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ESTÁCIO

Alunas: Rayani Silva dos Santos, Maria Beatriz da Conceição Silva.

Teorias e políticas econômicas associadas ao trabalho do economista britânico


Jonh Maynard Keynes (1883-1946).

MACEÍO-AL

2023
Quem foi John Maynard Keynes?

John Maynard Keynes, (1883-1946), foi um economista inglês, um dos maiores e mais
importante economistas da primeira metade do século XX, considerado por muitos o
precursor da economia moderna "a macroeconomia”. John. Nasceu em Cambridge,
Inglaterra, no dia 5 de junho de 1883.Filho do economista John Neville Keynes e em
1905 graduou-se em Matemática, com as orientações do professor e economista Alfred
Marshall, se aproximou mais dos temas ligados à economia. Após sair de Cambridge, foi
designado para trabalhar no Tesouro Britânico, com a missão de preparar a delegação do país
que seria enviada para negociar no Tratado de Versalles depois da derrota da Alemanha na
Primeira Guerra Mundial (1914-1918).Por não concordar com as duras condições impostas aos
vencidos, demitiu-se do cargo e em seguida publicou “As Consequências Econômicas da Paz”
(1919), para argumentar que tais condições seriam impossíveis de se cumprir e levaria à ruína
econômica da Alemanha, com graves consequências para o resto do mundo. O tempo mostrou
que as previsões de Keynes eram acertadas.

Teorias e Políticas

A teoria de John consiste numa organização político-econômica, oposta às concepções


neoliberalistas, fundamentada na afirmação do Estado como agente indispensável de
controle da economia, com objetivo de conduzir a um sistema de pleno emprego. Tais
teorias tiveram enorme influência na renovação das teorias clássicas e na reformulação
da política de livre mercado.  Atribuiu ao Estado o direito e o dever de conceder
benefícios sociais que garantam à população um padrão mínimo de vida como a criação
do salário-mínimo, do salário-desemprego, da redução da jornada de trabalho e
assistência médica gratuita.

Em 1936 lançou sua obra mais decisiva “Teoria Geral do Emprego, do Juro e da
Moeda”, com a qual deu uma resposta definitiva à grave depressão econômica
desencadeada em todo o mundo a partir da grande depressão da Bolsa de Nova Iorque
em 1929. Definiu assim a principal característica da escola de pensamento Keynesiana,
ao identificar a causa da crise em uma insuficiência da demanda devido a arrocho das
sociedades desenvolvidas e consequentemente a produção não encontrou comprador. A
Teoria Keynesiana foi criada com a intenção de ser uma teoria oposta ao liberalismo,
que defende que o Estado não deve intervir em nenhum processo, ou deve intervir o
mínimo possível. Além disso, o keynesianismo também foi criado como uma resposta à
Crise de 29.

Keynes começou a pensar nessa teoria no século XX, durante a famosa Quebra da Bolsa
de 1929 em Nova York. Nesta época, a sociedade acreditava que o princípio Laissez-
faire era a única forma de recuperação de uma recessão. Esse princípio defende que a
economia deve se recuperar sozinha em um período de crise, da forma clássica, sem
nenhum tipo de intervenção. 

A quebra da bolsa aconteceu de forma devastadora e afetou não só os EUA, como


também vários outros países do mundo. A questão central da crise foi o baixo poder de
consumo das pessoas. Muitos trabalhadores foram demitidos ou tiveram seus salários
diminuídos, o que afetou o poder de compra dessas pessoas, fazendo com que a
economia entrasse em colapso, uma vez que a produção continuava a mesma, mas o
consumo caiu drasticamente. 

Foi então que Keynes começou a refletir sobre os desdobramentos da Crise de 29 e


concluiu que o liberalismo e o livre mercado não seriam capazes de resolver o problema
e reerguer a economia norte-americana. Depois de alguns estudos, Keynes passou a
defender a ideia de que os Estados Unidos só conseguiriam reestruturar sua economia
quando criasse novas despesas do governo com o intuito de gerar novos empregos,
ativando assim o consumo e expandindo a economia. Essa ação faria com que o
governo passasse a ter um papel mais ativo na academia, já que a geração de emprego
estaria ligada à intervenção do Estado e ao aumento dos gastos do governo. A ação
também tiraria os EUA da crise e diminuiria os riscos de uma recessão. Segundo o
pensamento de Keynes, a demanda por produtos em uma economia é influenciada tanto por
decisões privadas quanto governamentais. Se há temor de uma crise econômica, os
trabalhadores tendem a evitar gastos, como forma de se proteger. Investidores ficam reticentes
em investir. E o governo tende a cortar gastos, antecipando queda de arrecadação. Se há
otimismo, tende a haver mais gastos, investimentos e arrecadação. Mas a produção, os preços
e os salários dos trabalhadores não se adequam imediatamente a essas mudanças. Isso tende a
levar a excesso ou falta de trabalho ou mercadorias, de tempos em tempos. O desinvestimento
por meio de demissões, assim como a redução dos gastos de consumidores em uma recessão
podem dar ainda mais tração à tendência de desaceleração da economia. Por isso, Keynes
propõe que, em momentos de crise, o Estado tome a frente, e compense falhas de mercado
por meio de políticas públicas. Keynes chama essas medidas intervencionistas de “políticas
fiscais anticíclicas”, porque elas intervêm nos ciclos econômicos de redução de salários e
demissões como resposta a crises. Uma medida anticíclica importante proposta por Keynes é o
endividamento estatal para financiar projetos de infraestrutura que exijam grandes
contingentes de trabalhadores.

Críticas ao Keynesianismo

Muitos autores criticavam a doutrina keynesiana alegando que se tratava de uma teria


“socialista”. Apesar de ser contra o sistema liberal, cabe ressaltar que John Keynes
nunca defendeu a estatização da economia, mas, sim, a participação do estado para
suprir necessidades que o sistema privado não atendia. Para muitos, as críticas feitas por
nomes como o de W. H. Hutt, que procurou identificar falhas no sistema keynesiano,
foram importantes para que alguns teóricos atuais também conseguissem determinar que
há de fato algumas falhas nele. Hutt sempre criticou Keynes por identificá-lo muito
mais com os valores e com os ideais mercantilistas do que com os valores e ideais
liberais, o que ficava evidente na forma como ele próprio definia Keynes: um homem
que quer “que nós acreditemos que os mercantilistas estavam certos e que as críticas
feitas a eles pelos clássicos, erradas. “Mesmo com todas as críticas e controvérsias, após
passados muitos anos, a Teoria de Keynes continua sendo usada como base de estudos
em diversas universidades no mundo. Keynes foi o maior dos economistas do século
XX porque teve a coragem de criticar a ortodoxia neoclássica, e principalmente porque,
com essa crítica, foi capaz de fundar uma nova disciplina dentro da teoria econômica: a
macroeconomia.

Referências Bibliográficas:

https://pt.wikipedia.org/wiki/Escola_keynesiana#
https://www.politize.com.br/keynesianismo/
https://www.todamateria.com.br/keynesianismo/
https://www.educamaisbrasil.com.br/enem/historia/keynesianismo

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