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em Administração
Material Teórico
Teorias Consagradas da Administração
Revisão Textual:
Alessandra Fabiana Cavalcanti
Teorias Consagradas da Administração
• Introdução
• Evolução dos Valores da Administração
• Teorias da Administração
• Considerações Finais
OBJETIVO DE APRENDIZADO
· Conceitos relativos às Teorias Consagradas da Administração,
envolvendo as características, componentes, ambientes e níveis
de cada Teoria. Abordaremos também, a Evolução dos Valores
da Administração.
ORIENTAÇÕES
Para que os objetivos da unidade sejam alcançados, é fundamental que
você leia cuidadosamente todo o material e realize com atenção todas as
atividades propostas.
Além disso tudo, você contará com textos e/ou vídeos indicados no
material complementar.
UNIDADE Teorias Consagradas da Administração
Contextualização
Nesta unidade, interpretaremos as Teorias Consagradas da Administração, suas
características, seus componentes, seus ambientes e os níveis de cada Teoria.
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Introdução
Devido à expansão das organizações, o cenário socioeconômico não admite mais
instituições ineficazes, que não trazem resultados satisfatórios para os acionistas ou
os proprietários e que não atendem às expectativas dos clientes.
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UNIDADE Teorias Consagradas da Administração
Acima de tudo, Adam Smith, por intermédio da Riqueza das Nações, introduz
o conceito da divisão do trabalho. No exemplo contido no livro, Smith afirma que,
ao se dividir o trabalho de mestres alfineteiros dentro de uma fábrica de alfinetes,
é possível se alcançar a eficiência e a eficácia do trabalho, garantindo assim a
produtividade e a maximização dos recursos (SMITH, 1986).
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Teorias da Administração
Na transição para o século XX, a atividade industrial expandiu-se aceleradamente
no mundo inteiro, porém com mais intensidade nos Estados Unidos da América
(EUA). Desenvolveu-se a tecnologia e os novos produtos, tais como: automóveis,
aparelhos de som, rádio, cinema, lâmpadas elétricas etc. Cresceram as empresas
criadas para fabricá-los e, com elas, o desenvolvimento das cidades e dos países.
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UNIDADE Teorias Consagradas da Administração
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As características da Produção em Massa, segundo Maximiano (2000) eram:
· Produto padronizado, bem como o equipamento, o material, a mão de
obra e o design do produto, o que proporciona um custo mínimo;
· Simplicidade da operação;
· Sistema de concentração vertical, produzindo desde a matéria-prima
inicial ao produto final acabado;
· Concentração horizontal, por meio de uma cadeia de distribuição
comercial por meio de agências próprias.
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UNIDADE Teorias Consagradas da Administração
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Os quatorzes princípios gerais da Teoria Clássica, segundo Fayol são:
· Divisão do Trabalho - especialização em prol da eficiência;
· Autoridade e Responsabilidade - equilíbrio do ambiente empresa;
· Disciplina - respeito às normas e às diretrizes estabelecidas;
· Unidade de Comando - autoridade única;
· Unidade de Direção - atividades frente a um mesmo objetivo;
· Subordinação dos Interesses Individuais aos Interesses Gerais - interesses
gerais acima dos interesses pessoais;
· Remuneração do Pessoal - justa e perfeita ao corpo de empregados;
· Centralização - concentração da autoridade no principal executivo;
· Cadeia Escalar - comando do escalão mais alto ao mais baixo;
· Ordem - disposição lógica dos materiais e das pessoas;
· Equidade - igualdade e justiça para todos;
· Estabilidade e Duração do Pessoal - fixação do empregado na empresa;
· Iniciativa - incentivo constante;
· Espírito de Equipe - harmonia e união entre todos os atores da empresa.
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UNIDADE Teorias Consagradas da Administração
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Para Weber, a autoridade é legítima quando é aceita. A seguir, os tipos de
autoridade identificados por Maximiano (2000):
1. Autoridade Tradicional - Os subordinados aceitam as ordens dos
superiores como justificadas, porque essa sempre foi a maneira pela qual as
coisas foram feitas. Exemplo: Pai de Família;
2. Autoridade Carismática - Os subordinados aceitam as ordens do superior
como justificadas, por causa da influência da personalidade e da liderança
do superior. Carisma significa qualidade extraordinária, ou seja, o que não
pode ser recebido em herança;
3. Autoridade Legal ou Burocrática - Os subordinados aceitam as ordens
dos superiores como justificadas, porque concordam com certos preceitos
ou normas que consideram legítimas. Autoridade técnica, meritocrática e
administrada (leis e ordens legais).
TIPOS DE
SOCIEDADE E SOCIEDADE EXEMPLO AUTORIDADE LEGITIMAÇÃO ADMINISTRATIVO
AUTORIDADE
Tradicional Patriarcal e Clã, tribo, família. Não é racional. Tradição, hábitos, Forma patrimonial
patrimonialista. Sociedade Poder herdado usos e costumes. e forma feudal.
Conservantismo. medieval. delegado. Baseado
no “senhor”.
Carismática Personalista, Grupos Não racional, nem Características Inconstante e
mística e revolucionários, herdada, nem pessoais instável.
arbitrária. partidos políticos, delegável. Baseada (heroísmo, magia Escolhido pela
Revolucionaria. nações em no “carisma”. e poder mental) lealdade e pela
revolução. carismáticas do devoção ao
líder. líder e não por
qualificações
técnicas.
Legal, Racional e Racionalidade Estados modernos, Legal, racional, Justiça da Lei. Burocracia.
Burocrática. dos meios e dos grandes empresas impessoal, formal Promulgação e
objetivos. e exércitos. e meritocrática. regulamentação
de normas legais,
previamente
definidas.
Fonte: Maximiano, 2000.
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UNIDADE Teorias Consagradas da Administração
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Teoria do Comportamento Humano (ou Teoria Behaviorista)
A ênfase dada por esta Teoria é o comportamento humano dentro das
organizações complexas e a figura do “homem administrativo” que se constitui
num ser racional que toma de decisões no âmbito da sua competência pessoal
(CHIAVENATO, 2004, p. 280).
Necessidades de Maslow:
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UNIDADE Teorias Consagradas da Administração
Auto-realização
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3 Es!ma
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5 Social
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7 Segurança
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Fisiológica
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Fatores de Herzberg:
FATORES HIGIÊNICOS
FATORES MOTIVACIONAIS (satisfacientes?)
(insatisfacientes?)
CONTEXTO DO CARGO CONTEÚDO DO CARGO
(Como a pessoa se sente em relação à empresa). (Como a pessoa se sente em relação ao cargo).
· Condições de trabalho; · O trabalho em si mesmo;
· Salários e prêmios de produção; · Realização pessoal;
· Benefícios e serviços sociais; · Reconhecimento do trabalho;
· Políticas da organização; · Progresso profissional;
· Relações com a chefia e colegas. · Responsabilidade.
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· Quando precário, inibem a satisfação;
· Envolvem sentimentos de crescimento individual, reconhecimento
profissional e auto-realização.
Teoria X:
Teoria Y:
Teoria Estruturalista
Os pressupostos contidos na Teoria Estruturalista também influenciaram os
conceitos da melhoria dos processos empresariais e na administração como um
todo. Seus idealizadores afirmam que, sem o estruturalismo, aumentam-se as
dificuldades para o entendimento do complexo modelo organizacional.
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UNIDADE Teorias Consagradas da Administração
Aliás, uma das razões para a existência das organizações é o seu efeito sinérgico,
pois é através da sinergia que as organizações produzem valor agregado e podem
até atingir o que se chama de vantagem competitiva.
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Maximiano afirma que a TGS funciona com três premissas básicas:
1. Os sistemas existem dentro de sistemas - cada sistema é constituído de
subsistemas e faz parte de um sistema maior (supersistema).
2. Os sistemas são abertos – cada sistema aberto tem a característica de
executar um processo infinito de intercâmbio com o ambiente para troca de
energia e de informação.
3. As funções de um sistema dependem de sua estrutura - cada sistema
tem um objetivo ou finalidade que se constitui sem papel no intercâmbio
com os demais sistemas (MAXIMIANO, 2000).
Áreas Funcionais:
São agrupamentos de processos que juntos sustentam o ciclo de vida de um
recurso e possibilitam que os objetivos e a missão da empresa sejam alcançados.
As áreas funcionais são divididas em:
a) Áreas Funcionais Fim
Englobam as funções e as atividades envolvidas diretamente no ciclo de
transformação de recursos em produtos e de sua colocação no mercado, tais como:
produção, marketing, vendas etc.
b) Áreas Funcionais Meio
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UNIDADE Teorias Consagradas da Administração
Principais características:
· Ênfase na prática da administração;
· Reafirmação dos postulados clássicos (planejar, organizar, dirigir e controlar);
· Ênfase nos princípios gerais da administração;
· Ênfase nos objetivos e nos resultados;
· Ecletismo nos conceitos.
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Principais Teóricos:
· Peter Drucker;
· Ernest Dale;
· Harold Koontz;
· Louis Allen.
É uma Teoria que apresenta pontos de vista divergentes, entre os teóricos, que
não se preocupam em alinhar dentro de uma organização.
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UNIDADE Teorias Consagradas da Administração
A APO exige muito de cada um, portanto, as pessoas devem ser preparadas
para receber o método e poder aplicá-lo.
Principais Teóricos:
· Tom Burns;
· Alfred Chandler;
· Paul Lawrence e Losch;
· Joan Woodward.
Verifica-se que não existe uma única forma de organizar. A visão contingencial
procura analisar as relações da organização dentro e entre os subsistemas existentes,
bem como entre a organização e seu ambiente, e definir padrões de relações ou
configurações de variáveis.
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Considerações Finais
Nesta Unidade, apresentamos alguns conhecimentos acerca da evolução da
Administração após a Revolução Industrial e a publicação do livro “A Riqueza
das Nações” de Adam Smith. Além disso, discorremos das consagradas Teorias
Administrativas. Estas são universalmente aceitas em um mundo sob constante
mudança e transformação.
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UNIDADE Teorias Consagradas da Administração
Material Complementar
Indicações para saber mais sobre os assuntos abordados nesta Unidade:
Livros
Introdução à Teoria Geral da Administração
CHIAVENATO, I. Rio de Janeiro: Campus, 2004.
Riqueza das Nações
SMITH, A. Rio de Janeiro: Ediouro, 1986.
Leitura
Evolução das Teorias Administrativas - Esquemas e quadros
Site institucional do Conselho Federal da Administração (CFA)
http://goo.gl/ihEptA
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Referências
CHIAVENATO, I. Introdução à Teoria Geral da Administração. Rio de Janeiro:
Campus, 2004.
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Tópicos Avançados em
Administração
Material Teórico
Novas Abordagens da Administração
Revisão Textual:
Profa. Ms. Alessandra Fabiana Cavalcanti
Novas Abordagens da Administração
• Introdução
• Novas Abordagens da Administração
• Sistemas de Informações
• Considerações Finais
OBJETIVO DE APRENDIZADO
Nesta unidade, estudaremos os conceitos relativos às Novas Abordagens
da Administração, envolvendo as características, os componentes, os
ambientes e os níveis de cada abordagem provenientes das décadas de
1990, 2000 e 2010. Abordaremos também, os Sistemas de Informações
e os Sistemas Integrados de Gestão.
ORIENTAÇÕES
Para que os objetivos da unidade sejam alcançados, é fundamental que
você leia, cuidadosamente, todo o material e realize com atenção todas as
atividades propostas.
Contextualização
Nesta unidade, interpretaremos as Novas Abordagens da Administração, suas
características, componentes, ambientes e níveis de cada abordagem. Estudaremos
também, os Sistemas de Informação e os Sistemas Integrados de Gestão.
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Introdução
A Mudança no Ambiente dos Negócios está atrelada à Competição
Empresarial, a qual tem a capacidade de transformar complexidade e especialização
em desempenho.A competição permite construir organizações que funcionem. A
essência da competição é escolher o que não fazer. Praticamente todos concordam
que a competição é importante. Quase ninguém concorda com o que ela é.
Por dois séculos, até aproximadamente a metade do século XX, com a divisão
do trabalho e o início do processo de mecanização, a historia da industrialização
se caracterizou pela constante busca do aumento da produtividade. Os esforços
estavam voltados para a produção em larga escala e por um crescimento
quantitativo do mercado. A demanda superava o fornecimento e tudo o que se
produzia era vendido.
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UNIDADE Novas Abordagens da Administração
Meio Ambiente
Tecnologia
Inovação
Flexibilidade
Qualidade
Preço
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O exemplo da utilização das técnicas de melhorias contínuas dos processos
organizacionais é dado pelas empresas japonesas. Estas causaram grande impacto no
Ocidente, a partir da década de 1970, quando demonstraram extrema competência
no atendimento às exigências do mercado consumidor em que atuavam. As empresas
japonesas também causaram extremo desconforto aos meios empresariais ocidentais
nos métodos que utilizavam para a colocação de produtos com preços acessíveis e
qualidade muito acima da média dos concorrentes (LIMA, 1996).
Reengenharia
Muitos especialistas em Reengenharia atribuem a origem do emprego da
melhoria dos processos empresariais, pela primeira vez, no sentido que lhe é dado
hoje na Administração Contemporânea, ao norte-americano Michael Hammer.
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UNIDADE Novas Abordagens da Administração
a. Consiste no repensar dos propósitos da empresa (o que ela faz e como ela faz);
A Reengenharia deve ser entendida como o modo pelo qual se pode voltar a
empresa para o cliente, garantir qualidade e produtividade nos principais processos
organizacionais, obter maior agilidade e objetividade nas decisões e, finalmente,
transformar as organizações no sentido de torná-las mais competitivas.
a. Objetivo estratégico;
b. Visão por processos de negócio;
c. Melhoria significativa nos resultados;
d. Impacto organizacional amplo e profundo;
e. Esforço abrangente e multidisciplinar.
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O processo pode ser entendido como a sequência de atividades que começa na
percepção das necessidades explícitas e implícitas de um cliente e termina com a
superação de suas expectativas, através da transformação dos insumos recebidos
em produtos/serviços definidos e muitas vezes executados em parceria com clientes
e fornecedores, conforme ilustrado na Figura 2.
Inventário do Fornecedor Estoque de Estoque de Materiais Estoque de Produtos Estoque de Produtos Inventário do Cliente
Pedido ao Fornecedor Matérias-Primas em Processo Acabados Acabados Canal de Vendas
SUPRIMENTOS
Desenvolvimento de Fornecedores
Acordos Comerciais SERVIÇOS
Assistência Técnica CLIENTE / CONSUMIDOR
Suporte Pós-Venda
LOGÍSTICA (Entrada)
FORNECEDORES
Programação de Vendas
Movimentação Armazenagem MARKETING/VENDAS
Promoção / Propaganda
Relacionamento / Merchandising
PLANEJAMENTO
Planejamento da Entrada
S&OP / MPS / MRPCRP LOGÍSTICA (Saída)
Coleta de Pedidos / Distribuição /
Carteira de Pedidos
PRODUÇÃO
Controle do Chão
de Fabrica
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UNIDADE Novas Abordagens da Administração
(PLAN) (DO)
Planejamento e Estabelecimento Executar atividades conforme
dos Documentos Corretos Documentação
NÃO
(ACT)
Agir corretamente / Preventivamente SIM (CHECK)
sobre as causas de não conformidade Controlar a conformidade /
ou implementar melhorias oportunidade de melhoria
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A Figura 4 a seguir, apresenta o Diagrama de Ishikawa, ou Diagrama de Causa
e Efeito ou Diagrama Espinha de Peixe.
EFEITO
Figura 4: Ciclo do PDCA
Fonte: Elaborada pelo Autor
Just-in-Time (JIT)
O Just-in-Time (JIT) ou Bem-no-Tempo (BET) tem como objetivo a melhoria
contínua dos processos produtivos, possibilitando entre outros benefícios a redução
dos estoques fabris. O JIT/BET possui em sua filosofia e metodologia a aversão
e o ataque às perdas, ou seja, tudo aquilo que não agrega valor ao produto ou ao
serviço (LIMA, 1996).
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UNIDADE Novas Abordagens da Administração
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Kaisen
O Kaisen, conforme já mencionado anteriormente, consiste nos esforços
sistemáticos e contínuos em que todos na organização contribuem para a
lucratividade, a qualidade do produto e o prazo de entrega do mesmo ao cliente
serem constantemente melhorados.
MRP II
O Planejamento dos Recursos de Manufatura (Manufacturing Resources
Planning - MRP II) consiste numa filosofia de Administração que busca a melhoria
contínua do processo de manufatura através da utilização ótima das informações
disponíveis sobre pedidos a serem faturados aos clientes, posição dos estoques
existentes, centros produtivos e roteiros de produção, tempos associados à
fabricação, custeio do produto, etc. O MRP II possibilita à empresa a melhoria dos
seus processos interno e externo (LIMA, 1996).
Custeio ABC
O Custeio Baseado na Atividade (Activity Based Costing – ABC) tem como
objetivo o corte dos custos através da análise do processo como um todo e da
verificação das atividades que não agregam valor ao produto/serviço fornecido
pela empresa aos seus clientes (LIMA, 1996).
O Custeio ABC prega a eliminação dessa atividade não só do cômputo geral
da formação do custo, mas também de sua eliminação definitiva do processo.
O Custeio ABC está transformando a Contabilidade Gerencial tradicional com o
envolvimento crítico maior desta área nos processos organizacionais.
Downsizing
O Downsizing consiste na redução de níveis hierárquicos de uma organização
para manter o essencial e a aproximação da base em relação à cúpula (direção).
Geralmente, é acompanhado de uma descentralização do processo de tomada
de decisões para os níveis inferiores da pirâmide hierárquica da organização
(LIMA, 1996).
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UNIDADE Novas Abordagens da Administração
Benchmarking
O Benchmarking consiste num processo contínuo em que a empresa avalia
seus produtos, serviços, processos administrativos e operacionais em relação aos
seus mais fortes concorrentes ou mesmo às empresas notadamente reconhecidas
como líderes em termos de excelência empresarial (LIMA, 1996).
Gestão do Conhecimento
A Gestão do Conhecimento é um tema já bem conhecido nas disciplinas
de Administração. É um fenômeno sistêmico nas empresas que permanece
independente das pessoas. As organizações podem não ter cérebro, mas são
dotadas de sistemas cognitivos que elas mesmas desenvolvem e vão sendo
impregnados na sua cultura por meio, principalmente, de rotinas ou de
procedimentos (LIMA, 2003).
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A Organização de Aprendizagem é por si um conceito, muito mais próximo da
filosofia que das técnicas, não podendo ser tratada como uma abordagem para
melhorar as empresas. Trata-se de um conceito que vem sendo desenvolvido há
mais de 50 anos e requer a conscientização de que não existe fim, pois a ação e a
reação advindas das mudanças externas ou internas, ocorridas no ambiente ou no
indivíduo, fazem parte do processo de aprendizagem.
• Será que existe nas pessoas das empresas, além da consciência, a convicção
de que é possível ser uma organização de aprendizagem?
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UNIDADE Novas Abordagens da Administração
Sistemas de Informações
Um Sistema de Informação coleta, processa, armazena, analisa e distribui
informações com finalidade específica, seu principal objetivo é processar, de
forma econômica, dados para informações ou conhecimento. É a combinação de
pessoas, tecnologias, procedimentos e controles com os quais obtemos informações
relevantes que podem auxiliar a tomada de decisões. A utilização dos Sistemas de
Informações pelas organizações visa agilizar o processo de tomada de decisão,
disponibilizando informações em tempo real aos gestores.
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Dessa forma, podem-se identificar os elementos que compõem a estrutura básica
de um Sistema de Informação: dados, informação e processamento. Os dados
referem-se a uma descrição de coisas, eventos e transações que são registrados,
classificados e armazenados. A informação são os dados que foram organizados
para que tenham significado e valor. O processo de transformação do dado em
informação é o processamento.
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UNIDADE Novas Abordagens da Administração
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Movimento
SIGA EDI Banco
Fornecedor de Títulos
Fornecedor
LA Depreciação
Lançamentos
Pedido Automáticos
de Compra Recebimento Ativo Fixo LA FOLHA
de Mercadoria
Contas a Lançamento
Importação Cotação Controle de Pagar Simulação
Qualidade Financeira
Fluxo de Folha de Ponto
Solicitação Estoque Caixa Pagamento Eletronico
de Compra MP / MC Simulação
Preços de Venda
Orçamento
Contrato de Projeção de Ordens de Requisições
Fornecimento Estoque Produção Apropriações
Contabilidade
Carga Máquina
Manutenção Custos
Previsão de Controle de
Produção Industrial Centros
LA de Rateios
Vendas
Improdutivos
Considerações Finais
Vimos o quanto as Teorias e as Novas Abordagens da Administração, além
da Competição Empresarial, afetam decisivamente a estratégia e a organização
para alcançarem seus objetivos e metas de mercado. Os gestores contemporâneos
devem adotar uma nova mentalidade que valoriza as características básicas da
competição empresarial atual baseada em: Preço, Qualidade, Flexibilidade,
Inovação, Tecnologia e Meio Ambiente e os desafios que daí surgirem.
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UNIDADE Novas Abordagens da Administração
Material Complementar
Indicações para saber mais sobre os assuntos abordados nesta Unidade:
Sites
SAP Brasil
Site Institucional da empresa SAP Brasil, subsidiária da SAP AG da Alemanha. Uma
das maiores empresas de softwares de gestão do mundo.
http://go.sap.com/brazil/index.htm
TOTVS
Site Institucional da empresa Totvs. A maior empresa brasileira de softwares de
gestão empresarial.
http://go.sap.com/brazil/index.htm
Livros
ACADEMIA PEARSON. Gestão do Conhecimento. São Paulo: Pearson, 2012.
ACADEMIA PEARSON. OSM – Uma Visão Contemporânea. São Paulo: Pearson, 2011.
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Referências
BIO, S. Sistema de Informação. São Paulo: Atlas, 2001.
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Tópicos Avançados
em Administração
Material Teórico
Estratégias de Competição no Século XXI
Revisão Textual:
Profa. Ms. Alessandra Fabiana Cavalcanti
Estratégias de Competição no Século XXI
• Introdução
• Mercado Global Contemporâneo
• Crises Econômicas
• Blocos Econômicos
• Estratégias de Competição
• Transformação, Incorporação, Fusão e Cisão
• Considerações Finais
OBJETIVO DE APRENDIZADO
· Os objetivos desta unidade estão atrelados aos conceitos relativos
às Estratégias de Competição no Século XXI, envolvendo assim
as características do mercado global, os componentes das crises
econômicas, as estruturas dos blocos econômicos, as abordagens
das ferramentas estratégias e os processos de transformações,
incorporações fusões e cisões de empresas.
ORIENTAÇÕES
Para que os objetivos da unidade sejam alcançados, é fundamental que você leia
cuidadosamente todo o material e realize com atenção todas as atividades propostas.
Sugiro que você acesse e leia cuidadosamente o material teórico. Depois, você
poderá acompanhar a Videoaula e a Apresentação Narrada, pois elas o ajudarão
a compreender melhor os principais assuntos da unidade.
Além disso, tudo, você contará com textos e/ou vídeos indicados no material
complementar.
Contextualização
Nesta unidade, conheceremos as Estratégias de Competição no Século XXI,
suas características, seus componentes, seus ambientes e suas tendências para cada
abordagem. Estudaremos também, o Mercado Global Contemporâneo, as Crises
Econômicas, os Blocos Econômicos, as Estratégias de Competição e os Processos
de Transformações, Incorporações, Fusões e Cisões.
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Introdução
Com a proposta de melhores condições de aproveitamento do curso, por meio
de conhecimentos concretos, estudaremos nesta Unidade, a importância das
estratégias de competição num mercado turbulento e suas aplicações ao contexto
da gestão das empresas do século XXI.
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UNIDADE Estratégias de Competição no Século XXI
Países com grandes mercados internos, caso típico do Brasil, possuem muitas
empresas de grande porte que operam apenas em território nacional. Seu
desempenho, no entanto, é frequentemente influenciado pelas multinacionais.
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do mercado doméstico, quando a balança comercial mostra deterioração ou, ainda,
quando o alto nível de desemprego local começa a preocupar as autoridades.
Podemos citar como exemplo, o rótulo de uma garrafa de suco de laranja da marca
“Tropicana”, produzido nos Estados Unidos, com os seguintes dizeres: “Contém
suco concentrado da Áustria, Itália, Hungria e Argentina”. O produto é distribuído
em diversos países, em vários continentes, inclusive com a probabilidade de retomar
ao país de onde foi importado o suco concentrado. O exemplo ilustra, de maneira
simplificada, o quanto complexo pode ser o Processo de Negociação Internacional.
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UNIDADE Estratégias de Competição no Século XXI
Crises Econômicas
Crise de 1929
A crise é o desfecho de um período de grande expansão dos Estados Unidos
da América (EUA), que, após a Primeira Guerra Mundial, assumem a hegemonia
econômica do mundo. O aumento da produção industrial, a melhora do poder aquisitivo
da população e a liberalização do crédito provoca uma explosão de consumo.
A Crise de 1929 se tornou uma crise mundial, tendo em vista que os EUA eram
os maiores credores e financiadores das nações capitalistas europeias. Assim, a
crise econômica se alastrou com rapidez pelos países que dependiam fortemente
do capital norte-americano.
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O Reino Unido, a Alemanha e a França, visando ao enfrentamento da crise e
o desemprego, seguem o modelo norte-americano de interferência do estado na
economia e instituem políticas de bem-estar social.
Crise de 2008
O mundo chega ao fim de 2008 mergulhado em uma grave crise econômico-
financeira de grandes proporções, iniciada nos Estados Unidos da América (EUA),
a economia mais poderosa do planeta e responsável por pouco mais de 25%
do Produto Interno Bruto (PIB) mundial. Embora já houvesse sinais anteriores, o
estopim ocorre em 14 de setembro de 2008, com a quebra do quarto maior banco
de investimentos norte-americano, o Lehman Brothers.
Os compradores subprimes, por sua vez, puderam pagar suas prestações durante
certo tempo, graças aos juros baixos. Essas operações se tornaram bastantes
lucrativas para bancos e empresas de crédito imobiliário, que negociam títulos
no mercado financeiro tendo como garantia os empréstimos subprimes. Com o
aumento da procura, os preços dos imóveis subiram e as aplicações tornaram-se
um ótimo negócio para investidores, ajudando também a impulsionar a economia
norte-americana por anos.
Como resultado, o valor dos imóveis cai e os títulos com base nos empréstimos
perdem valor rapidamente. Há uma reação em cadeia em que muitos compradores
perderam seus imóveis; bancos e financeiras, com prejuízo dessa inadimplência,
ficam incapacitados de conceder novos empréstimos; a indústria da construção
civil sofre uma queda brutal. Portanto, toda a economia norte-americana sente os
efeitos desse recuo econômico.
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UNIDADE Estratégias de Competição no Século XXI
O primeiro país a tomar medidas agressivas para tentar modificar o cenário foi
o Reino Unido que anunciou um plano de US$ 87 bilhões de dólares para salvar
o sistema financeiro, prevendo até a nacionalização parcial de bancos. O pacote
também disponibiliza US$ 350 bilhões de dólares para garantir créditos entre as
instituições financeiras. O banco britânico Bradford & Bingley, o nono maior
do setor habitacional, é estatizado, e parte de seus ativos é vendida ao grupo
espanhol Santander.
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Crise de 2010
Três anos após a eclosão da Crise de 2008, a mais grave crise desde a
grande depressão de 1929, a economia global corre o risco de mergulhar numa
nova recessão. A ameaça desta vez é o elevado endividamento público, que
afeta dois dos principais motores da economia mundial: os Estados Unidos e a
União Européia (EU).
Um dos fatores que tornam a crise mais aguda na zona do euro é que os países
não têm soberania sobre a política monetária nem cambial, atribuições que
cabem ao Banco Central Europeu (BCE). O controle sobre a emissão de moeda
e a sua cotação diante do dóla r norte-americano são recursos adotados por
bancos centrais nacionais para poder pagar sua dívida e estimular as exportações.
Em parte, esse fator explica porque os países da EU que não estão na zona
do euro e têm soberania sobra a sua moeda, como Polônia e Suécia, foram
menos afetadas pela crise.
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UNIDADE Estratégias de Competição no Século XXI
Blocos Econômicos
Definição de Blocos Econômicos
Os Blocos Econômicos constituem associações de países que estabelecem
relações econômicas privilegiadas entre si e se classificam em zona de livre comércio,
união aduaneira, mercado comum e união econômica e monetária.
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PRINCIPAIS BLOCOS ECONÕMICOS
Ano de
Nome do Bloco Objetivo do Bloco Países/Territórios Membros
Criação
ALADI (Associação
Argentina, Bolívia, Brasil, Chile, Colômbia, Cuba, Equador, México,
Latino-americana de 1980 Mercado Comum
Paraguai, Peru, Uruguai e Venezuela.
Integração)
NAFTA (Acordo de Livre
Comércio da América
Área de Livre
do Norte) ou “North 1994 Canadá, Estados Unidos e México.
Comércio
American Free Trade
Agreement”
SADC (Comunidade da
África Meridional para
África do Sul, Angola, Botsuana, Lesoto, Madagáscar, Malauí,
o Desenvolvimento)
1992 Mercado Comum Maurício, Moçambique, Namíbia, República Democrática do Congo,
ou “South African
Seichelles, Suazilândia, Tanzânia, Zâmbia e Zimbábue.
Development
Community”.
APEC (Cooperação Austrália, Brunei, Canadá, Chile, China, Cingapura, Coreia do Sul,
Econômica da Ásia e do Área de Livre Estados Unidos, Filipinas, Hong Kong, Indonésia, Japão, Malásia,
1989
Pacífico) ou “Asía Pacific Comércio México, Nova Zelândia, Papua Nova Guiné, Peru, Rússia, Tailândia,
Economic Cooperation” Taiwan (Formosa) e Vietnã.
MERCOSUL (Mercado Argentina, Brasil, Paraguai, Uruguai e Venezuela (em processo de
1991 Mercado Comum
Comum do Sul) adesão).
ECOWAS (Comunidade
Econômica dos Estados Benin, Burkina Fasso, Cabo Verde, Costa do Marfim, Gâmbia, Gana,
Integração
da África Ocidental) ou 1975 Guiné, Guiné-Bissau, Libéria, Mali, Níger, Nigéria, Senegal, Serra
Econômica
“Economic Community of Leoa e Togo.
West African States”
Fonte: elaborado pelo Autor
BRICS
É um grupo formado em 2009 por países emergentes, tais como: Brasil,
Rússia, Índia e China para uma cooperação econômica e política no cenário
global. Em 2011, o grupo incorporou a África do Sul.
O termo BRIC para designar os quatro países gigantes emergentes foi cunhado
pelo economista britânico Jim O´Neill em 2001.
Estratégias de Competição
Empreendedorismo
O empreendedorismo e o empreendedorismo corporativo são praticados em
vários países. Quando usados por empreendedores essesrecursos estão fortemente
relacionados ao crescimento econômico do país. Esta relação é uma importante
razão para a crescente utilização do empreendedorismo e do empreendedorismo
corporativo em países de toda a Economia Global.
15
15
UNIDADE Estratégias de Competição no Século XXI
Inovação
A inovação é o resultado-chave que as firmas procuram, por meio do
empreendedorismo e, muitas vezes, é a fonte de sucesso competitivo para
companhias que competem na economia global. A inovação destina-se a aumentar
a competitividade estratégica e o desempenho financeiro de uma empresa.
Pesquisas recentes mostram que firmas que investem em inovação obtêm os
retornos mais elevados.
Alianças Estratégicas
As alianças estratégicas são as parcerias entre empresas, em que os recursos, as
capacidades e as competências essenciais são combinados para perseguir interesses
e metas comuns para ganhar paridade competitiva ou Vantagem Competitiva em
relação às rivais.
As alianças estratégicas são utilizadas com muita frequência, muitas vezes são
formadas para produzir ou gerenciar inovações. Para inovar através de uma relação
cooperativa, como por exemplo, uma aliança estratégica, as firmas compartilham
seus conhecimentos e habilidades.
Estratégias de Competição
A intenção estratégica consiste na alavancagem dos recursos internos,
capacidades e competências essenciais de uma empresa, visando ao cumprimento
de suas metas no ambiente competitivo.
16
e as práticas comerciais individualizadas e de organizações de uma variedade de
regiões de culturas (LIMA, 2003).
17
17
UNIDADE Estratégias de Competição no Século XXI
Análise SWOT
A Análise do SWOT fornece a informação que é útil para combinar os recursos e
as potencialidades da empresa ao ambiente em que se opera. Também é conhecida
como FOFA, ou seja, Forças, Oportunidades, Fraquezas e Ameaças (LIMA, 2003).
18
A Análise do SWOT fornece a informação que é útil para combinar os recursos
e as potencialidades da empresa ao ambiente em que se opera. O quadro seguinte
mostra os ajustes necessários de uma Análise do SWOT em uma varredura ambiental.
19
19
UNIDADE Estratégias de Competição no Século XXI
20
A atratividade da indústria pode ser determinada por fatores como, por exemplo,
o número de concorrentes, a taxa de crescimento do segmento e a fraqueza dos
concorrentes dentro de uma indústria, enquanto as forças do negócio podem ser
determinadas por fatores como, por exemplo, a posição financeiramente sólida
de uma empresa, sua boa posição de barganha com os fornecedores e o uso de
tecnologia de alto nível.
Alta 4
I
Média 3
R
S
Baixa 2 R
I Investimento/cresciment
S Investimento seletivo
R Resultado/ desinvestimento
Figura 2: Matriz GE
Fonte: CERTO, 2003
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21
UNIDADE Estratégias de Competição no Século XXI
Ameaça de
Novos
Ingressantes
Rivalidade
Poder de Poder de
Entre os
Barganha dos Barganha dos
Concorrentes
Fornecedores Compradores
Existentes
Ameaça de
Produtos
Substitutos
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• Incorporação. Operação em que uma ou mais sociedades (incorporadas) são
absorvidas por outra (incorporadora) que lhes sucederá em todos os direitos e
obrigações (artigo 227 da lei).
• Fusão. Operação em que se unem duas ou mais sociedades (fusionadas) para
formar sociedade nova, que lhes sucederá em todos os direitos e obrigações
(artigo 228 da lei).
• Cisão. Operação em que a companhia cindida transfere parcelas do seu
patrimônio para uma ou mais sociedades constituídas para esse fim ou já
existentes, extinguindo-se a companhia cindida, se houver versão total do
seu patrimônio, ou dividindo-se o seu capital, se a versão do patrimônio for
parcial. (artigo 229 da lei).
• Dissolução. Uma companhia pode ser dissolvida: I – De pleno direito (com
aprovação da maioria dos acionistas em assembleia); II – Por sentença judicial,
em que a dissolvida será liquidada: nomeia-se o liquidante para pagar o passivo
e ratear o ativo remanescente entre os acionistas (com prestação de contas e
aprovada na assembleia).
Com base no que estudamos até aqui, observe no Quadro 7, como se dá a
reavaliação de ativos.
Objetivo Para que o balanço possa refletir os valores do ativo imobilizado mais próximos aos de reposição.
É facultativo, porém as companhias que forem adotá-lo devem observar os preceitos da legislação
societária (artigos176 e 182 da Lei 6.404/76 com alterações da Lei 11.638/07) e fiscal (Deliberação
CVM nº. 193/95 e Lei 3.000/99 que alterou o RIR). A nova avaliação dos bens deverá ser feita por
Procedimentos 3 peritos ou por empresa especializada, nomeados em assembleia geral especialmente convocada
para esse fim, que emitirão um laudo com a descrição detalhada dos bens e dos documentos de
compra, sua identificação contábil, vida útil remanescente do bem reavaliado. Após aprovação da
assembleia, os bens incorporar-se-ão ao patrimônio da Cia.
Debita esse bem (Ativo Imobilizado) e credita a conta Reserva de
Lançamento Reavaliação (Patrimônio Líquido).
Fonte: Elaborado pelo Autor
Considerações Finais
O mercado atual calcado na Globalização / Mundialização da Economia,
caracterizado por paradoxos, desordem política, caos econômico, falta de perspectivas
sociais, imprecisão, incoerência etc., faz com que os profissionais de marketing e
vendas busquem o tripé do sucesso empresarial: lucro, capital de giro e perpetuação
da empresa no mercado, traduzindo em produtividade, rentabilidade e qualidade no
atendimento, possibilitando assim, maior agregação de valor ao cliente.
No novo cenário competitivo do século XXI, a Competitividade Estratégica
será alcançada apenas por aqueles que forem capazes de atender ou ultrapassar
os padrões globalizados.
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23
UNIDADE Estratégias de Competição no Século XXI
Material Complementar
Indicações para saber mais sobre os assuntos abordados nesta Unidade:
Livros
Administração Estratégica e Vantagem Competitiva – Conceitos e Casos
BARNEY, Jay B; HESTERLY, William S. São Paulo: Pearson, 2011.
Economia Internacional
KRUGMAN, Paul R; OBSTFELD, Maurice; MELITZ, Marc J. São Paulo: Pearson, 2015.
Sites
Site Institucional da Organização para Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE).
http://www.oecd.org/
24
Referências
CERTO, S. C. Administração Moderna. São Paulo: Pearson, 2003.
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Tópicos Avançados
em Administração
Material Teórico
Liderança no Século XXI
Revisão Textual:
Profa. Ms. Alessandra Fabiana Cavalcanti
Liderança no Século XXI
• Introdução
• Conceitos de Liderança
• Evolução Histórica da Teoria da Liderança
• Liderança no Século XXI
• Conceitos de Líder
• Considerações Finais
OBJETIVO DE APRENDIZADO
· Estudar os conceitos relativos à Liderança no Século XXI, envolvendo
o conceito de liderança, a evolução histórica da liderança, a liderança
no século XXI e os conceitos de líder.
ORIENTAÇÕES
Esta Unidade tem como eixo o estudo da “Liderança no Século XXI” e o nosso
desafio não é apenas caracterizar esse líder, mas desenvolver um modelo de
liderança adequado à nossa realidade. Para superar esse desafio, precisamos
abordar o líder desse século em seus aspectos primordiais.
Assim, esta unidade está estruturada em quatro tópicos que vão nos guiar em
nossa disciplina. São eles:
1) O Conceito de Liderança;
2) A Evolução Histórica da Liderança;
3) A Liderança no Século XXI (O Líder Janusiano; O Líder Baseado nas Emoções;
O Líder Baseado no Valor; O Líder Dualista: prosperando no paradoxo);
4) Os Conceitos de Líder
Haverá indicações de capítulos de livros presentes no plano de ensino da disciplina
para leituras em “documentos da disciplina”, intrinsecamente ligados ao eixo
desta unidade e que exemplificam os temas enunciados.
A ordem dos temas acima se baseia na lógica da própria liderança, pois como
sabemos a liderança trata, respectivamente, de um processo contínuo de
influência e de intervenção nas organizações em prol de resultados futuros sem
menosprezar análises de cenários do passado.
Os capítulos que serão indicados deverão ser lidos por vocês para que então
todos possam estar prontos para participarem da atividade de sistematização e
reflexiva. A atividade de sistematização envolverá uma avaliação com base em
questões alternativas sobre o material que será disponibilizado em “exercícios”
junto à plataforma Blackboard e a atividade reflexiva envolverá a participação em
uma atividade sobre o tema “Steve Jobs e a Apple”.
A atividade reflexiva irá explorar o nível de teorização de todos vocês para
modelar um estilo de liderança adequado à nossa realidade. Também serão
disponibilizadas outras indicações de leituras no espaço “material complementar”
em “documentos da disciplina” e as referências bibliográficas utilizadas para
elaboração desta unidade.
Desta maneira, desejo a você bons estudos!
UNIDADE Liderança no Século XXI
Contextualização
A Liderança no Século XXI implica intervir em organizações que competem em
âmbito global. Cada vez mais os administradores elaboram estratégias internacionais
e trabalham em projetos internacionais ou com equipes interculturais; cada vez
mais são exigidos do administrador maior flexibilidade e conhecimentos para lidar
com situações inesperadas ou contingências, tais como necessidades de reduções
das estruturas hierárquicas, crises etc. A expansão dos negócios sob esse contexto
exige uma revisão do estilo de liderança tradicional burocrático e do próprio perfil
de líder que ouvimos falar até aqui. Liderar pessoas, quando se tem um cargo
superior em uma hierarquia administrativa, é diferente de liderar quando não se
tem um cargo. A liderança não deve ser vista apenas como um atributo de um
cargo, mas como um processo de alcançar resultados através das pessoas e assim
influenciar suas mentalidades e comportamentos.
Janus, antigo deus romano (153 a.C.) retratado com duas faces, uma voltada para
o passado e outra para o futuro é utilizado metaforicamente aqui para simbolizar a
natureza realística da liderança.
6
É o líder que aprende com o passado para elaborar estratégias de intervenção para
o futuro. É o líder que tem duas faces, uma voltada para o passado e uma para o
cenário do futuro.
A característica desse líder é o fato de ser uma pessoa guiada por valores especiais
que ajudam a construir relacionamentos duradouros com os stakeholders. O
objetivo aqui é de contribuir para as organizações através da ênfase nos processos,
nas pessoas e no compartilhamento das informações com todos os membros.
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7
UNIDADE Liderança no Século XXI
4. O Líder Dualista
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Introdução
Nesta Unidade, faremos uma reflexão da evolução nas organizações com
a formação do capital humano, o qual vem crescendo, em importância, com o
avanço tecnológico e com a expansão do setor de serviços.
Contudo, a relação entre a empresa e o empregado não pode mais ser primada,
por uma organização burocrática, conduzida simplesmente ao estabelecimento de
metas e cumprimento de deveres dentro de certos limites de controle.
Em razão disso, é extremamente relevante fazer com que mais pessoas pensem
em liderança, porque essa prática forçaria uma reavaliação das ações atuais que
moldam as carreiras de um grande número de pessoas dentro das organizações.
9
9
UNIDADE Liderança no Século XXI
Conceitos de Liderança
O estudo da liderança e as teorias que abordam o assunto líder/liderado no
contexto das organizações, das associações, das religiões, das nações ou de qualquer
outro grupo social, é um tema que desperta grande interesse dos pesquisadores e
cientistas sociais.
A liderança não é um conceito de fácil definição. Seu uso rotineiro na vida cotidiana
distorce o modo como é definida, consequentemente, dificulta a construção de um
conceito. Bryman (2004) resgata a definição de liderança de um pesquisador, cujo
trabalho teve um grande impacto num dos estágios da evolução da teoria. O conceito
de liderança abordado por Stogdill, em 1950, refuta que ela pode ser considerada
como um processo de influenciar as atividades de um grupo organizado em seus
esforços no estabelecimento e na execução de metas (BRYMAN, 2004).
10
Os novos conceitos sobre liderança foram elaborados após o desenvolvimento
da administração científica e neoclássica, isto devido à mudança do contexto
social, o qual gerou, certamente, um comportamento diferente nos jovens da
década de 1960 e de 1970, que estavam entrando no mercado de trabalho e
não iriam aceitar as mesmas condições de trabalho de antecessores (MOTTA e
VASCONCELLOS, 2002).
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UNIDADE Liderança no Século XXI
Cada uma dessas etapas indica uma transformação de enfoque e não o fim das
anteriores, e a cronologia dos estudos, estão associados à mudança de ênfase. A
cobertura e a interpretação dessas principais abordagens serão dispostas a seguir,
dividindo-as em tópicos específicos, os quais representam uma forma mais evoluída
sobre o estudo da liderança.
12
Essa segunda etapa que norteia os estudos sobre Estilo de Liderança se inicia
após a II Grande Guerra Mundial, no momento em que a grande preocupação
está nas atividades de gerenciamento do dia-a-dia das organizações. Assim, a
concentração de esforços foi conduzida no sentido de analisar o comportamento e
a ação adequada do líder.
Essa mudança denotou uma alteração nas implicações práticas da pesquisa
sobre liderança.
Enquanto a Teoria dos Traços caracterizou os tipos de pessoas que se tornaram
líderes e diante dessa proposta possuíam enorme potencial para abastecer as
organizações com informações importantes na seleção de líderes atuais ou futuros,
a Abordagem do Estilo de Liderança tem sua ênfase no treinamento em
detrimento da seleção dos líderes.
Inúmeras pesquisas com a visão de colocar em evidência comportamento e
eficácia dos líderes foram aplicadas. A hipótese proposta era determinar o nível
de desempenho obtido pelo grupo comparado ao estilo de liderança do líder. Os
dois itens abordados, com maior ênfase no questionário destas pesquisas sobre
o comportamento do líder, foram a consideração e a iniciativa de estruturar os
processos que estavam sob sua responsabilidade. O primeiro define a preocupação
e a consideração do líder para com os subordinados; e o segundo denota o quê e
como os subordinados devem fazer.
As análises das pontuações dos líderes dentro desses dois estilos foram relacionadas
a várias medidas de resultados, tais como desempenho do grupo e satisfação dos
subordinados. A consideração estava associada à moral e à motivação no trabalho,
porém, apresentava baixos níveis de desempenho (BRYMAN, 2004).
A importância da abordagem pode ser apenas um registro das percepções
genéricas das pessoas sobre o comportamento dos líderes, e sua importância é tanto
metodológica, quanto substantiva. Consideração e iniciativa de estruturar ainda
eram expressões empregadas em estudos muitos anos depois que a abordagem de
estilo perdera a atualidade.
Embora a abordagem metodológica tenha continuado a ser usada de várias
formas, na década de 1960, a principal tendência foi o estudo dos modelos
contingenciais de liderança, que veremos a seguir.
Teoria Contingencial
As Teorias Situacionais possuem como principal foco de interesse o estudo
do comportamento contingente em liderança, que se refere ao ambiente
organizacional e ao perfil e ao comportamento dos liderados. “Os defensores da
abordagem contingencial destacam os fatores situacionais para a compreensão
de liderança e, assim, buscam especificar as variáveis situacionais que moderarão
a efetividade das diferentes abordagens de liderança” (BRYMAN, 2004, p.261).
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UNIDADE Liderança no Século XXI
M4 M3 M2 M1
Capaz e com Capaz mas sem Incapaz mas Incapaz e sem
disposição ou disposição ou com disposição disposição ou
seguro inseguro ou confiante inseguro
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Abordagem da Nova Liderança
A caracterização da expressão Nova Liderança tem sido usada para denotar
as abordagens atuais que surgiram na década de 1980 e que, consequentemente,
sinalizam um novo modo de conceituar e pesquisar a liderança (BRYMAN, 2004).
Na análise literal do termo transacional significa trocar algo por outro objetivo,
sentido ou ação. Segundo Steiner (1976), psicólogo americano, a teoria transacional
é sustentada quando o comportamento entre duas pessoas é mais compreensível
examinado em termos de transações.
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UNIDADE Liderança no Século XXI
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Liderança no Século XXI
A Liderança no Século XXI implica intervir em organizações que competem em
âmbito global. Cada vez mais os administradores elaboram estratégias internacionais
e trabalham em projetos internacionais ou com equipes interculturais. Nesse novo
cenário, são cada vez mais são exigidos do administrador maior flexibilidade e
conhecimentos para lidar com situações inesperadas ou contingências tais como
necessidades de reduções das estruturas hierárquicas, crises etc.
A expansão dos negócios sob esse contexto exige uma revisão do estilo de Lide-
rança Tradicional Burocrática e do próprio perfil de líder que ouvimos falar até aqui.
Liderar pessoas quando se tem um cargo superior em uma hierarquia administrativa é
diferente de liderar quando não se tem um cargo. A liderança não deve ser vista apenas
como um atributo de um cargo, mas como um processo de alcançar resultados por
meio das pessoas, e assim influenciar suas mentalidades e comportamentos.
Liderança Janusiana
Janus, antigo deus romano (153 a.C.), retratado com duas faces, uma voltada
para o passado e a outra para o futuro é utilizado metaforicamente aqui para
simbolizar a natureza realística da liderança.
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UNIDADE Liderança no Século XXI
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Liderança Dualista
O líder se envolve em dualidades ou em dilemas nas organizações, pois o mundo
das organizações envolve uma série de paradoxos. Aprende-se em administração
que é preciso ser flexível, mas simultaneamente centralizador nos momentos críticos
para estabelecer assim metas estratégicas. Da mesma forma, também se aprende
que é preciso adaptar o produto aos gostos dos clientes, sem perder as vantagens
da economia de escala e, por último, de aprender que é preciso estar próximo dos
funcionários, porém mantendo um distanciamento adequado. Em meio a esses
paradoxos, o líder deve formar equipes com pessoas diferentes e lidar com esses
diversos dilemas.
Conceitos de Líder
Os resultados das empresas são conquistados por meio dos grupos de trabalho,
dos recursos materiais, tecnológicos e financeiros. A ação humana, evidentemente,
é a estrutura mais relevante e capaz de conduzir as entidades na consecução dos
seus objetivos.
19
19
UNIDADE Liderança no Século XXI
Com efeito, o que acontece em muitas empresas é a figura do líder que luta para
manter seu cargo, preocupa-se somente com os objetivos da empresa e abandona
os sentimentos, as necessidades e as aspirações dos liderados. Neste modelo, o
gerente apresenta sugestões, toma a decisão e impõe mudanças sem a participação
dos funcionários.
Considerações Finais
As questões levantadas nesta Unidade refletem parte dos estudos sobre a
liderança, desde os primeiros conceitos estabelecidos, cujas vertentes possuíam
como enfoque a figura do líder nato, até a liderança com perfil organizacional, na
qual a abordagem estuda a ação da liderança nas instituições.
Nas pesquisas mais recentes sobre o tema, os autores têm como propósito
investigar se a ação da liderança é eficaz não somente na produção de resultados,
mas também se seus seguidores estão convictos de que as atividades atribuídas a
eles pelos líderes são pactuadas, isto é, os liderados acatam as ordens dos líderes
pela credibilidade que esses têm por eles.
20
Material Complementar
Indicações para saber mais sobre os assuntos abordados nesta Unidade:
Sites
Revista de Administração de Empresas da Fundação Getúlio Vargas (FGV)
Este sítio é um repositório público de artigos acadêmicos sobre a administração no
Brasil que caracteriza a complexidade do ambiente gerencial sobre o qual deverão
atuar os líderes.
http://rae.fgv.br/
Exame
Este portal reúne artigos que mostram os gerentes ou os líderes heróis. A análise desses
artigos sob a ótica desta unidade implica um diagnóstico realista sobre a infalibilidade
dos modelos de lideranças ou mesmo o questionamento das características dos líderes,
que são mais veneradas pelo mercado.
http://exame.abril.com.br/
Livros
Administração no século XXI
CHOWDHURY, S. & Outros. O estilo de Administrar hoje e no futuro. São Paulo:
Pearson Education do Brasil, 2003.
A Estante do Administrador
PIERCE, J.L. Porto Alegre: Bookman, 2007.
Leitura
Administração do Século XXI: o modo de gerenciar hoje e no futuro
Chowdhury, S. São Paulo: Pearson Education do Brasil, 2003.
Os capítulos que utilizaremos estão neste livro digital da biblioteca da Pearson. Ao
acessar a página de login deve ser informado o seu login e Senha. Você encontrará
facilmente o livro através da ferramenta de busca da biblioteca digital ou clicando no
título referente no canto esquerdo, na área de administração e negócios.
• Capítulo 2. O Líder Janusiano (pp.17-31);
• Capítulo 3. O Líder Baseado nas Emoções (pp. 32-43);
• Capítulo 6. O Líder Baseado no Valor (pp. 82-93);
• Capítulo 5. O Líder Dualista: prosperando no paradoxo (pp. 65-81).
http://cruzeirodosul.bvirtual.com.br/login
21
21
Referências
BERGAMINI, C. W. Liderança – Administração do Sentido. São Paulo: Atlas, 1994.
STEYNER, C. Beyond Games and Scripts. New York: Editor Grove Press, 1976.
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Tópicos Avançados
em Administração
Material Teórico
Organização e os Paradigmas do Século XXI
Revisão Textual:
Profa. Alessandra Fabiana Cavalcanti
Organização e os Paradigmas
do Século XXI
• Introdução
• Sistemas de Informações Gerenciais (SIG)
• Processo de Tomada de Decisões
• Sistemas de Gestão Empresarial
• Considerações Finais
OBJETIVO DE APRENDIZADO
· Abordar a evolução do Sistema de Informação, a questão da
Tecnologia da Informação (TI) e os Sistemas de Gestão Empresariais
Contemporâneos, tais como: o Enterprise Resource Planning (ERP),
o Customer Relationship Management (CRM), o Supply Chain
Management (SCM) e o Business Intelligence (BI).
ORIENTAÇÕES
Esta Unidade tem como eixo o estudo da “Organização e os Paradigmas do
Século XXI” e o nosso desafio não é apenas caracterizar esse tema, mas abordar
a evolução do Sistema de Informação, a questão da Tecnologia da Informação (TI)
e os Sistemas de Gestão Empresariais Contemporâneos, tais como: o Enterprise
Resource Planning (ERP), o Customer Relationship Management (CRM), o
Supply Chain Management (SCM) e o Business Intelligence (BI).
Assim esta unidade está estruturada em três tópicos que vão nos guiar em nossa
disciplina. São eles:
Contextualização
Prezado (a) Aluno (a),
Bons estudos!
6
Introdução
Em muitas empresas, geralmente nas empresas maiores ou de médio e
grande porte, os departamentos ou as áreas podem ter funções separadas. No
entanto, o novo paradigma empresarial requer que os departamentos/áreas
sejam integrados, ou seja, formem uma única entidade Uma missão importante
da nova organização do século XXI é administrar o fluxo de entrada, o interno e
o de saída e controlar o fluxo de dinheiro que entra, circula e saí da organização.
Essa é uma tarefa bastante ampla, já que o dinheiro está envolvido em todas as
funções de uma organização.
Esta Unidade tem como objetivo principal a descrição das atividades envolvidas
nos Sistemas de Informações, além de apresentar os conceitos e as definições
dos Sistemas de Informações Gerenciais (SIG) e a Teoria do Enterprise Resource
Planning (ERP), envolvida no mundo empresarial contemporâneo.
7
7
UNIDADE Organização e os Paradigmas do Século XXI
Sistemas Operacionais
• Livro Razão Geral
• Vendas e Pedidos
• Contas a Pagar e a Receber
• Recebimento e Remessas
• Folha de Pagamento
• Controle de Estoques
• Relatórios e Balanços
Periódicos
Sistemas Táticos
• Preparação e Controle do Ambiente Externo
Ambiente Interno Orçamento • Órgãos Reguladores
• Alta Administração • Controle de Investimentos • CVM (Comissão de Valores
• Operações/Produção • Orçamento de Capital Mobiliários)
• Marketing • Análise e Controle de Custo • Clientes
• Recursos Humanos • Gerenciamento de • Fornecedores
• Engenharia Impostos • Consumidores
• Auditoria • Parceiros Comerciais
• Planejamento Financeiro
Sistemas Operacionais
• Livro Razão Geral
• Vendas e Pedidos
• Contas a Pagar e a Receber
• Recebimento e Remessas
• Folha de Pagamento
• Controle de Estoques
• Relatórios e Balanços
Periódicos
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Sistemas de Informações Gerenciais (SIG)
Para Oliveira (2002, p. 31), “sistema é um conjunto de partes interagentes e
interdependentes que, conjuntamente, formam um todo unitário com determinado
objetivo e efetuam uma determinada função”. Ambiente, níveis, características e
componentes de um sistema e como a empresa é vista como um sistema. Outro
aspecto a ser abordado é o ambiente do sistema, principalmente quando o sistema
considerado é a própria empresa tratada como um todo. Ambiente é o conjunto de
todos os fatores que, dentro de um limite específico, que possui alguma influência
sobre a operação do sistema.
Governo
Comunidade
Acionistas
Opinião Pública
Clientes
Universidades Empresa
Fornecedores
Intermediários
Colaboradores
Sindicatos
Terceirizados
9
9
UNIDADE Organização e os Paradigmas do Século XXI
10
• Apoio catalisador de um sistema de controladoria;
• Conhecimento e confiança no sistema de informações gerenciais;
• Existência de dados / informações relevantes e atualizados;
• Adequada relação custo x benefício.
11
11
UNIDADE Organização e os Paradigmas do Século XXI
SI R
Pro ecur
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um ciali ma s d
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ced wa
ecu ais
R s Fin ime re
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Controle do Desenvolvimento
do Sistema
Mídia re
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inas e dwa
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M á qu s de H a r
sos de Conhe
Armazenamento de
Dados cimento
so
Recursos de Dados
Recur
Recursos de Rede
Meios de Comunicação e Suporte de Rede
12
• Desafios quanto à organização: diferenças culturais impactam na forma de
trabalhar das pessoas. As leis nacionais criam práticas contábeis diferentes,
existem moedas diferentes, convenções diferentes para nomear partes dos
produtos ou da própria empresa.
• Desafios em tecnologia: transferência de dados de uma unidade de negócios
de um país para outro, para ocorrer, são necessários recursos especiais de
hardware, de software e de telecomunicações. Para equilibrar as diferenças de
hardware e os sistemas de telecomunicações, torna-se necessária a utilização
de um software especial que faça a tradução de um sistema para outro.
13
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UNIDADE Organização e os Paradigmas do Século XXI
14
Sistemas de Gestão Empresarial
A informação é algo primordial na sociedade atual, e seu crescimento é constante
e não é diferente no contexto empresarial, sendo necessário o armazenamento
e a triagem para a elaboração de relatórios sólidos. Com esse avanço cria-se a
necessidade de integrar as informações.
Os Sistemas de Gestão Empresarial podem atender a essa necessidade e unificar
os ambientes da empresa de modo que as informações não se percam, servindo
de base para estabelecer relatórios sólidos, buscando fornecer aos administradores
uma gestão integrada da empresa, com foco principal no fluxo de informações
necessárias que os auxiliam à tomada de decisão e ao planejamento estratégico.
EPR
Finanças
MRP II
Produção
MRP
15
15
UNIDADE Organização e os Paradigmas do Século XXI
Diretoria e Acionistas
Relatórios
Venda e Finanças e
Distribuição Controladoria
Forncenedores
Clientes
Banco de Manufatura
Força de Vendas Dados
a Serviço do Pessoal de Suporte
Cliente Administrativo
Apoio a Gerenciamento
Serviços de Materiais
Gerenciamento
de Recursos
Humanos
Funcionários
16
No entanto, também existem desafios no qual as empresas que resolvem adotar
este tipo de sistema talvez encontrem:
• A decisão sobre a adoção de ERP tem sido tomada de forma apressada,
alimentada pelo marketing dos fornecedores;
• Muitas empresas calculam de forma errada, os custos relativos à implantação
de um ERP. Os custos devem incluir: licenças do software; do hardware; dos
serviços de consultoria e de treinamento; e ajustes após a implantação;
• A atualização constante do sistema e gerenciamento das versões. Mesmo após
a implantação, o sistema mantém-se em evolução contínua, a fim de refletir os
processos da empresa;
• O redesenho de processos e as mudanças organizacionais são essenciais para
alcançar os objetivos;
• A interface do ERP com outros sistemas não é fácil, pois, em geral, eles
apresentam interfaces proprietárias e adaptá-las ou adaptar os sistemas
existentes a essas interfaces requer esforço de desenvolvimento e de
programação de testes que pode se tornar algo muito oneroso para a empresa;
• A implantação de um ERP tem sido problemática por duas razões: a empresa
não faz antes as escolhas estratégicas para configurar os sistemas e os
processos, assim a implantação escapa do controle da empresa;
• O projeto é amplo, muitas empresas perdem de vista as motivações originais
e naufragam diante das dificuldades encontradas;
• Implantar um ERP requer cuidados como: escolher o mais adequado às
peculiaridades da organização e selecionar os parceiros envolvidos na
implantação, como uma consultoria experiente no assunto;
• O sucesso na adoção de um ERP se inicia na seleção.
17
17
UNIDADE Organização e os Paradigmas do Século XXI
cliente tem para a empresa, se vai ser fator preponderante saber um pouco mais
do cliente, o que a organização espera saber do cliente, o seu status, qual o valor
que o cliente tem para a empresa e quais meios de comunicação o cliente utiliza
para se chegar à empresa.
Para O’Brien (2004), custa seis vezes mais vender a um novo cliente que vender a
um cliente antigo. Normalmente, um cliente insatisfeito com a empresa contará sua
má experiência para oito a dez pessoas. É possível conferir na figura 6, a seguir, os
principais agrupamentos de aplicações na administração do relacionamento com o
cliente, conforme citado pelo autor:
Vendas
Vendas por telefone
Vendas pela Web
Vendas em campo
Vendas em varejo
• Visão unificada do clientes
Marketing • Mensagem consistente aos clientes
Dados de campanha
Conteúdo
• Cuidado ponta a ponta com os clientes
Análise de dados • Relacionamentos duradouros com os clientes
Atendimento ao cliente
• Identificação dos melhores clientes
Central de atendimento
Dados de auto-atendimento pela web
Dados de atendimento em campo
Dados por equipamentos
sem fio
Uma boa administração de contato tem como centro o cliente potencial ou apenas
o cliente, vislumbra o marketing e a satisfação, o apoio e o atendimento ao cliente,
as vendas – vendas cruzadas, crescimento das vendas, televendas, atendimento
de campo e de frente da loja, programa de fidelidade e retenção. Para ampliar
o entendimento deste software, vamos por parte, seguindo a desfragmentação
explicitada por O’Brien (2004):
• Vendas - o software de CRM processa os contatos com os clientes, com as
empresas e com os eventos do ciclo de vida de clientes por vendas cruzadas e
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aumentos de vendas. O CRM, por exemplo, alertaria um vendedor de banco
para fazer contato direto com clientes que fazem grandes depósitos para
vender-lhes os principais programas de crédito ou de serviços de investimento;
• Marketing direto e satisfação - o CRM pode sistematizar tarefas como
qualificação de clientes, controle de reações, programação de contatos de
vendas e fornecimento de informações para clientes e clientes potenciais;
• Atendimento e suporte ao consumidor - o CRM ajuda de imediato os gerentes
de atendimento ao consumidor a criar, a nomear e a administrar pedidos
de serviços. O software help desk ajuda os representantes do atendimento
ao consumidor a auxiliarem os clientes que estão tendo problemas com um
produto ou um serviço, fornecendo dados de serviço relacionados e sugestões
para solucionar os problemas.
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UNIDADE Organização e os Paradigmas do Século XXI
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Com a evolução das práticas de segmentação de mercado e do lançamento
contínuo de novos produtos, juntamente com o surgimento de novas e variadas
formas de varejo, os canais de distribuição foram se tornando cada vez mais
complexos e este processo continua até hoje. Esse aumento da competição e a
instabilidade dos mercados levaram a uma crescente tendência à especialização.
Neste cenário, surge o Supply Chain Management (SCM), que, de acordo com
Fleury, Wanke e Figueiredo (2000, p. 42) é:
“o esforço de coordenação nos canais de distribuição, por meio da
integração de processos de negócios que interligam seus diversos
participantes do canal de distribuição por meio da administração
compartilhada de processos-chave de negócios que interligam as diversas
unidades organizacionais e membros do canal, desde o consumidor final
até o fornecedor inicial de matérias-primas”.
Diante destas funções básicas, a atividade mais difícil tem sido a montagem de
equipes para o gerenciamento destes processos. Cada etapa exige um esforço
individual das pessoas envolvidas e esta dedicação faz toda a diferença ao final
do conjunto. Os membros destas equipes devem ser coordenados por meio da
comunicação e da cooperação de forma intensa e, ainda assim, o processo só
será bem-sucedido se houver também a participação dos externos à cadeia de
suprimentos que são os fornecedores, os distribuidores, os prestadores de serviços
e também os clientes.
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UNIDADE Organização e os Paradigmas do Século XXI
Ciclo da
Cadeia de Encomeda Programação Fabricação
Suprimentos
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contextualizada se transforma em inteligência. Essa, por sua vez, quando aplicada
a processos de decisão, gera vantagem competitiva para a organização. Assim, o
conhecimento do negócio na era da competição global e das comunicações on-line,
passou a ser chamado de Business Intelligence (BI) ou Inteligência de Negócios (IN).
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UNIDADE Organização e os Paradigmas do Século XXI
Os bancos de dados são vitais para as organizações, mas tem-se observado que
sempre foi difícil analisar os dados neles existentes. Tudo isso porque, geralmente,
as organizações detêm um volume enorme de dados e esses não estão integrados.
Nesses casos não é possível buscar informações que permitam a tomada de decisões
baseadas num histórico dos dados.
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Gestores que encaram a informação como um importante ativo da empresa,
geram oportunidades de negócio. Enfim, transformar dados em informações não é
novidade, porém recentes estratégias, modernas ferramentas de análise e casos de
sucesso estão presentes no mercado, para serem vistos e tomados como referência
para aqueles que querem ser competitivos, mesmo que seja importante manter
sempre em mente os objetivos para tais investimentos. Por tudo isso, o sistema
de Business Intelligence é também sinônimo de aumento de competitividade, de
lucratividade, de eficiência e de satisfação dos clientes.
Fronteiras Organizacionais
eERP
Fornecedores
SCM CRM
Extended
Clientes
Supply Customer
Enterprise
Chain Relationship
Resources
Management Management
Planning
Processos Externos Processos Internos Processos Externos
Considerações Finais
Com o advento da Globalização, ficou praticamente inadmissível ficar
desinformado. O mundo no geral ficou mais competitivo, as empresas e os clientes
ficaram muito ágeis e exigentes, por isso, a importância do tratamento e do
sincronismo das informações para apoio às decisões e para manter as empresas
competitivas. As empresas fazem parte do mundo dos negócios que visam ao
lucro e ao retorno dos capitais investidos no menor tempo possível. Numa esfera
altamente competitiva como esta, as informações assumem um papel fundamental
no sucesso dessa empreitada. Em face da enorme quantidade de informações que
são despejadas sobre nós, diariamente, necessitamos de critérios para selecionarmos
e organizarmos os dados que nos interessam.
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UNIDADE Organização e os Paradigmas do Século XXI
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Material Complementar
Indicações para saber mais sobre os assuntos abordados nesta Unidade:
Sites
Site Institucional da empresa SAP Brasil, subsidiária da SAP AG da Alemanha
Uma das maiores empresas de softwares de gestão do mundo.
http://go.sap.com/brazil/index.html
Site Institucional da empresa Totvs
A maior empresa brasileira de softwares de gestão empresarial.
https://www.totvs.com/
Livros
Gestão do Conhecimento
ACADEMIA PEARSON. São Paulo: Pearson, 2012.
OSM – Uma Visão Contemporânea
ACADEMIA PEARSON. São Paulo: Pearson, 2011.
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27
Referências
BALLESTERO-ALVAREZ, Maria Esmeralda. Manual de Organização, Sistemas
e Métodos. São Paulo: Atlas, 2007.
COSTA, Eliezer Arantes da. Gestão estratégica: da empresa que temos para a
empresa que queremos. 2. ed. São Paulo: Saraiva, 2007.
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Tópicos Avançados
em Administração
Material Teórico
Tendências da Administração no Século XXI
Revisão Textual:
Profa. Ms. Alessandra Fabiana Cavalcanti
Tendências da Administração
no Século XXI
• Introdução
• Ética Empresarial
• Questão Ambiental
• Questão Ambiental na Empresa
• Plano Ambiental
• Considerações Finais
OBJETIVO DE APRENDIZADO
· Discutir sobre dois assuntos que muito tem se falado e discutido
no mundo empresarial: a Ética Empresarial e a Responsabilidade
Socioambiental, porém devemos tomar muito cuidado ao
abordarmos estes assuntos, para que os mesmos não se tornem
apenas um modismo passageiro. O gestor deve se utilizar da Ética
e da Responsabilidade Social como ferramentas mercadológicas,
visando à busca da Vantagem Competitiva.
ORIENTAÇÕES
Nesta Unidade, abordaremos dois assuntos que muito tem se falado e discutido
no mundo empresarial: a Ética Empresarial e a Responsabilidade Socioambiental,
porém devemos tomar muito cuidado ao abordarmos estes assuntos, para que os
mesmos não se tornem apenas um modismo passageiro. O gestor deve se utilizar
da Ética e da Responsabilidade Social como ferramentas mercadológicas, visando
à busca da Vantagem Competitiva.
Assim a unidade está estruturada em quatro tópicos que vão nos guiar em nossa
disciplina. São eles:
1) Ética Empresarial;
2) Questão Ambiental;
3) Questão Ambiental na Empresa;
4) Plano Ambiental.
Contextualização
A partir da década de 1970, a ética empresarial e a questão ambiental, sob
enfoque econômico, se tornaram cada vez mais criticadas e analisadas pelos atores
do mundo globalizado: governos, empresas e entidades ligadas ao meio ambiente. A
Gestão Socioambiental, portanto, se constitui num processo irreversível estimulado
pela crescente preocupação das organizações contemporâneas com a ética e o
meio ambiente. Esses aspectos nos remetem às tendências da Administração no
Século XXI e a sua íntima ligação com o Desenvolvimento Socioambiental.
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Introdução
Nesta Unidade, abordaremos dois assuntos que muito têm se falado e discutido
no mundo empresarial: a Ética Empresarial e a Responsabilidade Socioambiental,
porém devemos tomar muito cuidado ao abordarmos essas questões, para que os
mesmos não se tornem apenas um modismo passageiro. O gestor deve se utilizar
da Ética e da Responsabilidade Social como ferramentas mercadológicas, visando
à busca da Vantagem Competitiva.
Ética Empresarial
Para entender o significado da palavra ética, buscamos a concepção filosófica
do termo, baseado em dois autores: Rohmann (2000) e Sánchez Vázquez (2001).
Dessa forma, a ética, voltada para a retidão moral dos atos humanos, é uma
ciência prática, de caráter filosófico. Sob esse aspecto a inteligência humana adverte
para a bondade ou a malícia dos atos livres, haja vista o remorso ou a satisfação que
se experimenta por ações livremente realizadas.
Porém, o que é o bem e o mal? Ou por que tal ação é boa ou má?
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UNIDADE Tendências da Administração no Século XXI
A ética nas empresas pode ser entendida como o estudo da forma pela qual
as normas morais e pessoais se aplicam às atividades e aos objetivos a serem
alcançados. Não se trata de um padrão moral separado, mas do estudo de como o
contexto dos negócios cria seus problemas próprios e exclusivos à pessoa que atua
como um gerente desse sistema.
A sociedade está a exigir cada vez mais o comportamento ético por parte das
empresas. No cotidiano das empresas surgem alguns dilemas, pois as regras de
mercado e o pluralismo da sociedade apresentam oportunidades e necessidades de
ação que, a princípio não parecem dar motivo para dúvidas morais pessoais, mas,
quando examinados a fundo, representam problemas morais importantes para o
indivíduo. A ética está por toda parte.
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conscientização, de motivação, de capacitação e finalmente, de adoção de um
código de conduta baseado em princípios e valores. Uma vez implantado, deve ser
desenvolvido um trabalho de acompanhamento e de adequação às circunstâncias
internas e externas da organização, fruto das contínuas mudanças inerentes ao
desenrolar dos negócios.
Questão Ambiental
A partir da década de 1970, se tornam cada vez mais numerosas as iniciativas
para transformar materiais usados em novos produtos, um processo estimulado
pela crescente preocupação com o meio ambiente. Especialistas alertam para
o fato de que é preciso, antes de qualquer coisa, diminuir a quantidade de lixo.
Didaticamente, fala-se nos “três erres”: (1) redução; (2) reutilização; (3) reciclagem.
Redução e Reaproveitamento
As medidas adotadas para reduzir a produção de lixo e o desperdício de materiais,
por meio do reaproveitamento, se multiplicam em vários países. O Japão reutiliza
90% do lixo sólido, inclusive com a produção de compostos orgânicos para a
agricultura, e reaproveita a água usada no banho para a descarga no vaso sanitário.
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UNIDADE Tendências da Administração no Século XXI
Lixo Urbano
Com o crescimento da população e o maior consumo de matérias-primas, a
quantidade de resíduos sólidos e líquidos vai aumentando cada vez mais, configurando
outro tipo de ameaça para o meio ambiente e para a sociedade.
Sistemas Urbanos
Desde o descobrimento, as atividades econômicas adotadas no Brasil são
prejudiciais ao ambiente. No início foi a exploração do pau-brasil, seguida pela
derrubada sem critério de amplas extensões de mata para a instalação de pastagens
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ou monoculturas, como a cana-de-açúcar e o café. Dessa forma, instalou-se uma
tradição de práticas danosas, como as queimadas e o corte de árvores sem o
cuidado de garantir a reposição das espécies.
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UNIDADE Tendências da Administração no Século XXI
Desenvolvimento Sustentável
O avanço acelerado das características urbano e industrial da sociedade moderna
tem agravado os impactos ambientais. Cerca de 40% da população do planeta já
não dispõe de água suficiente para o dia-a-dia. Mais de 3 milhões de mortes, a cada
ano, se devem a problemas respiratórios decorrentes da poluição do ar.
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Brasil. O evento, que ficou conhecido como ECO-92 ou Rio-92, faz novo balanço
tanto dos problemas existentes quanto dos progressos realizados e elabora documentos
importantes que continuam atualmente a ser referência para as discussões.
Outro acordo assumido prevê a recuperação, também até 2015, dos estoques
de peixes por meio do controle da pesca oceânica, para que as espécies possam
reproduzir-se antes de ser capturadas. Os demais itens da Agenda 21, ainda que
adotados, ficam sem definição de metas ou de prazos.
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UNIDADE Tendências da Administração no Século XXI
Para que uma convenção e os protocolos entrem em vigor, é preciso que cada
país os aprove e os ratifique. Ao fazer isso, ele se compromete a adotá-los com leis
internas, o que geralmente implica metas a ser cumpridas. Em contrapartida, passa
a gozar de benefícios, como a transferência de tecnologias, intercâmbios de estudo
e acesso a recursos financeiros para desenvolver seu programa.
Dois quóruns são habitualmente exigidos para que as novas regras entrem em
vigor no mundo, e eles podem ou não se sobrepor: um número mínimo de países
ratificantes e um número de nações que, juntas, respondam por uma porcentagem
expressiva da produção do impacto ambiental que se quer diminuir. Por exemplo:
50 países e/ou um conjunto de países que respondam por 55% da produção de
um gás prejudicial ao ambiente.
Uma vez que o documento entra em vigor no mundo, as nações que não o
assinaram podem sofrer restrições, como dificuldade para exportar produtos e
para obter transferência de tecnologias e recursos do Banco Mundial, do Banco
Interamericano de Desenvolvimento (BID) e de bancos privados ou de outras
organizações de atuação específica da ONU.
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Em 2011 e 2012 ocorreram, respectivamente, a Convenção de Johanesburgo
na África do Sul e a Rio+20. Em 2014, ocorreu a Convenção do Clima em
New York. Em 2015, ocorreu a Convenção do Clima de Paris (França). O Papa
Francisco publicou a sua tão famosa Encíclica Laudato Si (Louvado Seja) sobre
a questão ambiental e o Presidente Norte-Americano Barack Obama propôs leis
para a preservação ambiental nos EUA e no Mundo.
Produtos Transgênicos
A oposição ao desenvolvimento de plantas transgênicas – vegetais modificados
geneticamente em laboratório – cresce a partir de 1999, quando ocorrem protestos
em diversos países europeus contra a introdução indiscriminada de seus subprodutos
no mercado. Essas manifestações forçam as empresas envolvidas a adotar uma
postura mais cautelosa. Elas estão colocando menos novidades no mercado,
enquanto tentam convencer os opositores de que seus produtos são seguros. Além
disso, estão evitando recorrer à introdução de novos genes na tentativa de melhorar
os alimentos — em vez disso, procuram chegar ao mesmo fim apenas estudando
com mais precisão os genes já existentes nas plantas e animais.
Em 2000, para conseguir uma postura mais favorável aos seus produtos, a empresa
norte-americana Monsanto, a maior do mundo no setor, libera do pagamento de
royalties o chamado arroz dourado, um grão modificado geneticamente.
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UNIDADE Tendências da Administração no Século XXI
Com isso, tornaram possível criar porcos com menos gordura na carne, plantar
feijão com mais proteína nos grãos ou soja resistente a herbicidas. O lançamento
da soja transgênica no mercado aumenta a polêmica sobre a biotecnologia em
1999. Essa planta tem em suas células um gene que não faz parte do organismo
de nenhum vegetal. Retirado de uma bactéria, a agrobacterium, ele controla a
fabricação de uma proteína, conhecida pela sigla EPSPS, que bloqueia a ação dos
herbicidas. Isso permite eliminar o mato sem risco de prejudicar a planta cultivada.
Os críticos dos alimentos geneticamente alterados dizem que a ciência não tem
controle total sobre o funcionamento dos genes. Para eles, as pesquisas devem
ser aprofundadas antes que os novos produtos sejam liberados. No caso da soja
modificada, existe o temor de que a substância EPSPS provoque efeitos inesperados
no organismo dos consumidores, como alergias ou outro tipo de doença. Mesmo
que o gene tenha sido preparado em laboratório para funcionar apenas nas folhas,
e não nos grãos – a parte comestível da planta –, não há como garantir que ele se
desenvolverá da forma prevista.
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Instituto Roslin – o mesmo que fez a clonagem da ovelha Dolly – cria carneiros em
cujo leite é gerado uma droga que estimula a coagulação do sangue. Chamada de
Fator IX, ela deverá ser empregada no combate à hemofilia.
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UNIDADE Tendências da Administração no Século XXI
Em curto espaço de tempo, essa noção revelou-se equivocada, pois ficou evidente
que o contexto de atuação das empresas tornava-se, a cada dia, mais complexo e
que o processo decisório sofreria restrições cada vez mais severas.
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no Brasil, em que se manifesta uma vontade política no tratamento explícito da
problemática ambiental enquanto suporte a vida e não apenas fonte de recursos.
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UNIDADE Tendências da Administração no Século XXI
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Os Canais de Distribuição Reversos de Pós-Venda são constituídos por
diferentes formas e possibilidades de retorno de uma parcela de produtos, com
pouco ou nenhum uso, que fluem no sentido inverso, do consumidor ao varejista
ou ao fabricante, do varejista ao fabricante, entre as empresas, motivados por
problemas relacionados à qualidade em geral ou a processos comerciais entre
empresas, retornando ao ciclo de negócios de alguma maneira.
De acordo com Lima (2003), o conceito de Logística Reversa pode ser sintetizado
em “o final é o princípio”.
Plano Ambiental
O Profissional de Gestão deve criar um Plano Ambiental para a empresa,
visando a um determinado produto ou linha de produtos. No caso de uma pequena
empresa, ele pode abranger as atividades operacionais da empresa como um todo.
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UNIDADE Tendências da Administração no Século XXI
• Logística reversa;
• Implementação e controle do plano;
• Resumo;
• Apêndice: análise financeira, análise mercadológica e análise ambiental;
• Referências bibliográficas.
O Índice, que lista todas as seções do Plano Ambiental e o número das páginas
em que elas se concentram, ajuda os profissionais de Gestão Ambiental a verificar
se o plano está completo e bem organizado. Se o Plano Ambiental contiver muitas
tabelas e figuras, é conveniente listá-las depois do Índice.
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A Logística Reversa entra no Plano como um diferencial da Instituição junto à
comunidade externa, onde a empresa irá receber itens nocivos ao meio ambiente,
após a sua vida útil, tais como: baterias de celular, baterias automotivas, pilhas,
acumuladores em geral etc.
Considerações Finais
Vimos o quanto as mudanças no ambiente de negócios afetam decisivamente
a estratégia de a organização alcançar seus objetivos e metas de mercado,
principalmente em se tratando de um mercado globalizado.
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UNIDADE Tendências da Administração no Século XXI
Material Complementar
Indicações para saber mais sobre os assuntos abordados nesta Unidade:
Sites
Site Institucional do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis
http://www.ibama.gov.br/
Site Institucional da Organização das Nações Unidas (ONU) na RIO + 20l
http://www.onu.org.br/rio20/documentos/
Livros
Nosso Futuro Comum
COMISSÃO MUNDIAL SOBRE MEIO AMBIENTE E DESENVOLVIMENTO. Rio de
Janeiro: Editora da FGV, 1991.
Gestão Ambiental – Responsabilidade Social e Sustentabilidade
DIAS, Reinaldo. São Paulo: Atlas, 2011.
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Referências
ARRUDA, M. C. C. de; WHITAKER, M. do C.; RAMOS, J. M. R. Fundamentos
de ética empresarial e econômica. São Paulo: Atlas, 2001.
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