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TRABALHO:
É uma atividade fundamental para todos os seres humanos.
• O que ele constrói? Surgem instituições com a família, o estado, a escola e obras de
pensamento.
• O que ele gera em nós (quem trabalha)? Torna a pessoa que trabalha em humana, por se
relacionar com outras pessoas, aprende a enfrentar conflitos e a superar dificuldades, ele
muda a pessoa. Gera uma leitura de nós e do mundo através das experiencias vividas ali
pela nossa cultura. O trabalho vai te fazer frequentar ambientes de pessoas que tenha as
mesmas condições e com isso geram comportamentos diferentes, para trabalhos diferentes.
•Trabalho como mercadoria (a alienação): A alienação pode ser como perda de posse no
campo jurídico, e como perda de si no campo psiquiátrico. Alienação é algo que não temos
a posse, ou seja, o trabalho alienado é um trabalho em que você se perdeu, que não é
referente a quem você é, que você não domina mais.
• Michel Foucault vai falar sobre a vigilância no trabalho o que faz com que os
trabalhadores fiquem mais paranoicos por estarem a todo momento sendo vigiados, o
movimento dele é chamado de panóptismo onde você é vigiado a todo momento e para ele
isso traz a opressão. A ideia do panóptico foi criada por Jeremy Bentham no séc. XVIII e
fundamentada por Michel Foucault no séc. XX, é uma ideia utilitarista, alternativa aos
modos anteriores de vigilância criando e mantendo uma relação de poder que não mais
depende daquele que o exerce; os vigiados são presos em um sistema no qual eles mesmos
são portadores das relações que os submetem.
- Frederick Taylor e Henry Ford fizeram duas contribuições para o trabalho ficar cada vez
mais alienado, medir os gestos e cronometrar o tempo que o trabalhador faz uma obra (isso
traz problemas de saúde por repetição e mentais pela pressão).
- Max Horkheimer vem com a teoria da reificação em que as pessoas estão virando número
para as empresas, e com isso a mercadoria passa a ter mais valor de pessoa do que a própria
pessoa, o Max chama isso de fetichismo da mercadoria.
- A escola de Frankfurt vai dividir em razão instrumental e razão cognitiva os tópicos para
pensar a realidade de forma crítica e inteligente (faziam parte: Max Horkheimer, Theodor
Adorno, Herbert Marcuse).
Esse trabalho alienado que já era criticado, é um trabalho que cada vez mais separa o
indivíduo do todo.
CONSUMO E LAZER:
CONSUMO:
• Conceito: Ato de atender as necessidades da vida comum, refere-se a trazer algo.
• Consumo alienado: Um consumo negativo de algo que você não precisa mais ainda
assim consome. Obsolescência dos materiais ou dos produtos: ficar trocando um produto
sem precisão só para trocar. E com esses dois vem o consumismo.
Herbert Marcuse tem o conceito da unidimensionalidade, e nessa crítica dele é sobre a perda
de dimensão critica onde a pessoa nem percebe que está sendo pressionada a comprar o que
não precisa.
Já o Gilles Lipovetsky vai tratar o consumo como algo “positivo”, ele mostra que com a
quantidade de opções e preços acessíveis, isso faz com que as pessoas de baixa renda,
possam viver de maneira melhor.
O Zygmunt Bauman pensa que os consumidores são irracionais e que as empresas sempre
estão lucrando com os produtos “dos sonhos” pois eles com pouco tempo já não estão mais
satisfeitos e com isso sempre vai produzir novos produtos para substituir, ou seja ele acha
que as pessoas nunca estão satisfeitas.
• Consumo de informações:
É quando somos movidos por algoritmos que nos direcionam a publicações indicando
semelhança ao que já buscamos na maioria das vezes. Isso entra em relação no consumo
alienado
LAZER:
• Conceito: É um conjunto de ocupações, feitas de boa vontade e com querer próprio pra se
entreter, onde o indivíduo pode se entregar de livre e espontânea vontade para se repousar.
O lazer foi algo conquistado pelos trabalhadores. [conceito por Jofre Dumazedier).
•Obstáculos ao lazer por Domenico De Mais: obstáculos ao lazer e ao ócio criativo, para
ele o obstáculo é o capitalismo por amontoar os empregados nas empresas, ou seja, as
pessoas poderiam realizar as coisas que elas gostam se não fosse o capitalismo, as empresas
separam o tempo de vida fora do tempo de trabalho, como se você não vivesse no seu
trabalho e apenas quando saísse dele.
Destutt de Tracy chamava a ideologia de uma ciência das ideias, já o napoleão Bonaparte
chamava de ideólogos aqueles que era contrário as ideias dele, dando assim um significado
negativo a palavra.
Karl Marx e Friedrich Engels trouxeram a ideologia para outro ponto de vista, que era
também negativa, mas com uma base fundamentada de explicação, para eles a ideologia é
um conhecimento ilusório que mascara os acontecimentos sociais, é um instrumento de
dominação de uma classe sobre a outra porque máscara os conflitos sociais fingindo que
está tudo perfeito. Ele diz isso porque a gente só entende a ideologia se fizer um diálogo
com a alienação [alienação= estar alheio, afastar a si mesmo, se perder] porque a alienação
se manifesta na vida de um operário quando o produto de seu trabalho deixa de lhe
pertencer ao vender sua força de trabalho ele não mais decide sobre seu trabalho, horário e
ritmo de trabalho e por ser comandado de fora deixa de ser o centro de si mesmo se
tornando alheio, estranho a si próprio. O operário não desiste dessa situação pois a ideologia
o impede e assim mantem a coesão social sem recurso a violência [ele não sai dessa vida
pois ela acha que é normal estar assim porque todo mundo vive assim].
• As características da ideologia:
O fato de a ideologia ser um conhecimento ilusório não significa que é uma mentira
inventada pela classe dominante para subjugar a classe dominada, porque os que se
beneficia dos privilégios dela estão igualmente convencidos das verdades dessas ideias.
Naturalização: aceitar como naturais ações que resultam de ação humana e como tais tem
origem histórica.
Universalização: quando os valores da classe dominante são estendidos pra classe menor.
Abstração e aparecer social: quando se usa o pensamento ideológico abstraindo a uma
ideia e daí você não consegue chegar ao que realmente é [quando você fala algo tipo “o
trabalho dignifica o homem” só olhando a parte considerada boa e não considerando os
problemas.]
Lacuna: um buraco que se constrói para que se esconda ou se edita verdades ou mentiras.
Inversão: tornar a vítima em culpado.
• Ideologia em ação:
- História em quadrinhos;
- Publicidades;
- Mídias.
Para o Vladimir Lene é um dos líderes da revolução russa e diz que é possível construir uma
ideologia do proletariado e que seja positivo, só que as ideias de uma época são as ideias da
classe dominante da época, então mesmo que o proletariado construa um conjunto de ideias
pra lutar por essa ideia ela não consegue se universalizar porque ela não é classe dominante,
é classe dominada e só as ideias da classe dominante que fica por isso que parece que não
funciona pensar em ideologia como algo positivo, mas quanto ele quanto o Antonio Grande
que construiu a ideia de que seria algo possível usar a ideologia como um cimento pra se
construir uma hegemonia que seria da classe trabalhadora, ele não nega a dominação mas
ele disse que é possível o proletariado lutar por suas causas que juntando com o senso
comum [o que não acontece] ela poderia se universalizar, ele acha que isso deve acontecer
com um indivíduo de dentro e que convive nas mesmas condições pra passar a ideia que o
grupo quer passar.
Paul Ricoeur diz que quem faz essa análise acha que está livre dessa ideologia, quando não
está, porque não é só quem não estuda sobre que é ideológico, a ideologia está presente em
tudo no cotidiano, a única diferença é que quem procura saber mais sobre o assunto tende a
cair menos. Ricoeur não nega, porém, a ideologia, mas faz sua crítica no contexto de uma
interpretação historicamente situada, sem desmerecer o esforço para reinterpretar nossas
heranças culturais, no sentido de encontrar “um grau de verdade ao qual nós é possível
aspirar”.
• Questionamento e conscientização
A ideologia está presente no cotidiano. Os produtos culturais, os bens e serviços à nossa
disposição, as instituições, como escolas, fábricas, igrejas etc., podem ser instrumentos de
inculcação da ideologia quando nos passam a ilusão de que as desigualdades sociais,
econômicas, políticas e culturais são naturais e, portanto, não podemos mudá-las.