ROTEIRO DE ESTUDO PARA PROVA - POT
3. Influência do capitalismo sobre as relações de trabalho e seus desdobramentos nos
1. Elementos de análise da relação do homem no campo do trabalho a partir do filme
TEMPOS MODERNOS, exibido em sala e a partir da discussão elaboradas após a
exibição;
É possível observar que o campo do trabalho no filme tem características alienantes,
exploradoras, discriminantes, eliminação da necessidade de qualificação, parcelamento
do trabalho.
O trabalhador não tem a possibilidade de crescimento dentro da empresa.
As condições de trabalho são muito precárias, como o próprio horário de almoço e até
de usar o banheiro é super controlado pelo chefe. Não há também segurança na
operação das máquinas.
Há uma competição nítida entre o homem-máquina devido a inserção das máquinas nas
empresas, trazendo as substituições.
2. As muitas conceituações de trabalho e a relação do ser humano nesse campo ao longa
da História (concepções: clássica, capitalismo tradicional e marxista, seus contextos, o
papel do trabalho nessas sociedades e etc.)
4. Características do Taylorismo e da administração científica;
processos de subjetivação humana:
A influência do capitalismo sobre as relações de trabalho tem sido significativas,
gerando mudanças profundas na maneira em como os seres humanos se relacionam
com o trabalho e com outras pessoas.
Desdobramentos mais importantes com relação à subjetividade: individualização,
precarização, alienação, flexibilização e intensificação; competitivo e imediatismo
(tempo = dinheiro).
“Enquanto o trabalho deveria humanizar o próprio homem, de fato subdivide.”
- Com o surgimento do capitalismo foi possível construir e se consolidar uma mudança
mais visível na reflexão do trabalho. São elas: a ocupação pelo mesmo capital individual
de um grande número de operários, estendendo seu campo de ação e fornecendo
produtos em grande quantidade, e a eliminação das diferenças individuais (dentro de
certos limites), passando o capitalista a lidar com o operário médio ou abstrato.
Para Marx, o ponto de partida da produção capitalista se deu pela “atividade de um
número maior de trabalhadores, ao mesmo tempo, no mesmo lugar para produzir a
mesma espécie de mercadoria, sob o comando do mesmo capitalista”.
Em outras palavras, a situação socioeconômica tornou necessário ao indivíduo,
desprovido de tudo, vender seu trabalho, e, ao capitalista, adquiri-lo, como meio de dar
prosseguimento à produção de outras mercadorias, o que permite crescer seu capital.
Nessa realidade, fundou-se a noção de contrato de trabalho (emprego assalariado).
TAYLORISMO: propõe a substituição dos métodos tradicionais pelos científicos, defende
a decomposição máxima das tarefas e a cronometragem dos movimentos dos operários.
O trabalhador é poupado de pensar para ganhar rapidez e exatidão, enquanto o
administrador é quem pensa e planeja.
ADMINISTRAÇÃO CIENTÍFICA: Taylor avalia que o trabalhador procura sempre fazer
menos do que pode e que, quando demonstra interesse em produzir, é perseguido pelos
demais. Considerou a eliminação da “cera” e das causas que retardam o trabalho como
estratégias para reduzir o custo da produção. Responsabilizou a ignorância dos
administradores como aliada ao propósito destes de “fazer cera”. Intensificou o
 processo de exploração e de alienação, porque radicalizou a monotonia e a cisão entre
o pensamento e a execução, e ampliou a mais-valia relativa.
5. Ciclo progressista e características do modelo Keynesiano;
Surgiu em oposição às ideias liberais que dominavam o mundo capitalista até aquele
momento. Considerava o capitalismo liberal incompatível com a manutenção do pleno
emprego e da estabilidade econômica. Elucidou a inter-relação entre público e privado,
passando a ter em conta sua interdependência.
trabalho dando a possibilidade para o trabalhador também a possibilidade de um dia
chegar naquela posição. O elemento definidor é a formação, o saber técnico/cientifico;
por deter esse conhecimento é possível articular e gerenciar.
EIXOS CENTRAIS: racionalidade econômica, noção do progresso econômico,
profissionalização da gestão, focalização da eficiência e produtividade ao invés de
lucro como prioridade principal.
O gerencialismo cria, ao mesmo tempo, novas demandas para as ciências sociais.

CICLO PROGRESSISTA: consumo gera demanda de produtos, que gera empregos, e

estes, por sua vez, mantêm ou aumentam os níveis de consumo. Esse ciclo consiste em
8. Definições de motivações, características e sistemas a partir das teorias abaixo:
fazer girar ou movimentar os recursos econômico-financeiros. Para o ciclo ser mantido,
a) TEORIA DE MASLOW e suas principais características;
demanda novos aumentos de produtividade do trabalho, o que é buscado na aplicação
Suposição de que as necessidades humanas têm origem biológica e seguem uma
do taylorismo-fordismo, recuperando o modo de organização do trabalho da fase
hierarquia; pressuposto antropológico de autodesenvolvimento e crescimento
anterior dentro de novos marcos socioeconômicos.
pessoal.
Para que esse desenvolvimento tenha curso livre, as necessidades inferiores devem
6. Modelo do Estado do Bem-Estar e suas características (influências e desdobramentos).
ser satisfeitas e as necessidades superiores sejam motivadoras da conduta humana.
1. Organização do trabalho sustentada no taylorismo-fordismo;
2. Regime de acumulação do capital sob a lógica macroeconômica, que requer o
estabelecimento de um ciclo progressista da economia;
3. Modo de regulação de conflitos com larga institucionalização (legislação social, regras
de mercado, orçamento público, etc.).
Significa a aceitação de um modelo de vida estadunidense, fundado na busca de
felicidade por meio do aumento do consumo de mercadorias.
Em síntese, o modelo de desenvolvimento do Estado de Bem-estar inaugura uma nova
visão de progresso associado à ideia de bem-estar social. Ocorre um distanciamento da
noção clássica do sucesso como consequência do trabalho duro. O trabalho mantém seu
b) TEORIA DE MCCLELLAND e suas principais características;
papel instrumental para fins econômicos/salariais e também para possibilitar qualidade
- Considera as necessidades de origem biológica mas não são vistas como
às relações interpessoais e de bem-estar.
hierárquicas;
- 3 tipos de necessidades: poder, aflição e realização.
7. Concepção gerencialista do trabalho e suas características;
- Elas se inter-relacionam e se apresentam em níveis variados de intensidade nas
Essa concepção se diferencia da concepção do capitalismo tradicional, que está pessoas conforme seus perfis psicológicos e processos de socialização;
voltado para a propriedade, para os bens, para a detenção da propriedade privada. - A necessidade se manifesta a depender da sua intensidade;

Na concepção gerencialista houve uma passagem dessa base de poder para o saber,
onde há a possibilidade de fluidez com o operário. O gerente exerce o controle do
 - A motivação do trabalho vai depender da qualidade dos arranjos entre elas.

e) TEORIA DA AUTODETERMINAÇÃO DE RYAN E DECI e suas principais

características;
É reconhecido a importância do ambiente no comportamento individual, mas ela
adota como princípio que o bem-estar é fruto de um comportamento intencional,
autônomo e autorregulado que leva à auto realização.
c) TEORIA X E Y DE MCGREGOR e suas principais características;
Quatro mini teorias estão inclusas nessa teoria:
Partiram do estudo da prática administrativa estadunidense.
TEORIA X: essa prática ignora a emergência das necessidades (Maslow); possui 3
princípios básicos: o homem tem aversão ao trabalho; precisa ser controlado e
punido para que se esforce e cumpra os objetivos organizacionais; e evita as
responsabilidades, pois está interessado apenas na segurança pessoal e financeira.
TEORIA Y: seus princípios são: trabalho como fonte
de satisfação ou punição (contexto); disposição a se
autodirigir, aprender a aceitar responsabilidades e
também a colocar em prática seu potencial criativo.
O DESEMPENHO DO HOMEM É MAIS UM
PROBLEMA GERENCIAL DO QUE DE MOTIVAÇÃO.

d) TEORIA DA EXPECTÂNCIA DE VROOM e suas principais características;
MOTIVAÇÃO: força da natureza emocional e consciente que é ativada no momento
em que a pessoa é levada a escolher entre diversos planos de ação.
A força de escolha está relacionada a 2 fatores: expectativas individuais e avaliação
subjetiva das consequências esperadas por meio da comparação de várias
alternativas de ação.
Para Vroom, as pessoas decidem sobre suas ações de modo instrumental
procurando maximizar seu prazer e seus ganhos e minimizar seu desprazer e suas
perdas.
ESCOLHA seria o resultado da múltipla função de 3 conceitos cognitivos:
f) TEORIA SOCIOCOGNITIVA DE BANDURA e suas principais características;
A maior parte do comportamento humano é fruto de processos interativos e que a
percepção de auto eficácia é um importante propulsor das ações humanas.
AUTO EFICÁCIA seria proveniente de 4 principais fontes: experiência pessoal,
aprendizagem vicária, influência social e indicadores fisiológicos.
9. Psicologia positiva, suas influências, características e desdobramentos;
Critica a ênfase nos aspectos patológicos e negativos do ser humano.
Tem influência das noções de eudaimonia e de felicidade de Aristóteles.
Reorientação do foco para aspectos positivos, como saúde, qualidade de vida, bem estar
e desenvolvimento de potencialidades humanas.
No Brasil, há pouco estudo sobre as emoções, apenas alguns aspectos da afetividade
articulados com fatores cognitivos são mais frequentes (como estresse no trabalho,
saúde e bem estar subjetivo).
10. As 5 perspectivas de concepção das emoções no trabalho: (trabalho emocional;
trabalho com emoções; emoções no trabalho; emoções dirigidas ao trabalho;
emoções para o trabalho).
TRABALHO EMOCIONAL: Regras de expressão emocional (regras de sentimento) e dos
custos pessoais decorrentes do gerenciamento de emoções requerido para atender às
demandas organizacionais. As vezes em contradição com os sentimentos internos do
trabalhador. O principal fator característico dessa concepção é a CONTRADIÇÃO.
(ex.: comissárias de bordo).
TRABALHO COM EMOÇÕES: Exige investimento afetivo, atenuado gasto cognitivo para
expressar padrão emocional. Exige do trabalhador forte identidade profissional para
bom desempenho (ex.: professores infantis).
EMOÇÕES NO TRABALHO: Relações com o chefe e colegas desencadeiam emoções. A
qualidade do ambiente de trabalho é decorrente da qualidade das relações (RELAÇÕES
CONFLITUOSAS GERAM ADOECIMENTO E FALTAS; RELAÇÕES POSITIVAS GERAM
EQUILIBRIO EMOCIONAL).
EMOÇÕES DIRIGIDAS AO TRABALHO: vivências de emoções fora do ambiente de
trabalho mas que repercutem no trabalho (ex.: problemas familiares).
EMOÇÕES PARA O TRABALHO: entendido como depositário de emoções e afetos;
significado e sentido do trabalho.

11. Abordagens das emoções (filosófica, fisiológica, fenomenológica, comportamental,

cognitiva, Clínica e social). (FIGURA 7.2, pág. 290)

FILOSÓFICA: o foco é o sentido da vida; emoção está na base da formação humana,

geram existência;