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TEMA:

EVOLUÇÃO DO PENSAMENTO

SOBRE A ADMINISTRAÇÃO
Docente: Anifo Martinho (PhD)
• CONTEXTUALIZAÇÃO

O pensamento (teorias) da administração não foram as mesmas ao


longo de todos os tempos que marcaram
O desenvolvimento das sociedades, isto é, o pensamento da
administração espelha o momento histórico em que são produzidas. No
início do séc. XX, as teorias administrativas reflectiam-se
fundamentalmente nas necessidades das grandes empresas que estavam
surgindo. Portanto, naquele momento, a enfâse da administração estava
na produção eficiente de bens para atender um mercado sempre
crescente e aparentemente inesgotável. Havia poucos concorrentes
poucos concorrentes fazendo automóveis, lâmpadas, telefones, etc.
CONTEXTUALIZAÇÃO (Contin.)

Mas no final do mesmo séc. as teorias são influenciadas por

circunstâncias diferentes, isto é, os mercados não crescem da mesma

forma, e há muitos concorrentes, os recursos e os consumidores são

escassos, o que demonstra a deslocação da enfâse da administração da

produção para a competitividade, exigindo assim a observância de

vários outros factores na implementação do processo administrativo.

Neste contexto, a evolução do pensamento da administração foi

caracterizado pelas seguintes teorias (pensamentos):


1.Teoria da Administração Científica
A teoria da administração científica encontra em Frederick Taylor (1856-1915), seu
expoente máximo, e esta teoria foi amplamente difundida no séc. XX. Na opinião de
Taylor (1990), os empregados eram indolentes e preguiçosos, e os chefes ignoravam
as medidas de eficiência do trabalho. Assim, a filosofia administrativa devia basear-se
em quatro princípios que são:
 O objectivo da boa administração era apagar salários altos, ter baixos custos de
produção;
 Com esse objectivo, a administração deveria aplicar métodos de pesquisa, para
determinar a melhor maneira para executar tarefas;
 Os empregados deveriam ser cientificamente seleccionados e treinados, de modo
que as pessoas e tarefas fossem compatíveis;
 Deveria haver uma atmosfera de íntima e cordial cooperação entre a administração
e os trabalhadores.
1. Teoria da Administração Científica (Contin.)
Por isso, o autor propôs métodos para (a) medir o tempo de execução das tarefas,
(b) avaliar os movimentos e (c) reduzir a fadiga com o trabalho realizado. O
objectivo central da proposta de Taylor era romper com a forma artesanal e
empírica da administração da época. Para ele, “o principal objectivo da
administração deve ser o de assegurar o máximo de prosperidade do patrão e, ao
mesmo tempo, o máximo de prosperidade ao empregado”.
Na visão de Taylor, a tarefa é “o mais importante elemento da administração
científica”, já que, se esta for bem “regulada” para ser executada, o funcionário
trabalhará “feliz e próspero” por muito tempo. O autor chama a atenção para a
importância do planeamento antecipado do trabalho a ser realizado pelos
funcionários, e da correta instrução, que deve ser passada por escrito ao
operário, a fim de que este execute adequadamente sua função sem fadiga
prejudicial à sua saúde.
4.2 Ford e a Linha de Montagem
Outra importante contribuição para a administração foi feita por Henry Ford, fundador da
Ford Motor Company, e criador da linha de montagem móvel. Portanto, Ford com a linha de
montagem móvel, estabeleceu o padrão de organização de processos produtivos que se
tornaria universal. De facto, Henry Ford aplicou a fabricação de automóveis os dois
princípios fundamentais da produção em massa, que são:
 Princípio de Divisão do Trabalho – segundo este princípio, o processo de fabricar um
produto é dividido em partes. Cada pessoa e grupo de pessoas num sistema de produção
em massa, tem uma tarefa fixa, que consiste em fabricar ou montar uma das partes. A
divisão do trabalho tem como resultado a especialização do trabalhador, ou seja, ele
saberá realizar apenas a tarefa fixa que lhe foi designada.
 Princípio de Fabricação de Peças e Componentes Padronizados e Intercambiáveis –
Segundo este princípio, cada peça ou componente pode ser montada em qualquer sistema
ou produto final. Nenhum produto, peça ou componente é fabricado para um produto
final especifico.
4.3 Teoria Administrativa
A teoria administrativa possui como seu expoente máximo Henri Fayol (1968), que, preceitua
que a gerência administrativa deve identificar as tarefas básicas que compõem cada uma das
actividades executadas em uma organização. As actividades fazem parte das funções
individuais, e estas, consequentemente, formam as unidades administrativas que compõem os
departamentos. No entanto, Fayol chegou a assumir a função de director geral de uma empresa
de mineração em 1888. Durante este período, a mesma empresa estava a berma da falência,
mas quando Fayol se aposentou em 1918, sua situação financeira era sólida. Dum modo geral,
este resultado deve-se ao seu modelo de administração, que se baseava em três dos seus
princípios que são:
a) A administração é uma função distinta das demais funções como finanças, produção e
distribuição;
b) Administração é um processo de planeamento, organização, comando, coordenação e
controle;
c) O sistema de administração pode ser ensinado e aprendido.
4.3 Teoria Administrativa (Contin.)
De acordo com Fayol, a administração é uma actividade comum a todos os
empreendimentos humanos (família, negócios, governo), que sempre exigem algum
grau de planeamento, organização, comando, coordenação e controle. Portanto,
todos deveriam estuda-las, o que exigiria uma teoria geral da administração que
pudesse ser ensinada. Efectivamente, Fayol foi o pioneiro no reconhecimento de que
a administração deveria ser vista como uma função separada das demais funções da
empresa. E o maior impacto desta ideia esta na identificação do trabalho dos
gerentes como distinta das operações técnicas da empresa.
Além das funções administrativas, Fayol propõe 14 princípios da administração, a
saber: divisão do trabalho; autoridade e responsabilidade; disciplina; unidade de
comando; unidade de direcção; subordinação dos interesses individuais aos gerais;
remuneração do pessoal; centralização; cadeia escolar (linha de autoridade); ordem;
equidade; estabilidade do pessoal; iniciativa; e espírito de equipa.
4.4 Teoria Burocrática (Max Weber e a burocracia)
No âmbito da evolução do pensamento sobre a administração, destaca-
se a figura de Max Weber, que não tentou definir as organizações, nem
estabelecer padrões de administração que elas devessem seguir. Na
verdade, Weber descreveu as organizações como maquinas totalmente
impessoais que funcionam de acordo com regras racionais, lógicas estas
que dependem de lógicas e não de interesses pessoais. Sendo assim,
Weber estudou e procurou descrever o alicerce formal-legal que as
organizações reais se assentam. A sua intenção estava dirigida para o
processo de autoridade-obediência (ou processo de dominação), que no
caso das organizações modernas dependem de leis, regras, normas e
regulamentos.
4.5 Teoria das Relações Humanas
A Teoria das Relações Humanas surgiu entre 1920 e 1950 com Mary
Parker Follett e Elton Mayo, que procuraram em seus estudos,
responder à seguinte questão: “Quais factores presentes no
ambiente físico e social de uma pessoa que trabalha em uma
organização são capazes de afectar seu desempenho no trabalho e
sua satisfação pessoal com a tarefa realizada?”. Os autores
vinculados à Escola de Relações Humanas, também denominados
de psicólogos da organização, encararam a organização como algo
dinâmico, contrastando com o conceito estático dos engenheiros e
anatomistas (Taylor e a Fayol),
4.5 Teoria das Relações Humanas (Contin.)
Esta Teoria das Relações Humanas desloca a análise da administração das

organizações – que na época se baseava unicamente no controle da produção, dos

processos físicos, dos estoques, do orçamento e dos indivíduos – para o controle das

situações que ocorrem entre as pessoas, ou seja, o “controle dos factos” e dos

“interesses”, como factores explicativos dos problemas das organizações,

focalizando, em suma, as relações humanas.

• “Os psicólogos da organização interessaram-se pelo estudo da organização como

um sistema de controle baseado no reconhecimento das motivações dos

indivíduos”, visando construir uma teoria da “lei da situação” e da expressão do

ser humano, não individualmente, mas através da “integração”.


4.6 Teoria dos Sistemas
Teoria Geral de Sistemas, que surgiu nas décadas de 1920 a 1950,
graças sobretudo às contribuições de Ludwig von Bertalanffy. Essa
teoria fez com que um conjunto de outras teorias se desenvolvessem
tendo como referência a perspectiva sistémica das organizações.
A teoria dos sistemas enfatiza a necessidade de estudar não somente
as partes do processo isoladamente, mas também de resolver os
decisivos problemas encontrados na organização e na ordem que os
unifica, resultante da interacção dinâmica das partes, tornando o
comportamento das partes diferentes quando estudadas isoladamente e
quando tratadas no todo.
4.6 Teoria dos Sistemas (Contin.)
No âmbito das organizações, busca-se estudar as empresas como sistemas, com

entradas e saídas mensuráveis, que exigem controles e medidas, busca-se a

compreensão das organizações como um todo, seus mecanismos internos e do seu

ambiente, com o objectivo de aprimora-la do ponto de vista físico e de sua gestão.

Nesta vertente, a teoria dos sistemas na organização olha a interdependência entre as

várias partes, discutindo a transformação da tecnologia de gestão, aspectos de

integração física, e a influência exercida e sofrida pela organização com relação ao

ambiente.
OBRIGADO PELA
ATENÇÃO!

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