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UNIDADE II

IDEOLOGIA

- Conceito ciado no século 19, compreendida como uma Teoria Geral das Ideias. Porém, pós os estudos de Marx, ela
ganha outra conotação: MANIPULAÇÃO (negativo) – único pensador que pensava na ideologia nesse âmbito.

-Ideologia, para Marx, está inevitavelmente ligado a TRABALHO. Para ele, a ideologia é uma alienação de quem
detêm o meio de produção (patrão), sendo uma manutenção de poder.

- As diferenças sociais são questões individuais.

A Ideologia e a Antropologia

- CHAUI cita as 3 formas de funcionamento da ideologia:

1. Inversão: inversões ideológicas nas quais as pessoas criam, como por exemplo a frase “a riqueza é fruto do
trabalho”, quanto para Marx, a riqueza é a causa do trabalho, e para que os patrões continuem a enriquecer, é
preciso eu seus funcionários pensem assim, pois eles terão a falsa ideia de que são eles que enriquecem.

2. Imaginário Social: discurso coletivo de que as coisas “sempre foram assim, apenas”. Ideologias criadas socialmente
que assemelham a falsas verdades, como por exemplo faculdade a conhecimento e namoro/casamento/família a
plena felicidade e realização na vida.

3. Silêncio: “o não dito também diz”. Quando os nazistas se denominavam uma “raça pura”, de maneira subliminar e
silenciosa demostravam que havia uma “raça impura” e consequentemente inferior aos nazistas.

O CONCEITO DE IDENTIDADE

Stuart Hall (2005) e as três perspectivas de identidade:

1. Sujeito do Iluminismo – Razão | Modernidade

 Sujeito fruto da modernidade, em que ele mesmo se autodetermina das suas vontades.

2. Sujeito Sociológico – Relação com o outro.

 Se refere a como um sujeito se relaciona com o outro/com o ambiente em que está inserido, sendo esse o
fator formador da identidade.

3. Sujeito Pós-moderno – Sem identidade fixa.

 Não há uma identidade única/fixa, em um mundo tão globalizado e líquido, carecemos de identidade.

Joel Candau (2012)

1. Individual – Estado do Indivíduo | Quem eu sou

 Um RG pode dizer quem você é.

2. Coletivo – Não Identidade

 não pode haver identidade coletiva enquanto o conceito de identidade é individual, nessa perspectiva a
coletividade é uma representação que legitima o” viver em sociedade”
 Quando falamos do Individual, tratamos de um indivíduo dentro de uma coletividade, logo a Identidade está
ligado à sua Pertença com algo, uma pertença mais visível seria a “Nação”. Logo, a Nação está ligada ao
conceito de Nacionalismo gerando a Constituição de Identidade.
NACIONALISMO

Nacionalismo possui diversas definições, mas todas elas estão atreladas ao conceito de Nação.

 Nação (Latim) = [natio (lugar de nascimento) + nasci (nascer)].


 Inglaterra (XVI) – Pertencimento a determinado povo.
 Revolução Francesa (XVIII) – (Nacionalismo → Soberania): na transição do séc. 18 para séc. 19 o conceito de
nacionalismo passa a ser atrelado ao Estado, ao aparato político e a Soberania de quem mantem as rédeas de
determinado território. Dessa forma, o nacionalismo começou a ganhar a forma de um conceito ligado a um
país.
 Quais elementos configuraram a unidade do grupo? Religião, Língua, Identidade...

NACIONALISMO E PATRIOTISMO

Enquanto o nacionalismo estiver ligado a um sentimento, gera-se o Patriotismo. Muitas vezes, o patriotismo
funciona como uma herança cultural, pois de certa forma ele é uma maneira de se afirmar o passado. Porém o
patriotismo é vivenciado de formas diferentes em diferentes setores da sociedade.

O Patriotismo pode ser aflorado em momentos específicos, como por exemplo na Copa do Mundo/Olimpíadas, em
que é necessário haver um símbolo nacional em comum para exercer o patriotismo, e em alguns casos também há
um inimigo comum externo. Quando esse sentimento começa a se tornar agressivo e violento, pode resultar em
Xenofobia, que quando foi atrelado a um nacionalismo exacerbado, gerou as duas grandes Guerras Mundiais.

SAMBA E CARNAVAL

O samba e o Carnaval foram um Elemento de Constituição Nacional no Estado Novo (governo de Getúlio Vargas)
justamente para uma criação de identidade.

AS RELAÇÕES DE PODER

As relações de poder são relações de força. Na antropologia, o poder está presente em todas as esferas das relações
humanas, desta forma estamos atrelados às igualdades e as diferenças.

 PARA PLATÃO: mundo das ideias x mundo físico – um cavalo é igual para todos no mundo das ideias,
enquanto no mundo físico ele é diferente.

O poder se dá de maneiras diferentes em sociedades diferentes.

 Clastres (1979) | OBRA: A Sociedade Contra o Estado (estudo das Sociedades Igualitárias), perspectiva de
uma sociedade sem Estado, sendo assim as relações de poder aparecem em 3 maneiras:
1. Parentesco – elemento chave para a manutenção do poder do líder, através de cônjuges, filhos ou
parentes que legitimem o poder desse líder.
2. Generosidade do Líder – a produção deve ser em prol da sociedade, de forma igualitária.
3. Habilidade com as palavras – caso não tenha habilidade com as palavras, não possuirá legitimidade na
sociedade.
 Problemas com o delito (algo que foge à regra da sociedade): como punir o crime nessa perspectiva?
 Sociedades desigualitárias sem a figura do Estado (Egito, Mesopotâmia, Peru, México) pois existia uma
hierarquia, mas não existia o Estado. Se designa “desigualitária” pois o seu processo pode levar a
desigualdade. [(Sociedades Desigualitárias) + (Estado) = (Pessoas) + (Instituições)]. Sendo assim, essas
sociedades possuem instituições que regulam o funcionamento da sua forma de ser. Essas sociedades
se firmam apenas com a criação de um Estado, como por exemplo a maioria das sociedades ocidentais.
 Nepotismo: troca de favores (chamado de Parentesco para Clastres)
MICHAEL FOUCAULT E O PODER

Microfísica do Poder | Vigiar e Punir

Foucault (2014)

1. Controle do Corpo, levando o corpo a um patamar de Corpos Dóceis. Para ele o poder é exercido dentro do
cotidiano, regendo e contribuindo para a manutenção de uma sociedade capitalista.

2. Controle do Espaço, Organização do Tempo (realizamos nossas necessidades/ tarefas no tempo que impõem a
nós), Vigilância (você sabe que está sendo vigiado, mas não sabe quem te vigia – Panóptico)

3. Poder exercido do cotidiano

MANIFESTAÇÃO DE PODER

 Exibição de poder como afirmação dele:


 Língua, Classe, Cultura e Política
 Podemos enxergar o poder na soberania dos Estados (forças armadas)
 Hard Power – poder do estado através da força; Soft Power – poder passado pelas relações culturais, como
o entretenimento; Smart Power = Hard Power+ Soft Power

ANTROPOLOGIA, CULTURA E PODER NA ATUALIDADE

 Cavusgil et al. (2010)


(O campeonato de futebol americano possui o comercial mais caro de televisão, podendo ser considerado um
“produto” a ser vendido)
Já tentaram implantar o futebol americano em outros países, porém quando implantado em países europeus,
só foi bem-sucedido na Alemanha, pois as regras e técnicas do esporte compactuam com a cultura alemã.
Sendo assim, a cultura é fator preponderante no processo de internacionalização de qualquer negócio.

 Risco Intercultural: o risco do impedimento de culturas se relacionarem, majoritariamente nos negócios, de


uma forma não compatível as suas culturas.

 Orientação Etnocêntrica: impor a própria cultura por cima da outra.

 Orientação Geocêntrica: busca de entender a cultura do outro, e a partir disso é ampliado a possibilidade de
negócio.

 METÁFORA CULTURAL: “jeitinho brasileiro”, no qual marca como o brasileiro negocia.

 Expressão idiomática: expressões compreendidas apenas em um país, que se traduzidas em outra língua,
perdem o sentido.

 Multiculturalismo; quebra de fronteira; Associação de símbolos.

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