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Linguística: propriedade de uma palavra ou locução que tem vários sentidos. Conjunto dos vários
sentidos de uma palavra ou locução.
"A ciência social será sempre uma ciência subjetiva e não objetiva com as ciências naturias; tem de
compreender os fenômenos sociais a partir das atitudes mentais e do sentido que os agentes
conferem às suas ações, para o que é necessário utilizar métodos de investigação e mesmo critérios
epistemológicos diferentes das correntes nas ciências naturais" (Boaventura Santos).
Ônus: pode ser pensado como imprecisão - principalmente se compararmos com os métodos das
ciências exatas ou naturais.
"Por outro lado, buscar um significado, sem ambiguidades e sem polissemias, para termos que
operam abstrações significativas nas Ciências Sociais nos parece improvável, senão impossível.
Improvável porque o que confere sentido aos termos abstratos, as generalizações, é a teoria, e esta,
nas Ciências Sociais, é inescapavelmente plural" (Cotanda, Fernando Coutinho. A Polissemia dos
Conceitos e suas implicações para a sociologia: os usos do termo "Sistema", 2014).
Conceitos Polissêmicos - reflexão importante: "dupla hermenêutica" das Ciências Sociais (Anthony
Giddens).
A sociologia reinterpreta os sentidos das ações dos agentes sociais a partir dos seus conceitos; não
só constrói um saber sobre a vida social, mas muitos de seus conceitos são incorporados na
linguagem cotidiana.
O conceito de Cultura:
"É conhecida a inexorável ambiguidade do conceito de cultura. Bem menos notória é a ideia de que
essa ambiguidade provém nem tanto da maneira como as pessoas definem a cultura quanto da
incompatibilidade das numerosas linhas de pensamento que se reuniram historicamente sob o
mesmo termo" (Bauman - ensaios sobre o conceito de cultura, p. 51).
Cultura como conceito hierárquico: cultura pensada como "cultivo" - busca de um "ideal" cultural.
- Evolucionismo.
Cultura como estrutura: sociedades desenvolvem estruturas sociais - que organizam as ações a longo
prazo - estruturas - religiosa, familiar, administrativas.
- Cultura: o que dá sentido a ação (comportamentos ligados ao sentido dado pela cultura);
- Solidariedade mecânica: sociedades simples, pouco indivíduo, muito coletivo, pouca diferença
entre os indivíduos, mantém a coesão social;
Modelo:
"É possível analisar diversos fatos reais como desvios do ideal: tais construções (...) permitem-nos
ver se, em traços particulares ou em seu caráter total, os fenômenos se aproximam de uma de
nossas construções, determinar o grau de aproximação do fenômeno histórico e o tipo construído
teoricamente. Sob esse aspecto, a construção é simplesmente um recurso técnico que facilita uma
disposição e terminologia mais lúcidas" WEBER, apud BARBOSA; QUINTANEIRO, 2012, p. 113.
Irracionais:
Racionais:
- Racional relativa a afins: busca atingir um objetivo - o fim (racionalmente definido) a partir disso se
definem as estratégias para atingir esse fim;
- Racional relativa a valores: O valor (ético, religioso, político, etc) e não o fim orienta a ação.
Karl Marx: Capitalismo - trabalho alienado - ser humano afastado (alienado, não consciente) de seu
processo produtivo - e do produto desse trabalho.
No capitalismo tudo é mercadoria, até mesmo o trabalho se torna uma mercadoria a ser vendida e
comprada no mercado.
Sociedade dividida entre proprietários (capitalistas - donos dos meios de produção) e proletários
(vendedores da força de trabalho, trabalhadores). Apropriação privada dos meios de produção -
aliena os seres humanos.
- Ideias marcantes: razão como norteadora das ações humanas; a utilização da razão levaria a
humanidade à maturidade, emancipação e autonomia;
- Viabilidade do ser humano: "ser humano é bom por natureza" em oposição a posturas contrárias
anteriores, como, por exemplo, Hobbes;
Iluminismo
Ideia de progresso na história: a humanidade tem uma linha ascendente de progresso em seu
desenvolvimento.
Liberalismo Político
- Pensamento filosófico: progressista, esclarecido, crítico com relação à igreja e ao clero, defesa da
liberdade de expressão.
Rousseau: bondade natural do homem, todos os homens nascem livres e iguais, acredita na
democracia, propõe a divisão de poderes.
Montesquieu: poder real limitado, divisão de poderes, conjunto de leis (constituição) ao qual todos
estariam submetidos.
Voltaire: defensor das liberdades civis (de expressão, religiosa e de associação), contrário à
monarquia absolutista, crítico da igreja e do clero, defensor do livre comércio (contrário à
intervenção do estado na economia);
Liberalismo Econômico
Acreditavam na não intervenção do Estado na economia (lembrar dos entraves ligadas às ligas de
ofício e a administração absolutista), aposta no livre mercado, na livre iniciativa.
- Adam Smith: mercado regido por leis próprias - mão invisível (oferta/procura) - livre mercado e na
sinergia causada pela procura por benefícios individuais;
- Thomas Malthus: preocupado com o crescimento populacional, afirmava que o Estado não deveria
intervir criando legislações protetivas aos mais pobres, necessidade de deixar a natureza atuar no
equilíbrio - trabalhadores deveriam receber apenas o suficiente para cobrir despesas básicas - assim
diminuiriam a tendência à procriação exagerada;
- David Ricardo: incentiva a produção industrial (a verdadeira produtora de riquezas de uma nação).
A agricultura já recebia incentivos ligados diretamente ao aumento da população - mais pessoas =
necessidade de mais alimentos.
Ao final dessa unidade você terá condições de reconhecer como as sociedades burguesas (pós
revoluções burguesas) tiveram a necessidade da criação de espaços para a definição das
“prioridades” na construção do bem comum, bem como verificar a participação dos movimentos
sociais nesse processo.
- A Idade Média europeia: junção entre as esferas pública e privada na figura do senhor feudal;
- A autoridade do senhor feudal: poder privado sobre a família e seus vassalos e controle público
sobre a área de seu domínio;
- Primeiras cidades ou burgos: queda de poder dos senhores feudais - maior centralização do poder -
as monarquias absolutistas.
- Esfera pública burguesa: compreendida como uma instância de sujeitos reunidos em público;
- Os burgueses são pessoas privadas: não exercem funções públicas; pressão da burguesia contra o
estado;
- Trata-se da sociedade que se diferencia do estado e vai cobrar, principalmente, a não interferência
deste nas questões privadas. Os burgueses são críticos ao princípio de dominação do estado;
- Instutui-se uma polarização entre o setor privado (construído pela sociedade civil) e a esfera do
poder público (o estado);
- O privado também é entendido a partir de duas esferas: o privado ligado à ideia de mercado e o
privado que remete ao ambiente íntimo e familiar;
- Ponto central defendido pela burguesia: não intervenção do Estado nos assuntos privados;
- Estado Liberal de Direito: garantia dos princípios jurídicos de proteção ao livre mercado. "O Estado
de Direito enquanto Estado burguês estabelece a esfera pública atuando politicamente como órgão
do Estado para assegurar institucionalmente o vínculo entre lei e opinião pública" (HABERMAS,
1984, p. 101).
- A burguesia passou a privatizar o público: apossar-se de bens públicos para atender a interesses
privados;
- Por outro lado, publicização do privado: os líderes políticos são avaliados pelos seus atributos
pessoais e não pelos atributos públicos;
- Entretanto, o espaço para a mediação estava posto: a esfera das discussões públicas estava posta;
- Mudanças sociais da metade do último século: movimentos ligados a identidades sociais, direitos
humanos, problemas ambientais, etc.
Aula 05 - Uma Sociedade, Projetos Diferentes (26/05/22)
Em nossa aula de hoje na disciplina Cultura e sociedade vamos estudar a necessidade de mediação
entre dois “projetos” de sociedade que a contemporaneidade nos apresenta – um voltado cada vez
mais a individualização e outro que aposta em coletividades organizadas; para tanto iremos refletir
acerca da construção moderna da individualidade (pautada nas ideias liberais da busca individual e
na meritocracia), como também sobre a constituição da política como uma arena de disputa para a
construção das prioridades sociais, ao final discutiremos rapidamente as práticas, cada vez mais
comum, de judicialização e esvaziamento da esfera política.
Objetivos:
Conteúdo:
- Modernidade e individualização;
- Revolução Francesa;
- "Liberdade, Igualdade, Fraternidade" pensados como valores universais com peso igual;
- A medida que as mudanças vão ocorrendo, a Fraternidade vai perdendo o valor e a Liberdade e
Igualdade passam a orientar os projetos sociais.
- Sociedade = Mercado;
O pensamento liberal orientou as práticas sociais durante muito tempo, entretanto o século XX
conhece crises sociais cada vez mais graves, com as quais esse modelo não consegue administrar. As
políticas liberais orientavam as práticas políticas no período das duas grandes guerras.
Estado liberal se vê forçado a assumir pare da responsabilidade social criando uma série de medidas
com o objetivo de dar condições básicas de sobrevivência aos menos favorecidos e de garantir a paz
social.
Direitos sociais, econômicos e culturais e direitos civis e políticos -> Direitos Humanos;
Contemporaneidade:
- Garantia de direitos;
- Ligada a justiça;
Nessa aula da disciplina Cultura e Sociedade, vamos discutir acerca da construção de características
de nossa sociedade que hoje quase temos como “naturais” e, no entanto, são construção
socioculturais, quais seja, a democracia, cidadania, direitos e as resistências atuais a esse processo.
Veremos como, a partir dessa construção, novos atores sociais surgiram juntamente com novas
demandas sociais, e ao final, discutiremos a busca pela igualdade “em tempos virtuais”.
Ao final desta unidade você terá compreendido como a sociedade contemporânea gestou algumas
de suas características e a forma como essas características têm sido trabalhadas (mantidas ou não)
cotidianamente.
Refletir:
- Sobre o neoliberalismo;
- Welfare State - Estado é o agente que promove e organiza a vida social e econômica,
proporcionando aos indivíduos bens e serviços esseniais durante toda sua vida (direitos sociais,
econômicos, políticos, culturais, etc).
Novos atores sociais:
"Nas sociedades globalizadas, multiculturais e complexas, as identidades tendem a ser cada vez mais
plurais e as lutas pela cidadania incluem frequentemente, múltiplas dimensões do self: de gênero,
étnica, de classe, regional, mas também dimensões de afinidades ou de opções políticas e de
valores: pela igualdade, pela liberdade, pela paz, pelo ecologicamente correto, pela sustentabilidade
social ambiental, pelo respeito à diversidade e às diferenças culturais, etc" (Scherer-Warren, Ilse.
DAS MOBILIZAÇÕES ÀS REDES DE MOVIMENTOS SOCIAIS In: Sociedade e Estado, Brasília, v.21, n.1, p.
109-130, jan./abr. 2006).
- Como se dá a mediação?
Finalizando:
- Welfare State: Estado protetivo dos direitos fundamentais (saúde, educação, segurança, trabalho);
Nessa aula relembraremos rapidamente dos projetos da modernidade e da crise vivida no pós-
guerra, e discutiremos a ideia de sua superação e do surgimento de uma pós-modernidade. Assim,
ao final desta unidade você será capaz de identificar as transformações socioculturais ocorridas nas
últimas décadas e a sua relação com o cenário atual.
Utopias: projetos de sociedades idealizadas (movimento hippie, maio de 68, primavera de Praga).
Novos projetos utópicos, as sociedades idealizadas são retratos paradisíacos de igualdade,
fraternidade e liberdade.
Maio de 68, Paris - greve de estudantes, reformas urgentes na educação: greve geral na França - 10
milhões de trabalhadores entram em greve. Eleições legislativas, esvaziamento do movimento.
Reação violenta da polícia.
- Final das grandes narrativas da sociedade - não há uma única direção a seguir, MAS...
Finalizando:
O final das utopias e o reforço das distopias marca o final do século XX. Há um desencanto com a
sociedade - para onde ir?
Vejamos:
Críticas aos mecanismos de proteção, elogios a processos que favoreçam a livre circulação.
- Diversidade dos movimentos sociais orientados por diferentes demandas - podem ser culturais,
econômicas, ambientais, conservadores, etc;
- Movimentos históricos: os movimentos sociais surgem dentro de uma estrutura histórica e social
dada, portanto isso dá o horizonte de suas reinvindicações.
- Para Bauman, ao nos libertarmos das "amarras" da sociedade, criamos indivíduos sem rumos, a
questão que se coloca é "o que escolher quando posso ter tudo"?
Para a modernidade líquida, resta o mundo do descontrole, onde a individuação é a grande tônica.
Dissolvem-se as identidades de grupos, afirmam-se as identidades individuais cada vez mais
passageiras e construídas por meio do consumo que se torna o afirmador do "self".
Violência:
Violência é natural?
Reflexões a respeito:
Tributário do pensamento freudiano - afirma que a sociedade está cada vez mais "pacificada". Se
temos uma percepção que parece contrariar isso é porque, na verdade, nossa sensibilidade à
violência vai ficando cada vez maior.
Finalizando:
- Multicausal;
- Elias - sociedade cada vez menos violenta - o que aumenta é a nossa sensibilidade para a violência.
Objetivos:
Conteúdo:
Por isso, algo entendido como violência em um contexto pode ser aceito normalmente em outro.
"Certas etapas do ciclo de vida do ser humano são solenizadas em todas as sociedades por meio de
rituais. Chamam-se ritos de passagem as cerimônias que marcam a passagem de um indivíduo ou
grupo de uma fase do ciclo para outra. (...) Os rituais e cerimônias distinguem-se das demais
atividades societárias por serem realizados de maneira formal, seguindo padrões estabelecidos pela
tradição. Distinguem-se, também, por sua natureza simbólica e por se realizarem em ocasiões
específicas e períodos determinados" (BRETAS, 2008).
Quando descontextualizados, esses rituais podem parecer extremamente cruéis e até mesmo
violentos.
"Buracos escavados no corpo, agulhas atravessadas nas feridas, enforcamento, amputação, a última
corrida, carnes despedaçadas: os recursos das crueldades parecem inesgotáveis".
(E no entanto:)
"A impassibilidade, diria mesmo a serenidade, com a qual estes jovens suportavam o seu martírio
era mais extraordinária ainda do que o próprio suplício... Alguns dando-se conta de que eu
desenhava, chegaram mesmo a olhar-me nos olhos e a sorrir quando, ouvindo a faca ranger na sua
carne, eu não podia reter as lágrimas".
(CLASTRES, Pierre. Da tortura nas sociedades primitivas. In: . A sociedade contra o estado:
investigações de antropologia política. Porto: Edições Afrontamento. 1979).
Visões etnocêntricas:
"Etnocentrismo é uma visão do mundo onde o nosso próprio grupo é tomado como centro de tudo e
todos os outros são pensados e sentidos através dos nossos valores, nossos modelos, nossas
definições do que é a existência. No plano intelectual, pode ser visto como a dificuldade de
pensarmos a diferença; no plano afetivo, como sentimentos de estranheza, medo, hostilidade, etc.
Perguntar sobre o que é etnocentrismo é, pois, indagar sobre um fenômeno onde se misturam tanto
elementos intelectuais e racionais quanto elementos emocionais e afetivos" (ROCHA, Everardo P.
Guimarães. O que é etnocentrismo. São Paulo: Editora Brasiliense, 1988).
Relativismo Cultural:
"Na prática corrente do relativismo cultural pelos antropólogos, uma das ideias básicas é o
afundamento do universo do outro, a fim de extrair dele a verdade acerca das regras que o regem,
ou seja, do código alheio" (ZALUAR, Alba. Relativismo cultural na cidade? - Anuário
Antropológico/90. Rio de Janeiro: Tempo Brasileiro, 1933).
Qualquer coisa é válida, isso porque quase tudo pode ser explicado de forma "lógica" dentro da
cultura de certas populações ou agrupamentos sociais (ainda que você não entenda a lógica desse
outro grupo).
Dilema: direitos humanos, considerados universais, mas definidos e escritos por um conjunto
determinado de nações em um também determinado momento histórico.
Direito de intervenção?
"De acordo com o Fundo das Nações Unidas para a Infância, o Unicef, a mutilação genital é realizada
em cerca de 3 milhões de meninas e mulheres todos os anos e se concentra em 29 países entre o
continente africano e o Oriente Médio".
Direito de intervenção?
"Quase cem anos depois, o Senado analisa uma proposta que pode criminalizar outro ritmo musical
brasileiro, o funk. A proposta foi enviada em janeiro por Marcelo Alonso, um webdesigner de 47
anos, morador de um bairro da zona norte de São Paulo. Teve 21.985 assinaturas de apoio".
Finalização:
- Mediação?
Nessa aula vamos refletir acerca de como tem sido pensada a sexualidade na contemporaneidade,
partimos, para tanto das discussões foucaultianas acerca do tema, nos atendo principalmente a
compreensão da hipótese repressiva e construção da heteronormatividade.
- Construção da heteronormatividade;
"Diz-se que no início do século XVII ainda vigorava uma certa franqueza. As práticas não procuravam
o segredo; as palavras eram ditas sem reticência excessiva e, as coisas, sem demasiado disfarce;
tinha-se como o ilícito uma tolerante familiaridade.
(FOUCAULT, Michel. História da sexualidade I: a vontade de saber. Rio de Janeiro, edições Graal,
1988)
HIPÓTESE REPRESSIVA:
Havia, historicamente, certa liberdade na fala sobre a sexualidade. Essa liberdade vai se perdendo à
medida que a modernidade avança (Era Vitoriana).
"A pudicícia imperial figuraria no brasão de nossa sexualidade contida, muda, hipócrita".
Para Foucault, talvez as coisas não tenham sido exatamente assim. A sexualidade passa a ser, cada
vez mais, um tema central nos discursos. O que ocorre é uma "qualificação" e "seleção" da fala e de
quem pode falar.
- Exame de consciência: feito no confessionário - explicitação em pormenores dos pecados (em atos
ou pensamentos), desejos, deleites do corpo;
Incitamento político, ecoômico, técnico - não se trata somente de um discurso moral, mas é preciso
inserir no tema uma "racionalidade" que torne o sexo "administrável".
"Deve-se falar dele como de uma coisa que não se tem simplesmente que condenar ou tolerar, mas
que gerir, que inserir em sistemas de utilidade, que regular para o bem de todos, que fazer funcionar
em ordem a um óptimo. O sexo não se julga apenas, administra-se. Ele tem a ver com o poder
público; exige processos de gestão; o sexo no século XVIII torna-se caso de polícia".
- Entre o século XVIII e XIX, um novo discurso se soma ao anterior - medicina e psiquiatria -
classificação - doenças e perversões sexuais;
- Em diálogo com a justiça penal, vão tipificando as condutas dentro de padrões - os atentados, os
ultrajes, perversões...
- Há que se separar e segregar os "pervertidos"; proteger e prevenir os puros - cada vez mais o sexo
vai sendo aliado à ideia de perigo;
- Interroga-se com sobriedade a sexualidade das crianças, a sexualidade dos loucos e dos criminosos.
Questionam-se aqueles que não gostam do outro sexo, classificam-se os seus devaneios, as
obsessões, as manias;
Freud - Psicanálise:
- Heteronormatividade;
Finalizando:
- Hipótese repressiva - modernidade cala a fala sobre o sexo (pensada como mais livre
anteriormente) - "nós os vitorianos!";
- Para Foucault, esse não é o processo. Na verdade, a modernidade incita o discurso sobre a
sexualidade e promove uma "especialização" do tema;
- A sexualidade precisa ser analisada, catalogada, legislada, para que possa ser, por fim, governada;
- Heteronormatividade;
Somos mais livres, mas... "o que fazer com essa liberdade?";
Modernidade líquida - fluidez das relações - superficialidade dos laços sociais - fragilidade nas
relações;
Para o autor: necessitamos de um retorno à máxima moral "ama o próximo como a ti mesmo";
Para Bauman, o amor próprio é o resultado de ser amado. Quando o sujeito se percebe ouvido, que
sua opinião importa para alguém, que sua presença é desejada, ele compreende que é digno de
amor. Só o "outro" pode nos dar essa condição.
Giddens, autor do livro "A transformação da intimidade - sexualidade, amor e erotismo nas
sociedades modernas":
- Amor romântico: aprisionamento feminino em um ideal difícil de ser superado;
- Essa idealização supõe papéis e expectativas diferentes para homens e mulheres - "dialetos
diferentes" - homens e mulheres acabam tendo expectativas diferentes sobre o amor e casamento -
relação entra em crise.
Na contemporaneidade:
- Busca da mudança;
Finalizando:
- Bauman: amor líquido, todas as relações têm a mesma lógica do mercado, troca e consumo rápido;
- Necessidade de fortalecimento do "amar ao próximo como a ti mesmo" - identificação;
1-a
2-c
distopias são sociedades idealizadas onde ciencia e tecnologia exarcebaram suas funções
3-e
4-e
a esfera pública é o espaço criado para manifestação e organização das demandas sociais
5-a
prática popularizada, tem como consequência o esvaziamento da esfera política como mediadora de
conflitos
6-a
7-c
8-a
9-e
10 - a
Pontuação 30 de 30