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Da idéia inicial
de ‘sofrer’ passou-se à idéia de esforçar-se, lutar, pugnar e, por fim, trabalhar,
ocupar-se de algum mister, ‘exercer o seu ofício’” (latim: tripaliare – entrada no
português, séc. XIII) “. Schütz (2008).
Ainda de acordo com as idéias de Codo (1994) e Schütz (2008), o homem deixa
de ser o centro de sim mesmo: não escolhe o salário, nem o horário, nem o
ritmo de trabalho. Com isso se dá uma grande inversão, em que o produto passa
a valer mais que o próprio operário, uma vez que aquele determina as condições
de trabalho deste e até as demissões e contratações. Trata-se de uma inversão
porque aquilo que é inerte, o produto, passa a "ter vida" e o que tem vida
(homem) se trasforma em "coisa". Assim se consolida o chamado trabalho
alienado.
Ora, se considerarmos que , pelo trabalho, ao mesmo tempo que o homem faz
uma coisa também se faz a si mesmo, o trabalho alienado é condição de
desumanização, pois os trabalhadores perdem o controle do produto e
conseqüentemente de si mesmos, tornando-se incapaz de atuar no mundo de
forma crítica.
O trabalhador ganha um salário que não consegue comprar os produtos que ele
mesmo produziu, como diz o trecho da musica de Grabiel O Pensador (nome da
musica) “Brinquedo que o filho me pede num tenho dinheiro pra dar”.
Assim, o homem torne-se apenas um instrumento para o produzir o que e
solicitado por quem tem o poder. O objeto produzido é mais valorizado do que
quem o produz, o próprio objeto por ele produzido se transforma "estranho"
para ele.
O trabalhador vendeu seu tempo, seu sentimento, sua força, suas aspirações
pelo dinheiro, e na posse de algum deste, troca por qualquer tipo de
mercadoria, inclusive por aquelas mesmas que ajudou a produzir.