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O QUE É KEYNESIANISMO

O Keynesianismo é uma teoria econômica desenvolvida por John


Maynard Keynes durante a Grande Depressão, na década de 1930. Esta
teoria sugere que em momentos de recessão econômica, os governos devem
intervir ativamente na economia para estimular a demanda agregada e,
assim, promover o crescimento econômico e reduzir o desemprego.

Intervenção governamental: Os governos devem intervir na economia


através de políticas fiscais e monetárias para estabilizar a demanda
agregada. Isso pode ser feito por meio de gastos públicos, cortes de
impostos e manipulação das taxas de juros.

Demanda agregada: Keynes argumentou que a demanda agregada, que


consiste no consumo, investimento e gastos do governo, é o principal motor
da atividade econômica. Em tempos de recessão, a demanda agregada
diminui, levando a uma redução na produção e no emprego. Portanto, os
governos devem aumentar a demanda agregada para estimular a economia.

Multiplicador Keynesiano: Keynes desenvolveu o conceito de


multiplicador Keynesiano, que sugere que um aumento nos gastos do
governo resultará em um aumento proporcionalmente maior na renda
nacional e no produto interno bruto (PIB). Isso ocorre porque o aumento
nos gastos do governo estimula a demanda, levando a um aumento na
produção e no emprego, o que por sua vez leva a um aumento na renda e no
consumo, criando um ciclo positivo.

Papel do Estado: O Keynesianismo defende um papel ativo do Estado na


economia para corrigir falhas de mercado, como o desemprego involuntário
e a falta de demanda efetiva.
Embora o Keynesianismo tenha sido criticado por alguns economistas,
especialmente os defensores da escola de pensamento econômico
neoclássica, suas ideias influenciaram significativamente as políticas
econômicas adotadas por muitos países durante o século XX,
especialmente em períodos de crise econômica.

QUEM É JOHN MAYNARD KEYNES


John Maynard Keynes foi um influente economista britânico nascido em
1883 e falecido em 1946. Ele é amplamente considerado um dos
economistas mais importantes do século XX e uma figura central no
desenvolvimento da teoria econômica moderna. Keynes é mais conhecido
por suas contribuições para a teoria macroeconômica e suas propostas de
políticas para lidar com crises econômicas.
Keynes ganhou destaque durante a Grande Depressão da década de 1930,
quando suas ideias desafiaram as ortodoxias econômicas predominantes da
época. Ele argumentou que os mercados nem sempre se ajustam
automaticamente para garantir o pleno emprego e a estabilidade
econômica, como afirmavam os economistas clássicos e neoclássicos.
As principais obras de Keynes incluem "Teoria Geral do Emprego, do Juro
e da Moeda" (1936), na qual ele desenvolveu suas ideias mais influentes.
Ele propôs que em períodos de recessão, os governos deveriam intervir na
economia por meio de políticas fiscais e monetárias para estimular a
demanda agregada, impulsionando assim o emprego e a atividade
econômica.
Além de suas contribuições teóricas, Keynes desempenhou um papel
importante na formulação de políticas econômicas durante e após a
Segunda Guerra Mundial. Suas ideias influenciaram a criação de políticas
econômicas que visavam o pleno emprego e a estabilização da economia.
Keynes também foi uma figura proeminente no cenário político e
intelectual de sua época, desempenhando papéis de destaque em diversas
organizações internacionais e assessorando governos em questões
econômicas.
Em suma, John Maynard Keynes é reconhecido como um dos economistas
mais influentes da história, cujas ideias moldaram significativamente a
teoria econômica e as políticas econômicas em todo o mundo.

O QUE KEYNES DEFENDIA


John Maynard Keynes defendia várias ideias que são fundamentais para
entender sua abordagem econômica e suas propostas de políticas. Aqui
estão algumas das principais:
Intervenção Governamental: Keynes argumentava que os mercados nem
sempre se ajustavam automaticamente para garantir o pleno emprego e a
estabilidade econômica. Ele defendia a intervenção governamental na
economia por meio de políticas fiscais e monetárias para combater
recessões e depressões.
Demanda Efetiva: Keynes destacou a importância da demanda efetiva na
determinação do nível de atividade econômica. Ele argumentava que a
demanda agregada (consumo, investimento e gastos do governo) poderia
ser insuficiente para garantir o pleno emprego, especialmente durante
recessões. Portanto, ele via a necessidade de políticas que estimulassem a
demanda agregada para impulsionar a economia.
Multiplicador Keynesiano: Keynes desenvolveu o conceito de
multiplicador Keynesiano, que sugere que um aumento nos gastos do
governo ou nos investimentos privados pode resultar em um aumento
proporcionalmente maior na renda nacional e no produto interno bruto
(PIB). Isso ocorre porque o aumento na demanda estimula a produção e o
emprego, criando um ciclo virtuoso de crescimento econômico.
Desemprego Involuntário: Keynes argumentava que o desemprego
poderia persistir mesmo em condições de pleno emprego de recursos,
devido à falta de demanda efetiva na economia. Ele via o desemprego
involuntário como um problema sistêmico que exigia intervenção
governamental para resolvê-lo.
Taxa de Juros: Keynes defendia que a política monetária poderia ser
eficaz para estimular a economia, mas ele acreditava que, em momentos de
crise, a eficácia da política monetária poderia ser limitada. Ele argumentava
que a política fiscal, especialmente por meio de gastos do governo, poderia
ser mais eficaz para combater recessões.
Essas são apenas algumas das principais ideias defendidas por Keynes. Sua
teoria geralmente enfatizava a importância do papel ativo do governo na
economia para garantir o pleno emprego e a estabilidade econômica,
especialmente em momentos de crise. Suas ideias influenciaram
profundamente o pensamento econômico e moldaram políticas econômicas
em todo o mundo.

QUANDO SURGIU KEYNESIANISMO


O Keynesianismo surgiu como uma teoria econômica na década de 1930,
com as obras e contribuições do economista britânico John Maynard
Keynes. No entanto, sua influência mais significativa ocorreu durante e
após a Grande Depressão, que começou em 1929 e durou até a década de
1930.
QUAIS ERAM CARACTERISTICAS DE KEYNESIANISMO
O Keynesianismo possui várias características distintas que o diferenciam
de outras abordagens econômicas. Aqui estão algumas das principais
características do Keynesianismo:
Intervenção Governamental: Uma das características mais marcantes do
Keynesianismo é a defesa da intervenção governamental na economia.
Keynes argumentava que os mercados nem sempre se autorregulavam
eficientemente para garantir o pleno emprego e a estabilidade econômica,
especialmente em tempos de recessão ou depressão. Ele via um papel
crucial para o governo em ajustar a demanda agregada por meio de
políticas fiscais e monetárias para estimular o emprego e a produção.
Demanda Efetiva: Keynes enfatizava a importância da demanda agregada
na determinação do nível de atividade econômica. Ele argumentava que a
demanda total na economia poderia ser insuficiente para garantir o pleno
emprego dos recursos disponíveis. Portanto, o estímulo à demanda efetiva,
seja por meio de gastos do governo, investimentos privados ou políticas
monetárias expansionistas, era visto como essencial para promover o
crescimento econômico.
Multiplicador Keynesiano: Keynes desenvolveu o conceito de
multiplicador Keynesiano, que sugere que um aumento nos gastos do
governo ou investimentos privados pode resultar em um aumento
proporcionalmente maior na renda nacional e no produto interno bruto
(PIB). Isso ocorre porque o aumento na demanda estimula a produção e o
emprego, levando a um ciclo de crescimento econômico.
Desemprego Involuntário: Uma das preocupações centrais de Keynes era
o desemprego involuntário, que ele via como um problema recorrente em
economias de mercado. Ele argumentava que, mesmo em condições de
pleno emprego de recursos, o desemprego poderia persistir devido à falta
de demanda efetiva na economia. Portanto, políticas para estimular a
demanda agregada eram vistas como cruciais para combater o desemprego.
Ênfase na Macroeconomia: O Keynesianismo concentra-se
principalmente na macroeconomia, ou seja, no estudo de variáveis
econômicas agregadas, como o produto interno bruto (PIB), o desemprego
e a inflação. Ele enfatiza a importância de entender e influenciar essas
variáveis por meio de políticas macroeconômicas para promover o bem-
estar econômico geral.
Essas são algumas das características fundamentais do Keynesianismo, que
o distinguem de outras escolas de pensamento econômico, como o clássico
ou o neoclássico. As ideias de Keynes tiveram um impacto significativo no
pensamento econômico e nas políticas econômicas adotadas por muitos
países ao longo do século XX e além.

QUAIS SÃO AS DIFERENÇAS ENTRE KEYNESIALISMO E


LIBERALISMO
Keynesianismo e liberalismo são duas ideologias econômicas e políticas
com algumas diferenças fundamentais. Aqui estão algumas das diferenças-
chave entre elas:

Papel do Estado na Economia:


Keynesianismo: Defende um papel ativo do Estado na economia,
especialmente durante períodos de recessão. Os keynesianos acreditam que
o governo deve intervir na economia por meio de políticas fiscais e
monetárias para estimular a demanda agregada e promover o pleno
emprego.
Liberalismo: Defende um papel limitado do Estado na economia. Os
liberais econômicos acreditam que o governo deve intervir minimamente
na economia, permitindo que os mercados se autorregulem. Eles valorizam
a livre iniciativa, a livre concorrência e a propriedade privada.

Política Fiscal e Monetária:


Keynesianismo: Recomenda o uso de políticas fiscais, como aumento dos
gastos públicos ou redução de impostos, e políticas monetárias, como
redução das taxas de juros, para influenciar a demanda agregada e
promover o crescimento econômico.
Liberalismo: Defende a moderação nas políticas fiscais e monetárias, com
foco na estabilidade fiscal e na manutenção do valor da moeda. Os liberais
econômicos preferem uma política monetária baseada em regras, como a
oferta de dinheiro fixa, em vez de intervenções discricionárias do governo.

Visão sobre o Mercado de Trabalho:


Keynesianismo: Reconhece a possibilidade de desemprego involuntário
devido à insuficiência da demanda agregada. Portanto, defende políticas
governamentais para estimular a criação de empregos e garantir o pleno
emprego.
Liberalismo: Acredita que o desemprego é geralmente resultado de
interferências no mercado de trabalho, como salários mínimos, leis
trabalhistas rígidas ou benefícios sociais generosos. Os liberais econômicos
geralmente confiam na flexibilidade do mercado de trabalho para ajustar os
salários e o emprego de acordo com a oferta e a demanda.

Abordagem para o Bem-Estar Social:


Keynesianismo: Reconhece a importância do Estado em fornecer serviços
públicos e políticas sociais para garantir a estabilidade social e reduzir as
desigualdades econômicas.
Liberalismo: Defende uma abordagem mais minimalista do Estado em
relação ao bem-estar social, favorecendo políticas que promovam a
autonomia individual e a responsabilidade pessoal, com um foco menor em
programas sociais financiados pelo governo.
Essas são algumas das diferenças entre o Keynesianismo e o Liberalismo,
que refletem suas visões distintas sobre o papel do Estado na economia e na
sociedade.

RELAÇÃO ENTRE KEYNESIANISMO E NEOLIBERALISMO

Keynesianismo e neoliberalismo são duas correntes de pensamento


econômico que representam visões opostas sobre o papel do Estado na
economia e sobre como as políticas econômicas devem ser formuladas e
implementadas. Aqui estão algumas das principais relações entre essas
duas abordagens:

Resposta à Crise Econômica:


Durante períodos de recessão ou depressão econômica, os keynesianos
geralmente defendem a intervenção governamental para estimular a
demanda agregada e impulsionar a economia. Por outro lado, os neoliberais
tendem a favorecer políticas que promovam a livre concorrência e a
desregulamentação, com uma ênfase menor na intervenção do Estado para
impulsionar a demanda.
Papel do Estado:
Enquanto os keynesianos veem um papel ativo do Estado na regulação da
economia e na promoção do pleno emprego, os neoliberais defendem um
papel limitado do Estado, argumentando que a intervenção estatal pode
distorcer o funcionamento eficiente do mercado.
Política Monetária e Fiscal:
Os keynesianos geralmente apoiam políticas fiscais expansionistas (como
aumento dos gastos públicos) e políticas monetárias expansionistas (como
redução das taxas de juros) para estimular a atividade econômica. Enquanto
isso, os neoliberais tendem a favorecer políticas monetárias e fiscais mais
restritivas, visando principalmente a estabilidade de preços e o equilíbrio
fiscal.
Visão sobre o Papel do Mercado de Trabalho:
Os keynesianos frequentemente apoiam políticas que protegem os
trabalhadores e promovem o pleno emprego, enquanto os neoliberais
podem favorecer políticas que visam a flexibilização do mercado de
trabalho e a redução dos encargos trabalhistas para promover a eficiência e
a competitividade.

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