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3° BIMESTRE - 2022
LIVRO: CRÍTICA À SUBJETIVIDADE JURÍDICA: REFLEXÕES A PARTIR DE
MICHEL VILLEY (Contracorrente, 2022)
Alysson Mascaro
(...) o pensamento jurídico do século XX conheceu um avassalador domínio juspositivista,
sempre próximo de orientações políticas capitalistas liberais. Para muitos, desde então até hoje,
nem haveria outras formas de pensar o direito. O enredo da filosofia do direito em vários países
se passa apenas no âmbito reduzido do embate entre variadas acepções de juspositivismos –
ecléticos, estritos ou ‘éticos’.
Juliana Magalhães
“Precisamos de uma perspectiva crítica sobre o Direito no sentido de percebermos o quanto ele
está atrelado ao próprio capitalismo. (...) O Direito está no coração de toda a lógica capitalista.
Entender o que é o Direito é algo fundamental”,
O capitalismo se caracteriza pela exacerbada exploração da força de trabalho, pela utilização dos
saberes produzidos pela tecnociência, pela pilhagem dos bens e serviços da natureza, pela
colonização e ocupação de todos os territórios acessíveis. Por fim, pela mercantilização de todas
as coisas. De uma economia de mercado passamos para uma sociedade de mercado.
Nela, as coisas inalienáveis se transformaram em mercadoria. Karl Marx em sua Miséria da
Filosofia de 1874 profetizou: “Tudo o que os homens consideravam inalienável, coisas trocadas
e dadas, mas jamais vendidas…. tudo se tornou venal como a virtude, o amor, a opinião, a
ciência e a consciência… tudo foi levado ao mercado e ganhou seu preço”. A isso ele denominou
o “tempo da corrupção geral e da venalidade universal” (ed. Vozes 2019, p. 54-55). É o que
estamos vivendo desde o fim da segunda guerra mundial.
DIREITO E CAPITALISMO
Sílvio de Almeida
... o que chamamos hoje de direito vai ganhar a forma atual apenas com o advento das
sociedades capitalistas contemporâneas. Antes do mundo contemporâneo, as relações sociais
eram pautadas pelos privilégios de origem feudal e, antes disso, pelo escravagismo.
A VERDADEIRA REVOLUÇÃO
Pedro Casaldáliga
A verdadeira revolução definitivamente transformadora da sociedade humana é tanto psicológica
como sócio-político-econômica. Devemos transformar simultaneamente —sublinhem o advérbio
para evitar escapismos dualistas— tanto as pessoas como as estruturas.
Portanto, para que uma ação seja eticamente boa, é preciso que ela seja também politicamente
boa, ou seja, que ela contribua para o aumento da justiça, entendida esta como a condição de
distribuição equitativa dos bens materiais, culturais e ‘espirituais’ (âmbito da dignidade humana).
A gravidade de uma ação praticada contra as pessoas é diretamente proporcional às
consequências que lhes acarreta na sua situação no contexto social, prejudicando-as no exercício
de sua cidadania, degradando seu ser quer na esfera do trabalho, quer na esfera da convivência
social, quer ainda na esfera de sua identidade subjetiva.
CONCEPÇÃO DIALÉTICA:
poder – condição humana – Homem= ser histórico-social – ser político
– saber emancipatório – ética da responsabilidade social – direito como
poder e direito como relação social
- Hegel: dialética idealista X Marx: dialética materialista histórica – Tese x Antítese = Síntese >
Tese x Antítese ....
- Todas as relações humanas são relações de poder: micro relações (Foucault) – macro relações
(Marx) / Massa e Poder (Elias Canetti)
- Condição humana: ser do aqui (espaço social) e agora (momento histórico) (existencialismo)
- Ser político no sentido restrito e no sentido amplo (antropológico); ex.: movimento feminista
- Direito como poder (C. Schmitt); Direito como relação social no capitalismo (E. Pachukanis)
CONDIÇÃO HUMANA:
- Prática produtiva: relação com a natureza, trabalho e tecnologia; dimensão econômica e
universo do fazer;
- Prática social: relação com os outros; sociedade: estrutura funcional e hierárquica, Estado:
bem comum, constituição; dimensão política e universo do poder;
MARX E A DIALÉTICA
Leonardo Boff
Para o capitalismo, o que efetivamente conta é a produção e o consumo na forma da apropriação
privada. A posição que cada um ocupa no processo produtivo define a classe social. Como há
várias posições, há também várias classes. E cada classe representa também um conjunto de
interesses, próprios de cada classe, e elabora do seu jeito a subjetividade coletiva dos
pertencentes àquela classe. Como os interesses entre as classes são conflitantes, surge, como
dissemos, a luta de classe. Por isso, as sociedades capitalistas são intrinsecamente conflitivas e
tensas. Cada classe projeta também um modo de conhecer, de sentir, de alegrar-se e de
relacionar-se na família, na comunidade e na sociedade, pois a cabeça pensa a partir de onde
pisam os pés, e o coração sente a partir do tipo de sensibilidade que desenvolveu socialmente.
Marx não foi apenas um analista do capitalismo e um arquiteto do socialismo. Ele alimentou
também uma perspectiva filosofante; queria sempre saber como se constrói a sociedade humana.
Projetou uma representação dela das mais consistentes na história do pensamento; todos os
cientistas sérios (também os teólogos) são desafiados a dialogar com Marx; o estômago analítico
não conseguiu digeri-lo completamente até os dias de hoje, porque ele viu dimensões
fundamentais da construção social da realidade, de uma forma processual e flexível (dialética).
Assim Marx percebeu que em cada sociedade entram em ação, de forma sempre articulada, três
forças fundamentais (cada força exige, pressupõe e envolve a outra: é o que significa a dialética):
- A econômica (prática produtiva): responsável pela produção e reprodução da vida material;
- A política (prática social): as formas como distribuímos o poder e organizamos as relações
sociais, especialmente com referência ao acesso aos bens necessários à vida humana;
- A cultural (prática simbolizadora): as maneiras de significar o mundo através de símbolos,
ideias, religiões, místicas e valores.
Na forma de relacionar estas três forças, devemos, segundo Marx, partir sempre da econômica.
Ela é como um fundamento que sustenta todas as demais partes. Por isso ela condiciona, em
última instância, a política e as significações ou ideologias que circulam na sociedade.
BOFF, L. Ecologia, Mundialização e Espiritualidade. São Paulo: Ática,1993
É certamente na obra de Karl Marx (1818-1883) que o caráter determinante da essência humana
pelo social é mais assumido teoricamente e justificado, questionando, de vez, qualquer referência
metafísica de caráter essencialista. Herdeiro da tradição dialética hegeliana, Marx e Engels
(1997) vê o homem se constituindo historicamente mediante seu agir prático coletivo. Em que
pese seu idealismo metafísico exacerbado e romântico, Hegel já havia integrado em sua síntese
filosófica a participação do processo histórico real da sociedade humana e de sua manifestação
política sob a forma do Estado, como figuras substanciais da realização do Espírito Absoluto.
Escoimando o hegelianismo dessas dimensões metafísicas, que entende ser puras ilusões
ideológicas, Marx incorpora a dialeticidade do processo histórico real que se realiza na história
da sociedade humana. Muito sensível, por outro lado, à dura realidade histórica e social de sua
época, quando o modo de produção capitalista já se encontra em pleno vigor, Marx adentra-se,
sob a perspectiva da ciência histórica, no estudo da economia política, solo da efetiva realização
dos seres humanos. Analisando as condições reais em que se dá a produção concreta da
existência humana sob os ditames da economia capitalista, Marx explicita a tragédia da
existência histórica do homem como despossuído de sua essência pela alienação do trabalho
imposta pelas 'leis' da produção material. E para chegar à realização de si mesmo como homem
inteiramente emancipado e totalmente humano, a partir de sua condição de ser natural, de ser
sensível num mundo sensível, os homens que se alienam em sua história coletiva só podem
engendrar-se como homens por meio de seu trabalho humano. O trabalho, dinâmica responsável
pela efetiva condição do modo de ser humano, só é realizável no contexto histórico-social. Se, de
um lado, ele é o lugar da alienação, da perda da essência, ele é também o único espaço para a
realização do humano. Os homens são seres ativos, práticos, produtores de objetos sensíveis, não
em sua condição de gênero universal, mas em sua existência histórica e social, em sua realidade,
constituída pelo conjunto de suas relações sociais. O trabalho, como força engendradora do
indivíduo humano e meio de produção e reprodução da existência, pressupõe a presença efetiva
dessa rede de relações sociais com um mínimo de equidade e liberdade, o que exige a
permanente luta política revolucionária contra todas as formas históricas de opressão, numa
sociedade burguesa e capitalista, hierarquizada e cristalizada em classes sociais, com interesses
objetivos conflitantes. Para Marx, o homem se define em sua humanidade pela relação com a
natureza e com a sociedade. Ele não é um indivíduo solitário nem um elemento avulso da
humanidade em geral, mas um ser histórico e social, cujo perfil concreto é definido pelas leis
provisórias de um determinado modo de produção. Marx pensa a reificação e a alienação como
consequências de modos históricos de produção e não como determinações essenciais do homem
em geral, pois aceitar isso seria recair na reificação e na alienação. A concreta realidade humana
não é resultante nem da realização da Ideia ou do Espírito Absoluto (Hegel) nem da consciência
racional dos homens, de suas vontades puras e reflexões abstratas (Metafísica clássica e
Idealismo moderno), mas do real movimento histórico das forças produtivas, desencadeado e
sustentado pelos homens a partir das contradições permanentes que devora suas entranhas.
https://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1517-97022006000300013
RACISMO E DIREITO
Sílvio Almeida
BIBLIOGRAFIA:
ALMEIDA, Silvio Luiz de. O que é racismo estrutural? São Paulo: Sueli Carneiro; Pólen,
2019.
Nas injunções das classes e frações do capital latino-americano contemporâneo, o direito tem
servido como seu instrumento privilegiado. A ideologia jurídica conduz golpes que não aceitam
ser narrados como tais e, ao mesmo tempo, a mesma ideologia jurídica tem sido a bandeira
requerida por governos e movimentos sociais progressistas latino-americanos. Até mesmo
aqueles depostos por golpe, como o caso do PT no Brasil, conclamam pelo respeito às leis e às
instituições…
A ideologia jurídica tem tal primazia porque é constituinte da própria ideologia capitalista. Ser
sujeito de direito, cidadão, contratar livremente entre iguais formalmente, respeitar as
instituições, cumprir as normas e jungir-se à legalidade, tudo isso é o campo de condições pelo
qual a subjetividade se estrutura na sociabilidade do capital. Por isso, da direita à esquerda, as
posições políticas disputam a legalidade, mas não rompem com tal horizonte ideológico. No
entanto, como a forma jurídica é espelho da forma mercadoria, a ideologia jurídica só se presta à
reprodução do capital, não para sua superação.
Os juristas são constituídos pela mesma ideologia jurídica geral, mas portam discursos e
formulações que modulam e exacerbam a relevância da juridicidade. Profissionais do direito
pertencem à classe média, distinguindo-se então da população apenas no campo econômico, sem
maior lastro intelectual que não seja aquele da técnica da dogmática jurídica. O ambiente de
convivência dos juristas e dos agentes dos poderes judiciários é a classe média que partilha dos
espaços do capital. Por isso, o interesse imediato da burguesia passa a ser o horizonte prático da
ideologia dos juristas. No caso da América Latina, o recente alinhamento do capital gera também
uma classe de juristas e de agentes dos poderes judiciários que capitaneia uma injunção jurídica
regressista.
Fonte: https://blogdaboitempo.com.br/2016/05/25/alysson-mascaro-todo-direito-e-um-
golpe/
Evguiéni Pachukanis, um importante pensador do direito do século XX, a partir dos estudos de
Karl Marx, estabeleceu uma identidade entre a forma jurídica e a forma mercantil. Com tal
afirmação, queria ele dizer que toda vez que se estabelece uma economia de circulação mercantil
na qual tanto os bens quanto as pessoas são trocáveis, um conjunto de formas sociais se
estabelece e uma série de ferramentas jurídicas precisa ser construída em reflexo e apoio a
essa economia mercantil.
Para que alguém compre e alguém venda, é preciso que exista, juridicamente, a liberdade
de contratar. É preciso que os contratantes sejam sujeitos de direito. É preciso que os sujeitos de
direito tenham direitos e deveres. É preciso que um terceiro, o Estado, execute os contratos não
cumpridos e garanta a propriedade privada das partes.
Quando se estabelece, por meio do direito moderno, que todos são livres e iguais formalmente,
isto se dá como única forma possível para que todos possam ser, indistintamente, capitalistas ou
trabalhadores explorados. Todos podem a princípio comprar e vender, e, portanto, o lucro se
torna possível. Mais garantias ou menos garantias ao trabalhador não abolem o fato de que ele é
um sujeito de direito tomado no sentido frio e formal da palavra: é mais alguém que pode
explorar ou ser explorado na grande engrenagem da movimentação do capital.
É por isso que se pode dizer que o direito moderno seja capitalista. Não só porque suas
normas protejam o capital de maneira explícita ou total, porque até mesmo é possível que haja
algumas normas contra o capital. Não porque o trabalhador nunca ganhe alguns benefícios. É até
possível que haja umas tantas garantias ao trabalhador nas leis. O direito moderno é capitalista
porque a forma do direito se equivale à forma capitalista mercantil.
Não é apenas o conteúdo das normas jurídicas que garante o capitalismo. É a própria forma
jurídica que o faz. Desde o momento em que os indivíduos são tratados como átomos e que o
Estado garante a propriedade de alguns contra todo o resto, a transação que garante o lucro e a
mais valia está respaldada em determinadas formas como a do sujeito de direito. Ferramentas
normativas estatais indistintas, usadas em todas as relações jurídicas, possibilitam exatamente
que se constituam todas as relações econômicas capitalistas. A forma jurídica é uma forma de
sujeitos de direito atomizados que se submetem ao poder estatal e transacionam conforme
mercadorias. A estrutura do capitalismo mercantil enseja as formas do direito, que então passam
a possibilitar as próprias relações do capital. As normas e as atitudes específicas dos juristas,
muitas delas podem até mesmo se dirigir contra o capitalismo. A forma do direito não.
Por isso, no mundo pré-capitalista o jurista era uma espécie de artesão do direito. Não havia
uma técnica jurídica impessoal e universalizada que correspondesse a uma atividade mercantil
também impessoal e universalizada. Se no passado, então, não se fazia diferença entre arte
jurídica e técnica jurídica, no mundo capitalista tal indistinção cai por terra. O direito não é mais
o artesanato de uma avaliação da justeza nas coisas e nas situações e nas atitudes das pessoas.
Agora o direito é um elemento mecânico, estrutural, técnico, que por sua vez reflete a própria
mecanicidade das relações capitalistas. Daí que por jurídicos não se chamarão diretamente mais
os fatos, as coisas e as situações concretas, e sim as normas e os procedimentos que, imparciais e
mecânicos, servem de sustentáculo à circulação mercantil e à exploração capitalista do trabalho.
Tais técnicas, pelas quais imediatamente o jurista costuma identificar o direito, são constituídas
pelas formas sociais.
Por isso é que se pode dizer que o fenômeno jurídico, no capitalismo, deu um salto qualitativo.
O direito é requalificado. Não mais trata das coisas, dos fatos, das situações, das pessoas e de sua
justeza, e sim trata de formas sociais, entremeadas no mais das vezes por normas. Mas como é
verdade que essas normas tratam, na sua imediatez, das coisas, dos fatos, situações e pessoas,
para alguém que veja com olhar desatento parecerá que tudo continuou o mesmo. Não, porque o
jurista não mais chegará às coisas por elas mesmas ou pela sua arte de jurista, ou pela justiça ou
injustiça que ele julgue intrínsecas à natureza das coisas. Ele somente chegará às coisas por meio
das normas técnicas do Estado, intermediadas por uma série de ferramentas e instrumentais do
direito, que giram em torno de formas jurídicas, como os conceitos de sujeito de direito e direito
subjetivo.
As relações capitalistas de troca tornam todas as coisas e todos os homens mercadorias, produtos
aptos a se transacionarem no mercado. Para estruturar de modo necessário essas relações
mercantis, surgem as instituições jurídicas modernas. É o conjunto de instâncias e dispositivos
estatais que correspondem imediatamente às relações mercantis capitalistas que identifica
especificamente o direito nos tempos modernos. Só por meio dessa especificidade se consegue
entender a diferença entre o direito, a religião, a filosofia ou a medicina, por exemplo. Esses
quatro campos poderiam regular e tratar de um mesmo assunto, como a dignidade humana, por
exemplo.
Quando se abre a Constituição Federal do Brasil, verifica-se que a dignidade humana é um
princípio jurídico. Mas há religiões que também consideram a dignidade humana um dos seus
princípios, e algumas até mesmo reputam essa dignidade ao fato de que o homem é criado à
imagem e semelhança de Deus. Quando um pensador da filosofia pura escreve uma obra sobre a
dignidade humana, dá-lhe tratos e fundamentos teóricos. Quando um médico ministra certo
remédio para minorar a dor do paciente, assim o faz buscando preservar a dignidade humana do
doente.
O mesmo tema, a dignidade humana, fala a vários fenômenos e setores da atividade social. Mas
o direito chega à dignidade humana por meio de certas vias, de tal sorte que o afazer do jurista
busca logo de início descobrir, em algum caso concreto no qual se trate de desrespeito à
dignidade humana, os direitos subjetivos, os deveres, as normas e os sujeitos de direito que se lhe
correlacionem. O direito do passado não.
Se chegasse à dignidade humana, ainda que fosse para livrar um homem das mãos de um
carrasco, assim não o faria baseado num “direito subjetivo” da vítima. Antes, utilizar-se-ia de
armas bastante parecidas com as da religião, ou então a partir de um mero arbítrio. Só a
modernidade capitalista deu ao direito sua própria forma, suas armas específicas, como a noção
de sujeito de direito. E a razão dessa forma específica é a forma mercantil que lhe corresponde e
dá origem. Por isso, se alguém desrespeita a dignidade humana de alguém, o jurista pensa em
uma pena equivalente ao desrespeito para ser aplicada ao primeiro e em uma compensação
pecuniária em prol do segundo.
VÍDEOS:
Vídeo 1: "NÃO HÁ DIREITO SEM CAPITALISMO!"
Silvio Almeida fala sobre Pachukanis
O filósofo do direito e presidente do Instituto Luiz Gama, Silvio Luiz de Almeida explica, com
base na da obra "Teoria geral do direito e marxismo", de Evguiéni Pachukanis, por que o direito
propriamente dito é um fenômeno especificamente capitalista.
Link: https://www.youtube.com/watch?v=l5UlZJ5FxRE&t=97s
Vídeo 2: CURSO DE INTRODUÇÃO À OBRA DE PACHUKANIS
Com o filósofo e jurista Alysson Leandro Mascaro - Aula 1: Marxismo
Link: https://www.youtube.com/watch?v=vv_Mr4xJNEw&list=PLHiE8QPap5vT-
4gGfjaxSzkZNcyxxQJpJ&index=1