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Ciência é algo extremamente instável e que nos provoca a todo instante a mudança de
paradigmas. Num contexto lato sensu percebemos sua ligação a métodos de
experimentação/observação entre outros com análises quantitativas e qualitativas e
que após sua sistematização e considerações finais (sujeitas a revisões) poderão
colaborar para o progresso tanto das relações sociais quanto para a interação destes
homens com o meio.
Pesquisar é buscar o novo, o intangível, o inalcançável. Isso pode ser feito pelo
caminho do método cientifico ou não. Pesquisar é dar vazão à curiosidade
humana inata, a ânsia por respostas.
Syryczyk, E. F. 4
3. E a Epistemologia ...?
É conhecida como teoria do conhecimento, envolve a possibilidade do
conhecimento, se é possível o ser humano alcançar o conhecimento
pleno, puro.
Teorias do conhecimento.
Syryczyk, E. F. 5
4. Principais correntes epistemológicas
voltadas ao estudo e organização social
Positivismo: Corrente de pensamento que entende que o conhecimento
verdadeiro só é possível de se obter por meio da observação e da aferição
empírica do mundo.
Syryczyk, E. F. 6
5. Materialismo Histórico e Marx
A gênese do pensamento de Marx, ou
embrião do materialismo
a) Modo-de-produção: é o conjunto das forças produtivas e das
relações de produção que definem a organização econômica,
social e política de uma época.
b) Relações de produção: são, essencialmente, as relações de
propriedade e a forma com que a renda é distribuída entre os
membros da sociedade.
c) Infra-estrutura: é a base material da sociedade (relações de
produção e as forças produtivas)
d) Superestrutura: é o conjunto das instituições políticas,
jurídicas e ideológicas, dentre as quais se inclui o ESTADO
Syryczyk, E. F. 7
5. A origem do Materialismo Histórico
1) Materialismo Histórico
Syryczyk, E. F. 8
5. Como se dá no Materialismo Histórico
a) produção :
Pode ser visto como um ato histórico, já que por meio atividade produtiva
cria-se a ordem social, reproduzida e continuamente recriada
b) As necessidades humanas:
Não são exclusivamente biológicas, não são fixas, admitem subjetividade,
sensibilidade, homem as satisfaz, cria e recria.
Relações H versus N e H versus H se aprimoram por meio da Praxis social.
c) A consciência humana:
Se orienta pela praxis social: não é a consciência do homem que define o
que ele é, e sim, o seu ser social que define a sua consciência.
Em outras palavras, a consciência humana é governada pela atividade
humana: na sociedade e em interação com a sociedade
Syryczyk, E. F. 9
5. O conceito de classes sociais para Materialismo
c) A sociedade: Tem como base de sustentação a infra estrutura.
(forças e relações de produção)
Syryczyk, E. F. 10
Marx: A luta de classes é o motor
da história
Syryczyk, E. F. 11
6. Hegemonia segundo Antonio
Gramsci
Hegemonia significa que a dominação de classe se baseia não
apenas na coerção, mas também na imposição cultural e
ideológica de uma classe sobre outra. O caso da política junta
força e consenso.
Syryczyk, E. F. 12
6. Instrumentação das classes para
conseguir hegemonia
Instrumentos da Instrumentos do
burguesia capitalista proletariado
Syryczyk, E. F. 13
6. Gramsci... e a hegemonia.
Podemos dizer que este era o projeto revolucionário de
Gramsci como um todo, é possível dizer que todo ele se
coloca na dimensão cultural e ideológica. Como Gramsci
é um pensador Marxista, ele vai partir do princípio que
esta revolução mesmo sendo cultural, irá acontecer a
partir de elementos concretos da realidade. Assim, este
projeto de revolução cultural no qual a classe
trabalhadora assumiria o controle da sociedade ocorre
apoiado em dois suportes:
1) A escola unitária.
2) O intelectual orgânico;
Syryczyk, E. F. 14
6. A Escola Unitária– de Gramsci
Gramsci entendia que a educação,
especialmente a educação escolar tinha um
papel fundamental na construção dos
consensos de opiniões, formas de pensar e de
agir presentes nas culturas ocidentais.
Syryczyk, E. F. 15
6. A Escola Unitária– de Gramsci
Na escola unitária ocorreria um processo
educativo diferente daquele observado nas
escolas de sua época. Neste sentido cabe
indicar que Gramsci propunha que a escola
trabalhasse os conteúdos nela presentes em
duas direções:
Syryczyk, E. F. 16
6. A Escola Unitária: Eliminando a separação
entre trabalho intelectual e trabalho manual
Syryczyk, E. F. 18
6. A Escola Unitária: Trabalhando a
dimensão política da sociedade
Devido a estes fatores, é possível afirmar que
a proposta de escola de Gramsci é
simultaneamente única e unitária.
Ela é única do ponto de vista das pessoas que
a frequentariam, as quais seriam de todas as
classes sociais, e ...
...é unitária do ponto de vista do
conhecimento nela transmitido, o qual não faz
mais uma separação entre a formação para o
trabalho e a formação intelectual clássica.
Syryczyk, E. F. 19
6. O intelectual orgânico – de Gramsci
Syryczyk, E. F. 20
6. Quando a hegemonia entra em crise
Ocorre quando...
a) as classes sociais se separam de seus
partidos políticos em razão de atos
impopulares das classes dirigentes ou ...
b) do intensificado ativismo político de massas
anteriormente passivas.
c) Crise de autoridade por perda de consenso
em torno da classe dirigente
Syryczyk, E. F. 21
6.1. Ideologia
Só existe prática através e sob uma ideologia.
Só existe ideologia através do sujeito e para sujeitos.
Syryczyk, E. F. 23
Ideologia
Escola
Família
Igreja
Sindicato
Syryczyk, E. F. 24
7. IDEOLOGIA E APARELHOS
IDEOLÓGICOS DO ESTADO
Louis Althusser
Syryczyk, E. F. 25
LOUIS ALTHUSSER
Syryczyk, E. F. 26
O que é uma sociedade
Superestrutura ou instâncias jurídico-
políticas e a ideologia
Syryczyk, E. F. 27
É a partir da reprodução que é
possível pensar o que caracteriza
o essencial da existência e
natureza da superestrutura.
Syryczyk, E. F. 28
TEORIA DO ESTADO
Poder de Estado (conservação e tomada do
poder de Estado)
Syryczyk, E. F. 29
Aparelhos de Estado
Syryczyk, E. F. 30
Aparelho Ideológico do Estado
Syryczyk, E. F. 32
Como é assegurada a reprodução
das relações de produção?
Pela superestrutura jurídico-política e
ideológica ou pelos AE e os AIE.
Syryczyk, E. F. 33
CONCEITOS FUNDAMENTAIS
Para existir, toda a formação social
deve, ao mesmo tempo que produz, e
para poder produzir, reproduzir as
condições de sua produção. Deve pois
reproduzir:
As forças produtivas
As relações de produção existentes
Syryczyk, E. F. 34
Não é ao nível da empresa que a reprodução
das condições materiais da produção pode ser
pensada, porque não é na empresa que ela
existe nas suas condições reais.
Syryczyk, E. F. 35
Como é assegurada a reprodução da força de
trabalho?
Syryczyk, E. F. 36
Como a reprodução da qualificação (diversificada)
da força de trabalho é assegurada no regime
capitalista?
Syryczyk, E. F. 37
O que se aprende na escola?
Aprende-se a ler, a escrever, a contar, -
portanto algumas técnicas, e ainda muito mais
coisas, inclusive elementos (que podem ser
rudimentares ou aprofundados) de cultura
científica ou literária diretamente utilizáveis
nos diferentes lugares da produção (uma
instrução para operários, outra para os
técnicos, uma terceira para os engenheiros,
uma outra para os quadros superiores, etc.).
Aprendem-se portanto saberes práticos.
Syryczyk, E. F. 38
Ao mesmo tempo que ensina estas técnicas e
estes conhecimentos, a Escola ensina também
as regras dos bons costumes, isto é, o
comportamento que todo o agente da divisão
do trabalho deve observar, segundo o lugar
que está destinado a ocupar: regras da moral,
da consciência cívica e profissional, o que
significa exatamente, regras de respeito pela
divisão social-técnica do trabalho, pelas regras
da ordem estabelecida pela dominação de
classe.
Syryczyk, E. F. 39
Ensina também a bem falar, a redigir
bem, o que significa exatamente
(para os futuros capitalistas e para os
seus servidores) a mandar bem, isto
é, (solução ideal) a falar bem aos
operários.
Syryczyk, E. F. 40
A reprodução da força de trabalho exige
não só uma reprodução da qualificação
desta, mas, ao mesmo tempo, uma
reprodução da submissão desta à ideologia
dominante para os operários e uma
reprodução da capacidade para manejar
bem a ideologia dominante para os agentes
da exploração e da repressão, a fim de que
possam assegurar também, pela palavra, a
dominação de classe dominante.
Syryczyk, E. F. 41
8. A relação Trabalho e Educação:
tendências e concepções
Abordagem da Economia da
Educação
A área de educação e trabalho surge no Brasil, a partir da
crítica a esse campo, difundido a partir da Teoria do capital
Humano;
Essa teoria se desenvolve no Brasil nos anos 60, cuja palavra
de ordem era a ‘racionalização’ do sistema produtivo e dos
demais setores da vida social, através do desenvolvimento
tecnológico e da administração científica;
Era preciso disseminar uma ideologia que mostrasse que o
sacrifício era temporário e que assim que se obtivesse maiores
taxas de crescimento econômico, a sua distribuição favoreceria
a todos. Simultaneamente, ela deveria apontar caminhos
individuais, para o atingimento de níveis mais altos de renda -
a qualificação profissional - que aumentando a produtividade,
causaria elevação do salário.
Syryczyk, E. F. 43
9. A Teoria do Capital Humano
Syryczyk, E. F. 47
Alguns conceitos fundamentais
O conceito de capital humano se constitui no construtor básico da
economia da educação e encontra campo próprio para o seu
desenvolvimento no bojo das discussões sobre o crescimento
econômico. A preocupação básica ao nível macroeconômico é a análise
dos nexos entre os avanços educacionais e o desenvolvimento
econômico de um país;
Syryczyk, E. F. 48
Alguns elementos de crítica:
A Teoria do capital humano - indica ser a escola um dos fatores
mais importantes para a determinação da renda e da ocupação
futuras e até mesmo do acesso a estudos posteriores. A
ideologia da associação da mobilidade social à maior
escolaridade parece fundamentada na realidade empírica,
entretanto, os jovens adquirem muitas habilidades e
competências cognitivas também fora da escola e isto está
relacionado à classe social da criança.(Carnoy);
Representa a forma como a visão burguesa reduz a prática
educacional a ‘um fator de produção’, a uma questão técnica, o
que é determinante passa por uma metamorfose e se constitui
em determinado (Frigotto);
No campo da educação o desenvolvimento com segurança
exigia o aumento da produtividade do sistema de ensino, pela
via da racionalização, como resposta à sua ineficácia.(Kuenzer)
Syryczyk, E. F. 49
Abordagem Crítico-Reprodutivista
A partir de meados da década de 70, começam as críticas às
teorias de educação predominantes: teoria do capital humano
e a tecnologia educacional, mostrando que esta abordagem ao
subordinar a educação ao desenvolvimento econômico, era
funcional ao desenvolvimento do sistema capitalista, uma vez
que através da qualificação da força de trabalho, a escola
concorria para a sua maior exploração mediante o incremento
da produção da mais-valia;
Essa teoria é fortemente influenciada pelos estudos de L.
Althusser ‘Ideologia e aparelho ideológicos do Estado’ e da
obra ‘A reprodução: elementos para uma teoria do sistema de
ensino’ de P. Bourdieu & J.C. Passeron.
Syryczyk, E. F. 50
10. O modelo da competência
A discussão internacional sobre o conceito de
competência surgiu junto às mudanças do paradigma de
produção nos anos oitenta. Teve suas origens em um
discurso empresarial e foi ampliada, criticada,
concretizada por economistas e sociólogos.
Syryczyk, E. F. 51
10. O modelo da competência
Zarifian discute as mudanças nas novas competências
profissionais; em sua análise sobre as mudanças no
trabalho, ele enfatiza a necessidade de combinar
futuramente as áreas de produção e de serviço.
Syryczyk, E. F. 52
10. O modelo da competência
Na classe burguesa estas competências se desenvolvam
desde as relações sociais e familiares que viabilizam o
desenvolvimento das linguagens, do raciocínio e o
acesso à produção cultural (formação dominante),
mesmo assim, não isenta da educação escolar.
Syryczyk, E. F. 53
10. O modelo da competência
A partir das mudanças ocorridas no mundo do trabalho,
ao se pretender a inclusão: o domínio do conhecimento
articulado ao desenvolvimento das capacidades
cognitivas complexas, Zarifian registra uma nova
dimensão que confere um novo significado ao conceito
de competência, o sujeito conseguia apreender as
competências relativas ao domínio teórico.
Syryczyk, E. F. 54
10. O modelo da competência na educação
Syryczyk, E. F. 55
10. O modelo da competência na educação
Syryczyk, E. F. 56
10. História da Rede Federal de
Educação Profissional
Syryczyk, E. F. 57
Syryczyk, E. F. 58
11. Trabalho como princípio educativo
Considerar o trabalho como princípio educativo
equivale dizer que o ser humano é produtor de
sua realidade e, se apropria dela e pode
transformá-la.
Syryczyk, E. F. 59
11. Trabalho como princípio educativo
A educação profissional não é meramente
ensinar a fazer e preparar para o mercado de
trabalho, mas é proporcionar a compreensão
das dinâmicas sócio-produtivas das sociedades
modernas, com as suas conquistas e os seus
revezes, e também habilitar as pessoas para o
exercício autônomo e crítico de profissões, sem
nunca se esgotar a elas.
Syryczyk, E. F. 60
11. Trabalho como princípio educativo
O trabalho é princípio educativo à medida que
proporciona a compreensão do processo
histórico de produção científica e tecnológica,
como conhecimentos desenvolvidos e
apropriados socialmente para a transformação
das condições naturais da vida e a ampliação
das capacidades, das potencialidades e dos
sentidos humanos. O trabalho, nesse sentido
contribui para organizar a base unitária.
Syryczyk, E. F. 61
11. Trabalho como princípio educativo
Noutro sentido, o trabalho é princípio educativo na
medida em que coloca exigências específicas para o
processo educacional, visando à participação direta dos
membros da sociedade no trabalho socialmente
produtivo.
Com este sentido, conquanto também organize a base
unitária do ensino médio, fundamenta e justifica a
formação específica para o exercício de profissões, essas
entendidas como uma forma contratual socialmente
reconhecida, do processo de compra e venda da força de
trabalho. Como razão da formação específica, o trabalho
aqui se configura também como contexto formativo.
Syryczyk, E. F. 62
11. A formação omnilateral
A formação omnilateral se propõe a romper com a
formação do homem limitado e se opõe à formação
unilateral, comprometida como trabalho alienado, com a
divisão social do trabalho, e a manutenção das relações
de dominação.
Syryczyk, E. F. 63
12. A Politecnia
Para Kuenzer a politecnia supõe uma nova forma de integração
de vários conhecimentos, que quebra os bloqueios artificiais
que transformam as disciplinas em compartimentos
específicos, expressão da fragmentação da ciência. Nessa
concepção, evidencia-se que conhecer a totalidade não é
dominar todos os fatos, mas as relações entre eles, sempre
reconstruídas no movimento da história.
Syryczyk, E. F. 64
13. O conceito de Ensino Médio Integrado
Uma realidade conjunturalmente adversa historicamente
leva jovens a não concluir seus estudos, apenas geral na
Educação Básica. E ao concluírem por reflexo da estratificação
social não mais podem dedicar-se a formação técnica. O que
resulta em ...
Syryczyk, E. F. 65
14. Trabalho e Tempo livre
Já imaginou passar a vida fazendo só o que gosta? Mas e daí, viveria do quê?
Sonhos? Se a gente pensar no trabalho como um fardo, a situação realmente parece
impossível. Mas e se o trabalho, o lazer e o estudo começassem a se misturar em
nossas vidas de tal forma que não desse mais para diferenciar uma coisa da outra?
Essa é a proposta de Domenico De Masi, sociólogo italiano da Universidade La
Sapienza, de Roma. Ele ficou famoso por defender a idéia de que é hora de as
pessoas cultivarem o ócio criativo para uma nova era. Utopia? Não. Cada vez mais
gente e empresas aderem aos seus conceitos e se tornam mais felizes e produtivas.
De acordo com o sociólogo, o ócio criativo é uma arte que se aprende e se aperfeiçoa
com o tempo e com o exercício. É necessário reconhecer que o trabalho não é tudo
na vida e que existem outros grandes valores: o estudo para produzir saber; a
diversão para produzir alegria; o sexo para produzir prazer; a família para produzir
solidariedade etc. Nenhum progresso, porém, acontece automaticamente, é
necessário criar um movimento de opinião e depois um grupo de luta para colocar em
prática idéias inovadoras como essas. O caso é que, em todo o mundo, a economia
convencional se baseia na forma de trabalho como o que conhecemos hoje. Será que
seria preciso, primeiro, acontecer uma mudança no sistema econômico para criar o
ambiente propício à concretização de idéias como as de Domenico De Masi? Ele
acredita que as mudanças estruturais e culturais se influenciam entre si e espera que
a difusão de suas idéias consiga formar um grupo crítico de pessoas dispostas a
mudar realmente o seu modelo de vida e lutar para conquistar a felicidade.
Syryczyk, E. F. 66
15 Plano de avaliação
1- Os dados relacionados em categorias após estudados devem gerar um
seminário sobre a importância de cada categoria para a EPT.
Syryczyk, E. F. 67