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A tese inicial em que irei começar este projeto se circula nas seguintes

questões → o capitalismo não deu errado, o laissez-faire não teve ligações


com esta crise e que o keynesianismo gerou a maior crise econômica da
história dos USA. Basicamente o estado criou leis, regulações, intervenções
dentre outros tipos de agressão ao mercado - Depois de estarem na grande
depressão eles tentaram intervir e logo em seguida conseguiram piorar ainda
mais o que já estava ali, mantendo a crise por anos e anos. Isso é uma
certeza que brevemente explicarei, mas antes disso, irei colocar as divisões
dos pensamentos econômicos desta crise.

Irei resumir os pensamentos dos mais famosos economistas de forma mais


didática para depois entrar em perspectivas mais técnicas:

Na visão de J. M. Keynes, a crise se deu por um paradoxo de superprodução.


Ele basicamente queria dizer que a produtividade deveria ser acompanhada
por uma melhor distribuição dos ganhos, para que a demanda e os empregos
pudessem ser mantidos. Na visão de Keynes, isto deveria ser feito com mais
investimentos do governo ou pelo corte dos impostos dos mais pobres.

Para Friedrich A. V. Hayek (nobel de economia em 1974), a expansão do


crédito, as ações do federal reserve e aumentar a oferta do dinheiro para
combater a deflação, agravou a situação econômica (mais tarde serei mais
breve nesta questão).

Para Milton Friedman, assim como Hayek, ele também culpou o federal
reserve, mas por não ter injetado dinheiro o suficiente para circular na
economia, ou seja, o banco central deveria ter injetado mais dinheiro na
economia, para socorrer os pequenos bancos que estavam quebrando e ter
diminuído os juros ao invés de ter aumentado, como ocorreu para satisfazer
os grandes bancos.

Para o economista marxista Nicolai Kondratiev, a crise de 29 era uma


consequência esperada dos ciclos capitalistas, para ele, as economias
capitalistas são cíclicas → marcadas por expansão, estagnação e recessão,
que são determinadas pelos preços e pelos juros.

Ludwig von Mises certa vez disse que "A história só ensina àqueles que sabem
como interpretá-la com base em teorias corretas". É isso que Murray N.
Rothbard faz no livro “the great depression”. Utilizando a teoria austríaca — a
única dotada da metodologia capaz de explicar solidamente fatos econômicos
históricos —, ele faz uma análise precisa dos acontecimentos que levaram à
Grande Depressão e que fizeram com que ela se estendesse por mais de uma
década.

Na visão austríaca, uma queda no valor das ações na bolsa (que foi o que
aconteceu em 1929) por si só não gera depressão. Em 1987, por exemplo, a
bolsa americana caiu 15% em dois dias e não houve depressão. O crash da bolsa
de Nova York em outubro de 1929 teve suas origens na expansão do crédito feita
pelo Federal Reserve em concerto com o sistema bancário de reservas
fracionárias ao longo de toda a década de 1920. Tal expansão gerou um boom
sem precedentes no mercado de ações, levando a uma euforia especulativa
generalizada. Quando a expansão do crédito foi interrompida em decorrência
de pressões inflacionárias, a euforia foi abruptamente interrompida, e deu-se
início ao processo de correção.

A Grande Depressão de 1929 começou com quebras bancárias que ocorreram


porque o Fed parou repentinamente de expandir a oferta monetária. Os bancos
— que praticavam reservas fracionárias — começaram a restringir
empréstimos e a pedir a quitação de empréstimos pendentes. As pessoas se
assustaram com a situação e correram para sacar seu dinheiro dos bancos. Por
causa das reservas fracionárias, isso gerou uma série de falências bancárias.
Essas falências bancárias geraram uma forte contração na oferta monetária —
consequentemente, uma recessão. Tal recessão não precisaria durar mais de
um ano caso o governo americano permitisse ampla liberdade de preços e
salários, de modo que estes se adequassem à nova realidade da oferta
monetária. Porém, o governo fez exatamente o contrário: ele implementou
políticas de controle de preços, controle de salários, aumento de tarifas de
importação, aumento de impostos, aumento de gastos, aumento do déficit e
estimulou uma arregimentação sindical de modo a impedir que as empresas
baixassem seus preços.

Resultado: a recessão foi prolongada por 15 anos.

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