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INTRODUÇÃO

AO PENSAMENTO

MARXISTA

PROFESSORA MARIZE SCHONS


CRONOGRAMA
Estrutura do Pensamento Marxista

1- Crítica materialista à Filosofia Política Moderna e


ao Idealismo alemão

2- Teoria Social marxista e a origem da sociedade


de classe

3- Teoria da história e tradição do conflito

4- Crítica socioeconômica ao Capitalismo

5- Textos políticos e revolução


PARTE 1
A crítica materialista
Crítica da Filosofia do Direito de Hegel
A Ideologia Alemã

A - Filosofia Política Moderna


Estado como um ente racional
Ciência e Esclarecimento
Razão iluminista
Falsa Ideologia

B - Idealismo alemão
Idealismo absoluto hegeliano
Consciência autônoma e formadora do mundo
material
Superestrutura -> Infra-estrutura
Imaterial determina o mundo material
INFLUÊNCIA DE HEGEL

SUPERESTRUTURA
A superestrutura compreende o sistema político-
jurídico do Estado e a consciência – ou ideologia –
em geral, que se manifesta na cultura e na arte, na
religião e na espiritualidade, na ética e na filosofia,
etc.

INFRAESTRUTURA
infraestrutura” é o que diz respeito à organização
econômica, à produção, distribuição e consumo de
bens. Ao mundo material.
MATERIALISMO
A RELAÇÃO ENTRE:

SER CONSCIÊNCIA

DIALÉTICO

MATERIAL IDEOLÓGICO
OBJETIVO COLETIVO
INFRAESTRUTURA SUPERESTRUTURA
IDEOLOGIA

INFRA-ESTRUTURA SUPERESTRUTURA

ECONOMIA CULTURA
MEIOS DE PRODUÇÃO RELIGIÃO
FORÇA DE TRABALHO ESTADO
MATERIALISMO
Palavra que aparece nas discussões filosóficas, mas que
muitas vezes é usada de maneira imprecisa. O conceito de
materialismo pode variar dependendo do autor que
estamos falando. Porém, existem certos pressupostos
estáveis nas diferentes concepções teóricas
“materialistas”.

- o materialismo remete a tradição filosófica atomista e,


por isso, a Demócrito
- a matéria é uma condição concreta e, para Demócrito,
constituída por átomos.
-há uma certa rigidez, estabilidade e ordem no
“comportamento da matéria”.
- esses átomos existem e “se comportam” de uma maneira
independente das leis humanas.

Assim como já comentei, em postagens anteriores, que o


significado de idealista não pode ser distorcido
pressupondo o sentido de “inocência” ou “negação da
realidade”… da mesma forma, a categoria de
“‘materialista” também está equivocada quando
compreendida como sinônimo de “mesquinho” ou
“hedonista”.
MATERIALISMO
Essa confusão reflete o próprio dilema entre os dois
conceitos (o idealismo x materialismo). O que levanta
várias perguntas:

- eu conheço a realidade ao entender a constituição da


matéria ou preciso compreender racionalmente a ideia
abstrata?
- a matéria tem autoridade sobre as ideias, ou o contrário?
- é possível produzir dados objetivos sobre ideias
intangíveis?
- é objetivo o conhecimento obtido pela observação
empírica da matéria?

Para o pensamento ocidental, é a partir do materialismo


que podemos pensar em uma realidade concreta, externa a
mente e, geralmente, independente da nossa vontade.

Como sempre… você não precisa decidir, mas precisa saber


reconhecer como o autor irá mobilizar essas categorias.
FALSA IDEOLOGIA
A ideologia nas obras de jovem marx é
entendida como inversão da realidade, como
falsificação da consciência. É um conjunto de
ideias que oculta, vela, obscurece, inverte a
realidade. Essas ideias vêm para “justificar” o
modelo de vida existente.
Marx, na sua fase madura, abandona a tese
sobre a falsa ideologia. Nas suas obras
posteriores a ideologia se transforma em um
conceito que remete a consciência
coletivamente e historicamente produzida de
acordo com a condição social e material de
classe que está inserido o sujeito.
ESTADO MODERNO
Como o Estado nasceu da necessidade de conter o
antagonismo das classes, e como, ao mesmo tempo, nasceu
e m m e i o a o c o n f l i t o d e l a s , é , p o r r e g r a g e r a l , o E s t a d o d a
classe mais poderosa, da classe economicamente
d o m i n a n t e , c l a s s e q u e , p o r i n t e r m é d i o d e l e , s e c o n v e r t e
t a m b é m em classe politicamente dominante e adquire
novos meios para a r e p r e s s ã o e e x p l o r a ç ã o da classe
oprimida. Assim, o Estado antigo foi, sobretudo, o Estado
dos senhores de escravos para manter os escravos
s u b j u g a d o s ; o E s t a d o f e u d a l f o i o ó r g ã o d e q u e s e v a l e u a
n o b r e z a p a r a m a n t e r a s u j e i ç ã o d o s s e r v o s e c a m p o n e s e s
dependentes; e o moderno Estado representativo é o
instrumento de que se serve o capital para explorar o
trabalho assalariado (ENGELS, 1975, p. 193).

Assim como os demais autores do século XIX, o Estado na


teoria marxiana é considerado um fator secundário das
relações materiais de produção.
PARTE 2
2- Teoria Social marxista e a origem da
sociedade de classe

Influencia do arcabouço teórico e metodológico


do empirismo inglês
Porém, diferentes do ingleses, a sociedade não é
uma sociedade de cooperação, mas sim de
conflito.
Os ingleses pressupõem uma harmonia de
interesses entre individuo e sociedade. Portanto,
a ação do individuo contribui harmoniosamente
para o progresso social.
DIVISÃO SOCIAL DO
TRABALHO
2- Teoria Social e sociedade de classe
Manuscritos Econômico-filosóficos

Conceito Ontológico de Trabalho

O que nos faz humanos? Produzir nossas


condições materiais de existência
Centralidade do trabalho e produção
Relação instrumental entre a ação humana e a
transformação da natureza
A divisaão social do trabalho produz uma
sociedade de classe, por isso, de distinção

Ex: Trabalho manual e trabalho intelectual. Caça e


agricultura.
SOCIEDADE DE
CLASSE E CONFLITO
O conceito de classe e a origem do conflito

Interesses individuais estão em conflito com interesses


coletivos no momento que o indivíduo tem interesse de
acumular o excedente da produção.
O surgimento da propriedade privada
A relação entre divisão social do trabalho -> classe ->
conflito -> propriedade privada -> dominação.
Relação entre o individuo e o coletivo é uma relação
entre classes
A relação entre as classes é uma relação de disputa,
dominação e exploração
A classe dominante é quem detem a propriedade dos
meios de produção
Como a classe dominante pode deixar de ser
dominante?
PARTE 3
3 - Teoria da história e tradição do conflito
18 de Brumário de Luís Bonaparte

Pergunta de Marx:
Compreender a sociedade moderna a partir do
funcionamento e evolução do sistema
econômico.
O sistema econômico determina relações de
conflito
O conflito torna possível a mudança do sistema
econômico
Por esse motivo a luta de classe é o "motor da
história"
A história não muda pela mudança da
consciência de classe. A história muda quando
as condições materiais mudam.
MODOS DE
PRODUÇÃO
Modo de produção x força de trabalho

Modo de produção primitivo: sem propriedade privada.


Propriedade coletiva do meio de produção (terra). Possibilidade de
cooperação.

Modo de produção escravista: propriedade da terra e dos


instrumentos do senhor. Escravos como um instrumento. Senhores
proprietários tanto dos meios quanto das forças de trabalho.

Modo de produção feudal: sociedade feudal constituída pela


relação entre senhores x servos. Os servos não eram propriedade
dos senhores, mas eram presos a terra onde trabalhavam para sua
própria subsistência e para o senhor.

Modo de produção asiático: modo de produção predominante no


Egito, na China, na Índia e também na África do século passado.
Força produtiva composta por escravos e camponeses. Ambos
dominados por um Estado.
MUDANÇA E LUTA
DE CLASSE
Esgotamento e contradições

Modo de produção primitivo: aparecimento do conflito sobre o


acumulo de excedente.

Modo de produção escravista: revoltas e incapacidades


produtivas.

Modo de produção feudal: surgimento dos primeiros artesãos.


Conflitos em relação a propriedade da terra, alto custo das classes
improdutivas.

Modo de produção asiático: revoltas, alto custo das classes


improdutivas, ineficiência produtiva.
PARTE 4
Crítica Socioeconômica ao Capitalismo
O Capital

Modo de produção capitalista


Propriedade privada dos meios de produção
Trabalho assalariado
Mais-valia. Quem produz não fica com a riqueza
que produz.
Teoria do valor trabalho
Exploração da força produtiva
Fetiche da mercadoria
Contradições do capitalismo
Essência do capitalismo é o lucro
Especialização dos meios de produção
Aumento da proletarização
CLASSES NO
CAPITALISMO
Quem tem potencial histórico?
Burguesa financeira
Burguesia industrial
Burguesia comercial
Pequena Burguesia
Camponeses
Proletariado
Lupenproletariado
PARTE 5
Textos políticos e revolução
O Manifesto Comunista

Como vai ocorrer a revolução?


Quando o sistema se esgotar e houver condições
materiais para a mudança

Por que a revolução proletária será diferente?


Porque, pela primeira vez, a revolução vai acontecer
pelas massas.

O que é necessário para acabar com o


capitalismo?
Aniquilar a propriedadade privada
A DIALÉTICA DA
REVOLUÇÃO
Capitalismo - Socialismo - Comunismo

Modo de produção socialista: Controle da sociedade


e da economia a partir do Estado (ditadura do
proletariado). A revolução proletária estabelece a
propriedade social dos meios de produção, isto é, os
meios de produção são públicos ou coletivos, não
existindo empresas privadas. No socialismo não há
separação entre proprietário do capital e
proprietários da força do trabalho. Porém ainda há
diferenças sociais. O socialismo é um estágio de
transição.

Modo de produção comunista: extinção da


propriedade privada. Possibilidade de cooperação.
Verdadeira sociedade. Fim da história e das classes.
JOVEM MARX
1841 - Diferença da Filosofia da Natureza em Demócrito e Epicuro
1843 - Crítica da Filosofia do Direito de Hegel
1843 - Sobre a Questão Judaica
1844 - Contribuição para a Crítica da Filosofia do Direito em Hegel:
Introdução
1844 - Manuscritos Econômico-filosóficos
1845 - Teses sobre Feuerbach
1845 - A Sagrada Família (Escritos de Marx em parceria com Engels)
1846 - "Sobre o Suicídio"
1845-1846 - A Ideologia Alemã (Escritos de Marx e Engels)
1847 - Miséria da Filosofia
1848 - A Burguesia e a Contra-Revolução
1848 - Manifesto Comunista (com Engels)
1849 - Trabalho Assalariado e Capital
1850 - As Lutas de Classe na França de 1848 a 1850
1850 - Mensagem da Direção Central da Liga Comunista (com Engels)
FASE DE TRANSIÇÃO
1852 - O 18 de Brumário de Luís Bonaparte
1853 - Punição Capital
1853 - "Revolução na China e na Europa"
1853 - "O Domínio Britânico na Índia"
1853 - "Guerra na Birmânia"
1853 - "Resultados Futuros do Domínio Britânico na Índia"
1854 - "A Decadência da Autoridade Religiosa"
1856 - "Revolução na Espanha"
FASE DE TRANSIÇÃO
1857-1858 - Grundrisse
1859 - Para a Crítica da Economia Política
1859 - População, Crime e Pauperismo
1864 - Manifesto de Lançamento da Primeira Internacional
1865 - Salário, Preço e Lucro
1867- 1894- O Capital (I, II, III)
1905 - Teorias sobre a Mais-Valia, às vezes chamado de O
Capital, Livro IV, editado por Karl Kautsky.
1871 - A Guerra Civil na França
: 1874-1875 - Resumo de “Estatismo e Anarquia”, em que
critica o livro Estatismo e Anarquia de Bakunin
1875 - Crítica ao Programa de Gotha
1875 - Artigo em defesa da Polônia, publicado em Der Volksaat
(com Engels)
1877 - Carta sobre o futuro do desenvolvimento da sociedade na
Rússia, escrita ao editor do periódico russo Otechesvenniye
Zapiski e não enviada.
1880 - Notas sobre Adolph Wagner

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