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KARL MARX

A TEORIA CLÁSSICA DE KARL MARX

Profa. MSc. Rose Martins Tavares


KARL MARX - BIOGRAFIA

- Nasceu em 5 de maio de 1818, em Trier,


Alemanha;
- Filho de advogado protestante, de uma família
de 08 irmãos;
- Doutor em Filosofia, estudou também direito e
história em Berlim;
- Casado com Jenny Vom Westphalen;
- Colaborador de vários jornais;
- Expulso de Paris e Bruxelas;
- Abandonou seus estudos econômicos para
trabalhar como jornalista;
- Dificuldades financeiras;
- Retoma estudos econômica;
- Morre Marx em 14 de março de 1883.
ABORDAGEM SOCIOLÓGICA CLÁSSICA: Karl Marx

Principais Obras escritas


com Friedrich Engels:
- A Sagrada Família;
- A Ideologia Alemã;
- O Manifesto do Partido
Comunista;
- O Capital (publicado por
Engels).

◦ Principais Conceitos:
1. Alienação.
2. Ideologia
Como funciona a sociedade?

A sociedade é marcada pela:


• divisão social do trabalho;
• luta de classes;
• generalização da produção de mercadorias;
• ideologia, com suas distorções, que se
impõe à construção do conhecimento.
Como atenuar os efeitos da ideologia?

• Depende da participação consciente do


sujeito no movimento da história em direção
à superação da alienação.
O QUE É IDEOLOGIA
SEGUNDO KARL
MARX?

É um sistema de idéias de
uma classe dominante que
passam para os dominados
uma imagem inversa da
realidade social inserida, o
que gera uma “falsa
consciência” (MEKSENAS,
2005).
o mito da neutralidade científica.
A ideologia é uma forma de mascarar ou ocultar
as contradições sociais e a dominação(Karl
Marx).
Marx

A IDEOLOGIA funciona como um instrumento de


dominação de classe – ao demonstrar que esta
Ideologia tem por objetivo manter os interesses da
classe dominante como se estes representassem o
interesse coletivo da sociedade.

“Todo homem é igual perante a lei”


Marx
A Ideologia age como um instrumento
encarregado de OCULTAR as divisões de classe e,
portanto, que age no sentido manter a ordem social
sem necessariamente a utilização da força coercitiva
em todos os momentos.

EX: “A greve dos professores leva a educação


ao caos, pois é uma baderna, ameaça à
ordem pública”
Como mudar a realidade social?

◦ A ideologia, como consequência da


alienação, só pode ser superada em suas
raízes por meio de uma transformação
desalienadora, prática, capaz de mudar as
condições sócio-econômica, a EDUCAÇÂO é
o caminho.
Método de estudo da Sociedade:
Materialismo histórico

ESTUDAR A SOCIEADE A PARTIR DA SUA BASE


MATERIAL
MÉTODO: MATERIALISMO HISTÓRICO

“O trabalhador e tanto mais pobre quanto


mais riqueza produz, quanto mais cresce
sua produção em potência e em volume. O
trabalhador converte-se numa mercadoria
tanto mais barata quanto mercadoria
produz. A desvalorização do mundo
humano cresce na razão direta da
valorização do mundo das coisas. O
trabalho não apenas produz mercadorias,
produz também a si mesmo e ao operário
como mercadoria, e justamente na
proporção em que produz mercadoria em
geral”.

Karl Marx
“As condições materiais vigentes na
sociedade é que determinam nosso
pensamento e nossa consciência”.
(Karl Marx)
Jovem de 14 anos é assassinado ao reagir a assalto na zona
Norte de Teresina Segundo familiares, o jovem tentou reaver o celular
roubado, quando foi atingido por uma facada no peito desferida pelo
assaltante (17/11/2018 )

Jovem é morto a facadas após tentar recuperar celular de


amigo
Crime aconteceu no Centro de Juiz de Fora. Vítima tinha 22 anos. O
aparelho havia sido furtado no dia anterior. Suspeito ainda não foi
localizado (07/02/2018 )
ABORDAGEM SOCIOLÓGICA CLÁSSICA: Karl Marx

1. ALIENAÇÃO
Etimologicamente significa: torna-se estranho a si
mesmo, isso significa que as condições impostas ao
homem são tais que este se torna um estranho para si
mesmo, isto, é não se reconhece mais na sua atividade
e nas suas obras.

“[...] refere-se à condição vivida pelo trabalhador


assalariado na sociedade capitalista, uma vez que nela
ele perde a posse sobre a sua força de trabalho, que
passa a ser uma mercadoria como outra qualquer,
vendida no mercado conforme as leis variáveis da
oferta e da procura[...](FERREIRA, 2001, p.56).
TRABALHO ALIENADO: a máquina substitui
o homem

Criação da mão
humana, a ciência
coisificada, as máquinas
não dependem dos
trabalhadores, há uma
inversão, os trabalhadores
dependem das máquinas.
Trabalho Alienado: conhecimento
fragmentado

◦ Mesmo com os métodos elaborados para aumentar


a produtividade (desenvolvimento das forças produtivas),
os trabalhadores são atingidos no plano moral, ficam
submissos às máquinas, que fazem com que os
“operadores” percam o domínio de seu trabalho que,
este sim, perde seu conteúdo.
Trabalho Alienado: conhecimento
fragmentado

◦ Nos métodos elaborados para aumentar a


produtividade, os trabalhadores são atingidos no plano
moral, ficam submissos às máquinas, que fazem com
que os “operadores” percam o domínio de seu
trabalho que, este sim, perde seu conteúdo.

◦ O potencial intelectual também é expropriado, as


máquinas dominam os trabalhadores, ao invés de
aumentar sua liberdade e sua autonomia.
Karl Marx

“É
o capitalismo no seu explendor, luxo e beleza.
O elemento fundamental do modo de produção
capitalista é a mercadoria”.

“O capitalismo só se realiza na produção e venda


de mercadoria”
O que fazer com a grande quantidade de
mercadorias?

◦ CONSUMO ALIENADO é a estratégia do


capitalismo para vender suas mercadorias.

O FETICHE DA MERCADORIA.

◦ Somos meros “produtos”, mercadorias e como


tais “possuem valor de troca” (roda viva:
trabalho=salário=consumismo).
Os objetos falam por nós! Na atual sociedade

O TER torna -se a RAZÃO DE SER de um


indivíduo.

COMPRO, LOGO EXISTO!

MERCADORIA = FELICIDADE
Alienação

É a condição
psico-sociológica de
perda da identidade
individual ou coletiva
decorrente de uma
situação global de
falta de autonomia.
Consumo alienado: PERDA DA IDENTIDADE

....as mercadorias
possuem um valor de
uso e um valor de troca.

A mercadoria é um bem
destinado à venda no
mercado.
Consumo

É o ato de a sociedade adquirir algo para


atender as suas necessidades e seus desejos.
Quando a pessoa compra de uma forma para
aliviar sua ansiedade ou compra exageradamente e
muitas vezes nem utiliza o produto, a pessoa se
torna alienada (SOUZA, 2013).
CONSUMO ALIENADO
CONSUMO ALIENADO: não interessa o
SER, interessa o TER
CONSUMO ALIENADO: não interessa o
SER, interessa o TER

◦ “Na sociedade capitalista o importante vem a


ser o produto no qual é mais consumido
pelos indivíduos, independente de que
caráter este indivíduo seja, se o que gera
mais lucro, não importando se este é bom ou
mal, por exemplo, drogas, roupas, armas,
materiais etc, não importa qual público
estará sendo atingido” (DUARTE, 2000).
Segundo as Normas Regulamentadoras
do Ministério do Trabalho

Aumentar o volume do
fone de ouvido para ficar
acima dos sons do ambiente
ou ficar muito tempo o
utilizando pode provocar
perda na audição.
Uma pessoa que fica
exposta a um ruído de 90
decibéis, por 4 horas no dia,
poderá desenvolver uma
perda auditiva.
O CAMINHO DA VIDA – Charles Chaplin

“O caminho da vida pode ser o da liberdade e da beleza, porém nos


extraviamos.

A cobiça envenenou a alma dos homens... levantou no mundo as muralhas


do ódios... e tem-nos feito marchar a passo de ganso para a miséria e
morticínios.

Criamos a época da velocidade, mas nos sentimos enclausurados dentro


dela. A máquina, que produz abundância, tem-nos deixado em penúria.

Nossos conhecimentos fizeram-nos céticos; nossa inteligência,


empedernidos e cruéis. Pensamos em demasia e sentimos bem pouco.

Mais do que de máquinas, precisamos de humanidade. Mais do que de


inteligência, precisamos de afeição e doçura. Sem essas virtudes, a vida
será de violência e tudo será perdido”.

(O Último discurso, do filme O Grande Ditador)


REFERÊNCIAS
COSTA, Maria Cristina. Sociologia: introdução à ciência da
sociedade. São Paulo: Moderna, 2005.

FERREIRA, Delson. Manual de sociologia: dos clássicos à


sociedade da informação. São Paulo: Atlas, 2001

MEKSENAS, Paulo. Aprendendo sociologia: a paixão de


conhecer a vida. São Paulo: Edições Loyola, 2005.

QUINTANEIRO, Tânia. Um toque de clássicos: Marx, Durkheim e


Weber. Belo Horizonte: UFMG, 2002.

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