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MARX: CRÍTICA AO ESTADO

CAPITALISTA
CAPÍTULO IV
Contextualizando...
É preciso deixar claro que antes de ser
um sociólogo, historiador, economista
Marx é, acima de tudo, um filósofo. É
um filósofo porque se empenhou em
explicar a realidade, tarefa
fundamental do exercício filosófico.
No entanto, Marx se empenhou em
explicar a realidade de um modo
diferente do que vinha sendo feito...
O idealismo alemão

Hegel foi o último grande filósofo


representante do idealismo
alemão, corrente filosófica que
fundamenta suas explicações da
realidade partindo de ideias.
O mundo material como princípio

Se contrapondo ao pensamento Não são as ideias que explicam o


idealista dominante, Marx tem por mundo, mas as condições
objetivo explicar a realidade não a materiais de vida das pessoas que
partir de ideias, mas a partir da determinam as ideias.
condição material de vida dos
indivíduos humanos.
Entendendo o materialismo
Bases do pensamento marxista
Materialismo histórico Materialismo dialético
Marx entende que no mundo Marx parte do pressuposto de
as sociedades humanas que toda mudança histórica
estabelecem suas relações com
base na produção material no plano material decorre do
realizada. Sendo assim, a processo dialético, um
estrutura econômica de uma processo que envolve
sociedade (infraestrutura) tem elementos contraditórios.
influência direta na estrutura
político-jurídica e ideológica
(superestrutura) da mesma.
Diferentes modos de produção material
De acordo com Marx, ao longo da história existiram diferentes formas de
produção material:
Primitiva: os homens se unem para enfrentar as dificuldades; não há
sentimento de posse.
Escravista: se estabelecem as ideias de exploração do homem pelo homem e
da propriedade privada.
Feudal: o servo trabalha para o senhor feudal, grande proprietário de terras.
Capitalista: o trabalhador vende sua força de trabalho ao detentor dos
meios de produção.
A sociedade de classes
Marx divide a sociedade capitalista do
seu tempo em duas classes sociais
antagônicas: burguesia e proletariado.

BURGUÊS

TRABALHADOR

Tarsila do Amaral, Operários - 1933.


A sociedade de classes
De acordo com a perspectiva de
divisão de classes marxista
entende-se burgueses e proletários
como:
Burgueses: os detentores dos
meios de produção.
Proletariado: trabalhadores que
vendem sua força de trabalho aos
burgueses.
A mais-valia e o fetichismo da mercadoria
Outros dois importantes conceitos da teoria
marxista são os conceitos de mais-valia e fetichismo
da mercadoria.

A mais-valia é o lucro a mais que o patrão tem sobre


o trabalho dos seus empregados sem
necessariamente dar uma contrapartida por ele. Ou
seja, um trabalhador que é contratado por oito
horas, ainda que em quatro horas já produza o
suficiente em relação ao seu salário, nada ganha
pelas outras quatro horas trabalhadas.

Em relação ao conceito de fetichismo da mercadoria,


Marx entende que no modo de produção capitalista
o indivíduo se aliena em relação àquilo que ele
produz. Nessa condição o trabalhador não possui
controle sobre o que ele cria através do seu trabalho.
A revolução proletária
Em sua teoria, Marx entende que a Em um segundo momento, a revolução
exploração do trabalhador na proletária possibilitaria o advento de
sociedade capitalista somente terá uma sociedade comunista (onde tudo é
fim quando houver uma ação comum a todos), na qual não existiria o
revolucionária por parte do Estado e a divisão de classes.
proletariado.
Em um primeiro momento, tal
revolução terá como objetivos
principais a supressão da
propriedade privada e a imposição
da ditadura do proletariado, o que
possibilitaria o advento de uma
sociedade socialista.

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