Você está na página 1de 24

Karl Marx

Subtítulo
1. Crítica à Filosofia do Direito de Hegel
2. Crítica da Economia Política
3. Filosofia da História Marxista
4. Teoria do Lucro
Pergunta Política

Qual a origem do
Estado?
Crítica à Filosofia do Direito de Hegel
• O Estado é fruto do progresso da razão, isto é, do Espírito Humano
• A teoria Hegeliana do Estado defende a Monarquia Constitucional
como a principal forma racional de constituição de um governo
humano. Hegel afirma tal tese porque, segundo sua explicação da
gênese do Estado, as instituições que representam a sociedade civil
existem porque elas decorrem da sua existência lógica (enquanto
ideia) no seio da família. Desse modo, o Estado nasce da família
porque preexiste nela e, suas estruturas jurídicas e de poder replicam
seu microcosmo familiar. Nesse sentido, o estado moderno é uma
organização estruturada tal qual a família, porém, nele temos a
substituição da figura do patriarca pela figura do rei.

Tribos Sociedade Civil Monarquia


Patriarcais Constitucional
Crítica à Filosofia do Direito de Hegel
Crítica de Marx na Gazeta Renana
Crítica à lei punitiva ao Roubo de Lenha (1842)
Precedida pela Lei Negra (1723)

A lei do Estado Inglês passou a desprezar a universalidade dos


hábitos.
Defesa da propriedade privada sobre o bem comum.

A classe social burguesa imprime à lei seu caráter.


Logo, o Estado não é uma formação da lógica proveniente da
família, mas é o resultado da interação socioeconômica.
Consequência: Trabalhadores acumulam-se nas cidades inglesas
impulsionando o capitalismo industrial
Qual o método empregado para compreender
a origem do Estado Moderno?
Para a Crítica da Economia Política
Minha investigação chegou ao resultado de que tanto as relações jurídicas como as
formas de Estado não podem ser compreendidas por si mesmas, nem pela chamada
evolução geral do espírito humano, mas sim assentam, pelo contrário, nas condições
materiais de vida cujo conjunto Hegel resume, seguindo o precedente dos ingleses e
franceses do século XVIII, sob o nome de “sociedade civil”, e que a anatomia da
sociedade civil deve ser buscada na Economia Política.” (Marx, K. Para a Crítica da
Economia Política. P. 135)

A Dialética Histórica Materialista


1843
Mudança para Paris

1844
Torna-se amigo de Bakunin e Proudhon

Encontra-se ao vivo com Engels, quem ele conhecia por colaborações no antigo jornal
Gazeta Renana

1845
Muda-se para Londres
Pergunta Histórica

Qual a origem das revoluções ao longo da


história?
Para a Crítica da Economia Política

Representa o povo sem estar conectado


aos seus anseios
Estado Reflete a estrutura de classes sociais

Privado de participação política


Povo Trabalho é a principal dimensão da
existência
Então temos um problema político com
raízes econômicas e sociais
O Manifesto Comunista
P1. A história é uma marcha ininterrupta na direção do
progresso histórico.
P2. A história não se desenvolve na direção do
desenvolvimento do espírito absoluto da razão humana,
como dizia Hegel.
P3. A história se desenvolve por meio da dialética
(confrontação) das forças produtivas

Logo, o motor da história


é a luta de classes.
O Manifesto Comunista
• A evolução histórica dos sistemas de produção
reflete uma dialética histórica econômica e social

Comunismo
Escravidão Servidão Capitalismo Socialismo Comunismo
Primitivo

Divisão Conflito entre Conflito entre Conflito entre Conflito entre Solução final
Sexual do Escravos, Servos e Burgueses e Classe dos conflitos
Trabalho Plebeus e Senhores Proletários dirigente e
Patrícios classe
Divisão dirigida
Intelectual e
Braçal do
trabalho
O Manifesto Comunista Direito Ideologia Religião

• Do ponto de vista da estrutura social, todas Superestestrutura


sociedades tem atividades que se definem como
uma infraestrutura que determina a
superestrutura.
• A infraestrutura é a base material de uma Sustento
sociedade. De onde nasce a subsistência e a Econômico da
superestrutura
sobrevivência dela.
• A superestrutura é a base mental de uma
sociedade que permite a ela interpretar e pensar
a realidade.
Infraestestrutura
Relações
Economia
Sociais
O Manifesto Comunista Falsa Consciência

• A superestrutura interpreta a vida material


conforme critérios das classes dominantes.
Superestestrutura
• Isso gera uma falsa consciência sobre o Interpretação da
proletariado. realidade segundo
valores da classe
• Ao dar-se conta que a ideologia dominante dominante
afasta os trabalhadores do seu bem estar, eles
adquirem consciência de classe.

Infraestestrutura
Consciência
de classe
Pergunta da Economia

Qual a origem do lucro e da exploração?


Crítica à economia política
Marx irá estudar as obras do Iluminismo escocês apoiado e financiado por
seu amigo Frederich Engels. Para os economistas Adam Smith e David
Ricardo a lei fundamental do mercado é a lei de oferta e demanda. Ou seja,
um produto tem seu preço fixado de acordo com sua disponibilidade no
mercado e de acordo com a procura que há para ele. Essa lei busca mostrar
que naturalmente o preço de um produto se ajusta pelo interesse do
vendedor em querer vender sua mercadoria e pelo dinheiro disponível entre
os compradores.

Procura Preço Produção Preço

Procura Preço Produção Preço


Naturalismo Econômico
A tese central de Smith no livro Uma Investigação sobre as Causas das
Riquezas das Nações pode ser resumida na ideia de que nossa necessidade
individual de satisfazer nosso interesse pessoal resulta em benefício social.
Isso, combinado à divisão do trabalho na economia resulta em uma rede de
mútuas interdependências que promove a estabilidade e prosperidade por
meio de mecanismos de mercado. Isto significa que, uma vez que você é
padeiro, você precisa de profissionais de outras áreas para ter suas
necessidades atendidas. Smith acredita que a soma dos fenômenos que
livremente ocorrem quando consumidores e produtores se relacionam
comercialmente em busca do bem pessoal é o que pode ser chamado de
“mão invisível”.

Liberdade Estado

Prof. Fernando
Carlucci
Qual a origem do Lucro no campo?
Adam Smith reconhecia que o preço da terra aumentava na medida em
que ela se tornava uma fonte de produção de riqueza (bem material para
consumo como comida, ferro, etc), pois mais e mais pessoas desejavam
tornar-se donas de terra. Consequentemente, do mesmo modo que o valor
da terra aumentava, o preço do seu aluguel aumentava também, logo,
duas coisas ocorriam:
A questão da
I) para o trabalhador que aluga a terra, menos lucro lhe viria em mãos, o
que dificulta que ele se torne dono de terras. terra
II) a margem de lucro do dono da terra aumentava, pois quanto mais o
trabalhador produzir riqueza, menos ela irá custar dado que a produção
aumenta a oferta e diminui o seu preço.

A consequência é um mercado cheio de produtos, proprietários lucrando


mais e trabalhadores trabalhando mais para pagar seus arrendatários.
Qual a origem do lucro na cidade?
Se tomamos o lucro como a diferença entre o preço final e o custo da produção vemos que,
para que um negócio siga expandindo e crescendo, há uma tendência a preservação de um
preço competitivo ao passo que se aplicam cortes de custos de produção dando cada vez menos
ao trabalhador ou cortando na qualidade do produto. Contudo, diminuição de qualidade é
indesejável, portanto, o corte no salário do trabalhador parecia uma prática economicamente
viável (ainda mais tendo uma massa de trabalhadores urbanos que precisavam de trabalho).

Qualidade Pagamento Lucro Exploração


Mais Valia
Valor produzido pelo operário – Valor do salário = Lucro
100$/8h – 20$/2h = 80$/6h
O Trabalho Alienado
O produtor é separado do seu produto.
O trabalhador é uma mercadoria

“O trabalho não produz somente mercadorias; ele produz


a si mesmo e ao trabalhador como uma mercadoria, e isto
na medida em que produz, de fato, mercadorias em geral.
[...] Quanto mais o trabalho desgasta trabalhando, tanto
mais poderoso se torna o mundo objetivo, alheio que ele
cria diante de si, tanto mais pobre se torna ele mesmo,
seu mundo interior, tanto menos o trabalhador pertence a
si próprio.”
(Marx, K. Manuscritos Econômico-Filosóficos. P. 80-1)
A Mercadoria

“A externalidade do trabalho aparece para o trabalhador como se o trabalho


não fosse seu próprio, mas de um outro, como se o trabalho não lhe
pertencesse, como se ele no trabalho não pertencesse a si mesmo, mas a um
outro. [...] é a perda de si mesmo.” Karl Marx, Manuscritos Econômico-
Filosóficos.

Valor de uso
(subjetivo e concreto)

Natureza Trabalho Mercadoria


Valor de troca
(objetivo e abstrato)

Se o valor não retorna para o trabalho há expropriação


de valor, portanto exploração
A escola de Frankfurt buscou desenvolver uma teoria crítica do
conhecimento. Para eles, a racionalidade técnica e instrumental
dominou a sociedade a partir da revolução industrial. Uma das
consequências dessa forma de racionalidade é a objetificação de
aspectos da cultura que tornam a arte algo massificado e industrial.

Por força da industrialização da cultura, desde o começo do filme Cultura


já se sabe como ele termina, quem é recompensado e, ao escutar a Enlatada
música, o ouvido treinado é perfeitamente capaz, desde os
primeiros compassos, de adivinhar o desenvolvimento do tema e
sente-se feliz quando ele tem lugar como previsto. [...]

Dominação
pela pobreza
intelectual

Você também pode gostar