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A) SOCIOLOGIA DO DIREITO
Platão explica a sociedade a partir dos fenômenos sociais. A sociedade é medida por ela
mesma. Não há homem justo numa sociedade injusta, de modo que se a sociedade for
injusta, todos os membros que a compõe também o serão (vínculo indissolúvel entre
sociedade e indivíduos). É uma perspectiva molecular, e não atomizada como a dos
modernos, que faz uma separação entre indivíduo e sociedade. Na sociedade platônica,
todos devem ser responsabilizar por todos.
Platão afirma que o mais sábio deve governar, e por isso é criticado pelos modernos por
ser autoritário, determinista. De qualquer modo, o ponto de destaque da sua sociologia é
que deve ser dado primazia ao todo em relação à parte.
Santo Agostinho trabalha com uma distinção entre o mundo de Deus (céu) e o mundo
dos homens (terra). A Terra e a vida social são eivadas de corrupção, oriundas do
pecado original (Adão e Eva), de modo que não se pode esperar plenitude de virtudes ou
de justiça na sociedade, pois os homens são pecadores. Nesse ponto, Agostinho já
indica uma virada, pois a sociedade será analisada a partir dos atributos dos homens
pecadores (foco na característica individual).
Absolutismo
Hobbes, em “O Leviatã”, reflete sobre o Estado, concluindo que ele seria fundamental
para apaziguar os conflitos entre os homens que seriam maus por natureza (o homem é
o lobo do homem). O Estado teria um Poder Absoluto nas mãos do soberano para
garantir a segurança dos indivíduos, que renunciaram, no pacto social, a parcela de sua
liberdade. Note-se que a ideia de Estado de Natureza é bem distinta do pensamento
aristotélico, pois no estado de natureza de Hobbes os homens viveriam de forma
isolada, o que gerava muitos riscos, até que concordam em se reunir e formar uma
sociedade através do contrato social. A sociedade, assim, seria artificial, criada após o
homem. Já para Aristóteles, o homem seria um animal social, que já nasce no seio da
sociedade e dela depende para subsistir.
O contrato social é uma ficção para explicar a sociedade.
Antes, o Estado Absolutista tinha fundamento no poder divino, mas a teoria do contrato
social lhe dá substrato racional.
Iluminismo
Os burgueses, que antes apoiaram o absolutismo como uma forma de acabar com os
problemas feudais, passaram a perceber que a sua manutenção não mais era
interessante, pois o Estado Absolutista conferia privilégio à nobreza e ao clero. O
Absolutismo ainda era fundado na teologia, pois o monarca era considerado o
mandatário de Deus.
Os iluministas pregam a superação da teologia pela razão. Mas essa razão não é prática,
mas sim metafísica, pois seria individualista e eterna.
Contratualismo
O contratualismo de Hobbes justifica o poder absolutista, já que pelo contrato social os
homens lhe outorgaram poderes para que imponha a ordem e acabe a guerra de todos
contra todos que vigia no estado de natureza.
O contratualismo de Locke (destaque para a propriedade privada) e Kant têm nítido viés
capitalista e era voltado para acabar com o Absolutismo, pois neste modelo o Estado já
não respeitava nem garantia os interesses da burguesia.
O contratualismo de Rousseau já continha remorsos, de modo que é elogiada por
Alysson Mascaro. Para Rousseau, a proposta de contrato social não é descritiva, mas
propositiva. O indivíduo deve encontrar no Estado a concretização do seu próprio
interesse e do interesse de todos. Essa ideia de vontade geral (interesse de todos) faz
com que o Estado não possa ser apropriado pelas vontades do soberano ou de uma
classe. Rousseau mais democrata que liberal, tanto que critica até mesmo o
individualismo da propriedade privada.
Em suma, o pensamento burguês moderno, iluminista, não consegue escapar do
caminho metafísico da análise da sociedade.
2. A. Comte e E. Durkheim.
Auguste Comte
Quanto mais primitivo o pensamento, mais ligado a teologia ele estava. Quanto mais
avançado, mais estaria incorporado à ciência, aos dados da realidade.
Comte entende que a sociologia foi a ciência que nasceu por último e é a mais
importante das ciências, pois lida com o todo, enquanto as demais fazem recortes
específicos.
Comte trata de duas partes importantes da sociologia, uma estática e outra dinâmica. A
estática observa fenômenos invariáveis, constantes de todos os grupos sociais, como a
família e a religião. A dinâmica trata da evolução das sociedades, observando suas
alterações. Da estática vem o conhecimento da ordem. Da dinâmica viria o progresso. O
lema “ordem e progresso”, assim, encerra o fundamental do pensamento de Comte
sobre a sociologia.
Emile Durkheim
Para Durkheim, com a inspiração das ideias de Comte, a sociologia deve ser pensada a
partir da própria sociedade.
Durkheim buscava entender, em especial, as causas pelas quais ocorria a coesão social,
investigando as causas da solidariedade, para explicar a estabilidade social (perspectiva
do consenso, na coesão, ao contrário da perspectiva adotada por Weber e Marx, que
focavam na dominação social, no conflito).
A primeira questão colocada por DURKHEIM é que a Sociologia não está presa apenas
ao factual, mas também é capaz de estudar valores, ligados à moral social, captando a
objetividade de sentido dos valores que coordenam a sociedade.
DURKHEIM afiram que a vida social possui valores e moral objetivas. A moral
objetiva é formada por representações coletivas, que transcendem a simples soma de
representações individuais. A moral objetiva é referência comum para todos os
indivíduos, mas estes mantém algum grau de moral subjetiva. O grande determinador de
comportamentos sociais é a moral coletiva.
A moral coletiva, além de um dever, é um desejo. A sociedade deseja a moralização,
pois ela contribui para o adequado modo de vida.
A sociologia deve captar o ideal valorativo da sociedade, a moral coletiva, da sociedade.
O sociológico pode ser capaz de descrever as representações sociais.
DURKHEIM é importante no sentido de revelar uma ideia de moral coletiva, que
influencia o indivíduo, e oferta a noção de representação social.
A vida individual e a vida coletiva são feitas de representações. O coletivo não é a mera
somatória da soma dos individuais. As representações coletivas são exteriores ás
consciências individuais. As formas de agir e pensar são obras do indivíduo, mas elas
emanam de uma força maior que é a vida coletiva. DURKHEIM propõe uma sociologia
do coletivo.
A moral não é apenas um dever, mas também é um bem, um desejo social. Para
DURKHEIM o bem e o dever são as características de todo ato moral. Devemos
obedecer as regras morais porque ela nos ligam a fins que acreditamos desejáveis e
bons. A sociedade transcende ao indivíduo, sendo uma autoridade moral, que
impõe que os indivíduos se curvem e respeitem as ordens prescritas pela sociedade.
A moral objetiva consiste num conjunto de regras que forma a moral do grupo. A
moral subjetiva é como cada indivíduo capta a moral do grupo para si. A
individualidade aparece quando o sujeito é imoral, distinguindo-se da moral do
grupo.
O valor pode ser uma realidade. DURKHEIM revive uma tradição de que os valores
seriam uma realidade porque presentes no cotidiano. Podem não ser objetos materiais,
mas são objetos espirituais, ideias, que uma vez captados nas representações socais,
podem ser passíveis de comunicação e conhecimento.
A conclusão é que a sociologia positiva, para DURKHEIM, diz que não é apenas o
empírico que é passível de leitura sociológica. A sociologia pode se abrir aos estudos
da moralidade, dos valores, ideias espirituais. É possível uma ciência dos valores
sociais (ex: institutos de pesquisa eleitoral). Leitura das representações sociais.
3. Max Weber.
Os políticos é aquele que aponta caminho, propõe novos modelos, faz juízos de valor, e
trabalha no campo do “dever-ser”.
Weber pregava essa separação entre ciência e política, propondo uma reflexão pura da
ciência sociológica (tal como Kant que acreditava numa reflexão filosófica pura). Em
sentido contrário, Comte e Marx entendiam que o cientista da sociologia analisava a
realidade e já tomava partido sobre ela.
Weber também adota uma linha de raciocínio contrária aos demais sociólogos do seu
tempo. Ele diz que a sociologia não analisa a sociedade, mas sim a ação dos indivíduos
(individualismo metodológico weberiano). Parte do indivíduo (através das ações
individuais que se repetem) para chegar à sociedade, e não o contrário.
Durkheim trabalha com ação social; Weber com ação individual. A sociologia de Weber
é compreensiva, ao passo que a sociologia de Marx é propositiva, crítica,
revolucionária.
Para Weber, a Racionalidade é uma equação dinâmica entre meios e fins. A ciência
traz clareza ao pensamento, para a escolha dos métodos que guiarão as escolhas. A
política escolhe os fins, colhendo da ciência os meios para se chegar a esses fins.
Toda ação humana pressupõe escolhas, com metas e valores. A ciência fornece recursos
para verificar a eficiência entre os meios e os fins. A ação deve ser responsável, e as
consequências da ação, posteriormente, legitimam os meios. A ação política racional
deve se preocupar com as consequências (ética da responsabilidade).
Para Weber, as condições necessárias para o funcionamento do Estado Moderno estão
no equilíbrio entre o conhecimento científico e a ação deu ma política responsável. O
Estado moderno legitima o uso da força e da violência por meio da legalidade, da
democracia, de um aparato burocrático que cria ritos e procedimentos que estabilizam
as decisões.
Ciência como conhecimento objetivo. Não há objetividade pura (sempre haverá
escolhas subjetivas), mas o cientista pode se afastar da sua própria subjetividade na
escolha do método. Quanto mais fiel ao método, à observação, à ciência mais próximos
da objetividade estaremos.
Estado e Dominação
Weber distingue a dominação em tradicional (costume), carismática (herói) e legal. A
dominação legal é adotada no Estado Contemporaneo, do domínio da legalidade, da
burocracia.
A burocratização
A burocracia organiza a sociedade, mas traz consequências tanto boas quanto ruins. A
maioria das consequências são boas, pois a burocracia impessoaliza o exercício do
poder, impessoaliza a administração pública. A consequência ruim é que a
burocratização do Estado, levada às últimas cosnequencias, tira a dinâmica do viver, tira
a criatividade.
Os tipos de dominação acima elencados são “tipos ideais”, que, na prática, não se
verificam de forma pura. Ex: Chaves exercia dominação carismática (“herói
bolivariano”), mas também tinha aspectos de dominação tradicional (histórico
centralizados dos governos da américa latina) e dominação legal (segundo o Direito que
criava). Mas nos Estados Contemporâneo, o que prevalece é a dominação legal.
Weber adverte que a denominação legal, com base na burocracia, permite uma gestão
impessoal da qualidade de vida, aliada à ética da responsabilidade.
O homem político deve ter qualidades básicas: paixão (sem ela, nada é feito), senso de
responsabilidade (valoração das consequências) e senso de proporção (equilíbrio).
O homem que vive PARA a política sabe que a sociedade deve subsidiar a atividade
política e partidária. Age com ética da responsabilidade, sem abandonar seus princípios,
equilibrando-as. Ele privilegia a burocratização para extrair as consequências boas,
evitando as ruins. A razão é um equilíbrio, uma vocação, um instrumento de tomada de
decisão. O Estado democrático, racionalizado, burocrático, pautado na dominação legal,
é o ideal segundo Weber.
4. Hegel e Marx.
O método dialético de Hegel, usado por Marx, tem o grande mérito de deixar de buscar
compreender as contradições da sociedade de modo estático, como se estas fossem
eternas. Pelo contrário, as contradições são históricas, variáveis.
A diferença entre o pensamento de Marx e Hegel é a seguinte: ambos usam o método
dialético, mas Hegel buscava captar as contradições do pensamento, das ideias, para
depois entender como se davam na realidade. A dialética de Hegel era, assim, uma
dialética idealista. Já em Marx, a dialética é concreta, real, deve buscar as contradições
nas oposições efetivas da sociedade, e somente depois é que veremos que essas
oposições reais se desdobram no campo das ideais. A dialética marxista é material
(MATERIALISMO HISTÓRICO), e a de Hegel é idealista.
Marx afirma que Hegel está certo ao analisar a sociedade a partir da história, através do
método dialético, observando os conflitos. Mas Marx apontará que o erro de Hegel está
em afirmar que o conflito, primeiramente, aparece no nosso entendimento, na razão, e
só depois se transforma em realidade. Para Marx é o contrário, pois primeiro o conflito
surge na realidade e depois as pessoas o entendem racionalmente.
Marx diz que as grandes contradições sociais devem ser encontradas no nível produtivo
da sociedade, nas RELAÇÕES DE PRODUÇÃO.
Sobre o Direito, Marx entende que este, como fenômeno estrutural específico da
sociedade, só se verifica na sociedade capitalista. Nos modos de produção pré-
capitalistas, o senhor dominava o escravo pelo uso da força; o senhor feudal dominava o
servo pela propriedade imutável da terra; já no capitalismo, a dominação é indireta e
ocorre através do Estado de Direito.
A comunicação deve ser o mais democrática possível, isenta de dominação, para que os
consensos sejam democráticos.
A teoria do agir comunicativo, que aponta ao consenso racional, revela que Habermas
maduro resgata Kant, e se coloca contrário à “pos-modernidade”. A pos-moderinidade
apregoa que as sociedades e os grupos têm variadas racionalidades, distintas,
fragmentadas e dispersas, havendo vários ambientes de cultura praticamente autônomos.
Ao contrário do pós-modernismo, Habermas diz que é preciso apontar a uma sociedade
mundial o mais idealizada possível, racionalizável, sem ceder às lógicas de grupos
desconectados entre si. É preciso uma lógica universal, um direito universal, um
caminho, pois alguma razão haverá de recobrir a todos (uma lei válida para todos, uma
ação válida para todos, uma verdade comum). A pos-modernidade vem para acentuar a
existência de racionalidades distintas e incomunicáveis entre os sujeitos, mas Habemas
combate essa ideia procurando um consenso comunicativo racional.
Aulas Mege:
HABERMAS
A teoria discursiva de Habermas não privilegia o direito formal, tampouco é uma teoria
de cunho material. Ela não se atém aos padrões estabelecidos, e propõe o que denomina
de “liberdade comunicativa”. O conteúdo, a regra de decisão, se legitima a posteriori,
depois que o procedimento cria as possibilidades de trocas de comunicações racionais
para o estabelecimento do direito que será aplicado.
Ex: as regras do edital devem ser rígido-flexíveis o suficiente para permitir que todo o
debate a priori que será realizado sobre o procedimento licitatório permite que se
construa um resultado de como a obra será feita, de maneira melhor do que se todos os
requisitos estivessem pré-estabelecidos no edital.
Assim, o resultado posterior, filtrado por uma ampla participação comunicacional de
todos os envolvidos torna a decisão mais legítima. Não existem seres clarividentes para,
a priori, definir o que deve ser feito, sobretudo numa sociedade complexa, em que os
valores são fluídos. O procedimento abre espaço para a participação comunicacional
(pluralista) e legitimadora da decisão e do posicionamento mais adequado. Trata-se da
teoria do discurso, segundo a qual cada um constrói seu discurso, participando do
procedimento democrático que legitima a tomada de decisão. A ética do diálogo
racional revela que Habermas defenda a existência de um valor procedimental.
RAYMOND ARON
Intelectual francês que viveu dos anos 30 aos anos 80 do século XX.
RAYMOND ARON entende que ser um liberal é ser um humilde, reconhecendo que a
vida é extremamente complicada, e que a única certeza que nos temos é que pela
liberdade podemos escolher os melhores caminhos possíveis para nossa vida.
O socialista já tem uma leitura pronta e acabada de mundo e, por isso, é um arrogante,
pois se acha detentor da verdade.
A razão instrumental envolve o método analítico. O homem sabe fazer robô, sabe fazer
bomba atômica, mas não sabe para quê. Sabe quantos pobres existem, quantos não têm
acesso à justiça, mas todo esse conhecimento não se levanta para a transformação.
Mas existem autores que guardam alguma relação com a Escola de Frankfurt, ainda que
distante, tendo viés marxista, mas são heterodoxos e não resignados, portando-se de
maneira crítica e revolucionária. Destacam-se Lukacs e Bloch.
Bloch trabalha com a ideia de utopia, enquanto sonho. Ele defende que existe uma
utopia concreta, que seriam meios e alternativas de transformação social. A dominação
nunca é absoluta e completa. Sempre existe uma possibilidade de transformação. A
sociedade capitalista de regras, mas esse direito é da propriedade privada, do
afastamento dos indivíduos. O mundo só será justo quando esse direito for
transformado, tratando os homens como irmãos. O socialismo é a meta da
transformação e da revolução da sociedade.
Mas com o desenvolvimento da sociologia brasileira, com Caio Prado Junior, Raimundo
Faoro, Fernando Henrique Cardoso, Celso Furtado, entre outros, passou-se a perceber
que aquela explicação era rasa.
Caio Prado Jr diz que desde o início o Brasil foi colonizado a partir de uma orientação
capitalista. Portugal, que foi o primeiro Estado Nacional já no século XVI, instalou no
Brasil uma colônia escravagista para a exploração de minerais e vegetais. O Brasil não
passou por uma estrutura feudal. Mas se o Brasil foi estruturado no sistema capitalista,
porque o Direito tem essas fissuras? Porque o capitalismo brasileiro é periférico,
pautado na escravidão.
O Brasil não teve uma Revolução Industrial. No Brasil o trabalho foi explorado não a
troco de uma remuneração vil (como no caso da Europa da Revolução Industrial), mas a
troco de nada (escravidão). A relação, assim, era entre capitalista-escravo, o que torna
ainda maior a dicotomia.
O Brasil não vivenciou o modelo feudal, porque neste a produção era destinada ao
próprio feudo e o servo ficava com o excedente para sua subsistência. No Brasil não,
porque praticamente toda a produção era voltada ao mercado externo, à metrópole, e a
mão-de-obra não tinha remuneração, eram negros e índios escravizados.
Como o capitalismo que se instaurou desde o Brasil-Colonia vertia sua produção para o
exterior (até porque, em se tratando de mão de obra escrava, praticamente não havia
mercado interno de consumo), nosso pais desde o início esteve em relação de
dependência com o mercado externo. Mais uma herança do capitalismo periférico,
marcado pela super-exploração.
Aulas Mege:
SOCIOLOGIA BRASILEIRA
CAIO PRADO e RAIMUNDO FAORO
CAIO PRADO diz que o direito colonial brasileiro não conheceu a diferença entre
Estado e certos direitos civis, pois tudo era Estado, tudo girava em torno dos interesses
do Estado. “Há um Estado mas não há um povo”. Há uma verdadeira
institucionalização da subordinação. Ser subordinado ao Estado é a principal
instituicionalização do Direito herdado das relações coloniais, e isso ainda não foi
modificado na era do capitalismo patrimonialista e oligopólico.