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Hanh
Ouvimos com um só objetivo; não escutamos para criticar, culpar, corrigir a pessoa
que está falando ou condená-la. Só escutamos com um objetivo, e este é aliviar o
sofrimento daquele a quem estamos escutando. Temos que nos sentar quietos,
temos que nos sentar com liberdade interior, e temos que estar cem por cento
presentes, corpo e mente, e escutar de modo que o outro ou a outra possa aliviar
seu sofrimento.
Se a outra pessoa diz coisas que não são certas, que são percepções erradas,
podemos ter o desejo de responder, dizer, “Isso está errado!” e discutir com ela.
Mas não devemos fazer isso – temos que nos sentar e escutar. Se pudermos nos
sentar durante uma hora, esta será uma hora de ouro. Aquela hora será uma hora
que pode curar e transformar.
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https://vidaplenaebemestar.com.br/amor/thich-nhat-hanh-fala-amorosa-e-escuta-
profunda
Quando escutares outra pessoa, não escutes apenas com a tua mente, escuta
com o teu corpo todo. Sente o campo de energia do teu corpo interior enquanto
escutas. Isso afastará a tua atenção do pensar e criará um espaço de quietação
que te permitirá escutares verdadeiramente sem que a tua mente interfira.
Estarás a dar espaço à outra pessoa - espaço para ser. É a prenda mais valiosa
que podes oferecer. A grande maioria das pessoas não sabe escutar porque a
maior parte da sua atenção é tomada pelo pensar. Prestam-lhe mais atenção do
que àquilo que a outra pessoa está a dizer, e absolutamente nenhuma ao que
realmente interessa: o Ser da outra pessoa por baixo das palavras e da mente. É
evidente que tu não podes sentir o Ser de alguém exceto através do teu próprio
Ser. Isto é o princípio da compreensão da unicidade, que é amor. Ao nível mais
profundo do Ser, tu és uno com tudo o que é.
Parafraseio o Alberto Caeiro: “Não é bastante ter ouvidos para ouvir o que é dito; é
preciso também que haja silêncio dentro da alma”. Daí a dificuldade: a gente não
aguenta ouvir o que o outro diz sem logo dar um palpite melhor, sem misturar o
que ele diz com aquilo que a gente tem a dizer…
Tenho um velho amigo, Jovelino, que se mudou para os Estados Unidos estimulado
pela revolução de 64. Contou-me de sua experiência com os índios. Reunidos os
participantes, ninguém fala. Há um longo, longo silêncio. (Os pianistas, antes de
iniciar o concerto, diante do piano, ficam assentados em silêncio, abrindo vazios de
silêncio, expulsando todas as ideias estranhas). Todos em silêncio, à espera do
pensamento essencial.
Para mim, Deus é isto: a beleza que se ouve no silêncio. Daí a importância de saber
ouvir os outros: a beleza mora lá também. Comunhão é quando a beleza do outro e
a beleza da gente se juntam num contraponto. Ouçamos os clamores dos famintos
e dos despossuídos de humanidade que teimamos a não ver nem ouvir. É tempo
de renovar, se mais não fosse, a nós mesmos e assim nos tornarmos seres humanos
melhores, para o bem de cada um de nós.
É chegado o momento, não temos mais o que esperar. Ouçamos o humano que
habita em cada um de nós e clama pela nossa humanidade, pela nossa
solidariedade, que teima em nos falar e nos fazer ver o outro que dá sentido e é a
razão do nosso existir, sem o qual não somos e jamais seremos humanos na
expressão da palavra.
ttp://amominhaidade.com.br/saude/texto-de-rubens-alves-a-escutatoria-que-traz-
uma-visao-sabia-e-muito-pertinente-para-os-dias-de-hoje-sobre-a-arte-de-
escutar/
https://leiturinha.com.br/blog/a-comunicacao-nao-violenta-ajudando-na-relacao-entre-
pais-e-filhos/
https://www.institutocnvb.com.br/paznasescolas
https://novaescola.org.br/conteudo/18280/comunicacao-nao-violenta-o-que-e-como-
aplica-la-no-dia-a-dia-escolar
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Procurem ler os textos, ver os vídeos desta semana antes de realizarem as práticas,
ou ao longo da semana, mas não deixem de ver, pois aprofunda o sentido do
processo da semana 9.
1- Práticas formais:
Retomar essa prática é muito importante. Ela por si só pode ser uma prática formal
de mindfulness. Após essa prática, procure ficar um tempo descansando a
consciência na respiração natural. Procure dessa vez perceber o som da sua
respiração. Trabalhando a escuta de si. Postarei aqui o vídeo novamente:
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https://drive.google.com/file/d/1lglMckhSfAx-KuX9nIcW1oed60RNZCMA/view?
usp=drivesdk
Alternar essas práticas com outras escolhidas por vocês. Procurem rever as práticas
que já demos e escolham uma que vocês fizeram pouco ou que precisam
compreender mais, ou que vocês se identificam mais. Fiquem à vontade para
escolher. Um dia faz a nove sopros, no outro a prática com os sons, depois uma
prática de sua escolha, depois a prática com os sons novamente, depois uma de
sua escolha...
2 - Prática Informal:
Só três respirações
Lembrete:
Escreva número "3" em vários papeizinhos e espalhe-os pelos ambientes onde você
circula. Ou então desenhe uma pessoa com um balão de pensamento vazio acima
da cabeça. Ajustar um alarme ou celular para tocar a intervalos irregulares ao longo
do dia também pode ajudar.
3- Mudança de Hábito:
Procure abrir a escuta compassiva com o outro. Seja com alguém que esteja perto
de você em casa, seja com alguém que esteja falando em um vídeo... Por um
momento, procure silenciar as vozes interiorres e apenas escute sem julgamentos.
Procure sentir seu corpo, sentir a sua presença para escutar em paz.
Aviso importante!
Barema:
Prazo de entrega: a partir do dia 16/8 até dia 17/8. Quem não conseguir
compartilhar até este dia, pode compartilhar depois.
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Só três respirações
Exercício: No decorrer do dia, dê um breve descanso à mente, quantas vezes
puder. Durante três respirações, peça às vozes interiores que silenciem. É como
desligar o rádio ou a tevê interior por alguns minutos. Em seguida abra todos os
sentidos e fique consciente de apenas cor, som, toque e cheiro.
O exercício simples de três respirações pode ser um alívio. Pode interromper essa
espécie de espiral descendente e renovar a prática. Pedimos à mente que descanse
um pouco, que fique completamente quieta durante apenas três respirações, Como
dificilmente se perde a conta de três respirações, podemos desfrutá-las. Após fazer
três respirações, deixe a mente se soltar um pouco, depois focalize a atenção dela
novamente em três respirações. À medida que a mente descansa cada vez mais, no
momento presente, ela se aquieta naturalmente. Então, sem esforço, podemos ficar
presentes por outras três respirações, e depois por ainda mais outras três, até
conseguirmos sentar com a consciência relaxada, aberta (ver página 223 a 226,
sobre meditação sentada).
Ensinamento: A mente não descansa nem durante a noite. Ela cria sonhos e
processa o material diurno não digerido. Tanta atividade, tantas opções e
possibilidades deixam a mente confusa, exausta. Assim, como o corpo precisa de
descanso regular, o mesmo acontece com a mente.
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