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A MAIS-VALIA IDEOLÓGICA

Ludovico Silva
 Originalmente lançado em 1970, na
Venezuela

 Emergência do capital monopolista

 Debate em torno do conceito de ideologia

 Marxismo europeu

 Controle ideológico das maiorias

 Coleção Pátria Grande – Editora Insular,


2013
Ludovico Silva
 Luis José Silva Michelena
 Caracas - Venezuela
 16 de fevereiro de 1937 - 4 de
dezembro de 1988
 Foi um escritor, ensaísta, filósofo,
poeta e grande conhecedor das
obras de Karl Marx
 “Si no tenemos el coraje de aspirar
a la realización de una utopía, que
en este caso es socialista, no tenemos
razón alguna para vivir”. Anti-
manual para uso de marxistas,
marxólogos y marxianos.
Parte I – Napoleão e os ideólogos
 Destutt de Tracy (1801) – criador do vocábulo. “A
ideologia é nada menos que uma parte da zoologia”.
 Napoleão (1812) – “A ideologia é uma atitude
teórica que não concorda com a realidade político-
social”.
 Destutt, Bacon, Marx e as ideias religiosas.
 Segundo Bacon (1961), os ídolos e as noções falsas
que dominavam o entendimento dificultam o caminho
para a verdade e a renovação da ciência.
Parte I – Napoleão e os ideólogos

 Ideologia = idea + logos: Destutt e a ciência das


ideias.
 Napoleão: a ideologia não pode ser a ciência das
ideias, mas apenas um sistema de crenças.
Parte II – Marx, Engels e a ideologia

 O conceito de ideologia não aparece preciso e unívoco


em Marx e Engels.
 A analogia do reflexo e a polêmica de Marx.
 “A consciência nunca pode ser mais do que o ser consciente,
e o ser dos homens é seu processo de vida real. E se em
toda a ideologia dos homens e suas relações aparecerem
invertidas como acontece em uma câmara obscura, esse
fenômeno responde ao seu processo histórico de vida, do
mesmo modo que a imagem invertida dos objetos que se
forma na retina responde ai seu processo de vida
diretamente físico.” p. 27
Parte II – Marx, Engels e a ideologia

 As duas perguntas:
 Como se explica no marxismo que sendo a ideologia
sempre determinada pelas questões históricas materiais, ela
possa, por sua vez, determinar em um dado momento
aquelas questões?

 Se a ideologia é enganosa, se não se pode recorrer ao que


os homens pensam de si mesmos para explicar a história, e
se não se deve confiar nessas representações para tentar
romper o status quo capitalista, então para que recomendar
como o melhor dos caminhos a “tomada de consciência
ideológica” do proletariado?
Parte III – Sartre, Marx e a ideologia

 Sartre: O marxismo é a filosofia de nossa época


 Lefebvre e o “erro de Sartre”
 Sartre desvirtua a doutrina marxista
 Marxismo e Existencialismo
 Sartre e a ideologia da sociedade industrial
contemporânea
Parte IV – Alguns pontos de vista

 O infeliz posicionamento de Sartre


 Semelhança entre as considerações de Nietzsche e
Marx
 Ideologia inconsciente e consciente de Althusser: a
ideologia é um sistema de representações que se
impõe aos homens sem passar para a sua
“consciência”.
 Ortega e a distinção entre ideias e crenças
Parte V – A mais-valia ideológica

 Uma nova analogia: as relações de produção


capitalista produzem uma determinada ideologia
que, por sua vez, preserva estas relações de
produção.
 Mais-valia e as relações de destruição
 Incursão do “pré-consciente” freudiano.
 Teoria da comunicação e ideologia no mundo
capitalista imperialista
Parte V – A mais-valia ideológica
 De que forma a mais-valia ideológica chega ao
indivíduo? Adorno: Indústria cultural e Indústria
ideológica
 A indústria ideológica escraviza e explora o homem
enquanto homem, não enquanto dono de uma força
de trabalho
 O mundo como um mercado: "Se o mundo é sua
mercadoria, deixe-nos gerenciar o globo." (The
Economist)
Conclusão
 “A chamada economia do consumo e a política do capitalismo
criaram uma segunda natureza no homem, condenando-o libidinal e
agressivamente à forma de uma mercadoria. A necessidade de
possuir, consumir, manipular e constantemente renovar a abundância
de bens, aparelhos, instrumentos, máquinas, oferecidos e impostos
às pessoas [...]. A segunda natureza do homem [nós lemos: pré-
consciência] milita contra qualquer mudança capaz de transformar
e, talvez, de abolir esta dependência do homem com relação a um
mercado cada vez mais densamente cheio de mercadorias; de
abolir sua existência como consumidor que se consome a si mesmo
ao comprar e vender. As necessidades geradas por este sistema
são, assim, eminentemente estabilizadoras e conservadoras: a
contrarrevolução ancorada na estrutura instintiva.” p. 199

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