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Revisada 12/03/2023
Planejamento Estratégico e
Práticas de Negócios
Profa. KARLA CORREA
2023_1
TEORIAS ADMINISTRATIVAS
DO SÉCULO XX
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PARTE 1.
Teorias Administrativas
Ficando por dentro das teorias
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Objetivo
Compreender a evolução histórica e a
importância dessas teorias para o
entendimento do contexto atual e
desenvolver o senso crítico para utilizar
os conceitos de forma clara e objetiva no
ambiente organizacional.
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CHA
CONHECIMENTOS HABILIDADES ATITUDES
▷ Conhecer e entender as ▷ Capacidade para a tomada ▷ Proatividade
teorias administrativas de decisão a partir do ▷ Pensamento analítico
que fazem parte do dia a conhecimento das teorias
dia do administrador. administrativas presentes ▷ Negociação
no ambiente ▷ Orientado para resultados.
organizacional.
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1.
Teorias da Administração
Ficando por dentro das teorias
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Teorias: definição
▷ Pode-se definir Teoria da
Administração como um conjunto de
proposições que buscam explicar os
fatos, bem como oferecer ações que
possam orientar os administradores
na tomada de decisões.
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Vocês acreditam que exista
uma única teoria
administrativa que atenda
a todas as necessidades de
uma organização?
A resposta é NÃO!!!
▷ À medida que o resultado de um estudo
é posto em prática, produz certa
alteração no "equilíbrio organizacional"
e acarreta mudanças nos processos.
▷ Este fato abre espaço para o surgimento
de novas dificuldades que darão origem
a novos estudos e a novas Teorias. Isso
ocorre de maneira cíclica e infindável.
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2.
Teorias da Administração
Sem conhecer o passado não conseguimos entender o
presente, tão pouco, projetar o futuro!
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Administração Científica
Teoria Clássica
Teoria da Burocracia
Teoria Estruturalista
Teoria Neoclássica
Teoria Comportamental
Teoria da Contingência
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3.
Administração Científica
O começo!
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Administração Científica Frederick Winslow Taylor
(1856-1915) – EUA
▷ De origem de família enriquecida pelo comércio com
a Índia. Estudou em Harvard, abandona os estudos
para trabalhar como aprendiz em fábrica. Quatro anos
depois foi mecânico na Midvale Steel Co. Torna-se o
primeiro engenheiro a ser consultor empresarial,
atendendo ao industrial Henry Ford.
▷ Também conhecida como Taylorismo, foi
proposta pelo engenheiro Frederick W.
Taylor, em 1903, nos Estados Unidos.
▷ Caracteriza-se pela ênfase nas tarefas e
objetiva o aumento da eficiência em nível
operacional.
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Organização Racional do Trabalho (ORT)
Análise do Trabalho e do Estudo dos Tempos e Movimentos
Estudo da Fadiga Humana
Divisão do Trabalho e Especialização do Operário
Desenho de Cargos e Tarefas
Incentivos Salariais e Prêmios de Produção
Conceito de Homo Economicus (Homem Econômico)
Condições Ambientais de Trabalho
Padronização
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Princípios da Administração Científica
de Taylor
▷ Princípio de Planejamento: Consiste em substituir o critério individual do
operário, a improvisação e o empirismo por métodos planejados e testados.
▷ Princípio de Preparo: Consiste em selecionar cientificamente os trabalhadores de
acordo com suas aptidões, prepará-los e treiná-los para produzirem mais e melhor,
de acordo com o método planejado; e em preparar máquinas e equipamentos em um
arranjo físico e disposição racional.
Princípio do Controle: Consiste em controlar o trabalho para se certificar de que
este está sendo executado de acordo com o método estabelecido e segundo o plano
de produção.
▷ Princípio da Execução: Consiste em distribuir distintamente as atribuições e as
responsabilidades para que a execução do trabalho seja o mais disciplinado
possível.
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Principais vantagens da Administração
Científica
Elimina o desperdício de esforço humano e de movimentos inúteis
Superespecialização do Operário
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Henry Ford (1863-1947)
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Contribuições de Henry Ford
Desenvolve a linha de montagem e linha de montagem móvel, considerada a grande inovação tecnológica do início do
séc. XX., criando o Princípio da Produção em Massa – Pai da Linha de Montagem. Com a padronização das peças
e dos componentes, a especialização do trabalhador e o processo de fabricação sendo dividido em etapas. Estes
princípios foram responsáveis pelo desenvolvimento da atividade industrial no mundo industrializado.
Tornou conhecida a produção em massa, a partir de dois princípios:
▷ Peças padronizadas: permitiam usar o mesmo sistema de calibragem, simplificando o processo e
dando início ao controle de qualidade.
▷ Especialização do operário: cada trabalhador dedicava-se somente a uma das várias etapas do
processo produtivo.
Adotou 3 princípios:
1) A progressão do produto através do processo produtivo é planejada, ordenada e contínua.
2) O trabalho é entregue ao trabalhador em vez de deixa-lo com a iniciativa de ir buscá-lo.
3) As operações são analisadas em seus elementos constituintes.
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FORDISMO
HENRY FORD
PRODUÇÃO EM MASSA;
VERTICALIZAÇÃO; 22
Ford adotou 3 princípios básicos:
Economicidade
• trabalhar com estoques mínimos de matéria-prima.
Produtividade
• especializar e adotar linha de montagem para aumentar a produtividade.
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FORDISMO - HENRY FORD
▷ O Processo produtivo proposto por Ford se apoia em
cinco transformações principais:
• Produção em massa;
• Parcelamento de tarefas;
• Linha de montagem;
• Padronizar as peças;
• Integração de peças.
3.
Teoria Clássica
E a definição dos princípios da Administração
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Teoria Clássica
▷ Foi apresentada na França, em 1916, por seu
idealizador, Henri Fayol.
▷ Caracteriza- se pela ênfase na estrutura
organizacional e pela busca da máxima
eficiência.
▷ Definiu as funções básicas da empresa:
técnica, comercial, financeira, segurança,
contábeis, administrativa.
▷ Estabeleceu que as funções do Administrador
eram: Planejar, Organizar, Comandar,
Coordenador e Controlar.
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14 Princípios da Administração:
1) Divisão do Trabalho: Consiste na especialização das tarefas e das pessoas para aumentar a
eficiência.
2) Autoridade e Responsabilidade: Autoridade é o poder de dar ordens e esperar obediência.
A responsabilidade é uma consequência natural da responsabilidade e significa o poder de
prestar contas.
3) Disciplina: Depende da obediência, aplicação, comportamento e respeito aos acordos
estabelecidos.
4) Unidade de Comando: Cada empregado deve receber ordens de apenas um superior.
5) Unidade de Direção: Uma cabeça e um plano para um conjunto de atividades que tenham o
mesmo objetivo.
6) Subordinação dos interesses individuais aos gerenciais: Os interesses gerais da empresa
devem se sobrepor aos interesses particulares das pessoas.
7) Remuneração do Pessoal: Deve haver justa e garantida satisfação para os empregados e
para a organização em termos de retribuição.
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14 Princípios da Administração:
8) Centralização: Refere-se à concentração da autoridade no topo da hierarquia da
organização.
9) Cadeia escalar: É a linha de autoridade que vai do escalão mais alto ao mais baixo em
função do princípio de comando.
10) Ordem: Um lugar para cada coisa e cada coisa em seu lugar. É a ordem material e humana.
11) Equidade: Amabilidade e justiça para alcançar a lealdade do pessoal.
12) Estabilidade de pessoal: A rotatividade do pessoal é prejudicial para a eficiência da
organização.
13) Iniciativa: A capacidade de visualizar um plano e assegurar pessoalmente o seu sucesso.
14) Espírito de equipe: A harmonia e a união entre as pessoas são grandes forças para a
organização.
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Cadeia de Comando ou Escalar
Teoria da máquina
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Taylor x Fayol
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CONTRAPONDO AS FUNÇÕES
GERENCIAIS DE TAYLOR E FAYOL
TAYLOR FAYOL
Aumento de eficiência ao nível Aumento de eficiência através da forma e disposição dos órgãos e
operacional suas inter-relações estruturais
4.
Relações Humanas
O humano nas organizações
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Teoria das Relações Humanas
▷ Foi proposta, em 1932.
▷ Teve origem:
1) na necessidade de humanizar e democratizar
a Administração;
2) no desenvolvimento das Ciências Humanas,
principalmente a Psicologia; e
3) nas conclusões da Experiência de Hawthorne
desenvolvida pelo sociólogo Elton Mayo.
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A experiência de Hawthorne
Foi desenvolvida pelo sociólogo Elton Mayo.
Objetivo Inicial: Verificar a correlação entre produtividade e iluminação no local de trabalho.
Foi dividida em 4 fases:
• 1ª Fase: Pretendia conhecer o efeito da iluminação sobre o rendimento dos operários. Os observadores não
verificaram correlação direta entre as variáveis, mas identificaram uma variável difícil de ser isolada
(variável psicológica).
• 2ª Fase: Introdução de um supervisor no grupo experimental que permanecia na sala e assegurava o espírito
de equipe (não era temido, funcionava como um orientador). As escolhidas para a pesquisa trabalhavam
diferente das demais, mesmo sendo avisado para não fazê-lo. Laços de amizade foram construídos.
• 3ª Fase: Os pesquisadores abandonaram o objetivo inicial do estudo e passaram a focar nas relações
humanas no trabalho. As moças consideravam humilhante a supervisão vigilante e constrangedora. Nesta
fase iniciou-se também um programa de entrevistas para ouvir os colaboradores (inicialmente a entrevista
era diretiva e depois passou-se para não diretiva).
• 4ª Fase: Visava analisar a organização informal. O pagamento dos salários passou a incorporar o
desempenho do grupo. Identificou-se a presença de certa uniformidade de sentimento e solidariedade grupal
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Principais conclusões do estudo
A produtividade do empregado não era resultante das condições físicas (condições do
ambiente de trabalho), mas das normas sociais que regem seu comportamento;
Os empregados agem como grupo e não como indivíduos;
Os empregados produzem por sua necessidade de reconhecimento, aprovação social e
participação (homem social), bem diferente do entendimento da Teoria Clássica, para a
qual a produção tinha motivação estritamente econômica (homo economicus);
A organização é vista como um conjunto de grupos sociais informais, além da estrutura
formal;
A especialização no trabalho gera monotonia e isso traz efeitos negativos à produtividade;
Elementos psicológicos e emocionais dos empregados também influenciam em sua
produtividade.
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5.
Burocracia
Impessoalidade e Meritocracia
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Teoria da Burocracia
Desenvolveu-se por volta de 1940 em função dos
seguintes aspectos:
▷ A fragilidade e a parcialidade da Teoria Clássica
e da Teoria das Relações Humanas.
▷ Necessidade de um modelo organizacional
racional.
▷ Crescente tamanho e complexidade das
empresas.
▷ Ressurgimento da Sociologia da Burocracia, a
partir dos trabalhos de Max Weber, na
Alemanha.
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Princípios da Burocracia de Weber
Formalização: existem regras definidas e protegidas da alteração
arbitrária ao serem formalizadas por escrito.
Divisão do trabalho: cada elemento do grupo tem uma função específica,
de forma a evitar conflitos na atribuição de competências.
Hierarquia: o sistema está organizado em pirâmide, sendo as funções
subalternas controladas pelas funções de chefia, de forma a permitir a
coesão do funcionamento do sistema.
Impessoalidade: as pessoas, enquanto elementos da organização, limitam-
se a cumprir as suas tarefas, podendo sempre ser substituídas por outras –
o sistema, como está formalizado, funcionará tanto com uma pessoa como
com outra.
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Princípios da Burocracia de Weber
Competência técnica e Meritocracia: a escolha dos funcionários e cargos
depende exclusivamente do seu mérito e capacidades – havendo
necessidade da existência de formas de avaliação objetivas.
Separação entre propriedade e administração: os burocratas limitam-se
a administrar os meios de produção, não os possuem.
Profissionalização dos funcionários: por seguir sempre procedimentos
preestabelecidos, o funcionário tende a se especializar em sua função.
Completa previsibilidade do funcionamento: todos os funcionários
deverão comportar-se de acordo com as normas e regulamentos da
organização a fim de que esta atinja a máxima eficiência possível.
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Principais vantagens da Burocracia
Racionalidade em relação ao alcance dos objetivos da organização.
Rapidez nas decisões, pois cada um conhece o que deve ser feito e por quem deve
ser feito.
Redução do atrito entre as pessoas, pois cada funcionário conhece o que é exigido dele e
quais os limites de suas responsabilidades e dos outros.
Constância, pois os mesmos tipos de decisão devem ser tomados nas mesmas
circunstâncias.
Resistência à mudança
Despersonalização do relacionamento
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Referências
▷ CHIAVENATO, I. Introdução à teoria geral da administração. Rio de Janeiro:
Campus, 2011.
▷ LACOMBE, F. Teoria Geral da Administração. São Paulo: Saraiva, 2010.
▷ MAXIMIANO, A. C. A. Teoria Geral da Administração. São Paulo: Atlas,
2009.
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