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Índice

1. Introdução....................................................................................................................................2
2. Ética e vontade de agir humano na sociedade...........................................................................3
2.1. Livre vontade de agir humano............................................................................................3
2.1.1. O conceito de livre vontade.........................................................................................3
2.1.2. Acto voluntário humano..............................................................................................3
2.1.3. Tipos de actos voluntários...........................................................................................4
2.1.4. Divisões do acto voluntário..........................................................................................4
2.1.5. Níveis de voluntariedade.............................................................................................4
2.1.6. Fases do acto voluntário do agir humano...................................................................5
2.2. Abulia...................................................................................................................................5
2.2.1. Estados da Abulia........................................................................................................6
2.2.2. Superação da Abulia....................................................................................................6
3. Conclusão.....................................................................................................................................7
4. Bibliografia...................................................................................................................................8
1. Introdução

As discussões sobre as questões éticas têm sido, nos últimos anos cada vez mais
frequentes e realizadas, nos mais diversos espaços da sociedade, particularmente, no
campo da educação.

A ética se refere à reflexão crítica sobre o comportamento humano, reflexão que


interpreta, discute e problematiza, investiga os valores, os princípios e o comportamento
moral, à procura do “bem-estar da vida em sociedade”, que actualmente tem como
característica marcante o individualismo e a competitividade, tornando ainda mais
necessária uma reflexão ética destas questões, para a busca de um maior
comprometimento e respeito entre indivíduos e suas acções.

O presente trabalho irá debruçar-se acerca da ética e vontade de agir humano na


sociedade, onde irá pormenorizar assuntos relacionados com a livre vontade, bem como a
Abulia que contrasta o primeiro.

Importa realçar que o mesmo trabalho versa-se detalhadamente acerca do acto voluntário
humano, desde o conceito até às suas fases..

.
2. Ética e vontade de agir humano na sociedade

É bem sabido que o estudo da ética centra-se na teoria normativa relacionada com a conduta e
os costumes humanos que garantem o “bem comum”. A Psicologia, considera que a
concepção de qualquer acto ético deve ser da vontade do individuo e, nesta vertente, a livre
vontade é o contrário da abulia.

2.1. Livre vontade de agir humano


2.1.1. O conceito de livre vontade

Muitos filósofos abordam o conceito de vontade livre em diferentes dimensões.

Para Hegel a vontade é o método ou a forma da existência da liberdade no Homem e,


portanto, é impossível ter vontade sem liberdade e liberdade sem vontade. Segundo Hegel, “a
vontade livre inclui de início em si mesma, as diferenças que consiste que a liberdade é a sua
determinação e seu fim.

Segundo Chouchard a vontade é um esforço mental que incita à acção. Diz o Chouchard que,
a vontade é algo intrínseco no ser humano, apenas pode ser observado à medida que este
demonstra com um certo impacto de continuidade na execução do facto ético, através de
emoção, vivacidade e acção energética apresentada na sua manifestação.

2.1.2. Acto voluntário humano

O acto voluntário é apresentado à vontade perante os objectivos desejáveis, os motivos de


apetibilidade entre outros. A vontade de agir humano, é livre de determinação, pode divergir-
se do objecto proposto, pode também eleger um objecto entre muitos escolhidos.

Um acto não pode ser chamado voluntário se não cumprir com as seguintes condições:

 Deve ser espontâneo, isto é, proceder de uma tendência própria e interior à vontade,
senão é coagido e forçado.
 O fim deve ser conhecido como tal, senão o acto é involuntário, mas natural ou
instintivo, pois, procede de um princípio interior cego, como é o caso da actividade
animal e vegetal.
2.1.3. Tipos de actos voluntários

Quanto à tipologia, os actos podem ser positivos, negativos ou neutros.

Um acto positivo consiste em fazer ou desejar fazer algo simplesmente.

O acto negativo, pelo contrário, consiste em não fazer ou não querer nada ou algo.

E, o acto neutro, por sua vez, é aquele no qual não há voluntariedade, isto é, não positivo,
nem negativo.

2.1.4. Divisões do acto voluntário

O acto voluntário pode ser

 Necessário ou livre, conforme a vontade possa ou não realizá-lo. A busca pela


felicidade é um exemplo nítido de um acto de vontade necessário. Quando dizemos
actos humanos, designamos sempre actos de vontade livre.
 Elícito ou imputado, conforme proceda directamente da vontade (amar, desejar) ou
duma faculdade movida (ou imputada) pela vontade (ver, pensar, escutar).
 Directo ou indirecto, conforme a vontade o realize por si mesma ou como efeito
previsto de um acto desejado por si mesmo. Por exemplo, em caso de guerra, um
aviador que deseje destruir uma fábrica de armamentos (voluntário directo) prevê que
o bombardeio causará a destruição de causas particulares próximas das fábricas
(voluntário indirecto)
2.1.5. Níveis de voluntariedade

O querer (voluntariedade) apresenta-se nos seguintes níveis:

 Nível actual: que consiste em querer algo imediatamente;


 Nível virtual: uma intenção uma vez dita continua influenciando a caminhada do
individuo, podendo cultivar a virtude ou s ideia inicial;
 Nível habitual: consiste na intenção que foi feita mas, não influencia o acto
intencional;
 Nível interpretativo: consiste na intenção que não foi realizada mas, pode ser feita
sem a pessoa dar conta do caso.
2.1.6. Fases do acto voluntário do agir humano

A livre vontade possui quatro fases a saber:

Fase de concepção

O ser humano tem que conceber a seu bem e a livre vontade de agir perante algo que o
convém, caso contrário, não.

Fase de deliberação

Esta é a etapa do pensamento e contrabalança, isto é, implica que qualquer acção humana é
um facto ético consciente.

Fase da decisão

Para efectuar algo, é necessário ser comandado pelo intelecto depois de avaliado, a decisão é
a fase de concretização da acção ou não para a execução.

Fase da execução

Sendo o ultimo estágio, a etapa de ‘executar’, consiste no acto de executar a acção decidida
na etapa anterior.

2.2. Abulia

A Abulia consiste no enfraquecimento ou até mesmo na ausência da vontade.

A Abulia pode inata (própria dos males), passiva (dos que não fazem esforço para viver) e
pode manifestar-se no estado doentio do indivíduo.
2.2.1. Estados da Abulia

Dentre os estados da Abulia, podemos constatar as mais frequentes no ser humano,


limitando-lhe a livre vontade de agir e influenciando, de certa maneira, a sua conduta, temos
os seguintes:

Melancolia

A melancolia consiste no enfraquecimento do humor. Ela, é notada pela tristeza aguda, um


profundo pessimismo e, pela perca ou falta de iniciativa

Psicasténia

É o estado de neurose, doenças mentais que se caracterizam pela falta de resolução de dúvida,
ou por elevadas preocupações sem soluções.

Obsessão

Consiste na ideia persistente que fica sempre no individuo, assaltando o espírito do individuo,
acompanhado de um sentimento penoso de ansiedade.

Depressão

Consiste na inflexão da energia na pessoa e é acompanhada de tristeza, fraqueza física,


mental e espiritual.

2.2.2. Superação da Abulia

Segundo Chouchard, o individuo pode superar a Abulia e incentivar a livre vontade de agir,
através de:

 Exercício paulatino e consistente do acto de responsabilidade;


 Criação de hábitos de agir sozinho;
 Treino contínuo da vontade de fazer as coisas e;
 Questionar os actos de agir.
3. Conclusão

No fim da dissertação do presente trabalho, conclui-se, em primeiro lugar, que não se pode
abordar o assunto liberdade sem fazer-se uma reflexão acerca da vontade humana. Caso
contrário, estar-se-ia abordando o assunto “coerção”.

O ser humano é dotado de vontade de agir e os seus actos, executados conscientemente, são
resultantes da sua liberdade.

Em outro momento chega-se a concluir, neste trabalho, que qualquer acto ético deve ser da
vontade do individuo e, nesta vertente, a livre vontade é o contrário da abulia que consiste no
enfraquecimento ou até mesmo na ausência da vontade.

Conclui-se também que o Chouchard propõe exercícios que visam a superação da Abulia e a
posterior incentivação da livre vontade de agir.
4. Bibliografia

ABBAGNANO, N. Dicionário de Filosofia. 4ª Edição. São Paulo: Martins Fontes, 2003

BOURGEOIS, H Os actos do Espírito. São Leopoldo: Editora Unisinos, 2004.

SALVADOR, M Ética Social. Módulo do tronco comum. Centro do Ensino à Distância.


Beira.

https://www.m.monografias.brasilescola.iol.br

https://pt.scribd.com

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