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Filosofia Geral do

Direito
Prova 3: da aula 13 à aula 16
Conteúdo: Karl Marx e Sartre.

1- KARL MARX
 Filósofo do sec 19
 Vive no contexto da RV. Industrial.
 Buscou interpretar e criticar o mundo capitalista.
 Ele dizia que a relação materialista era o que transformava a sociedade.
 Tenta entender as relações dentro do capitalismo, e não elaborar uma sociedade
socialista; ele critica muito mais o capitalismo.

MATERIALISMO HISTÓRICO E DIALÉTICO

 É uma das teorias de Marx.


 É a análise crua e real do que é o capitalismo.
 Não é uma crítica às pessoas.
 Diz que se deve analisar o sistema como ele se materializa de fato e não como é falado.
MATERIALISMO HISTÓRICO

 diz que TUDO tem uma história; sociedade=produção+consumo.


 PRODUÇÃO X CONSUMO; PRODUCIONISMO X CONSUMISMO
(sustentabilidade).
 A sociedade é CONSUMISTA ao invés de PRODUCIONISTA.
 Obsolescência programada: é uma das armas do capitalismo, é a programação de uma
vida útil para produtos, de forma que eles estraguem em determinado tempo e as
pessoas necessitem de um novo.
MATERIALISMO DIALÉTICO:

 A sociedade é baseada na relação materialista de produção, e essas relações são


contraditórias, assim, os trabalhadores devem transformar a sua realidade através da
LUTRA DE CLASSES.
 Para Marx, as relações de produção entre proletariados e patrão é o que define a
sociedade capitalista; é uma relação MATERIALISTA.
 Essa relação, para o Marques, é contraditória, pois os proletariados (vendem a força de
trabalho em troca de salário, é uma mercadoria) que trabalham muito e quem enriquece
é a burguesia (dono de tudo, detentor de todo poder), ou seja, é o que define uma
relação capitalista, quem tem mais e quem tem menos, quem tem que trabalhar para
sobreviver e quem só tem que mandar para viver.
 Quem te conhecimento, busca por salário justo.
 Os necessitados sem conhecimento trabalham por salário básico para sobreviver e não
para viver.
 Tudo gira em volta do LUCRO.
LUCRO -> DESEMPREGO -> EXÉRCITO DE RESERVA -> + VALIA
/ \
ABSOLUTA RELATIVA
/
MERCADO DE TRABALHO <- FETICHE DE MARCADORIA

 O mercado de trabalho gira em trono do desemprego.


 O desemprego para quem emprega é lucro.
 Ele propõe 2 conceitos: ESTRUTURA (ou INFRAESTRUTURA) E
SUPERESTRUTURA.
 ESTRUTURA: relação de produção entre os patrões e os trabalhadores.; é o que faz o
mundo capitalista desenvolver; são as coisas materiais.
 SUPERESTRUTURA: é o que está em volta da sociedade, como a CULTURA; é o que
é subjetivo.
 OBS: pra ele, a ESTRUTURA influencia a SUPERESTRUTURA.
 Tudo que é definido culturalmente é de acordo com a ESTRUTURA.
 As pessoas que estão inseridas nessa relação, devem se envolver na LUTA DE
CLASSES, e não podem aceitar serem menos valorizadas que um produto.
 Marx fala que suas AÇÕES transformam, você é o SUJEITO SOCIAL da ação.
 PRAXIS: transformação material da sociedade; a teoria deve ser seguida pela prática.
 Nós precisamos ter consciência que as relações que vivemos são contraditórias, se não a
gente não transforma, nós só aceitamos.
 CONCEITOS:
1- MAIS VALIA
 Trabalhadores vendem sua força de trabalho para as indústrias, mas não ficam com a
maior parte do lucro do que é produzido, pois essa maior parte (MAIS VALIA) fica
com o dono do meio de produção;
 As pessoas devem se conscientizar de que se eles parassem de produzir, o patrão para
enriquecer. Para conseguir essa conscientização temos que superar algumas coisas
como:
a- ALIENAÇÃO: quando o trabalhador está alheio ao seu papel na produção
capitalista, não se organizando para mudar a sua realidade, se
acomodando/alienando. O proletariado se preocupa em fazer só o seu serviço e
não tem consciência do trabalho final, então acaba sendo alienado de uma
esfera social.
 MAIS VALIA ABSOLUTA: é feita através o TERROR PSICOLÓGICO; “se você não
faz tem quem faça”; é a questão do EXERCITO DE RESERVA.
 MAIS VALIA RELATIVA: é feito o TERROR PSICOLÓGICO através da
TECNOLOGIA; “ou vocês trabalham como as máquinas ou trocaremos vocês por
elas”.
2- FETICHISMO DA MERCADORIA
 O capitalismo está se movendo em volta da mercadoria, da produção.
 Os produtos possuem VALOR DE USO (algo que por suas propriedades satisfaz as
necessidades humanas) e o VALOR DE TROCA (o que é medido pelo tempo de
trabalho que é utilizado para produzir a mercadoria).
 O valor de troca leva em consideração as relações sociais desse tênis; o produto só vai
ter valor para ser trocado quando a outra pessoa vê-lo e desejar usar e possuir a ponto de
trocar algo com você.
 Fetiche: é o valor agregado ao produto.
 Fetichismo da mercadoria: quando vemos a mercadoria final, não levamos em
consideração as relações metafísicas de produção envolvidas naquele produto; é como
se os objetos tivessem vida própria, como se surgissem sozinhos, sem as mãos
humanas; VOCÊ PAGA PELA MARCA E NÃO PELO PRODUTO; é a venda de
FANTASIAS.

 OBS: o mercado de trabalho é onde são negociados os seres humanos, onde são tratados
como MERCADORIA.

O CAPITAL

 Obra de Marx.
 Constituído de vários tombos (partes).
 Os 3 volumes constituem o conjunto da crítica da economia política.
 O capital não é DINHEIRO e sim a VIDA HUMANA.
 O problema não era precisar de coisas básicas para sobrevivência, e sim, PRIVATIZAR
tais coisas.
 Ele analisa a privatização de elementos essenciais.
 Necropolítica: a partir de decisões você acaba decidindo quem vive e quem morre; é um
modelo político; “alguém tem que respirar o ar poluído para que outras pessoas possam
respirar ar limpo”.
CAPITALISMO

 O capitalismo é um MODO DE PRODUÇÃO; é como uma sociedade se produz, se


mantém e presta seus serviços, ou seja, como as pessoas vivem.
 Veio após o feudalismo.
 Etimologia: capitalismo vem de chefe ou cabeça, quem define os rumos dos demais.
Logo, se sustenta pela DIVISÃO DE CLASSES. Ou seja, a manutenção de sua
estrutura depende daqueles que dominam os meios de produção e principalmente
daqueles que produzem.
 Ele é baseado na PROPRIEDADE PRIVADA DOS MEIOS DE PRODUÇÃO, que
geram ACUMULAÇÃO DE CAPITAIS.
 Capitalismo surgiu na EUROPA nos séc XII e XIII, com o renascimento urbano e
comercial, com o surgimento dos burgos, as primeiras cidades medievais, onde viviam
os burgueses, que se organizavam em Corporações de Ofícios. Os burgos se
desatrelaram dos feudos, conseguiram mais autonomia. DURANTE A ID. MÉDIA.
 Do séc XV ao XVIII chamamos o capitalismo de CAPITALISMO COMERCIAL, é a
1º FASE DO CAPITALISMO, que seria através do MERCANTILISMO, os Estados
Nacionais Modernos passam a acumular capital através do comércio, principalmente
com o Pacto Colonial, através da dominação de colônias na américa.
MERCANTILISMO TEM INTERVENÇÃO DIRETA DO ESTADO.
 O capitalismo é FLEXÍVEL, mantém a base na propriedade privada dos meios de
produção, na divisão das classes sociais e na acumulação de capitais, se transforma de
acordo com o tempo e as suas necessidades, se tornando CAPITALISMO
INDUSTRIAL e FINANCEIRO ao longo da história.

2- JEAN PAUL SARTRE


 FILOSOFIA EXISTENCIALISTA: surgiu no séc XIX, através de Kierkegaand e
Niestzsche, mas chegou no séc XX, através de Sartre; o existencialismo investiga a
essência humana sem romantizar “o que é o ser humano de fato”.
 Os filósofos existencialistas possuem DIFERENÇAS TEÓRICAS, mas o que os
aproxima é o foco de seus estudos nos seres humanos, em seus sentimentos e em suas
visões, enquanto seres individuais.
 Eles não tentam descobrir verdades, nem destinos e nem origem dos seus humanos, eles
FOCAM NO SENTIMENTO, NA VIDA COTIDIANA INDIVIDUAL, em questões
mais particulares, o que você sente por dentro.
CARACTERÍSTICAS:
 A concepção do ABSURDO (ausência de um propósito): que não há sentido no mundo
a ser encontrado além do significado que damos a ele; somos livres para tomar decisões,
nós seres humanos que damos sentido na vida, pois nós temos liberdade de escolha, nós
escolhemos em que lado queremos seguir a vida.
KIERKEGAARD
 Um dos filósofos.
 Era cristão, acreditava em Deus.
 Pai do existencialismo.
 O objeto de estudo parte do concreto, da nossa existência e não do abstrato.
 Diz que NÓS que damos sentido em nossa vida, mas acreditando em DEUS e tendo FÉ
podemos suprir todo o restante do vazio existente.
NIESTZSCHE
 É ateu.
 Diz que NÓS construímos DEUS, que é uma invenção humana, nós inventamos e
também matamos a própria concepção.
 Questionou a existência de DEUS e criticou o excesso de razão, que, por fim, nos levou
ao mundo caótico em que vivemos.
SARTRE
 Defende a democracia.
 Séc XX.
 Questiona qual o limite do ser humano.
 É empirista.
 O que mais propagou a filosofia existencialista.
 Definiu que “a existência precede a essência”, ou seja, o próprio SH define sua
essência, sua vida e não Deus, ou nenhuma outra forma preconcebida; você precisa
NASCER e VIVER para poder fazer suas escolhas e gera sua essência através da sua
LIBERDADE.
 Cada um responde pelos seus próprios atos; nossas escolhas podem causar
ANGÚSTIAS, pois podem afetar o mundo de maneira IRREVERSÍVEL.
 Os intelectuais deveriam desempenhar um papel ativo na sociedade, contribuindo para o
uso da nossa consciência e escolhas de forma adequada.
 Em sua obra “O SER E O NADA”, ele define duas formas de existência: O SER EM SI
(como objeto ou coisa, que é oco, não tem consciência) e o SER PARA SI (que é a
consciência).
 A LIBERDADE HUMANA é o sentimento do nada que experimentamos quando
estamos conscientes do que não somos, e isso nos torna conscientes da possibilidade de
escolher o que seremos no futuro. – A LIBERDADE SE ENCONTRA NA
PLURALIDADE DE POSSIBILIDADES FUTURAS.
 Sartre rejeita qualquer tipo de AUSÊNCIA DE CARÁTER POR
HEREDITARIEDADE OU VIVÊNCIA, ele refuta a ideia comum em estudos
psicológicos da ação pelo inconsciente, pois a nossa substancia (o que você é) vem das
escolhas, o que não significa que sabemos de tudo de nós mesmos.
 Agir de MÁ-FÉ aparece de 2 formas:
1- AGIR DE FORMA SUPERFICIAL se distanciando da angústia e da liberdade,
como um garçom, que faz tudo rápido e preciso, de forma desumana (automática),
sendo solícito para com o cliente; age de forma automática para fugir da ideia de
liberdade.
2- AGIR DE FORMA A ENGANAR a nós mesmos e aos outros ao prometermos algo
que sabemos que não iremos cumprir. Porém, só podemos agir de má-fé aqui, se
soubemos a verdade, para enganá-la, o que diferencia alguém que toma uma
decisão errada por não conhecer a verdade.
 A ANGÚSTIA é estar no estado de liberdade, no entanto, sem saber qual das
possibilidades escolher, pois a partir do momento que se tem uma escolha, tem uma
essência.
CONCEITOS:
LIBERDADE: acaba onde começa a do outro.
LIBERTINAGEM: nega a liberdade do outro; como se só importasse a dele; nega a existência
do outro.
ANGÚSTIA: A medida da angustia vai além da consciência, chega no âmbito na liberdade. Ex:
o depressivo deseja a depressão do outro. Deriva da tese: é difícil dar ao outro aquilo que não
recebi, que é para tanto o desamparo. A angustia é proporcional a liberdade e a sensação de
desamparo.
DESESPERO: envolve uma decisão que demanda tempo. Ex.: um carro dirigindo em uma
estrada de frente com um caminhão.
OBS: A grande problemática da liberdade é a maturidade, a qual envolve a responsabilidade de
responder pelos seus atos.
OBRAS:
O EXISTENCIALISMO É UM HUMANISMO
O SER E O NADA

 A obra questiona a necessidade de “ser alguma coisa”.


 Quando eu opto por não ser nada, eu posso ser tudo.
 A máxima da liberdade é: não ser nada.
 Ser ou não ser depende da própria responsabilidade de cada um.
NÁUSEA

 Nojentos: má fé – libertinos – renega a liberdade


 Trapaceiros: está no jogo, mas é livre, é uma personificação (Ex.: o professor
personificado como professor em sala, e pessoa lá fora).

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