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UNIVERSIDADE AHANGUERA UNIDERP-MS


CURSO DE ADMINISTRAÇÃO

ANTONIO CARLOS DOS SANTOS ROCHA

INFLUÊNCIAS DA REVOLUÇÃO INDUSTRIAL NA ADMINISTRAÇÃO

CAMPO GRANDE-MS
2023
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ANTONIO CARLOS DOS SANTOS ROCHA


RA:347977413092

INFLUÊNCIAS DA REVOLUÇÃO INDUSTRIAL NA ADMINISTRAÇÃO

Trabalho sobre as influências da Revolução


Industrial na Administração, para o curso de
Administração, na disciplina de Teorias da
Administração.

Professora: Fabiana Biazetto

CAMPO GRANDE-MS
2023
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SUMÁRIO
1. INTRODUÇÃO..............................................................................................4

2. INICIO DA REVOLUÇÃO INDUSTRIAL......................................................5

3. A INFLUÊNCIA DA REVOLUÇÃO INDUSTRIAL NA ADMINISTRAÇÃO...6

4. OS PRINCIPIOS DA ADMINISTRAÇÃO.....................................................6

4.1. TAYLORISMO OU ADMINISTRAÇÃO CIENTIFICA.............................6

4.2. FORDISMO............................................................................................8

4.3. HENRY FORD E O FORDISMO............................................................8

4.4. FAYOLISMO..........................................................................................9

4.5. ELTON GEROGE MAYO.....................................................................10

4.6. MAX WEBER.......................................................................................11

5. CONCLUSÃO.............................................................................................12

6. BIBLIOGRAFIA...........................................................................................13
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1. INTRODUÇÃO

Até ocorrer a Revolução Industrial não existiam empresas formais no


mundo, existindo somente pequenos produtores domiciliares que fabricavam tecidos
e utensílios domésticos, a fim de suprirem suas próprias necessidades e as de seus
familiares. O fenômeno histórico que provocou o aparecimento da empresa e da
moderna administração ocorreu no final do século XVIII e se estendeu ao longo do
século XIX, chegando ao limiar do século XX. Esse fenômeno, que trouxe rápidas e
profundas mudanças econômicas, sociais e políticas, chamou-se revolução
industrial.

A administração moderna veio em resposta a consequências da


revolução industrial, são elas: crescimento vertiginoso e desorganizado das
empresas que passaram a exigir uma administração científica capaz de substituir o
empirismo e a improvisação. Entretanto, para que a Administração se tornasse uma
ciência, foi preciso uma teoria que a sustentasse e por isso buscou-se na história
nos negócios alguns exemplos de procedimentos de sucesso que foram utilizados
por trabalhadores e estudiosos da época.

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2. INICIO DA REVOLUÇÃO INDUSTRIAL.

Por volta de 1780 pouco antes do século XVIII se iniciava a Revolução


Industrial, onde teve início na Inglaterra e em poucas décadas se espalhou na
Europa Ocidental e nos Estados Unidos. Antes desse fato histórico a atividade
produtiva era manual e artesanal onde muitas vezes apenas um artesão cuidava de
todo o processo. A Revolução Industrial é adepta ao surgimento das máquinas a
vapor por James Watt, em 1776, esta invenção mudou completamente todos os
paradigmas daquela época.

Primeira fase de 1780 a 1860 – quando ocorreu a revolução do carvão


sendo principal fonte de energia, e do ferro, como principal matéria-prima.
Segunda fase de 1860 a 1914 – como novas fontes de energia surgiram
a eletricidade e derivados do petróleo, e como nova matéria-prima o aço.
Quando essa revolução aconteceu, os trabalhadores perderam o controle
da produção e passaram a trabalhar com as máquinas, por consequência disso seus
donos começaram a obter grande lucratividade. Não foi uma época fácil, eles eram
explorados e o salário era muito baixo, não havia hora fixa para o fim do expediente
e isso tornava um ambiente de trabalho muito hostil, como podemos ver no
filme “Tempos Modernos” do cineasta Charles Chaplin, onde seu personagem
tentava sobreviver em meio ao mundo moderno e industrializado.

Ao termino do período em questão o mundo havia mudado drasticamente,


e a moderna administração surgiu em resposta as consequências provocadas pela
revolução industrial: crescimento acelerado e desorganizado das empresas que
passaram a exigir uma administração cientifica capaz de substituir o empirismo e a
improvisação, necessidade de maior eficiência e produtividade das empresas, para
fazer face à intensa concorrência e competição no mercado.

Difícil é precisar quando os homens da antiguidade, da idade média e até


mesmo do início da idade moderna tiveram a consciência de que estavam
praticando a arte de administrar, talvez tenha sido com Frederick w. Taylor no inicio
do século XX, engenheiro americano, introduzindo a sociedade, os princípios da
administração cientifica e o estudo da administração como ciência.
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3. A INFLUÊNCIA DA REVOLUÇÃO INDUSTRIAL NA ADMINISTRAÇÃO

Os maiores avanços no pensamento administrativo ocorreram a partir da


revolução industrial. Com a substituição do capitalismo liberal pelos monopólios,
instala-se nos Estados Unidos, entre 1880 e 1890, a produção em massa,
aumentando o número de assalariados nas indústrias e torna-se necessário evitar o
desperdício e economizar mão-de-obra. Surge a divisão de trabalho entre aqueles
que pensam (gerentes) e os que executam (trabalhadores). Os primeiros fixam os
padrões de produção, descrevem os cargos, determinam funções, estudam métodos
de Administração e normas de trabalho, criando as condições econômicas e
técnicas para o surgimento do Taylorismo e do Fordismo nos Estados Unidos e do
Fayolismo na Europa.

4. OS PRINCIPIOS DA ADMINISTRAÇÃO

4.1. TAYLORISMO OU ADMINISTRAÇÃO CIENTIFICA

Tido por muitos como pai da administração e o precursor da teoria da


administração cientifica, Frederick w. Taylor defendia a prática da divisão do
trabalho, enfatizando tempos e métodos a fim de assegurar seus objetivos “de
máxima produção a mínimo custo”, seguindo os princípios da seleção científica do
trabalhador, tempo padrão, trabalho em conjunto, supervisão e da ênfase na
eficiência. Talvez, surge aí, também as relações humanas, onde o bem estar dos
trabalhadores era um dos fatores para o bom funcionamento da organização e o
alcance dos objetivos traçados por ela.
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O nome Administração cientifica é devido a tentativa de aplicação dos


métodos da ciência aos problemas da administração a fim de aumentar a eficiência
industrial.

Iniciada no século passado pelo engenheiro americano, Frederick w.


Taylor teve inúmeros seguidores (como Ford, Gantt, Gilbreth e outros) e provocou
uma verdadeira revolução no pensamento administrativo e no mundo industrial na
época. A preocupação original foi eliminar o fantasma do desperdício e das perdas
sofridas pelas indústrias e elevar os níveis de produtividade por meio da aplicação
de métodos e técnicas da engenharia industrial.

Nas considerações da administração científica de Taylor, a organização é


comparada a uma máquina, que segue um projeto pré-definido; o salário é
importante, mas não é fundamental para a satisfação dos funcionários; a
organização é vista de forma fechada, desvinculada de seu mercado; a qualificação
do funcionário passa a ser supérflua em consequência da divisão de tarefas que são
executadas de maneira monótona e repetitiva e finalmente, a administração
cientifica, faz uso da exploração dos funcionários em prol dos interesses particulares
das empresas.

Propostas básicas de Taylor, as 5 funções essenciais da gerência


administrativa:

-Planejar: Estabelece os objetivos da empresa, especificando a forma


como estes vão ser alcançados. Parte de uma sondagem do futuro, desenvolvendo
um plano de ações para atingir as metas traçadas.

-Comandar: Faz com que os subordinados executem o que deve ser feito.

-Organizar: É a forma de coordenar todos os recursos da empresa, sejam


humanos, financeiros ou materiais, alocando-os da melhor forma segundo o
planejamento estabelecido.

-Controlar: Estabelecer padrões e medidas de desempenho que permitam


assegurar que as atitudes empregadas são as mais compatíveis com o que a
empresa espera. O controle das atividades desenvolvidas permite maximizar a
probabilidade de que tudo ocorra conforme as regras estabelecidas e ditadas.
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-Coordenar: A implantação de qualquer planejamento seria inviável sem a


coordenação das atitudes e esforços de toda a empresa, almejando as metas
traçadas.

A teoria proposta por Taylor e que causou uma verdadeira revolução no


sistema produtivo seguiu sendo aperfeiçoada ao longo dos anos apesar das críticas.
Contribuíram para o desenvolvimento da administração científica: Frank e Lilian
Gilbreth que se aprofundaram nos estudos dos tempos e movimentos e no estudo
da fadiga propondo princípios relativos à economia de movimentos; Henry Grant que
trabalhou o sistema de pagamento por incentivo; Harrington Emerson que definiu os
doze princípios da eficiência; Morris Cooke que estendeu a aplicação da
administração científica à educação e às administrações públicas; e Henry Ford que
criou a linha de montagem aplicando e aperfeiçoando o princípio da racionalização
proposto por Taylor.

4.2. FORDISMO

O Fordismo é um modo de produção em massa baseado na linha de


produção idealizada por Henry Ford, foi fundamental para a racionalização do
processo produtivo e na fabricação de baixo custo e na acumulação de capital.

Este sistema de produção em massa, denominado linha de produção,


constituía-se em linhas de montagem semiautomáticas, possibilitadas pelos pesados
investimentos para o desenvolvimento de maquinários e instalações industriais.

4.3. HENRY FORD E O FORDISMO

Henry Ford (1863-1947) foi o criador do sistema Ford de produção


automobilística, em sua fábrica, a "Ford Motor Company". Foi a partir dela que ele
estabeleceu sua doutrina, seguindo 3 princípios básicos:

-Intensificação: permite dinamizar o tempo de produção;


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-Economia: tem em vista manter a produção equilibrada com seus


estoques;

-Produtividade: visa extrair o máximo da mão de obra de cada


trabalhador.

Henry Ford aperfeiçoou os preceitos de Frederick Taylor, denominado


taylorismo, sobre o conceito de linha de montagem, enquanto o taylorismo buscava
aumentar a produtividade do trabalhador, através da racionalização dos movimentos
e do controle da produção. Seu criador, Taylor, não se preocupou com as questões
de tecnologia, fornecimento de insumos ou a chegada do produto ao mercado. Por
outro lado, Ford incluiu a verticalização, pela qual controlava desde as fontes das
matérias-primas, até a produção das peças e distribuição de seus veículos. Essas
seriam as principais diferenças entre os dois métodos.

4.4. FAYOLISMO

Paralelo aos estudos de Taylor, Henri Fayol que era francês, defendia
princípios semelhantes na Europa, baseado em sua experiência na alta
administração. Enquanto altos executivos europeus estudavam os métodos de
Taylor, os seguidores da evolução da administração científica.

Fayol relacionou 14 princípios básicos que podem ser estudados de forma


complementar aos de Taylor, são eles:

- divisão do trabalho – especialização dos funcionários desde o topo da


hierarquia até os operários da fábrica, assim, favorecendo a eficiência da produção
aumentando a produtividade.

- autoridade e responsabilidade – autoridade é o direito dos superiores


darem ordens que teoricamente serão obedecidas. Responsabilidade social é a
contrapartida da autoridade.

- unidade de comando – um funcionário deve receber ordens de apenas


um chefe, evitando contra-ordens.

- unidade de direção – o controle único é possibilitado com a aplicação de


um plano para grupo de atividades com os mesmos objetivos.
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- disciplina – necessidade de estabelecer regras de conduta e de trabalho


válidas pra todos os funcionários. A ausência de disciplina gera o caos na
organização.

- prevalência dos interesses gerais – os interesses gerais da organização


devem prevalecer sobre os interesses individuais.

- remuneração – deve ser suficiente para garantir a satisfação dos


funcionários e da própria organização.

- centralização – as atividades vitais da organização e sua autoridade


devem ser centralizadas.

- hierarquia – defesa incondicional da estrutura hierárquica, respeitando à


risca uma linha de autoridade fixa.

- ordem – deve ser mantida em toda organização, preservando um lugar


pra cada coisa e cada coisa em seu lugar.

- equidade – a justiça deve prevalecer em toda organização, justificando a


lealdade e a devoção de cada funcionário à empresa.

- estabilidade dos funcionários – uma rotatividade alta tem consequências


negativas sobre desempenho da empresa e o moral dos funcionários.

- iniciativa – deve ser entendida como a capacidade de estabelecer um


plano e cumpri-lo.

- espírito de corpo – o trabalho deve ser conjunto, facilitado pela


comunicação dentro da equipe. Os integrantes de um mesmo grupo precisam ter
consciência de classe, para que defendam seus propósitos.

As cinco funções essenciais da gerência administrativa defendida por


Taylor, já conhecidas e estudadas nas escolas de administração, são os
fundamentos da teoria clássica defendida por Fayol, enquanto Taylor estudava a
empresa privilegiando as tarefas de produção, Fayol estudava a empresa
privilegiando as tarefas da organização.

4.5. ELTON GEROGE MAYO


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Criador da teoria das Relações humanas, desenvolvida a partir de 1940


nos USA e mais recentemente com novas ideias com o nome de teoria do
comportamento organizacional, Foi basicamente o movimento de reação e oposição
a teoria da administração clássica, com ênfase concentrada nas pessoas. Teve
como origem a necessidade de humanizar e democratizar a administração.

Em 1932, quando essa experiência foi suspensa, ja estavam definidos os


princípios básicos da Escola de relações Humanas, como: nível de produção como
resultado da integração social, o comportamento social do empregado, a formação
de grupos informais, as relações interpessoais, a importância do conteúdo do cargo
e a ênfase nos aspectos emocionais. Com uma comprovada eficiência de evolução
de processos Mayo demonstrou que funcionários não são maquinas, demonstrando
a necessidade de que a pessoa fosse vista como seres humanos com suas
complexidades e fatores emocionais.

De forma inesperada por muitos Mayo notou que diminuir a carga horária
dos funcionários, implementar intervalos e dar folga aos sábados, aumentava sua
produção, pois iriam trabalhar com mais disposição e descansados. Surgiu assim a
Teoria das Relações Humanas.

4.6. MAX WEBER

A partir de 1950 foi desenvolvida a teoria estruturalista, preocupando-se


em integrar todas as Teorias das escolas acima, que teve inicio com a teoria da
burocracia de Max Weber. A Teoria da Burocracia, escrita pelo sociólogo alemão
Max Weber possui como objetivo o estudo das organizações, a sua estrutura e o seu
desenvolvimento histórico-social, e possui também como principal vantagem a
utilização da racionalidade como instrumento para o alcance da eficiência nas
organizações. O modelo ideal da burocracia weberiana tem como característica a
previsibilidade do funcionamento empresarial, garantindo à rapidez, homogeneidade,
a redução dos atritos, discriminações no gerenciamento, sendo por isso vital na
rotina administrativa. Weber acreditava que a autoridade racional-legal era a mais
adequada para o ambiente corporativo, uma vez que não é personalista como as
outras duas formas.
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Através desse modelo de autoridade surgiria, conforme Weber, o tipo de


organização à qual ele deu o nome de Burocrática. Essa organização apresentaria
os seguintes princípios essenciais:

Divisão de funções e tarefas feita de forma racional, sustentando-se


rigorosamente em regras e normas específicas com o objetivo de permitir a
execução das atividades necessárias para se alcançar os objetivos da organização,
hierarquia definida por regras explícitas, os direitos e deveres de cada cargo, bem
como o exercício da autoridade (racional-legal) e seus limites sustentam-se
legalmente, a contratação de funcionários é realizada baseando-se em regras
previamente estabelecidas, visando garantir igualdade formal, somente um indivíduo
com preparo técnico adequado segundo quesitos pré-estabelecidos poderia se
juntar ao quadro funcional da empresa, equiparação salarial para o exercício de
posições e funções semelhantes, avanços na carreira são regulados por normas e
critérios objetivos, o favoritismo e as relações pessoais não são levados em
consideração, separação total entre função e as características pessoais da pessoa
que a exerce, regras e normas que ditam os direitos e deveres devem ser seguidas
por todos, conforme o cargo e a função.

5. CONCLUSÃO
Com a Revolução Industrial, surgiram as grandes empresas e a
necessidade de mudanças no gerenciamento de materiais. A partir deste marco, a
produção de bens e serviços aumentou e se diversificou, surgindo a necessidade de
técnicas específicas para o controle desses bens. A revolução industrial é
considerada o marco inicial da administração da produção nos moldes atuais, pois
possibilitou a consolidação do capitalismo como o sistema econômico adotado, além
de provocar grandes transformações no modo de produção e nas relações entre
empregado e empregador. A revolução industrial não foi apenas um grande
desenvolvimento tecnológico, mas também nos trouxe maior rapidez na
produtividade do trabalho, originando novos comportamentos sociais e a importante
consolidação da administração como área de conhecimento científico.
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6. BIBLIOGRAFIA
ANDRADE, R. O., & AMBONI, N. T. (s.d.). https://www.infoescola.com/administracao_/teoria-
burocratica-da-administracao/.
CERVANTES, C. R., & PANNO, C. C. (s.d.). https://www.infoescola.com/administracao_/teoria-
burocratica-da-administracao/.
Garcia, A. (s.d.). https://www.rhportal.com.br/artigos-rh/histria-e-evoluo-da-administrao/#:~:text=O
%20fen%C3%B4meno%20que%20provocou%20o,%2C%20chamou%2Dse%20REVOLU
%C3%87%C3%83O%20INDUSTRIAL.
MOTTA, F. C., & ISABELLA Gouveia de Vasconcelos. Teoria Geral da Administração.3ª Ed. Ver. – São
Paulo: Cengage Learning, 2. (s.d.). https://www.infoescola.com/administracao_/teoria-
burocratica-da-administracao/.
Rabelo, J. (s.d.). https://administradores.com.br/artigos/a-evolucao-administrativa-na-revolucao-
industrial.

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