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FILOSOFIA - 2º Ano

QUESTÕES ESSENCIAIS 4º BIMESTRE 2023

Filoso a Política | Ideologia | Filoso a da Ciência | Filoso a do Trabalho

Filoso a Política
1- O Fenômeno do “poder" em seu sentido essencialmente social, apresenta três formas
básicas, quais são?
R: Poder Ideológico/ Poder Econômico/ Poder Político

2- Exemplos de governos alinhados a extrema esquerda e extrema direita (considerados


sistemas políticos de linha ideológica radical)
R: Extrema esquerda: Maoísmo e Stalinismo
Extrema direita: Nazismo e Fascismo

3- Política com Base na Norma


Platão (427a.C-347a.C) em sua obra A república criou o modelo de pólis ideal, a “bela cidade”
(Calípolis). Platão propunha a sofocracia (“governo dos sábios”) onde os mais notáveis seriam
preparados para o ato de governar a pólis.

4- Política com base na Realidade


Nicolau Maquiavel foi importantíssimo para mudar a realidade política, e criou dois conceitos:
virtu e fortuna. / Virtu - refere-se à força e à coragem do governante, destituídas do
compromisso ético do cristianismo. / Fortuna - oportunidade ou ocasião calculada pelo príncipe
(governante) para atuar politicamente; ou seja, a fortuna favorece a quem tem virtu.
A grande contribuição de Maquiavel foi desvincular a política da esfera da religião e da moral, para
colocá-la em sua própria esfera.

5- Nomes principais da Política com base no contrato


R: Thomas Hobbes / John Locke / Jean - Jacques Rousseau

6- Política com base na Dominação


Marx e Engels apregoavam o Fim do Estado após um período de transição do capitalismo para o
socialismo, que por sua vez evoluiria para o comunismo. Juntos zeram uma crítica a rmando
que a política do Estado moderno é desenvolvida com o objetivo de manter as desigualdades
sociais, oprimindo a grande maioria, que gera a riqueza da sociedade em geral.

7- Política com base no Totalitarismo


Foi um sistema político de controle absoluto da sociedade na qual foi implantado.
As principais características do totalitarismo são: nacionalismo extremado, patriotismo ardoroso,
racismo e militarismo. Exemplos: Nazismo na Alemanha de Adolf Hitler e Stalinismo na União
Soviética de Josef Stalin.

Ideologia
8- Quem criou a palavra Ideologia?
R: Destutt de Tracy, em sua obra Elementos da Ideologia, a m de designar o estudo cientí co das
idéias.

9- Como Marilena Chauí conceitua Ideologia?


“É um conjunto lógico, sistemático e coerente de representações e de normas ou regras que
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indicam ou prescrevem aos membros da sociedade o que devem pensar e como devem pensar, o
que devem valorizar e como; o que devem sentir e como; o que devem fazer e como. […] a função
da ideologia é a de apagar as diferenças, como as classes, e de fornecer aos membros da
sociedade o sentimento de identidade social…"

10- Podemos deduzir que ideologia é:


R: Um conjunto de ideias que formam um sistema ou uma corrente losó ca e expressam uma
maneira de ver o mundo, constituindo-se um modo peculiar de pensar e viver. Esse conceito pode
ser percebido pelos símbolos do comunismo, do anarquismo, das bandeiras nacionais e de partidos
políticos.

11- Concepções de Ideologia


Karl Marx - é um conjunto de idéias e conceitos que pertence a determinada classe social.
Para ele há uma ideologia burguesa (classe dominante) e uma ideologia dos trabalhadores
(classe dominada). O surgimento de uma ideologia está atrelada às necessidades ou aos
interesses da classe que a originou. Para Marx a ideologia adquire um sentido de instrumento
de dominação, pois a sociedade humana tem necessidade de explicar a realidade que a cerca.
O pensamento marxista, ao longo do século XX, in uenciou Lukács, Gramsci e Meszáros.
György Lukács - Para ele a ideologia tem como função principal fornecer uma base para a solução
de problemas práticos da vida social. Sob essa ótica a ideologia teria surgido quando o ser humano
se organizou coletivamente em sociedade; Portanto, a ideologia não desempenharia
necessariamente a função de dissimular a luta de classes, visto que sua gênese seria anterior ao
surgimento das classes sociais.
Antonio Gramsci - distinguiu ideologias arbitrárias (desejadas) de ideologias historicamente
orgânicas (absolutamente necessárias). As idéias são elaboradas pelos intelectuais orgânicos na
convivência social. Para Gramsci a ideologia garante a coesão social, visto que ela re ete uma
concepção de mundo que permite a movimentação do ser humano no meio em que vive.
István Mészáros - ferrenho combatente da ideologia capitalista. Ele entendia que qualquer tentativa
de superar a ideologia capitalista restringindo-se à esfera institucional e parlamentar está fadada a
derrota. Só um vasto movimento de massas pode ser capaz de destruir o sistema de domínio social
do capital e sua lógica destrutiva. Mészáros declarava que para que a educação seja libertadora,
ela deve transformar o trabalhador em um agente de mudança de ordem política. Somente desse
modo homens e mulheres sábios podem mudar radicalmente o modelo ideológico hegemônico
dominante na economia e na política.

12- Ideologia Bíblico-Cristã


A bíblia como um conjunto de histórias, princípios e valores deve ser a referência que orienta nosso
modo de vida, e este necessita ser contrário à maré de injustiça e moralidade dominante no mundo
contemporâneo. Através da ideologia bíblico-cristã

Filoso a da Ciência
13- O QUE É FILOSOFIA DA CIÊNCIA?
É a área da loso a que estuda criticamente os fundamentos da ciência, em geral, ou de uma de
suas rami cações em particular, como loso a da Química, Física, Matemática etc.

14- MÉTODO CIENTÍFICO


Procedimento que procura eliminar tudo o que for de caráter pessoal, para chegar a conclusão
imparcial. A base do método cientí co é a observação.

15- MITOS CONSTRUÍDOS EM TORNO DA CIÊNCIA


MITO DO CIENTIFICISMO
Crença de que a ciência seria a única forma perfeita de conhecimento.
MITO DO ESPECIALISTA
Crença de que certos pro ssionais detém a autoridade do saber especí co, de um dado domínio.
Assim esses pro ssionais passaram a ser vistos como “quase deuses” em suas áreas de atuação.
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MITO DO PROGRESSO CONTÍNUO
Crença de que basta aumentar o controle do ser humano sobre a natureza e a sociedade para que
o desenvolvimento rume em direção a um mundo melhor e mais justo. Isso gerou consequências
ambientais e sociais nefastas.
MITO DA NEUTRALIDADE
Crença na superioridade da ciência como fonte de conhecimento, onde elementos subjetivos não
deveriam in uenciar as investigações. Porém não podemos nos esquecer de que toda observação
da natureza que nos cerca é um recorte que simpli ca o objeto a ser observado. Portanto, todo
cientista sofre in uências externas, voluntárias ou não, que de algum modo irão afetar sua pesquisa.
MITO DA TECNOCRACIA
Crença de que a última palavra deve ser dada por técnicos ou pessoas competentes em suas
áreas. Desse modo, a sociedade deveria ser administrada por gestores que tomariam decisões
com base na quali cação acadêmica e intelectual.

16 - FRANCIS BACON (1561/1626)


Considerado o fundador da ciência moderna. Sempre buscou produzir, com sua ciência, os
benefícios práticos à humanidade. Para Bacon a ciência tem por objetivo permitir ao ser humano
dominar a natureza para melhor servi-lo. Por isso, ela dever ser expurgada de todo preconceito por
meio de uma método claro de pesquisa.

17- RENÉ DESCARTES ((1596-1650)


Ele a rmava que devemos fazer uma aplicação metódica da duvida, considerando como
incertas as percepções sensoriais. Tudo deve ser questionado e analisado pela razão. Ele
também pretendia fundamentar o conhecimento humano em bases racionais, adotando o
ceticismo como método, sem, no entanto, adotar uma postura cética de nitiva. “Penso,
logo existo!”, ele é dono dessa frase, e com isso argumentava que, se duvidava, então
também pensava, e se pensava, obrigatoriamente existia.

18- GASTON BACHELARD (1884-1962)


Buscou apresentar a ciência como um corpo de verdades que aumenta gradualmente,
como um diálogo entre a razão e a experiência. Para Bachelard, o conhecimento se
desenvolve mediante rupturas, metodológicas e conceituais ao longo do tempo, e não de
maneira contínua. Desse modo, a história da ciência pode ser dividida em três períodos:
pré-cientí co, cientí co, e novo espirito cienti co.

19 - KARL POPPER (1902-1994)


O principal pensador da ciência no século XX. Para Popper o cientista deve estar mais
preocupado com teorias que refutem a sua tese do que com a forma de explicá-la ou
justi cá-la, e isso ele nomeou como o princípio da refutabilidade.

20- THOMAS KUHN (1922-1996


Se opôs às idéias de Popper negando que a ciência se desenvolva com base no principio
da refutabilidade. Acreditava que a ciência era o resultado de rupturas e limitações da
imaginação que re etem múltiplas variáveis. Para ele o processo cienti co ocorre pela
tradição intelectual representada pelos paradigmas expressos pelas teorias.

Filoso a do Trabalho
21- Trabalho - Conceituação/ Etimologia
Trabalho é toda ação humana, realizada com consciência e liberdade, que transforma a matéria
natural em matéria cultural. A palavra “trabalho” vem do latim tripalium que consistia em um
instrumento que era usado por camponeses para bater cereais mas que depois passou a
ser usado como instrumento de tortura em trabalhadores desobedientes. O verbo latino “tripaliare”
(torturar) está ligado diretamente ao termo “tripalium". Por conta disso passaram a relacionar
trabalho com algo que traz sofrimento ou as faz padecer.
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22- Durante o desenvolvimento da civilização ocidental, foram de nidos três modelos
principais de relação de trabalho entre as camadas sociais dominantes e as dominadas.
Modelo Escravista - Não se sabe exatamente quando a escravidão teve início, mas sua origem
certamente está ligada ao pagamento de dívidas, às guerras e à hereditariedade. O modelo
escravista nunca apresentou homogeneidade, a não ser no que diz respeito ao direito de posse de
uma pessoa sobre a outra.
Modelo Feudalista - A servidão se desenvolveu na sociedade ocidental de modo marcante durante
a Idade Média, quando surgiu a gura do servo da gleba. O servo era destituído de liberdade e de
capacidade jurídica, porém dotado de bens materiais, usufruindo da proteção de seu senhor. Ele
não podia ser vendido, trocado ou dado de presente como forma de recompensa. A origem dessa
modalidade de trabalho remonta ao colonato existente nos tempos do Império Romano. A servidão
consistia em um contrato vitalício e hereditário entre o senhor feudal e seu servo. Este era
responsável pelo reparo de danos em pontes e estradas, pela manutenção dos castelos, pela
limpeza do moinho
Modelo Capitalista - O capitalismo surgiu por volta do século XII e coexistiu por muito tempo com
os modelos escravocrata e feudal. A base do sistema capitalista se encontra na atividade livre, em
que a pessoa é autônoma para usar a força de seu próprio corpo como máquina natural de trabalho
e escolher de modo soberano o que deseja para si. No entanto, com o passar do tempo, ocorreu
uma separação entre o trabalhador e a propriedade dos meios de produção (ferramentas,
máquinas, matéria-prima, capital). Com isso, surgiram dois tipos de indivíduos livres: o burguês
(detentor dos meios de produção) e o trabalhador assalariado (detentor da capacidade física e dos
conhecimentos técnicos). Assim, um contrato social se estabelecia entre ambas as classes, no qual
o burguês envolvia-se em empreendimentos de acordo com sua vontade e iniciativa, e o
assalariado submetia-se a um trabalho mecânico, exterior à sua vontade. A partir da
Revolução Industrial, porém, formou-se um abismo entre esses dois polos, evidenciando que as
oportunidades de trabalho não eram igualitárias. A Revolução Industrial transformou a sociedade,
que era basicamente rural e agrícola, em uma sociedade urbana e fabril. Grandes empresas se
estabeleceram, possibilitando o acúmulo dos meios de produção do grupo burguês e a diminuição
da força de trabalho do assalariado.

23- Liberalismo Econômica


Adam Smith opôs-se aos princípios da economia mercantilista, como o monopólio e o
protecionismo, utilizados pelos reis daquele período do século XVIII. Smith analisou a divisão social
do trabalho como um elemento importante para impulsionar a economia. De acordo com Smith, o
trabalho individual gera tanto o bem-estar do sujeito que o realiza como também colabora para que
essa condição se estenda aos demais. Ele também acreditava que a livre- concorrência entre os
vários fornecedores, aliada às inovações tecnológicas, permitiria baratear os custos de
produção, o que consequentemente contribuiria para a queda de preços.

24 - Socialismo Utópico
A expressão “socialismo utópico” refere-se à primeira fase do socialismo, composta de
ideais e visões que objetivaram uma sociedade ideal imaginária. Desenvolveu-se entre as
guerras napoleônicas e as revoluções de 1848 (Primavera dos Povos). Seus lósofos
idealistas acreditavam na total transformação da sociedade de forma pací ca, jamais
envolvendo luta armada. O principal ideário desses lósofos socialistas era a defesa da
igualdade entre os povos.
Filósofos que se destacaram nesse movimento:
Robert Owen - condenou a sociedade industrial nascente, porque ela induzia o
trabalhador a degradação. Pregava o surgimento de uma nova sociedade baseada no
trabalho cooperativo, mas sempre rejeitando a violência da luta de classes;
Charles Fourier - foi um dos lósofos mas radicais do socialismo utópico francês,
defendendo a criação de comunidades de trabalhadores denominadas falanstérios, que
consistiam em edifícios nos quais as pessoas trabalhariam somente naquilo que
desejassem, usufruindo de uma vida social livre de repressão.
Pierre Proudhon - atribuiu a propriedade privada à causa dos males da sociedade. É dele
a frase: "a propriedade privada é um roubo”, em seu livro "O que é Propriedade?”
Defendeu a organização da sociedade sem nenhum controle imposto por qualquer tipo de
autoridade. Para ele, a vida social deveria ser baseada na ajuda mútua entre as pessoas,
tanto na área da produção quanto na do consumo.
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25- Socialismo Cientí co
Proudhon criou o termo “socialismo cientí co” mas foram Karl Marx e Friedrich Engels os
lósofos que ampliaram a teoria socialista, com base na análise crítica e cientí ca do capitalismo,
sem a preocupação de alcançar uma sociedade ideal.

Marx e Engels foram lósofos alemães que se aventuraram no estudo da história, da economia e
da sociologia com o objetivo de analisar a sociedade burguesa e o seu modo de produção capitalista.
O marxismo (nome dado à teoria desenvolvida por eles) descreve o capitalismo tomando como
referência suas relações de troca mercantil, de produção e de salário.
De acordo com a análise marxista do capitalismo, o dono dos meios de produção explora o
trabalhador, pois o salário pago representa apenas um porcentual do resultado do trabalho (produto),
gerando uma disparidade denominada mais-valia, que dá origem ao lucro da empresa burguesa. Em
outros termos, mais-valia é a expressão usada para se referir à parte do valor da força de trabalho
exercida por um funcionário que não é remunerada pelo patrão. É o excesso de receita em relação às
despesas não partilhado com o trabalhador.
Outra contribuição do marxismo para a compreensão da lógica capitalista de produção é o conceito
de alienação. Para o lósofo, no contexto do capitalismo, quando o operário vende a sua força de
trabalho, o produto que resulta no nal de seu dia de esforço não lhe pertence, adquirindo uma
existência independente dele. No entendimento de Marx, a alienação do trabalhador em relação ao
produto não signi ca apenas que o trabalhador se converteu em um objeto, mas indica que o
produto assumiu um existência externa, independente e autônoma em posição a ele; Nesse novo
modo de produção, diz Marx, o que adquire valor é o objeto produzido, e não a realização pessoal de
quem o produz. Isso provoca uma inversão de papéis - a coisi cação do ser humano e a
humanização do objeto. Assim o produto se torna mais importante que as pessoas
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