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Introdução
O presente trabalho tem como objetivo principal compor a nota da primeira parte da
disciplina de psicologia das organizações da professora Juliana Chaves. Nosso texto relaciona
os assuntos discutidos em sala de aula com o enredo do filme “A Classe Operária Vai Ao
Paraíso”, de 1971. O longa-metragem é um clássico do cinema italiano do período pós
Segunda Guerra Mundial e trata da história de um operário e seu cotidiano na fábrica. Os
acontecimentos do filme se relacionam perfeitamente com os conceitos trabalhados em classe,
como, por exemplo, trabalho, alienação, fetiche e como uma empresa imersa no modo de
produção taylorista-fordista explora o trabalhador, gerando, consequentemente, adoecimentos
(específicos do modo de produção) tanto ao próprio trabalhador, quanto à empresa. Tais
adoecimentos diminuem a produtividade e geram crise no capitalismo, afinal o capitalismo é
muito dependente do próprio trabalhador neste modelo de produção, como demonstra o filme.
Trataremos, então, dos assuntos estudados em classe e, na medida do possível, relacionaremos
com o filme. Uma observação a se fazer é a utilização do termo “homem” enquanto sinônimo
de espécie humana e não como pessoa do gênero masculino.
Conclusão
A partir dos temas e o do filme trabalhados nesta atividade, é possível avaliar a sua
importância na nossa aprendizagem, pois podemos fazer um paralelo da teoria com a
realidade, o que torna, consideravelmente, mais fácil sua compreensão. Como futuros
administradores iremos nos deparar com quase tudo que foi trabalhado e, a partir dos assuntos
que abordamos, estaremos mais preparados e com um olhar mais crítico ao capitalismo,
trabalho e trabalhador. Poderemos identificar, dessa forma, possíveis adoecimentos no
exercício da nossa profissão e solucioná-los de forma mais rápida, ou melhor, sempre que
possível, desenvolver processos que evitem o desenvolvimento de tais adoecimentos.
Os conceitos ministrados em classe e fixados pelo filme são de suma importância no
nosso cotidiano, uma vez que eles dão luz a diversos temas que são deixados de lado ou até
normalizados durante o dia-a-dia. Percebe-se, por exemplo, que o conceito de trabalho
enquanto humanizador foi deixado de lado pela contemporaneidade e assumiu-se uma relação
de subsistência do trabalho para com o homem. O conceito de fetiche, também hodiernamente
observado, foi intensificado e alguém só se enxerga como tal e só se enxerga na sociedade se
possuir tal mercadoria ou frequentar tais lugares. Portanto, a produção deste texto foi de
grande valia para nós, uma vez que ajudou-nos a fixar o conteúdo da disciplina e melhorou a
nossa visão crítica a respeito do capitalismo e o homem como ser social.
Referências bibliográficas
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Nazionale Di Cinema. Itália, 1971. 1 DVD (125 min.).
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