teoria da
a convicção de que o Desenvolvimento Or- Contingência é não haver uma melhor ma- ganizacional é apenas um rótulo utilizado neira de administrar. A empresa não pode ser para a embalagem de descobertas e prin-cí- estática e nem pode existir uma solução pios da Teoria das Relações Humanas e da única para todas as empresas. A empresa Teoria Comportamental, com algumas refor- deve centrar esforços em produtos e servi- mulações. ços que ofereçam giro de capital rápido, além de buscar constantemente novos nichos de Teoria da Contingência mercado. Muitas das abordagens aqui analisadas, A palavra contingência está asso- com ênfases diferenciadas podem ser enume- ciada àquilo que pode ou não acontecer, radas quando estudamos os principais pensa- que é "imprevisível" e pode acontecer sem dores da Administração. que tenha sido planejado. A estrutura da De maneira geral, podemos dizer que empresa irá depender das características do o principal divisor de enfoque é uma visão meio externo e da interação empresa-am- mais mecanicista nos primeiros estudos, biente. passando por uma abordagem mais vol- Essa teoria é chamada de contingencial, tada para a valorização do elemento hu- pois procura explicar as empresas em dife-ren- mano e, finalmente, caminha-se para tes contextos. A tecnologia é uma variante con- abordagens mais contingenciais, todas dicionante a que se atribui grau de eficiência voltadas para a complexa competitividade tanto maior quanto mais avançada ela for. que existe em todos os setores da econo- Nesta escola, estudos levaram os mia mundial. Organização de Empresas - Aula 2 16 Instituto Universal Brasileiro
Turnaround nas MPEs: A Retomada do Crescimento: como ações práticas podem ser implementadas nas Micro e Pequenas Empresas para evitar seu fechamento e conseguir o crescimento nos negócios