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Materialismo histórico-

dialético

PDA II

Prof. Abner Alves Borges Faria


Karl Marx (1818-1883)

Filósofo alemão, viveu apátrida a maior


parte da vida e morreu na Inglaterra.
Estabeleceu parceria com Friedrich Engels
(1820-1895).

Principais obras: O Capital (1867–1883),


Manifesto Comunista (1848).
As revoluções burguesas

Revolução industrial (1776-1830)


Revolução francesa (1789-1815)
A superação da exploração do homem pelo
homem: possibilidade real ou utopia?

Resposta conservadora: não, porque a natureza (essência imutável) do homem


é egoísta e individualista (luta de todos contra todos).

Resposta crítica: sim, não apenas possível, mas necessária.

Para Marx, não há uma essência humana, independente da história. Os seres


humanos são o que se fazem em cada momento histórico.
Relação do homem e a
natureza: o trabalho
Para o homem existir, deve transformar constantemente
a natureza.

Isso vai além da reprodução biológica dos indivíduos


(leis naturais). Também inclui elementos da vida social,
como a criação de valores, sentimentos, arte, etc.

O fundamento da relação dos seres humanos com a


natureza é o trabalho. Pelo trabalho o ser humano
modifica a natureza e se modifica no processo, se
tornando um ser social.

O trabalho humano nasce na consciência, antes de se


objetivar no mundo, o que o torna o ser humano
diferente dos outros animais.
O trabalho e a sociedade

Os produtos do trabalho mudam a relação do homem com a sociedade,


aumentando sua capacidade produtiva e suas possibilidades de
desenvolvimento.

O trabalho produz cultura (generalização de conhecimentos e experiências).

Todo objeto, prática cultural, ideia, tudo que é humano... tem sua origem no
trabalho e na cultura humana (conhecimento acumulado historicamente), ou
seja, uma dimensão social.

A cultura humana tem uma base material, construída a partir do trabalho.


Mediação

Uma ideia objetivada se transforma em objeto, que passa a influenciar o mundo


social e as outras pessoas.

existe a esfera subjetiva: a consciência humana.

existe a esfera objetiva: o mundo material.

As ideias tem uma existência concreta, mas nascem das relações objetivas. Sem
a materialidade não há a consciência humana.

“A existência precede a essência” (Jean Paul Sartre)


O conhecimento

Quando nascemos, estamos imersos em um mundo anterior de cultura.

Entre as ideias e o mundo objetivo, há uma intensa mediação pelo


trabalho.

A ciência é uma prática humana, que tem como objetivo um maior


controle sobre a natureza e, no mundo capitalista, alcançar maior
produtividade.
Desenvolvimento histórico das relações de produção (luta de classes)

Sociedade
primitiva Feudalismo

Sociedades Capitalismo
escravistas
A sociedade burguesa moderna e contemporânea

Após a Revolução Industrial (1776-1830), inaugura-se outra forma de


organização e exploração do homem pelo homem: a compra da força
de trabalho dos trabalhadores.

Transforma o trabalhador em operário (exploração da mais-valia).

A sociedade converte-se em um enorme mercado, e tudo passa a ser


mercadoria.
Marx e a crítica ao individualismo burguês

No capitalismo, a conexão/dimensão social do indivíduo-sociedade


é rompido.

A existência pessoal, deixa de estar conectada à vida coletiva.

Os indivíduos passam a considerar os outros como adversários pela


acumulação pessoal, em uma arena social.

Individualismo.
Alienação (afastamento, distanciamento) e Ideologia

O trabalhador deixa de se ver como produtor da realidade material, e


apenas como consumidor desta.

Ideologia: representação ilusória do real (ocultação).

Ilusão de que compartilha de um destino comum com o capitalista.

Ilusão de que as instituições do estado burguês representam os


interesses de toda a sociedade.
Questões atravessadas pela análise marxista do capitalismo

• O patriarcado, família e a questão da mulher

• Racismo

• Violências étnicas

• Papel da educação e da escola

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