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UNIVERSIDADE POLITECNICA – A POLITECNICA

Escola Superior de Estudos Universitários de Nampula-ESSEUNA

Curso: Engelharia Civil

Disciplina:HIEPC

Tema: Keynesianismo

Discente: Keisse Dimaka Dakika

Docente: Ph.D. Ana Maria Guina

Nampula,15 de Novembro de 2022


Discente:

Keisse Dimaka Dakika

Tema: Keynesianismo

Trabalho científico de carácter


avaliativo da cadeira “HIEPC”,
curso de Engelharia Civil a ser
entregue na Universidade da
Politécnica.

Docente: Ph.D. Ana Maria Guina

Nampula,12 de Novembro de 2022


1. Introdução

A Grande Depressão de 1929 abalou todo o mundo capitalista, reduzindo drasticamente


o comércio internacional. Este período de dificuldade económica mundial, serviu de
cenário para a revolução proposta por Keynes.

Keynes escreveu, em 1936, sua obra principal, “A Teoria Geral do Emprego, Juros e
Dinheiro”. Nesse livro, Keynes criou uma alternativa a teoria clássica anterior, em
relação a visão de longo prazo dos ciclos económicos, ao liberalismo e a importância
das políticas monetárias e fiscais. Ele explicou como os ciclos económicos,
influenciados pelos empresários, afectavam a economia como um todo. A contribuição
foi tão importante que a corrente do pensamento económico derivada de suas ideias teve
o nome de keynesianismo.

1.1 Problematização

Como pode-se identificar a influência da teoria keynesiana durante a grande depressão de


1929?Essa é a questão principal que esse trabalho pretende responder.

1.2 Metodologia

O presente trabalho fará uma análise da teoria de Keynes a fim de identificar suas
características, fundamentos e suas implicações práticas. Para elaboração do trabalho
será usada a metodologia bibliografia que e constituída na leitura, analise e organização
de diferentes conteúdos existentes a cerca do tema em destaque, por eficiência, as
respectivas refecerias bibliográficas serão apresentados no final do trabalho

1.3 Objectivos Geral

Abordar sobre a teoria Keynesiana, identificar seu antecedente, características,


consequência, princípios e críticas da economia keynesiana

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John Maynard Keynes

Keynes nasceu em Cambridge (Inglaterra), em 1883, e faleceu Sussex, em 1946. Teve


vida agitada e sua actividade estendeu-se por campos muito variados do saber, da
política e da arte. Foi funcionário público, professor, conferencista, assessor do tesouro
britânico, director do banco da Inglaterra, político, economista, financista, protector das
artes coleccionador de livros raros. Representou a Inglaterra em várias reuniões
importantes. Participou activamente da vida política, social e económica de sua época.
Mas o que o tornou conhecido no mundo todo foi sua obra de economista,
principalmente a Teoria geral que representou a ruptura com a teoria económica
prevalecente até então. (CARLOS, 2000,P 112)

A Teoria de Keynes

Segundo. (Guina,2022,Material de apoio as aulas) A teoria keynesiana é o conjunto de


ideias que propunham a intervenção estatal na vida económica com o objectivo de
conduzir a um regime de pleno emprego.

O sistema clássico económico acreditava no sistema de mercado livre que baseava-se na


não-intervenção do estado na economia, pois para os clássicos, a economia atingiria o
pleno emprego quando ficasse livre das políticas desestabilizadoras do governo, já que
existia uma tendência ao auto ajuste do mercado. Em oposição aos clássicos, Keynes
defendia a intervenção estatal e a utilização de políticas activas para administrar a
demanda agregada, que afectava directamente o produto e o emprego

As teorias de John Maynard Keynes tiveram enorme influência na renovação das teorias
clássicas e na reformulação da política de livre mercado. Acreditava que a economia
seguiria o caminho do pleno emprego, sendo o desemprego uma situação temporária
que desapareceria graças às forças do mercado

Um dos objectivos principais de Keynes, era descobrir os factores que determinam o


nível de emprego. Ele se opunha a análise do mercado de trabalho dos economistas
clássicos. Keynes rejeitava a ideia de que o mercado de trabalho era regido pela lei da
oferta e da demanda. Para Keynes, o volume de emprego depende apenas da decisão de
contratação dos empresários, que, por sua vez, baseiam suas decisões de contracção
sobre a expectativa da demanda.

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Era manter o crescimento da demanda em paridade com o aumento da capacidade
produtiva da economia, de forma suficiente para garantir o pleno emprego, mas sem
excesso, pois isto provocaria um aumento da inflação.

A Escola Keynesiana

Sistema de ideias keynesiano é uma das escolas mais significativas do pensamento


económico. A escola começou com a publicação de “A Teoria Geral do Emprego, Juros
e Dinheiro”. Keynes, em 1936, c actualmente marca importante presença na economia
ortodoxa. Ela surgiu da escola neoclássica, com Keynes seguindo a tradição
marshalliana. Embora Keynes criticasse severamente certos aspectos da economia
neoclássica, que considerou junto com as doutrinas ricardianas sob o título de
"economia clássica', ele utilizou muitos de seus postulados e métodos. Seu sistema
baseava-se em uma abordagem psicológica subjectiva e foi permeado por conceitos
marginalistas, incluindo a economia do equilíbrio estático. Keynes desassociou-se dos
ataques a teoria neoclássica sobre o valor da distribuição. (STANLEY,2005,P 416)

Principais dogmas da escola keynesiana

De acordo com Stanley (2005,pag 418) as principais características e princípios da


economia keynesiana estão listados a seguir:

• Enfâse macroeconómica- Keynes e seus seguidores preocuparam-se com os


determinantes da quantia totais ou agregadas de consumo, poupança, renda.
Produção e emprego.
• Orientação pela demanda- Os economistas keynesianos reforçavam a importância
da demanda efectiva (agora chamada de gastos agregados) como o determinante
imediato da renda nacional, da produção e do emprego
• Instabilidade na economia - De acordo com os keynesianos, a economia tende a
aumentos rápidos recorrentes, porque o nível de gastos planejados com
investimentos é irregular
• Inflexibilidade nos salários e nos preços- Os keynesianos apontavam que os
salários tende ser inflexivelmente decrescentes, devido a factores institucionais
como os contratos com sindicatos, as leis de salário mínimo e os contratos
implícitos (entendimentos entre os patrões e seus empregados de que os salários não
serão reduzidos durante os períodos de quedas porarias).

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• Políticas físicas e monetárias activas- Os economistas keynesianos defendiam que
o governomover ro pleno cmprego, a estabilidade do 19 eria intervir ativ. nente por
meio de politicas fiscais e monetárias adequadas, a fim de pro dever dos preçose o
crescimento cconômico.

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Criticas ao keynesianismo

Uma das primeiras críticas à Teoria Geral do Emprego, do Juro e da Moeda partiu do
professor Cassei, reputado técnico em questões monetárias. Para este professor a
severidade com que Keynes tratou o entesouramento não se justificava, pois não devia
criticar-se ninguém por desejar salvaguardar a liquidez em contrapartida da renúncia à
aplicação do seu dinheiro (FRANCISCO, 1986,P 87)

Na década de 1970 o keynesianismo sofreu severas críticas por parte de uma nova
doutrina económica: o monetarismo. Em quase todos os países industrializados o pleno
emprego e o nível de vida crescente alcançados nos 25 anos posteriores à II Guerra
Mundial foram. Seguidos pela inflação. Os keynesianos admitiram que seria difícil
conciliar o pleno emprego e o controle da inflação, considerando, sobretudo, as
negociações dos sindicatos com os empresários por aumentos salariais. Por esta razão,
foram tomadas medidas que evitassem o crescimento dos salários e preços, mas a partir
da década de 1960 os índices de inflação foram acelerados de forma alarmante.
(Guina,2022,Material de apoio as aulas)

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Conclusão

Quanto à Teoria de John Maynard Keynes, concluiu-se que revolucionou os conceitos


de macroeconomia que até então existiam, rompendo diversos paradigmas e dando as
soluções aos problemas económicos enfrentados pelos países, principalmente na grande
Depressão de 1929.

E houve influência da Teoria de Keynes grande Depressão de 1929., uma vez que
foram identificados diversas políticas e medidas utilizadas durante esse período.
Diferentemente do modelo clássico, o governo não seguia mais o conceito de livre
mercado e actuava constantemente a fim de aumentar o crescimento económico do país

Uma das principais contribuições do pensamento de Keynes foi a de evidenciar que o


capitalismo não tem forças endógenas capazes de gerar processos de auto-estabilização
em situação de pleno emprego, mesmo com base nos pressupostos clássicos da
concorrência perfeita e da maximização do lucro pelas empresas e da utilidade pelos
consumidores e da flexibilização dos preços, dos salários e das taxas de juro (que
constituíam os mecanismos automáticos dos clássicos).

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Bibliografia

CARLOS Roberto Viera Araújo: História do pensamento económico,1986

STANLEY L.Brue :História do pensamento económicos 6º edição,2005

Ph.D. ANA Maria Guina: Material de apoio as aulas,2022

FRANCISCO José Terroso Cepeda :O PENSAMENTO ECONÓMICO DE LORD


KEYNES,1986

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