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“objetividade nas ciências da sociedade não pode consistir no estreito molde do modelo científico-
natural e que, ao contrário do que pretende o positivismo
em suas múltiplas variantes, todo conhecimento e interpretação
da realidade social estão ligados, direta ou indiretamente, a uma
das grandes visões sociais de mundo, a uma perspectiva global
socialmente condicionada, isto é, o que Pierre Bourdieu denomina,
numa expressão feliz, “as categorias de pensamento impensadas
que delimitam o pensável e predeterminam o pensamento” (p. 13-14)
Escapa a eles a autocrítica, perceber que também estavam submetidos a interesses sociais.
“Fé ingenua do pensador iluminista”.
**** luta dos “produtores” (tanto os empresários quanto os operários) contra os parasitas, os
“sanguessugas” clericais-feudais da Restauração.
Junta empresários e operários contra parasitas
Termina por fundar o novo cristianismo (séc. XIX), já no campo do socialismo utópico.
“Primeira
mente, discípulo de Condorcet e de S. Simon, Comte irá romper
com um discurso cuja carga crítica e “negativa” lhe parece
ultrapassada e perigosa.’”
(lembrei do povo que chama posturas como a minha de radicais demais). Feminismo, antirracismo,
infância sem telas…
escola positivista moderna nas ciências sociais.
*** Comte falando do Condorcet, diz que ele era impedido de ver leis sociológicas por seu
Preconceitos Revolucionários!!! Apropriação do termo “preconceito”, que estava no âmbito
crítico, assim como no termo “ideologia de gênero”.
Conservador não no sentido de restaurar o absolutismo, mas de instaurar uma Nova Ordem, a
Industrial. Contendo o PROGRESSO (desenv industr e ciência).
*** Se a lei é natural (necessário, inevitável), bastaria aceitar, e não haveria necessidade de
respeitar e reforçar, certo?
“sábia resignação”.
“a semente
do positivismo comtiano, sua pesquisa metodológica, estava destinada a tornar-se
— de maneira direta ou indireta, aberta ou
encoberta, substancial ou diluída, total ou parcial, reconhecida ou
não — um dos pilares da ciência universitária (ou institucional)
moderna, até hoje.” (p. 26).
A sociedade é, da mesma
forma que um ser vivo, “um sistema de órgãos diferentes no
qual cada um tem um papel particular”;
*** Meritocracia: Sistema de órgãos. Cada um ocupa esse lugar de maneira natural, regido por leis
(competência). Privilégio como fenômeno normal ***
* darwinismo social ( e o modelo social darwinista da sobrevivência dos mais aptos se confundem
em Durkheim)
* Durkheim X Comte *
"Durkheim, em contrapartida, sugeriu a observação das várias sociedades, não como pertencentes a
uma evolução que desemboca no mesmo lugar, mas como espécies distintas de um organismo "
* Conservadorismo*
Conservadorismo na própria concepção de método: positivismo como lente. Legitimar
constantemente a ordem (burguesa) estabelecida.
*** Lembra a discussão sobre ser conservador nos costumes e liberal na economia. ***
* * *
Eurocentrismo: quem está numa situação de privilégio pode ser sereno todo o tempo. Modelo
eurocêntrico (homem branco hétero de elite) de discurso. Como se pode falar? Mansamente,
polidamente, sem paixões, sem afetações. Forma mais legítima de discurso, de falar.
“a meio caminho
entre o desconhecimento da determinação social do pensamento
sociológico pelos discípulos de Durkheim e sua integral aceitação
pelos marxistas”
Sua ideologia não é socialista nem liberal: é a ideologia do racionalismo (crítico??) como salvadora
de TODOS (indistintamente??),
“crença cristã na
fraternidade de todos os homens” e a “fé na unidade racional
do homem”, destinadas a servir de fundamento à “perspectiva
científica” de “nossa civilização ocidental”.
*** A noção de realidade como baliza para afiançar a cientificidade já não é, em si, um traço
positivista importante, já que a definição da realidade mais real é guiada por valores e
prenoções? ***
Objetividade institucional:
Objetividade científica e a crítica:
Instituições sociais, os laboratórios, as publicações e congressos científicos”
2) Divergências mais facilmente aplainadas nas ciências naturais do que nas ciências sociais.
Controvérsias.
Positivismo em Popper: particularidade das ciências sociais como um “atraso” com relação às
ciências da natureza que será em breve superado é um lugar-comum do positivismo. AINDA não.
Reconhece que:
A ausência de um tal debate [método público], o
enfraquecimento ou a interdição da crítica não podem senão
conduzir, de forma inexorável, à esterilização do pensamento
científico, ao dogmatismo, ao obscurantismo e/ou à unidimensio-
nalidade: poderiam ser multiplicados os exemplos!
*** Mas isso não quer dizer que tal debate público garanta uma objetividade científica suficiente
para dizer que não há condicionamentos de classe, de valores…***
2) Seleção natural dos erros e acertos (vai ficando o conhecimento mais “Certo”).
“tentativas de soluções e eliminação do erro”
O MARXISMO OU O DESAFIO DO “PRINCÍPIO DA CARRUAGEM”
Marxistas positivistas na medida em que considerem ser A ciência social objetiva, sem
determinação social.
Michael lowy coloca a contradiçao CIÊNCIA e IDEOLOGIA (no conhec social) (ou articulação).
TESE.
Corte epistemológico entre ciência e ideologia.
Ver: 18 brumário, ideologia e superestrutura.
* Ideologia
(mentira deliberada, má-fé (vulgares) + também ilusões (clássicos))
- “limites da razão (Kant?)
* Apologética
é a disciplina teológica própria de uma certa religião que se propõe a demonstrar a verdade da
própria doutrina, defendendo-a de teses contrárias. Esta palavra deriva-se do deus grego Apolo.
Ciência vulgar seria interessada/eira e apologética.
*** *** *** Poder-se-ia dizer que a mudança da percepção só seria possível com a
mudança da estrutura, por causa do condicionamento que esta exerce
sobre aquela. Tal afirmação, tomada de um ponto de vista
acriticamente rigoroso, pode levar a interpretações mecanicistas
das relações percepção-mundo. [...] A mudança de percepção da
realidade pode dar-se “antes” da sua transformação, se se excluir do
termo “antes” o significado de dimensão estática do tempo, com que
se pode apelidar a consciência ingênua (FREIRE, 2013 [1979], p. 50,
grifos nossos).
Educação e mudança. [1979]. 12a ed. Rio de Janeiro: Paz e Terra, 2013.*** *** ***
* O papel da história
*** É curioso o marxismo positivista (mesmo no ortodoxo) dizer que a teoria marxista seria ainda
mais adequada se Marx tivesse conseguido se colocar acima da luta de classes, de forma imparcial.”
***
*“Boa vontade,
Esforço.”*
*AUTOCRÍTICA FEMININA
“ela não hesita em aplicar o marxismo a si mesmo.”
* ESTRUTURA e CIÊNCIA
# Lenin
de acordo com Lenin, “em uma sociedade fundada na
luta de classes, não poderia haver ciência ‘imparcial’ (123)
* interseccionalidade
*** ** ** Da mesma maneira, em uma sociedade racista, não pode haver ciência imparcial nesse
sentido, que não seja nem eurocêntrica nem antirracista. **
** Da mesma maneira, em uma sociedade sexista, não pode haver ciência imparcial nesse sentido,
que não seja nem sexista nem antissexista. Ou eu sigo em uma direção antissexista ou faço
ciência sexista.** ** *** **
***
ciência e socialismo (que ele designa como “ideologia” no sentido amplo de doutrina ligada a um
ponto de vista social)
julgamento de fato e julgamento de valor,
* perda do PRIVILÉGIO
* Consciência DE CLASSE
“reação racional adequada que corresponde à sua situação
objetiva.”
* GRAMSCI
“toda
sociologia pressupõe uma filosofia, uma concepção de mundo,
da qual é um fragmento subordinado” .*'
*** Daí a importância de em nossos textos localizarmos a visão de mundo à qual tal conhecimento
está subordinado, localizar ideologicamente, epistemologicamente, metodologicamente. ***
* Goldmann
a tese central e constitutiva da
sociologia do conhecimento é que a estrutura categorial da consciência
do pesquisador é um fato social que se relaciona com as aspirações
e interesses dos diferentes grupos sociais.
Horkheimer:
“apologia contemporânea de uma ciência
“livre de julgamentos de valor” não é senão uma tentativa de
reduzir a reflexão teórica a um humilde criado completamente a
serviço dos objetivos institucionais da sociedade industrial.
*** A discussão sobre verdades universais: na escola de Frankfurt, a teoria crítica permite
reconhecer a determinação social até de discursos marxistas. Mas ao dizer que cada grupo social
determinado pode conceber uma forma de pensamento, levaria a um RELATIVISMO. Pra Hork. é
importante definir fatos e verdades.
Esse problema pode ter a ver com o que Alyne Costa (Latour) vai chamar de VERDADES
SUFICIENTES
O Antropoceno – a nova época geológica em que os processos ecológicos do planeta vêm sendo
gravemente impactados pelas atividades industriais – nos coloca numa contradição à primeira vista
insolúvel no que diz respeito à relação entre verdade, ciência e política. Por um lado, há a premente
necessidade de reconhecer como legítimas as “verdades dos outros”, isto é, as diversas maneiras por
meio das quais povos não ocidentais expressam seu pertencimento ao mundo, incluindo seus modos
próprios, não “científicos”, de perceber a atual dessincronização dos ciclos da Terra. Por outro, não
devemos aceitar a verdade que certos outros reivindicam: refiro-me aos negacionistas climáticos, os
quais, a despeito das evidências do caráter antropogênico das mudanças climáticas, negam
veementemente o problema, confundindo a opinião pública e obstruindo a ação política que ajudaria
a frear seus efeitos. Assim, o que fazer dessa aparente incoerência que nos faz, por um lado, afirmar
a “verdade do relativo” e, por outro, recusar relativizações da “verdade inconveniente” das
mudanças climáticas? É possível estabelecer uma concepção de verdade que permita conciliar esses
dois imperativos cosmopolíticos cruciais de nossa época? O presente artigo busca inspiração no
pragmatismo de William James para propor um relativismo consequente capaz de abrir espaço ao
que proponho chamar de “verdade suficiente”.
* Consciência de classe
Se uma situação revolucionária é dada, apenas a classe que está
consciente de sua posição histórica pode sabê-lo”
* Critério de verdade
critério
ou uma instância para julgar a validade ou a verdade de uma
proposição teórica. É aqui que aparece a nova problemática: para
ele, este critério é o valor do objetivo social que está no coração
de uma teoria: por exemplo, no caso do marxismo, “a evidente
superioridade de valor (Hôherwertigkeit) do ‘modo de vida’
(Lebensordnung) socialista com relação ao capitalista” é a garantia
última para a verdade da teoria.
(proposição tipicamente RACIONALISTA)
“A situação factual do capitalismo não é uma questão de
crise econômica ou política, mas de uma catástrofe da essência
humana”
ADORNO
Lowy:
Inevitavelmente, se coloca a
questão: de onde vem a consciência “verdadeira” (ou o conhe
cimento objetivo)? E ele totalmente independente das classes
sociais e de suas visões de mundo? Sua produção não tem
relações com as contradições sociais?
Ponto Principal_
razão crítica e de essência
socialmente desenraizada, abstrata.
“E isso porque a verdade é para o proletariado uma arma indispensável à sua
auto-emancipação. As classes dominantes, a burguesia (e também
a burocracia, em um outro contexto) têm necessidade de mentiras
e ilusões para manter seu poder. Ele, o proletariado, tem necessidade de verdade...