Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
Visionamento do filme
Atividade Individual “Tempos Modernos” e
Acácio Franco
elaboração de uma
Módulo I
reflexão crítica
Os indivíduos, os grupos e as
organizações e organizacional individual
NOTA INICIAL
REFLEXÃO CRÍTICA
O filme Tempos Modernos é um filme que foi idealizado e protagonizado por Charles
Chaplin em 1936. A sua produção tornou-se um clássico no cinema e é um dos mais
conhecidos cineasta. Nesta obra cinematográfica, Chaplin desempenha o papel de um
operário de uma linha de montagem na sociedade industrial americana nos anos 30,
imediatamente após a crise de 1929, quando a depressão atingiu toda sociedade norte-
americana, levando grande parte da população ao desemprego e à fome (Infoescola,
2022).
O filme narra a história de um trabalhador comum que busca uma vida estável, não
só profissionalmente, mas também como individuo, numa sociedade que estava a ser
confrontada com uma inovação tecnológica apelativa.
Chaplin, que presenta milhões de trabalhador que tinham que lidar com a pobreza,
o desemprego, as greves e os desordeiros, e a tirania da máquina. Ao longo do filme,
verificamos que chega a ser preso, o que para ele de certa maneira era bem melhor, pois
pelo menos na prisão tinha cama e comida, atrevo-me a dizer que ali, sempre seria melhor
tratado, os tempos eram difíceis.
O “Vagabundo” não consegue controlar o seu próprio corpo, a sua mobilidade está
reduzida à linha de produção da qual ele se tornou parte. Surge, assim, a divisão do
trabalho, ou seja, para as empresas e os seus gestores, a produção esta a cima do bem-
estar dos trabalhadores, pouco ou nada se preocupavam com a sua formação, proteção e
motivação, os trabalhadores para eles eram “mais um número”, o importante era
produzir…. Nesta altura, recursos humanos, recrutamento e seleção eram conceitos que
não existiam.
a autoridade é altamente centrada, é possível afirmar que é uma organização com elevada
centralização.
Segundo Taylor, para que o operário realizasse as tarefas de forma rápida e assim
os empresários conseguissem reduzir os custos de produção, realizou o estudo de Tempos
e Movimentos, que consistia em estudar todas as etapas dos movimentos executados
pelos operários na linha de montagem e com isso separar os movimentos úteis dos inúteis
sendo que o segundo era eliminado do processo de execução (Ferreira, Neves, Abreu, &
Caetano, 1996). Vejamos a pausa de almoço, que no filme é retirada ao operário, e
substituída por uma "máquina revolucionária" que alimenta o indivíduo enquanto este
continua a trabalhar. Para esta teoria, como é bem espelhado no filme, o trabalhador é
considerado uma máquina, desprovido de emoções, que realiza o seu trabalho com
movimentos repetitivos e com rapidez. Como consequência, o indivíduo fica
sobrecarregado e com problemas de saúde física e psicológica. É a loucura causada pela
"monotonia frenética" do trabalho que leva o protagonista a ser internado num hospital
psiquiátrico.
No que se refere a Henri Fayol, a sua teoria tinha como característica a ênfase na
estrutura organizacional e a total eficiência na administração, através da divisão do
trabalho, disciplina, unidade de comando, unidade de direção. Desta forma é no topo da
hierarquia, que se concentram as principais funções administrativas (Ferreira, Neves,
Abreu, & Caetano, 1996). No filme, ficam evidentes todas estas características no momento
em que cada operário realizava uma tarefa e quando o superior solicitou o aumento da
velocidade de produção, todos cumpriram a ordem dada. Aliás é este superior quem
controla tudo, até mesmo tempo que o trabalhador fica na casa-de-banho. Em suma, na
Teoria Clássica, defendida por Fayol, o foco estava no gerente (visão de cima para baixo),
que planeia toda a operação da empresa (Cruz, 2022).
A Teoria das Relações Humanas, cuja ênfase estava nas pessoas, quebra o
paradigma das teorias anteriores, uma vez que prioriza o ser humano e não o lucro das
empresas. Esta teoria defendia que se os funcionários trabalhassem em melhores
condições, também desempenhariam funções de forma eficiente (Ferreira, Neves, Abreu,
& Caetano, 1996). No momento que no filme mostra as manifestações realizadas pelo
operariado, mostra o quanto esta classe estava insatisfeita com as condições de trabalho
nas empresas, logo, queriam melhores condições de trabalho. Esta teoria aproxima-se da
realidade empresarial de hoje.
Com tudo, essa realidade, não está muito longe da realidade dos nossos dias. Creio
que há ainda muita coisa a mudar, que acredito ser possível. Muita coisa mudou, o
trabalhador de certa maneira já tem a sua “defesa2 na lei de trabalho.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
Burns, T., & Stalker, G. (1961). The Management of Innovation. Londres: Tavistock.
Chaplin, C. (16 de março de 2022). Charlie Chaplin Tempos Modernos Modern Times 1936
Legendado. Obtido de Youtube: https://www.youtube.com/watch?v=_7Blz8AWQXA
Ferreira, J., Neves, J., Abreu, P., & Caetano, A. (1996). Psicossociologia das
Organizações. Lisboa: McGraw-Hill.