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TÓPICOS DE CORREÇÃO DAS QUESTÕES POR MÓDULO

MÓDULO 7 – CRISES, EMBATES IDEOLÓGICOS E MUTAÇÕES CULTURAIS NA PRIMEIRA


METADE DO SÉCULO XX

Unidade 1 – As transformações das primeiras décadas do século XX

Um novo equilíbrio global


Questão 1
• (B).

Questão 2
• (A).

Questão 3
• (C).

Questão 4
Tópicos de resposta:
• restauração da independência da Bélgica (“É imprescindível que a Bélgica seja evacuada e restaurada”);
• restituição das regiões da Alsácia e Lorena à França (“o prejuízo causado à França pela Prússia em 1871, no
que respeita à Alsácia-Lorena […], deverá ser reparado”);
• redefinição das fronteiras italianas (“Deve concretizar-se uma retificação das fronteiras italianas”);
• reconhecimento do direito de autonomia dos povos da Áustria e da Hungria (“Aos povos da Áustria-Hungria […]
deve ser garantida, o mais cedo possível, a possibilidade de um desenvolvimento autónomo”);
• reconhecimento da independência da Polónia, à qual se garantiria uma saída para o mar (“Deve formar-se um
Estado polaco, abrangendo os territórios habitados pelas populações indiscutivelmente polacas, às quais se deve
garantir um livre acesso ao mar”);
• criação da Sociedade das Nações (“É necessário que uma organização geral das nações seja constituída”).

As revoluções de 1917 na Rússia


Questão 1
• (A).

Questão 2
Afirmações (escolher uma):
• “[…] nada se faz para dar aos trabalhadores o controlo efetivo sobre a produção e a distribuição de bens.”;
• “A grande maioria dos camponeses […] declararam […] que a propriedade da terra era uma grande injustiça
e roubo.”

Questão 3
• (B).

144
Questões por módulo

Questão 4
Argumentos que sustentam a afirmação “os objetivos que levaram os operários e os camponeses a fazer
uma revolução estavam longe de ser alcançados”.
• permanência da Rússia na Primeira Guerra Mundial, com consequências muito negativas para o país aos níveis
social e económico – “A pena de morte está a ser aplicada aos soldados na frente de combate” OU “Vemos os
capitalistas e os ricos, sem escrúpulos, a desbaratarem a riqueza nacional na guerra” OU “[…] os
trabalhadores, a quem não interessa uma guerra de conquista”;
• falta de liberdade de expressão, exercendo-se violência e repressão sobre os meios de comunicação opositores –
“As gráficas dos jornais operários são destruídas e os jornais são fechados sem mandado judicial”;
• situação de carestia e inflação – “Não há pão. A fome está outra vez a alastrar” OU “Acumulam [os
capitalistas] dinheiro com a inflação”;
• aumento do fosso social entre “os capitalistas e os ricos”, detentores da “riqueza nacional”, e as classes populares
(camponeses e operários, aos quais ainda não tinha sido dado “o controlo efetivo sobre a produção e a
distribuição de bens”);
• ausência de distribuição de terras aos camponeses OU bloqueios, por parte do Governo Provisório, no direito à
terra por parte dos camponeses – “[…] a propriedade da terra era uma grande injustiça e roubo” OU “Entretanto,
um governo, que se intitula revolucionário e democrático, tem controlado os camponeses, ao longo deste tempo,
enganando-os com promessas e adiamentos” OU a oposição dos proprietários às leis de proibição de “compra e
venda de terras” – “E quando, finalmente, a lei passou, os capitalistas iniciaram uma campanha contra Chernov,
que aliás ainda continua.”
Argumentos que evidenciam a importância dos sovietes na futura organização do Estado
• os sovietes representavam “a esmagadora maioria da população da Rússia”, reunindo operários, soldados e
camponeses;
• os sovietes eram órgãos legítimos, porque eleitos em liberdade e por sufrágio universal, para exercer o poder
político num regime democrático e popular, que se estabeleceu a partir da Revolução de Outubro de 1917 –
“Os sovietes foram eleitos em liberdade. Eram genuínas organizações de pessoas, operários e camponeses. […].
Por isso, os sovietes podiam e deviam assumir o poder do Estado.”;
• só os sovietes é que garantiam a democracia OU uma revolução “verdadeiramente popular e democrática”, pois
representavam “a esmagadora maioria da população da Rússia”.

Questão 5
Tópicos de resposta:
• persistência de um regime autocrático – o “czarismo”, que desagradava à burguesia e à nobreza liberal, grupos
sociais de onde provinham muitos dos “chefes intelectuais” e que advogavam a liberalização política e a
modernização do país;
• entrada da Rússia na Primeira Guerra Mundial, que provocou a desorganização da economia, falta de géneros e
fome, gerando maior contestação e uma gigantesca vaga de greves − “a revolução surgiu diretamente da
guerra”;
• organização de partidos políticos de ideologia diversa, mas todos contestatários do regime vigente, como é o caso
dos socialistas-revolucionários e sociais-democratas (divididos em bolcheviques e mencheviques), defensores das
ideias marxistas, aos quais pertenciam os “agitadores revolucionários” mencionados no documento;
• sucessivas derrotas na frente de batalha, que agudizaram a contestação ao governo czarista, acusado de “enviar
as massas para o massacre”;
• proliferação de conselhos populares de índole marxista, os sovietes (como o “Soviete de Petrogrado”), que
atuaram como centros de ação revolucionária, primeiro contra o czar, depois contra o Governo Provisório;
• regresso à Rússia, após a Revolução de Fevereiro que instituiu um regime liberal, de destacados revolucionários
marxistas no exílio, como Lenine e Trotsky, o autor do texto.

Questão 6
• a) – 3; b) – 1; c) – 4.

Questão 7
• Ordenação das letras: (D), (C), (E), (B), (A).
Módulo 7

Questão 8
Afirmações (escolher uma):
• “Verificando que o Soviete tinha realmente assumido o poder […] a imprensa burguesa desatou a vociferar
coisas terríveis contra nós.”;
• “As classes ricas, privadas do poder, não abandonaram as suas posições sem luta.”;
• “A Revolução colocou de forma aguda a questão da propriedade privada das terras e dos meios de
produção, o que é a mesma coisa, ou seja, uma questão de vida ou de morte para as classes exploradoras.”

Questão 9
Tópicos de resposta:
• retirada da Rússia da Primeira Guerra Mundial, com a publicação do decreto “sobre a paz” (Doc. 2) e subsequente
negociação do Tratado de Brest-Litovsk;
• expropriação, sem qualquer indemnização, dos latifúndios e entrega das terras aos sovietes camponeses, através
do decreto “sobre as terras” (Doc. 2);
• atribuição, aos operários, da gestão das empresas e do controlo sobre a produção (decreto do controlo operário);
• concessão, a todos os povos do antigo império russo, do estatuto de igualdade e do direito à autodeterminação
(decreto sobre as nacionalidades).

A implantação do marxismo-leninismo na Rússia


Questão 1
• Ordenação das letras: (C), (A), (E), (B), (D).

Questão 2
Tópicos de resposta:
Introdução
• Referência às duas Revoluções que sucederam na Rússia, em 1917:
– a de fevereiro/março, que pôs fim ao czarismo e instituiu um Governo Provisório, próximo das
democracias ocidentais;
– a de outubro/novembro, liderada pelos bolcheviques, que implementou o socialismo OU o marxismo-
leninismo.
Medidas tomadas para a construção da sociedade socialista
• abolição da propriedade privada dos latifúndios, que foram entregues aos sovietes camponeses (decreto sobre a
terra);
• atribuição da gestão das grandes empresas aos operários (decreto sobre o controlo operário);
• proclamação da igualdade entre todos os povos do Império (decreto sobre as nacionalidades): “[…] o Poder
Soviético agrega-os numa sólida e harmoniosa união”; “[…] o povo trabalhador está a edificar uma nova
Rússia, soviética e federativa” (Doc. 1);
• retirada da Rússia da 1.ª Guerra Mundial (1918) pelo tratado de Brest-Litovsk, com elevadas perdas
territoriais.
Dificuldades surgidas e implementação da ditadura do proletariado
• grande desconfiança e/ou oposição para com as medidas bolchevistas por parte da antiga aristocracia, burguesia
e parte da população urbana;
• reação contrarrevolucionária apoiada pelos países ocidentais (Inglaterra, França, Estados Unidos e Japão) e
guerra civil OU guerra civil entre os opositores ao bolchevismo (Exército Branco) e as forças bolcheviques
(Exército Vermelho) representadas na pintura de Boris Kustodiev (Doc. 2);
• instauração de um sistema político altamente repressivo, com a proibição dos demais partidos políticos, a
instauração da censura e a criação de uma polícia política (Tcheka) OU medidas políticas do comunismo de
guerra;
• nacionalização de toda a economia OU centralização dos meios de produção nas mãos do Estado OU
Questões por módulo
obrigatoriedade de os camponeses entregarem as colheitas e de os bancos, o comércio interno e externo e
as
Módulo 7

empresas com mais de cinco operários passarem para as mãos do Estado OU medidas económicas do
comunismo de guerra;
• baixa das produções agrícola e industrial até 1922 (Doc. 3) OU ruína da economia OU fomes e elevada
mortalidade “A ruína extrema, agravada pela má colheita de 1920” (Doc. 4);
• triunfo do Exército Vermelho e transformação da Rússia num Estado federado: a União das Repúblicas Socialistas
Soviéticas (URSS), em 1922: “[…] o povo trabalhador está a edificar uma nova Rússia, soviética e federativa” (Doc.
1).
Inversão da política tomada e consolidação do socialismo
• adoção de uma Nova Política Económica (NEP): “A ruína extrema, agravada pela má colheita de 1920, tornou
esta transição urgentemente necessária” (Doc. 4);
• aceitação do modelo capitalista e burguês para a superação da crise: “A circulação de mercadorias é a
liberdade de comércio, é o capitalismo.”; “Os comunistas não devem recear “aprender” com os especialistas
burgueses, incluindo os comerciantes, os pequenos capitalistas sócios de cooperativas” (Doc. 4);
• fim da requisição dos géneros agrícolas, substituída por um imposto em espécie: “Meio: o imposto em espécie” (Doc. 4);
• reaparecimento de uma certa economia privada com a pequena e média indústria e o comércio retalhista: “[…] o
desenvolvimento da circulação de mercadorias entre a agricultura e a indústria, o desenvolvimento da pequena
indústria” (Doc. 4);
• manutenção das nacionalizações em todos os setores fundamentais, como os transportes e a grande indústria:
“Não há nisso nada de terrível para o poder proletário enquanto o proletariado mantiver firmemente o poder nas
suas mãos, mantiver firmemente nas suas mãos os transportes e a grande indústria.” (Doc. 4);
• reaparecimento de pequenas produções privadas agrícolas e industriais: “Sabei alcançar duma ou doutra forma a
ascensão da agricultura, a ascensão da indústria” (Doc. 4);
• reaparecimento da liberdade de comércio com liberdade de venda dos excedentes agrícolas: “[…] o
desenvolvimento da pequena indústria”; “A circulação de mercadorias é a liberdade de comércio”; “[…] o
desenvolvimento da circulação de mercadorias entre a agricultura e a indústria.” (Doc. 4);
• contratação de técnicos e capitais estrangeiros para relançamento das indústrias e eletrificação do país;
• sucesso da Nova Política Económica (NEP), que recupera e ultrapassa os valores anteriores à Primeira Guerra
Mundial (Doc. 3).

Sociedade e cultura, na primeira metade do século XX


Questão 1
Tópicos de resposta:
• a carnificina provocada pela guerra destruiu a confiança dos ocidentais na superioridade moral da
sua civilização
e no valor das suas realizações tecnológicas: “Antes de mais, preciso de saber o que queres dizer quando falas de
civilização”; “[…] dessas vossas máquinas que em tempos me divertiam, quando eu não sabia nada de nada, mas
que agora me enchem de horror porque são a alma desta guerra, o princípio e a razão desta guerra!”;
• o choque da guerra provocou um clima de descrença e pessimismo, uma verdadeira “crise de consciência” que
impregnou a sociedade em geral: “Detesto o século XX, como detesto a Europa podre e o mundo inteiro onde esta
arruinada Europa se espalha”.

Questão 2
• (C).

Questão 3
Tópicos de resposta:
• fim da situação de inferioridade da mulher, na sociedade: “reformando leis que, durante séculos e séculos,
vinham perpetuando injustiças desumanas contra elas”;
• luta pelo acesso a uma carreira remunerada OU luta pela independência económica: “fixando os seus salários em
diversas profissões”; “proclamando o direito da mulher à igualdade económica”;
• luta pela obtenção de direitos políticos OU direito ao voto: é esclarecedora a designação “Aliança Internacional
Questões por módulo
pelo Sufrágio Feminino”; “noutro lado, «contando» como fatores de peso na vida política da sua terra”.
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Questão 4
Tópicos de resposta:
• [corrente artística] enquanto a obra de Picasso, Natureza Morta com Cadeira Empalhada (Doc. 3), se integra no
Cubismo, o quadro de Salvador Dalí, A Persistência da Memória (Doc. 4), enquadra-se no Surrealismo;
• [tema] a obra reproduzida no Doc. 3 toma por tema objetos concretos da realidade quotidiana, enquanto a pintura
de Dali mergulha num mundo irreal e onírico, provindo da interioridade do artista;
• [forma de representação – perspetiva] a obra cubista subverte, por completo, as regras da perspetiva,
apresentando, justapostos, múltiplos ângulos de visão dos objetos e fundindo as figuras com o fundo; já a obra
surrealista utiliza a técnica da perspetiva de acordo com as regras académicas, destacando as figuras do fundo e
dando ao observador a noção do perto e do longe;
• [forma de representação – modelado] na obra de Picasso, os objetos encontram-se espalmados, sem que seja
transmitida a perceção do seu volume, enquanto na obra de Dalí ressalta claramente o modelado/volumetria das
figuras;
• [materiais utilizados] enquanto a obra cubista utiliza, além dos materiais correntes na pintura, outros materiais
que, até então, se tinham mantido fora do universo artístico – caso do oleado e da corda –, a obra surrealista
mantém-se fiel aos materiais tradicionais, neste caso, a tela e a tinta a óleo.

Unidade 2 – Portugal no primeiro pós-guerra

As dificuldades da Primeira República


Questão 1
Tópicos de resposta:
• incompetência dos políticos, ocupados em discussões estéreis: “Os políticos não têm sabido atuar e têm-se
limitado a dizer palavras”;
• lutas e clientelas partidárias: “Os partidos políticos estão minados por elementos de desorganização.”;
• instabilidade governativa: “[…] enfraquecimento do Poder central”; “Deste Poder faz parte o Parlamento liberal”;
“[…] Governos que não governam”;
• cedência a soluções ditatoriais, como a ditadura do general Pimenta de Castro OU a ditadura de Sidónio Pais:
“Reparemos, quanto a ditaduras, que, de facto, elas surgem sempre que são necessárias”; “Nestas condições, a
ditadura impõe-se como necessidade inadiável.”
• intervenção dos militares na vida política: “Mas os partidos e os homens públicos só podem fazer alguma coisa
[…] desde que se apoiem na única força que ainda se mantém disciplinada […] a Força Armada!”;
• oposição dos monárquicos, com a proclamação da Monarquia do Norte.

Questão 2
• II e IV.

Unidade 3 – O agudizar das tensões políticas e sociais a partir dos anos 30

A Grande Depressão e a resistência das democracias liberais


Questão 1
• (C).

Questão 2
• (B).

Questão 3
• (D).
Questões por módulo

Questão 4
• John Maynard Keynes OU John Keynes OU Keynes.

Questão 5
Tópicos de resposta:
• política de grandes trabalhos (construção de estradas, vias-férreas, aeroportos, habitações e escolas), com vista a
combater o desemprego e situações de marginalização social, como sucedia em 1932, com as “filas do pão” e os
“sem-abrigo” (Doc. 2);
• proteção à agricultura, através de empréstimos e indemnizações aos agricultores com vista à redução das áreas
cultivadas (“Hoje, pedem-nos para […] fortalecermos ou estabilizarmos os mercados para os produtos dos
agricultores” – Doc. 1);
• proteção à indústria e ao trabalho industrial, através da fixação de quotas de produção e preços e do
estabelecimento de um salário mínimo (“valor mínimo do salário pago” – Doc. 1) e liberdade sindical,
proporcionando situações de melhores condições de vida, em 1940, representadas na redução do “desfasamento
do poder de compra dos trabalhadores da indústria” (Doc. 1) OU nos “salários mais elevados” (Doc. 2);
• afirmação do Estado-Providência, promotor do “progresso social” (Doc. 1) OU da “segurança social” (Doc. 2),
através do Social Security Act (1935), que regularizou a reforma por velhice e invalidez, criou o fundo de
desemprego e o auxílio aos pobres;
• redução do horário semanal de trabalho, através do Fair Labor Standard Act (“O governo tem de ter
algum controlo sobre o número máximo de horas de trabalho” – Doc. 1);
• medidas financeiras rigorosas, como inspeções aos bancos e encerramento de bancos não viáveis, a fim de
garantir apenas a existência de uma banca saudável, sem riscos de “falência dos bancos” (Doc. 2).

Questão 6
Tópicos de resposta:
• mobilização dos cidadãos, através da coligação de forças partidárias de esquerda e até de grupos radicais, para
deter o avanço do fascismo e preservar a democracia: “O povo francês manifestou a sua inabalável decisão de
preservar […] as liberdades democráticas por ele conseguidas e conservadas.”;
• medidas de criação de emprego e, consequente, subida do poder de compra, como forma de combate à crise
económico-financeira: “Um plano de grandes obras, ou seja, de meios económicos, de equipamento sanitário,
científico, desportivo e turístico. […]”;
• reforço da legislação social OU dignificação das classes trabalhadoras (contratos coletivos de trabalho, liberdade
sindical e aumento de salários, 40 horas de trabalho semanal, dias de férias pagas): “No início da próxima
semana, entregaremos […], um conjunto de projetos de lei [que] se referem […]: à semana de quarenta horas; aos
contratos coletivos; aos feriados pagos.”;
• criação de um Estado-Providência, que proporcione bem-estar à população: “o fundo nacional de desemprego; a
segurança contra as calamidades agrícolas; o financiamento das dívidas agrícolas; um regime de reformas que
salvaguarde da miséria os velhos trabalhadores das cidades e dos campos.”.

As opções totalitárias: os fascismos

Questão 1
• Ordenação das letras: (B), (C), (D), (A).

Questão 2
• (A).

Questão 3
• (D).
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As opções totalitárias: o estalinismo


Questão 1
Tópicos de resposta:
• [situação socioeconómica da URSS] – felicidade e bem-estar da sociedade socialista que pratica a coletivização
agrária, patentes no rosto sorridente da criança que, na fotografia, se assume em representação dos povos da
URSS (Doc. 1), enquanto no cartaz se alude às fomes e miséria que atingem esses mesmos povos, simbolizados
por uma figura cadavérica e mal vestida (Doc. 2);
• [natureza do regime] – carácter paternal e afetuoso de Estaline, o “pai dos povos” da URSS, carinhosamente
abraçado pela criança na fotografia (Doc. 1), enquanto, no cartaz, sobressai a figura intimidatória de um agente
policial de arma e chicote nas mãos, a simbolizar o carácter totalitário e repressivo do estalinismo (Doc. 2);
• [função das imagens] – culto da personalidade de Estaline na fotografia de propaganda (Doc. 1), enquanto, no
cartaz, se denuncia a mentira em que assenta a propaganda (“somos bem felizes”): a sociedade russa é obrigada
a transparecer felicidade, sob pena de lhe serem infligidos castigos e privações, como as deportações para os
campos de trabalho forçado – Gulag (Doc. 2).

Unidade 4 – Portugal: o Estado Novo

Portugal de inícios da década de 30 a meados da década de 40


Questão 1
Tópicos de resposta:
• enaltecimento de valores inquestionáveis e profundamente ligados ao modo de vida tradicional português: Deus,
Pátria, Família, Autoridade, Paz Social, Hierarquia, Moralidade, Austeridade – “[…] cada qual sentia que de
desordem em desordem tudo se afundava, e via nitidamente isto: a mulher e os filhos […], a velha casa, o trabalho
diário, o campo, a horta, o pinhal […] um ambiente de carinho […] envolve o lar […] a velha igreja […] a virtude na
família.” (Doc. 1);
• enaltecimento OU valorização da família virtuosa, temente a Deus, trabalhadora, que respeita a autoridade
paterna, como pilar da ordem económica, social e política estabelecida – “a mulher e os filhos […] a velha casa, o
trabalho diário, o campo, a horta, o pinhal […] um ambiente de carinho […] envolve o lar […] a velha igreja […] a
virtude na família.” (Doc. 1);
• enaltecimento OU valorização do mundo rural e das atividades agrárias tradicionais, como o lugar por excelência
onde germinam a virtude, a moralidade e os bons costumes – “[…] o trabalho diário, o campo, a horta, o pinhal […]
desbravaram as terras, cultivaram a vinha e o milho […].” (Docs. 1 e 2);
• enaltecimento OU valorização das tradições OU das rotinas ancestrais, no lar e na comunidade aldeã – “[…] a
velha casa, o trabalho diário, o campo, a horta, o pinhal. Estes já foram dos pais, já foram dos avós e mesmo de
outros avós pelos séculos dentro. Uns após outros desbravaram as terras, cultivaram a vinha e o milho […].” (Doc.
1);
• enaltecimento OU valorização do trabalho árduo OU do espírito de sacrifício OU da resignação perante a
adversidade – “A vida é áspera, há desgostos, privações, injustiças que parece ninguém pode reparar.
Um ambiente de carinho, porém, envolve o lar e uma luz superior ilumina a existência […].” (Doc. 1);
• redução da mulher a um papel passivo, no plano familiar (“a mulher e os filhos” – Doc. 1), no plano económico e
social (praticando as tradicionais atividades agrárias e vestindo-se com um traje tradicional português – Doc. 2),
político e cultural.

Questão 2
• a) – 4; b) – 3; c) – 6; d) – 1; e) – 7

Questão 3
Tópicos de resposta:
Introdução
• Referência à implantação do Estado Novo, na sequência da:
– ditadura militar que vigorou desde 1926;
– chegada de Salazar à governação do país, primeiro como ministro das Finanças da ditadura e, depois,
Questões por módulo
como chefe do Governo.
Módulo 7

Ideologia defendida
• conservadorismo e tradição: defesa de valores e conceitos morais inquestionáveis, como Deus, Pátria, Família,
Autoridade, Paz Social, Hierarquia, Moralidade e Austeridade (“[…] cada qual sentia que de desordem em
desordem tudo se afundava, e via nitidamente isto: a mulher e os filhos […], a velha casa, o trabalho diário, o
campo, a horta, o pinhal […] um ambiente de carinho […] envolve o lar […] a velha igreja […] a virtude na
família.”
– Doc. 1); OU enaltecimento do mundo rural/crítica à sociedade urbana (“[…] o trabalho diário, o campo, a horta, o
pinhal […] desbravaram as terras, cultivaram a vinha e o milho […].” – Docs. 1 e 2); OU redução da mulher a um
papel passivo (“a mulher e os filhos” – Doc. 1);
• corporativismo: negação do divisionismo fomentado pela luta de classes marxista (Doc. 3) OU instituição de
corporações para a organização da sociedade e da economia OU controlo da economia e das relações laborais
através de corporações, nas quais se integram os Sindicatos Nacionais, as Casas do Povo e as Casas dos
Pescadores (Doc. 3);
• nacionalismo: afirmação da superioridade moral da civilização portuguesa OU defesa das tradições nacionais
(“Estes já foram dos pais, já foram dos avós e mesmo de outros avós pelos séculos dentro” – Doc. 1) OU defesa
da produção nacional pela autarcia;
• recusa do liberalismo, da democracia e do parlamentarismo OU defesa do Estado forte e autoritário;
• recusa do socialismo OU do marxismo OU da luta de classes;
• intervencionismo e autarcia, através, por exemplo, de companhias agrícolas e pecuárias para diminuir a
dependência alimentar externa (Doc. 2);
• colonialismo: afirmação da inalienabilidade dos territórios ultramarinos, onde os portugueses tinham uma missão
histórica.
Práticas levadas a cabo para implementação da ideologia
• criação de organizações para enquadramento das massas (Mocidade Portuguesa; Legião Portuguesa; União
Nacional; Obra das Mães pela Educação Nacional; Fundação Nacional para a Alegria no Trabalho);
• criação do Secretariado da Propaganda Nacional para divulgação do ideário do regime e padronização da cultura
e das artes através da “política do espírito”;
• criação dos Sindicatos Nacionais, das Casas do Povo, das Casas dos Pescadores (Doc. 3), dos Grémios, para
controlo da economia e das relações laborais;
• obrigatoriedade de juramento de fidelidade ao Estado Novo pelo funcionalismo público;
• adoção de “livros únicos” no ensino;
• organização de manifestações de apoio à política do Governo e a Salazar, o chefe do Estado Novo;
• organização de grandes exposições, para glorificar o nacionalismo e o colonialismo: I Exposição Colonial
Portuguesa (Porto, 1934) OU Exposição do Mundo Português (Lisboa, 1940);
• prioridade ao equilíbrio financeiro, através de uma melhor gestão dos dinheiros públicos e do aumento dos
impostos;
• promoção das atividades agrárias OU defesa da ruralidade, através de campanhas de produção, como a
Campanha do Trigo ou a Campanha da Fruta (Doc. 2);
• condicionamento industrial, competindo ao Estado a definição das linhas a seguir pelos empresários;
• política de obras públicas, através da construção ou reparação de infraestruturas.
Mecanismos repressivos adotados
• instituição da censura prévia a todas as formas e meios de divulgação informativa e artística, com incidência nos
assuntos políticos, militares, morais e religiosos, pretendendo-se evitar a difusão de ideias contrárias à ideologia
do Estado Novo;
• criação da Polícia de Vigilância e Defesa do Estado para perseguir, prender, torturar e matar opositores ao regime,
disseminando um clima de desconfiança e terror na sociedade portuguesa;
• proibição do sindicalismo livre;
• proibição do lockout e da greve (Doc. 4);
• repressão dos movimentos grevistas (Doc. 4).
Questões por módulo

O projeto cultural do Estado Novo


Questão 1
• Secretariado da Propaganda Nacional OU SPN.

Questão 2
Tópicos de resposta:
• valorização da arte, das letras e das ciências como instrumentos de arregimentação das massas – “[…] essa falta
de elevação e de animação se devem atribuir, em grande parte, à ausência duma inteligente e premeditada
política do espírito dirigida às gerações novas […].” (Doc. 1); “Pelo recinto passarão três milhões de pessoas, para
admirar este mundo […].” (Doc. 4)
• valorização do efeito propagandístico e educativo das manifestações artísticas junto dos jovens, tornando-os
agentes apologéticos do regime – “[…] política do espírito dirigida às gerações novas, que as traga à superfície,
que lhes dê um papel nesta hora de insofismável renovação?” (Doc. 1);
• recurso a exemplos de outros líderes ditatoriais, que se serviram das produções culturais como instrumento
laudatório e catequizador de ideologias políticas – “Desde os Médicis a Mussolini, desde Francisco I a Napoleão,
as artes e as letras sempre foram consideradas como instrumentos indispensáveis à elevação de um povo e ao
esplendor de uma época.” (Doc. 1);
• instrumentalização das manifestações culturais para dar a conhecer a imagem mais favorável do Estado Novo
OU mediatização do regime – “[…] elevação de um povo […] esplendor de uma época.”; “[…] constituem a grande
fachada de uma nacionalidade, o que se vê lá de fora […].” (Doc. 1); “Mas Salazar é mais cauteloso ao ver os
planos de enaltecimento do seu regime […].” (Doc. 3);
• instrumentalização das manifestações culturais para a exaltação da nação OU nacionalismo OU reforço da
identidade e unidade nacionais – “Ao contrário das exposições universais que se realizam pelo mundo fora, o
certame de Belém vira-se apenas para um país, Portugal, e sobretudo para o seu passado […].” OU “[…] cumprir
um dos grandes objetivos do projeto: mostrar aos Europeus o papel de Portugal no mundo.” (Doc. 3).

Questão 3
Tópicos de resposta:
Introdução
• Referência à necessidade, cedo compreendida pelo Estado Novo, de construção de um plano de
produção cultural submetido ao regime.
Presença de princípios ideológicos do regime
• prevalência de manifestações culturais arredadas de preocupações decadentistas e dissolventes da unidade
nacional: “[…] as artes e as letras foram sempre consideradas como instrumentos indispensáveis à elevação de
um povo […] (Doc. 1); a temática popular do filme, a leveza gráfica e a utilização de cores vivas e alegres no
cartaz promocional do filme (doc. 2); “Pelo recinto passarão três milhões de pessoas, para admirar este mundo de
gesso que resume a glória de Portugal, mas também para passear, conviver nos restaurantes ou folgar num
parque de diversões contíguo.” (Doc. 3);
• promoção do nacionalismo OU amor à pátria patente nas festas populares, no teatro, no cinema, no turismo e em
concursos que promoviam a competição regional e bairrista: “É que a arte, a literatura e a ciência constituem a
grande fachada duma nacionalidade […]” (Doc. 1); a inclusão de dois fados na produção musical do filme, o traje
típico da lavadeira e os trajes típicos ribatejanos junto ao coreto (Doc. 2);
• enaltecimento da grandeza histórica de Portugal OU culto dos heróis nacionais, com a recuperação panegírica de
personalidades e períodos da História nacional, visível na realização de exposições nacionais e internacionais,
como a Exposição do Mundo Português, em 1940: “[…] expor o passado é compreender o presente e aprender o
futuro, e não deixa de ser feita a devida ligação ao Estado Novo.”; “[…] o certame de Belém vira-se apenas para
um país, Portugal […] sobretudo para o seu passado.” OU “junta-se o “ano do nascimento” (1140 – oitavo
centenário da fundação de Portugal), o “ano do renascimento” (1640 – terceiro centenário da Restauração da
Independência do reino de Portugal face à governação dos Filipes de Espanha) e o “ano apoteótico do
ressurgimento” (1940 – celebração do duplo centenário mas também dos grandes feitos do Estado Novo), como
diz Ferro.” (Doc. 3);
• projeção da dimensão civilizadora dos Portugueses OU da ação evangelizadora e de integração racial, ao longo
da História, nas diferentes partes do Império Colonial (“só o Brasil, como emanação lusitana, é convidado a
participar” (Doc. 3);
Módulo 7

• defesa do mundo rural e da austeridade, como sinónimo de virtude e moralidade OU crítica à sociedade urbana e
industrial, fonte de todos os vícios e corrupções da moral católica, e dos costumes tradicionais: a temática do
filme, a atividade da lavadeira, a representação das casas simples, de trajes típicos e do coreto da aldeia (Doc.
2);
• difusão de modelos socioculturais OU estandardização de comportamentos, através dos mass media, baseados
no conservadorismo e tradição OU o estereótipo da “verdadeira família portuguesa” ou da “mulher ideal”: destaque
da figura feminina do filme, envergando um traje típico e estereotipado, como personagem principal,
desempenhando uma atividade tradicionalmente associada às mulheres (Doc. 2);
• confiança no progresso OU valorização da estética moderna na arquitetura, nas artes gráficas e audiovisuais
(Doc. 2).
Mecanismos de controlo da produção cultural
• censura exercida sobre artistas, escritores, jornalistas, cineastas e outros OU vigilância e cerceamento da criação
intelectual, sob o pretexto da subversão dos valores do regime;
• conceção de um projeto totalizante decalcado do ideário do Estado Novo OU “política do espírito”: “inteligente e
premeditada política do espírito”; “Em Portugal essa política do espírito tem sido abandonada lamentavelmente
pelos poderes públicos nestes últimos cinquenta anos.” (Doc. 1);
• criação do Secretariado da Propaganda Nacional (SPN), em 1933, dirigido por António Ferro, que definia
os ditames da produção cultural: (Doc. 1 – António Ferro: autor da entrevista que constitui o documento);
• assunção do Estado como a grande entidade empregadora da classe artística nacional OU patrocínio de artistas
das mais variadas áreas culturais para servirem o projeto cultural do regime OU enquadramento das novas
gerações de modernistas na ideologia do regime;
• elaboração de listas das obras literárias “essenciais”, por parte do SPN, que se ficavam pelo Romantismo da
primeira metade do século XIX.

Unidade 5 – A degradação do ambiente internacional

A guerra civil espanhola e a irradiação do fascismo no mundo


Questão 1
Tópicos de resposta:
• [princípios ideológicos em confronto] enquanto os republicanos se apresentam como os defensores das
ideologias e forças da esquerda política (socialistas, comunistas, anarquistas e sindicatos operários) que
estiveram na origem de um governo da Frente Popular, eleito em 1936 (Doc. 1 – “Camaradas da retaguarda…”),
os nacionalistas apresentam-se como Frente Nacional, liderada pelo General Franco, na luta contra o comunismo
dos republicanos, conjugando a defesa dos interesses de monárquicos, conservadores e falangistas, espoliados
dos seus bens, valores e privilégios (Doc. 2);
• [perpetradores do conflito] enquanto os republicanos (documento 1) atribuem aos nacionalistas, e aos seus
apoiantes externos, a responsabilidade pelas mortes e pela destruição em Espanha, os nacionalistas consideram
que a morte chega pela ação dos republicanos (documento 2) e do seu apoiante internacional, a Rússia
comunista, que semeiam a morte nos campos de batalha;
• [apoiantes externos à guerra interna] enquanto no cartaz dos republicanos (Doc. 1) se representa a Alemanha
nazi e a Itália fascista como os principais apoiantes externos da Frente Nacional, dando-se relevo ao envio de
armamento altamente mortífero, no cartaz dos nacionalistas (Doc. 2) representa-se a ideologia comunista,
através da representação de uma figura encarnada, numa alusão à influência e apoio da Rússia soviética à
Frente Popular.

Questão 2
• a) – 2; b) – 1, 3, 4; c) – 5.

Questão 3
Tópicos de resposta:
• divisão política do continente europeu nas vésperas da 2.ª Guerra Mundial, visível na existência de três regimes
políticos em vigor: a democracia parlamentar; a ditadura fascista e conservadora; o comunismo;
• regressão dos regimes parlamentares face à expansão dos regimes ditatoriais (dos 29 países europeus,
Questões por módulo
representados no mapa, a democracia estava presente em apenas 11 Estados) OU fragilidade das democracias
face à expansão das ditaduras OU expansão do totalitarismo;
Módulo 7

• expansão das ditaduras fascistas e conservadoras, na maioria dos países europeus (na Itália e na Alemanha,
nos países ibéricos e num conjunto de nações do leste europeu, respetivamente);
• resistência das democracias parlamentares nos países do Centro e do Norte da Europa, com destaque para a
França e para a Inglaterra;
• consolidação da ditadura comunista (circunscrita à URSS de Estaline).
• expansionismo territorial OU imperialismo da Alemanha nazi, patente na anexação da Áustria e
da Checoslováquia.

Questão 4
• Invasão da Polónia pela Alemanha.

MÓDULO 8 – PORTUGAL E O MUNDO, DA SEGUNDA GUERRA MUNDIAL AO INÍCIO DA


DÉCADA DE 80: OPÇÕES ITERNAS E CONTEXTO INTERNACIONAL

Unidade 1 – Nascimento e afirmação de um novo quadro geopolítico

Desenha-se uma nova ordem internacional


Questão 1
• (C).

Questão 2
• (D).

Questão 3
• A Organização das Nações Unidas fora criada no ano anterior (1945) com o principal objetivo de manter a paz e
a segurança internacionais. Churchill alude à possibilidade de uma nova guerra, pelo que se justifica o recurso à
ONU para dirimir o conflito: “Mas o que devemos considerar aqui, hoje, enquanto há tempo, é uma permanente
prevenção da guerra.”

Questão 4
• Bloqueio de Berlim.

Questão 5
Tópicos de resposta:
• isolamento da Europa de Leste, sob influência soviética, do mundo ocidental ─ estabelecimento da “cortina de
ferro”: “Ninguém sabe o que a Rússia Soviética e a sua organização comunista internacional pretendem fazer num
futuro imediato, ou quais são os limites das suas tendências expansionistas e proselitistas”;
• imposição da hegemonia soviética, entre 1946 e 1948, a todos os países europeus libertados do nazismo pelo
Exército Vermelho OU progressiva sovietização dos países da Europa de Leste ocupados pelo Exército Vermelho,
no segundo pós-guerra: “todas essas cidades ilustres e as suas populações estão sujeitas à influência soviética e
ao crescente controlo de Moscovo”; “Os partidos comunistas, que eram muito pequenos em todos esses países da
Europa Oriental, foram colocados em preeminência e adquiriram um poder muito superior à sua importância,
procurando obter um controlo totalitário”;
• questão alemã/Bloqueio de Berlim (junho de 1948 a maio de 1949): desentendimento na gestão conjunta do
território alemão, dando origem ao primeiro confronto entre soviéticos e americanos – bloqueio soviético de todas
as ligações terrestres a Berlim Ocidental; estabelecimento, pelos Estados Unidos, de uma ponte aérea de
abastecimento entre as duas regiões, como documentado pela foto (Doc. 2).

O tempo da Guerra Fria


Questão 1
• (C).
Questões por módulo

Questão 2
Tópicos de resposta:
• [aceitação da ajuda norte-americana] ─ enquanto no documento 1 ─ perspetiva norte-americana/ocidental ─ se
mostra que a ajuda económica dos EUA foi a seiva e o suporte indispensáveis à reconstrução da Europa no
segundo pós-guerra, no documento 2 ─ perspetiva soviética ─, os trabalhadores rejeitam liminarmente as ofertas
norte-americanas, símbolo do imperialismo capitalista;
• [defesa da paz] – enquanto no documento 1 o Plano Marshall significa a defesa e a promoção da paz e da
liberdade na Europa Ocidental, ideais simbolicamente representados pelas pombas brancas que alimentam o
ninho das nações europeias, no cartaz soviético a ameaça à paz e a repressão provêm do Ocidente, pois o
Tratado do Atlântico Norte (que esteve na base da organização militar do bloco capitalista, a OTAN) encobre
uma espingarda pronta a disparar e a provocar uma guerra;
• [reconstrução da Europa] ─ enquanto no documento 1 se mostra que o Plano Marshall permitiu o renascimento
das nações europeias que aceitaram aquela ajuda económica (na árvore destruída começam a nascer novas
folhas), no documento 2 associam-se ao plano intenções destrutivas, enquanto os povos celebram, com júbilo, a
sua filiação à URSS, provando-se que a reconstrução da Europa é possível sem o auxílio americano.

Questão 3
• (A) – 1, 4; (B) – 3; (C) – 2; 5.

Questão 4
Tópicos de resposta:
• bipolarismo OU constituição de dois blocos ideologicamente antagónicos, que disputam entre si áreas de
influência a nível mundial: a constituição de alianças militares, patente no Doc. 3, remete para a formação de
blocos político-militares; “Incapazes de estabelecer e manter a sua dominação pelos métodos antigos, estas
potências tentam envolver os países do Próximo e Médio Oriente em blocos agressivos”;
• clima de hostilidade, tensão e desconfiança entre os blocos americano e soviético, que se atribuem mutuamente
intenções maquiavélicas – clima de Guerra Fria: o ministro dos Negócios Estrangeiros soviético atribui aos EUA e
aos seus aliados a tensão militar no Próximo e Médio Oriente, levada a cabo por “certas potências ocidentais” com
intenção de dominar a zona (“Incapazes de estabelecer e manter a sua dominação pelos métodos antigos, estas
potências tentam envolver os países do Próximo e Médio Oriente em blocos agressivos”). Afirma também que os
Estados Unidos e a Grã-Bretanha, “tal como muitas vezes aconteceu no passado”, fazem “ridículas efabulações
sobre uma “ameaça soviética” (Doc. 3);
• corrida ao armamento OU escalada armamentista – embora as duas grandes potências evitem o choque direto,
proliferam as armas convencionais e nucleares, tentando cada bloco, pelo poder de destruição criado, dissuadir o
seu opositor de qualquer ataque – note-se o investimento crescente em armas nucleares, patente no Doc. 4.

A evolução económica do mundo capitalista


Questão 1
• (A).

Questão 2
• (B).

Questão 3
Tópicos de resposta:
• impulso dado pela Ajuda Marshall, que inverteu o estado de pobreza do pós-guerra, injetando na
economia europeia milhões de dólares em bens de consumo e equipamento (gráfico do Doc. 1);
• aceleração dos progressos técnicos e tecnológicos, com a criação de novas indústrias – como a IBM, na área da
eletrónica (Doc. 2) –, que fizeram crescer a produção num ritmo acelerado: “Quais são as condições do
crescimento económico? […] as grandes inovações”;
• aumento da concentração industrial e do número de multinacionais com recursos suficientes para promover a
investigação e o avanço tecnológico (a multinacional IBM– Doc. 2);
Módulo 8

• crescimento demográfico (ou baby-boom), com implicações no aumento da população ativa e do número de
consumidores (“Quais são as condições do crescimento económico? O despertar demográfico europeu” – Doc.
3).

Questão 4
• (C).

As democracias populares
Questão 1
• II; III.

Questão 2
• (A).

Questão 3
• Economia de direção central OU economia planificada.

Questão 4
Tópicos de correção:
• os meios de produção pertencem ao Estado, que define as produções e os objetivos a atingir. É este sistema que
permite a planificação económica, patente no Doc. 2;
• os objetivos económicos são estabelecidos, geralmente, a cada cinco anos: “Cumpriremos o plano quinquenal em
4 anos” (Doc. 2);
• as economias socialistas registaram um forte crescimento nos anos subsequentes à Segunda Guerra Mundial.
Este impulso ressalta da intenção de atingir, em apenas 4 anos, os objetivos previstos para 5 anos (“Cumpriremos
o plano quinquenal em 4 anos”);
• foi dada prioridade à indústria, sobretudo à indústria pesada, que corresponde ao trabalhador que é apresentado
na imagem.

O fim dos impérios europeus


Questão 1
• Ordenação das letras: (B); (C); (A); (D).

Questão 2
Tópicos de resposta:
• o apoio da ONU ao processo descolonizador. Fundada sob o signo da igualdade entre os povos, na sua
Carta fundadora (1945) consagra, na alínea b) do artigo 73.º (Doc. 1) o princípio da autodeterminação das
colónias (“territórios cujos povos não se governem completamente a si mesmos”);
• o apoio dos países socialistas que, em nome da ideologia marxista, apoiam a revolta dos povos colonizados, que
consideram oprimidos pelos interesses capitalistas. Este apoio, que permitiu também alargar a área de influência
socialista, está patente na caricatura de origem húngara (Doc. 2).

Questão 3
• (B).

Unidade 2 – Portugal, do autoritarismo à democracia

A economia portuguesa, de 1945 ao início da década de 70


Questão 1
• (B).
Questões por módulo

Questão 2
Tópicos de resposta
Agricultura vista como:
• atividade ligada à produção de alimentos e, por isso, setor primordial de um Estado que visa a autarcia,
considerada “medida salutar para o reforço da nossa independência política”;
• elemento de estabilidade moral e económica, devido à relação ancestral dos homens com a terra: “a agricultura,
pela sua maior estabilidade, pelo seu enraizamento natural no solo e mais estreita ligação com a produção de
alimentos, constitui a garantia por excelência da própria vida”;
• atividade formadora de indivíduos fortes e resistentes, identificados com os valores do Estado Novo, “devido à
formação que imprime nas almas, manancial inesgotável de forças de resistência social”.

Questão 3
• (D).

Questão 4
Tópicos de resposta:
Introdução
Breve alusão à situação económica, no período de 1945 ao início da década de 70, marcada pelo contraste entre a
estagnação do mundo rural e os progressos da industrialização do país.
Situação do mundo rural
• estagnação e baixa produtividade, que o elevado número de mão de obra atesta por si só: Portugal ocupava mais
de 32% da sua população ativa no setor primário (Doc. 2), contra os 5% dos Estados Unidos, os 10,2% da RFA
ou os 15,8% da França, que constituem exemplos de países economicamente desenvolvidos; Salazar (Doc. 1)
refere explicitamente a pouca rentabilidade da agricultura: “Sabe-se que a indústria tem rentabilidade superior à
agricultura e que só pela industrialização se pode decisivamente elevar o nível de vida”; Rogério Martins afirma
que, na indústria, “a produtividade do trabalho é quatro vezes à do setor primário” (Doc. 4);
• isolamento das regiões do interior: a falta de vias de comunicação, que ligassem as regiões produtoras às cidades
do litoral, contribuía para desincentivar os investimentos na agricultura;
• sobrepovoamento do mundo rural (32% da população ativa – Doc. 2), onde, face à escassa produtividade do setor
agrícola, grassava a pobreza;
• êxodo rural e emigração que, a prazo, esvaziaram as aldeias do interior. A forte vaga de emigração dos anos
60 (documentada na fotografia do Doc. 3) provém essencialmente dos campos e constitui uma fuga à pobreza;
• dimensão da propriedade agrícola com assimetrias Norte-Sul, predominando o minifúndio a Norte e o latifúndio
a Sul, o que resulta na fraca mecanização das terras do Norte do país e no subaproveitamento dos latifúndios do
Sul;
• exploração de cerca de 1/3 da área agrícola em regime de arrendamento precário, o que constituía um entrave ao
investimento;
• preços agrícolas baixos, desincentivando o investimento e agravando as dificuldades dos agricultores.
Surto industrial
• continuidade do ideal de autarcia no período salazarista (“o uso quase exclusivo de meios próprios […] medida
salutar para o reforço da nossa independência política” – Doc. 1), pelo que a produção industrial visava,
sobretudo, o consumo interno;
• adoção de uma política de desenvolvimento económico com a criação de Planos de Fomento, a partir de 1953 –
data do I Plano de Fomento, sobre o qual discursa Salazar –, que investe inicialmente em infraestruturas e
indústrias de base (“No que se refere à indústria e pondo de lado os transportes, o Plano restringe-se na
Metrópole a meia dúzia de indústrias consideradas básicas pela sua importância própria e repercussão nas
demais, e na produção e distribuição de energia” – Doc. 1);
• subordinação do setor agrícola à política de fomento industrial, defendida por Rogério Martins, no Doc. 4: “Ao
repetir […] que a indústria é a mais importante das atividades económicas nacionais, que dela nos vem quase
metade do nosso produto bruto […] o que eu tenho é tentado desfazer o mito vetusto do país predominantemente
agrário que já não somos”;
Módulo 8

• progressiva integração de Portugal em estruturas internacionais de cooperação económica, como a OECE


(depois OCDE) – em virtude das ajudas recebidas do Plano Marshall –, a EFTA, o BIRD, o FMI e o GATT OU
aligeiramento da autarcia por pressões internas que defendiam a integração do país “na teia de trocas mundial”
(Doc. 4);
• inversão da política de autarcia, no decurso do período marcelista, evidenciada na referência de Rogério Martins à
“nova política industrial”, que afirma pressupor uma “mudança radical de atitude […] de protecionista passa a
liberal, de autárcica passa a plenamente inserida na teia de trocas mundial” (Doc. 4).

As eleições de 1958
Questão 1
Tópicos de resposta:
• ausência de eleições livres (OU manipulação dos atos eleitorais) como estratégia de perpetuação da situação
política: “Não há eleição falsificada que possa iludir ou deter esta verdade!”; “Duvida-se, porém, que o fácies
despótico e estático do atual governo permita que o povo português tenha suficiente confiança nele para presidir
às eleições”;
• manutenção de uma polícia política, a Polícia Internacional e de Defesa do Estado – PIDE, que recorria à
detenção (OU outros exemplos) para reprimir a contestação ao regime: “fiquei detido pela PIDE”;
• intervenção da GNR nas manifestações de apoio ao candidato da oposição ao regime: “a Guarda Republicana,
barrando as estradas, não deixava passar mais”;
• existência de censura prévia, limitando a liberdade de expressão: “os jornais receberam ordens para não
publicarem fotografias de aspetos da multidão do Porto”; “Onde se desceu, meus senhores, não sabe a Nação.
A censura não deixa”.

Questão 2
• (C)

Questão 3
• “Pois agora teremos de pacientemente varrer a sementeira de ódios com que por ato de outrem a atmosfera do
país se envenenou.”

Questão 4
Tópicos de resposta:
• [apoio da população portuguesa] enquanto no documento 1 – perspetiva de Humberto Delgado – se defende
que o povo português está, na sua maioria, ao lado da candidatura do General Sem Medo (“Estamos perante um
pronunciamento da vontade nacional”; “o povo das duas maiores cidades do país correu à rua”; “Depois das
jornadas triunfais do Norte do país, Lisboa esperava-me numa receção apoteótica”), no documento 2 – perspetiva
de Salazar – defende-se que os apoiantes da oposição constituem uma minoria, havendo uma expressiva adesão
popular às políticas governativas do regime (“Mas nós somos todos os mais. Somos tantos os que comungamos
no mesmo ideal, somos tantos os que estamos ligados pela mesma compreensão do interesse pátrio, e temos
trabalhado e sofrido para maior prestígio e engrandecimento da Nação”);
• [clima da campanha] enquanto no documento 1 se defende que o regime institui um clima de medo durante a
campanha eleitoral (“também como vós homem livre e sem medo”), no documento 2 nega-se o argumento usado
pela oposição de que a campanha eleitoral foi marcada por um clima de medo: “a presença nas urnas contradiz, e
clamorosamente, […] um dos lugares-comuns desta, o medo, contra cujo fantasma se fingiu ter de lutar”;
• [atitude do regime] enquanto no documento 1 se defende que, em diferentes momentos da campanha, o regime
recorreu à força contra a oposição através dos seus organismos, nomeadamente a polícia política e a censura
(“Depois de vários incidentes e de Lisboa ter assistido a cargas de cavalaria e tiroteio, fiquei detido pela PIDE e
por forças policiais na minha residência”; “a Guarda Republicana, barrando as estradas, não deixava passar mais”;
“os jornais receberam ordens para não publicarem fotografias de aspetos da multidão do Porto”; “A censura não
deixa”), no documento 2 defende-se que o regime não faz uso da violência nem cria divisões entre os portugueses
(“Não fazemos apelo à violência”);
• [ação da oposição] enquanto no documento 1 se defende que a candidatura da oposição se vê constantemente
limitada pelas “forças repressivas” nas suas ações de campanha (“o seu candidato era obrigado […] a não poder
receber as entusiásticas saudações do povo de Lisboa e era obrigado a regressar a casa pela parte desértica da
Questões por módulo

cidade”; “Já na minha viagem ao Norte, a comitiva que me acompanhava, se viu reduzida de dezenas de
automóveis a três ou, vá lá, quatro, porque a Guarda Republicana, barrando as estradas, não deixava passar
mais”), no documento 2 recusa-se a acusação de que o governo ordenou ações contra a oposição e que, pelo
contrário, se vê como positiva a sua participação na campanha eleitoral: “regozijamo-nos com o facto de as
oposições se terem disposto a concorrer à eleição presidencial”;
• [legalidade das eleições] enquanto no documento 1 se desconfia da legalidade do sufrágio, colocando-se a
hipótese de fraude eleitoral (“Não há eleição falsificada que possa iludir ou deter esta verdade”; “Duvida-se,
porém, que o fácies despótico e estático do atual governo permita que o povo português tenha suficiente
confiança nele para presidir às eleições”), no documento 2 defende-se que o governo criou as condições
necessárias para que as forças da oposição pudessem participar livremente no processo eleitoral: “o Governo
tem feito os máximos esforços e lutado com as maiores dificuldades para possibilitar-lhes a atividade e levá-las
até às urnas”.

Questão 5
• Ordenação das letras: (D); (B); (A); (C).

O tempo do PREC
Questão 1
• PREC: Processo Revolucionário em Curso.

Questão 2
• III; V.

Questão 3
Tópicos de resposta:
• a apropriação pelo Estado dos principais meios de produção (bancos, seguradoras, indústrias de base), de acordo
com a definição do rumo socialista da revolução portuguesa (“[…] construção de uma sociedade socialista:
Sociedade sem classes, obtida pela coletivização dos meios de produção” – Doc. 1)
• a destruição dos grandes grupos económicos capitalistas OU a destruição dos monopólios, de forma a eliminar a
“exploração” capitalista: “destruição da dominação económica e social dos monopólios”; “[…] eliminando todas as
formas de exploração do homem pelo homem.” (Doc. 1);
• a implementação de uma reforma agrária capaz de eliminar os latifúndios do Sul do país, transferindo a
administração das terras para cooperativas de produção, geridas pelos trabalhadores. A referência à reforma
agrária está patente no Doc. 1 (“destruição da dominação económica e social […] dos grandes agrários”), mas
sobretudo no Doc. 2, em que o Partido Comunista Português apela à solidariedade com os trabalhadores do
Alentejo – zona de latifúndios, por excelência – em defesa da “reforma agrária”;
• a intervenção ativa dos trabalhadores na gestão económica, quer participando nas UCP criadas no contexto da
reforma agrária (Doc. 1), quer nas empresas, em que as comissões de trabalhadores muitas vezes substituíram as
antigas administrações: “A classe trabalhadora (operários, assalariados agrícolas, empregados) é aquela que mais
imediatamente está em condições de impulsionar a revolução” – Doc. 2.

Questão 4
• (A).

Questão 5
Tópicos de resposta:
• durante o PREC os cidadãos manifestaram-se de forma intensa, e até tumultuária, mas fizeram-no no uso das
suas liberdades cívicas, como o direito de opinião, de manifestação, direito à greve, entre outras liberdades
próprias das democracias (“O PREC é o resultado de um tumulto que era inevitável ao fim de 48 anos de ditadura.
A ideia que, depois do dia inicial e limpo, as coisas pudessem ser higiénicas é irrealista. Era inevitável que as
coisas fossem complicadas e tumultuárias”);
• foi em abril de 1975, em pleno PREC, que se realizaram as primeiras eleições livres, pluralistas e universais – as
eleições para a Assembleia Constituinte, em que a maioria dos votos recaiu no PS. “O processo democrático
começou no PREC […] Quando as pessoas votaram no PS”;
Módulo 8

• em 1976, exatamente dois anos depois da Revolução de 25 de Abril e ainda no período do PREC, entrou em
vigor a constituição fundadora da democracia portuguesa – Constituição de 1976 – que consagrava as liberdades
cívicas e o pluralismo democrático: “[…] quando, anos mais tarde, votaram na AD (Aliança Democrática, coligação
do PSD, CDS, PPM e Renovadores, dirigida por Sá Carneiro) permitindo a primeira mudança significativa do
poder no pós-25 de Abril, fizeram-no em liberdade”;
• os ideais democráticos que presidiram à Revolução de Abril foram reiterados no Documento dos Nove (agosto
de 1975), assinado por nove oficiais do Conselho da Revolução, que teve uma influência decisiva na implantação
da democracia portuguesa;
• em 25 de novembro de 1976, forças de vários quadrantes conseguiram travar uma tentativa de golpe militar que
tinha por objetivo a manutenção do processo revolucionário que implantaria, em Portugal, um regime socialista.

MÓDULO 9 – ALTERAÇÕES GEOESTRATÉGICAS, TENSÕES POLÍTICAS E


TRANSFORMAÇÕES SOCIOCULTURAIS NO MUNDO ATUAL

Unidade 1 – O fim do sistema internacional da Guerra Fria e a persistência da dicotomia Norte-Sul

O fim do modelo soviético


Questão 1
• (A).

Questão 2
• (C).

Questão 3
• (B).

Questão 4
• (A).

Questão 5
• a) – 1, 5, 7; b) – 3; c) – 2, 4, 6.

O gigante americano
Questão 1
• (C).

Questão 2
• (A).

Questão 3
• Ordenação das letras: (B); (C); (D); (A).

Questão 4
Tópicos de resposta:
• uma economia próspera – a maior economia mundial – capaz de investir maciçamente no setor da Defesa. O
Doc. 1 refere a “supremacia material” dos Estados Unidos e o Doc. 2 mostra o dinamismo das empresas privadas,
que desviam enormes verbas para a pesquisa científica e tecnológica;
• o investimento em tecnologia militar, patente nas avultadas verbas do Estado Federal em I&D (Doc. 2), que
garante ao país armas de última geração (“monopólio das catapultas para porta-aviões, mísseis cruzeiro com
alcance de 2500 km” – Doc. 1);
• o posicionamento de equipamentos e efetivos militares um pouco por todo o globo, “indispensável ao controlo dos
fluxos estratégicos” e que lhe permitem “intervir num curto espaço de tempo em qualquer ponto crítico”, apoiadas
num grande número de bases militares: “Esta dupla capacidade assenta nas bases que mantêm no seu próprio
território ou no dos seus aliados” (Doc. 1);
Questões por módulo

• as numerosas alianças militares e acordos que mantêm com outros países, das quais se destaca a NATO. Estas
alianças permitem-lhes espalhar bases militares pelo mundo, com referido no Doc. 1: “bases que mantêm no seu
próprio território ou no dos seus aliados”.

A União Europeia
Questão 1
• (B).

Questão 2
• (B).

Questão 3
• (A).

Questão 4
• a) – 2, 6; b) – 3, 7; c) – 1, 4, 5.

Questão 5
• Ordenação das letras: (A); (C); (B);
(D).

A abertura da China à economia de mercado


Questão 1
• (B).

Questão 2
• (A).

Questão 3
Tópicos de
correção:
A economia chinesa cresceu exponencialmente. A China viu o seu PIB aumentar cerca de 800% entre 1980 e 2007.
Este crescimento ficou a dever-se, entre outros fatores:
• ao fim do isolacionismo económico, integrando-se o país na economia mundial: “As Zonas Económicas Especiais
são como janelas abertas sobre o mundo” (Doc. 1);
• às reformas de Deng Xiaoping, que cria, em 1980, Zonas Económicas Especiais, onde convida as empresas
estrangeiras a estabelecer-se, em condições aliciantes: “As Zonas Económicas Especiais […] permitem a entrada
de técnicas, formas de gestão e conhecimentos de outros países” (Doc. 1);
• à atração das empresas estrangeiras pelas condições oferecidas pela China. Em pouco tempo, deslocalizam-se
para a China grandes empresas de todo o mundo, o que fez crescer aceleradamente o PIB chinês e as
exportações, entre 1980 e 2007, se multiplicaram por 12 (aprox.) (Doc. 2);
• à capacidade produtiva da China, que não só foi capaz de atrair a produção estrangeira, como fez crescer uma
produção própria, que a transformou na “fábrica do mundo”, como se comprova pelo crescimento intenso das
exportações, conjugado com a percentagem que nelas ocupam os produtos industriais – praticamente o total das
exportações, em 2007 (Doc. 2).

O conflito israelo-palestiniano
Questão 1
• (C).

Questão 2
• (A).
Módulo 9

Questão 3
Tópicos de resposta:
• [origem do conflito] enquanto no documento 1 – perspetiva de Yasser Arafat – se defende que o conflito israelo-
palestiniano é motivado pela tentativa de usurpação, pelos israelitas, das terras que, por direito, pertencem ao
povo árabe OU pela resistência dos palestinianos ao aniquilamento da sua pátria pela “invasão sionista”, no
documento 2 – perspetiva de Amos Oz – considera-se que o conflito é originado pelos direitos legítimos que dois
povos – o palestiniano e o israelita – têm sobre o mesmo território;
• [violência do conflito] enquanto no documento 1 se descreve a violência de três décadas de conflito pondo em
relevo as vítimas palestinianas, consideradas vítimas dos judeus e mártires de uma causa justa, no documento 2
descreve-se a violência e o clima de medo que se vive na Palestina, equiparando a “tragédia” dos dois povos, sem
imputar culpas acrescidas a qualquer deles;
• [solução para o conflito] enquanto no documento 1 se considera que a paz passa pela ajuda internacional à
causa palestiniana e pela criação de um Estado árabe independente, rejeitando-se completamente a convivência
entre árabes e judeus num mesmo Estado, no documento 2 afirma-se que, embora a constituição de dois Estados,
um árabe e outro judeu, se afigure a única solução possível, ela trará uma paz incompleta, já que não satisfará
qualquer dos povos em luta;
• [postura pessoal perante o conflito] enquanto Yasser Arafat se assume como líder de uma guerra justa que,
embora disposto a fazer a paz, está também disposto a continuar a lutar, caso as condições de paz não
correspondam aos seus anseios (“hoje eu vim com um ramo de oliveira e a arma de combatente da liberdade”),
Amos Oz declara-se “pacifista militante” e considera que o combate se trava “entre o certo e o certo”.

Questão 4
• d); e).

Unidade 2 – A viragem para uma outra era

A afirmação do neoliberalismo e a globalização da economia


Questão 1
• (C)

Questão 2
• a) – 2, 5; b) – 3, 6; c) – 1, 4, 7

Questão 3
Tópicos de resposta:
• adoção, pelos países ocidentais (Doc. 1), de políticas neoliberais que reduzem a intervenção estatal na economia
OU que recuam nas medidas protecionistas, favorecendo a abertura dos mercados e o investimento estrangeiro:
“Em breve, faremos a maior operação de privatização de sempre, com a British Telecom e a British Airways; e
ainda não acabámos” (linha 6);
• criação da OMC (1995), que promoveu a redução das tarifas aduaneiras e outros obstáculos ao comércio: a partir
de 1995 (Doc. 2), o comércio internacional conhece um impulso irreversível;
• favorecimento da livre iniciativa e da concorrência, pelos governos neoliberais, que impulsionam o investimento
privado e os negócios: “A privatização contribui para uma maior motivação dos empresários e dos
trabalhadores, para o aumento dos lucros e dos investimentos […]” (linha 2);
• desregulação dos mercados, promovida pelas políticas neoliberais, favorece a circulação de capitais e faz
aumentar os investimentos estrangeiros, contribuindo para o crescimento do comércio internacional de bens e
serviços: “o investimento está a crescer” (linha 17);
• desenvolvimento das tecnologias permite que as empresas possam ser geridas em qualquer parte do mundo e
impulsionaram a deslocalização das empresas para regiões que garantem custos de produção mais reduzidos
(OU a expansão das multinacionais) e interdependência dos mercados internacionais: “[…] além do facto de as
novas tecnologias terem gerado despedimentos” (linha 19).
Questões por módulo
Questão 4
A OMC (Organização Mundial do Comércio).

Questão 5
Tópicos de resposta:
Introdução
• Referência à conjuntura económica e política que, desde os anos 70, favoreceu a globalização da economia:
– a desregulamentação do sistema monetário internacional, pelo fim do sistema de Bretton Woods (1971) e a
crise energética provocada pelos choques petrolíferos, nos anos 70, abalaram as economias capitalistas,
que encontraram nas soluções neoliberais a solução para a redução dos défices públicos e a superação da
estagnação económica;
– o colapso da URSS (1991), a progressiva abertura de novos mercados na Europa de Leste e a integração
dos antigos países do bloco comunista e da China nos circuitos da economia global.
As opções socioeconómicas do neoliberalismo no quadro da reformulação do papel do Estado
• defesa da redução do papel do Estado na economia, no quadro do abrandamento do crescimento económico do
mundo capitalista (OU após a crise da década de 70) OU defesa da redução da despesa pública com vista à
superação da estagnação económica; “A nível nacional, o governo privatizou, desde 1979, um total de treze
empresas” (linha 2, Doc. 1);
• recusa do modelo intervencionista (OU keynesiano, OU do Estado-Providência), com a crença no efeito regulador
dos mercados na redistribuição do rendimento: “alguns […] olham para o passado, para o segundo pós-guerra,
quando parecíamos no limiar de um admirável mundo novo” (linha 15, Doc. 1);
• redução da despesa pública através da adoção de uma política de privatização de setores-chave da economia
(OU de serviços até então públicos): “Em breve, faremos a maior operação de privatização de sempre, com a
British Telecom e a British Airways; e ainda não acabámos” (linha 6, Doc. 1);
• valorização da iniciativa privada e da responsabilidade individual, promovendo-se o empreendedorismo: “Nos
nossos debates, falámos sobre a necessidade de estimular o empreendedorismo” (OU “O que conta é aquilo que
cada um de nós pode fazer pelo país”);
• redução das despesas feitas no âmbito do Estado-Providência, com a aplicação de cortes no setor da proteção
social (OU nos serviços públicos, OU outro exemplo): “A nível nacional, o governo privatizou, desde 1979, um
total de treze empresas” (linha 2, Doc. 1);
• adoção, pelo Estado, de políticas de redução da fiscalidade para promover o investimento (OU a produtividade OU
a competitividade) das empresas: “Este governo reafirma a responsabilidade final do Parlamento de controlar a
carga fiscal que onera os nossos cidadãos” (linha 1, Doc. 1);
• combate à inflação através do controlo exercido sobre os salários do funcionalismo público (OU através da
limitação das emissões monetárias): “Reduzimos a inflação para um valor inferior a 5%” (linha 16, Doc. 1);
• defesa da livre-iniciativa (OU da livre concorrência) como meio de criação da riqueza individual e do país:
“A privatização contribui para uma maior motivação dos empresários e dos trabalhadores, para o aumento dos
lucros e dos investimentos, além de que, hoje, muitos dos trabalhadores têm agora uma participação na empresa
para a qual trabalham” (linha 2, Doc.1);
• promoção da produtividade e do investimento, através da desregulação dos mercados e de políticas fiscais
atrativas: “a produção tem subido desde 1981, e o investimento está a crescer” (linha 17, Doc. 1);
• diminuição do papel regulador do Estado no mercado laboral, de acordo com os interesses empresariais: “Não
contem com o Partido Conservador para a ultrapassada doutrina marxista relativa à luta de classes” (linha 12,
Doc. 1) (OU “deveremos apoiar o sindicalismo moderado e responsável” (linha 21, Doc. 1);
• denegação das reivindicações dos trabalhadores e desvalorização do papel do movimento sindical:
“Relativamente ao setor mineiro, há mais de sete meses que vivemos uma greve penosa. […] Quando esta
terminar – e algum dia há de terminar” (linha 20, Doc. 1), (OU “Aquilo a que assistimos foi a emergência de uma
minoria revolucionária […] cujo objetivo é destruir a lei, a ordem e o regime parlamentar democrático” (linha 23,
Doc. 1).
Os impactos da globalização na economia e na sociedade
• crescimento do comércio (Doc. 2), OU o aumento das exportações (Doc. 3), OU liberalização das trocas (Doc. 3)
de bens e serviços à escala mundial;
• a ação da OMC partir de 1995 (Doc. 2), que promoveu a redução das barreiras alfandegárias, facilitando o livre
comércio (Doc. 3) de bens e serviços;
Módulo 9

• consolidação do comércio mundial, assente no funcionamento de mercados regionais de comércio livre, como a
UE ou a NAFTA (OU outros);
• desafio de competitividade colocado às empresas nacionais face a empresas multinacionais, que utilizam
estratégias de produção e de comercialização à escala mundial;
• movimentação de capitais à escala mundial, nomeadamente de investimentos lucrativos em grandes praças
financeiras;
• reforço do recurso às tecnologias de informação e de comunicação nas transações comerciais e financeiras à
escala mundial;
• necessidade de reconversão (OU de especialização) da mão de obra, no quadro da utilização de novas
tecnologias de comunicação e informação;
• aumento da precariedade do trabalho (OU do desemprego, OU da exclusão), associada à flexibilização do
mercado laboral (OU à deslocalização de empresas): “[…] além do facto de as novas tecnologias terem gerado
despedimentos.” (linha 19, Doc. 1);
• custos sociais das políticas de rigor orçamental, para redução dos défices nacionais (OU para garantir a
competitividade no quadro da economia mundial): “O desemprego não tem diminuído, porque a população ativa
está a aumentar […]” (linha 16, Doc. 1);
• uniformização de gostos e de hábitos culturais, promovida pelo consumo à escala mundial e estimulada pela
publicidade e pelo crédito;
• expetativas de melhoria das condições de vida: “As nossas exportações criam empregos e riqueza; Ao comprar o
que precisamos, melhoramos o nosso nível de vida. | 3Isso parece-me um bom equilíbrio! Sim, e um futuro
brilhante também!” (Doc. 3);
• emergência do debate político sobre o papel da globalização: para os seus defensores, reduziu as desigualdades
entre países, criou riqueza e empregos (Doc. 3); para os críticos, agravou as assimetrias entre países ricos e
países pobres, aumentou a preponderância dos países mais ricos (OU das grandes multinacionais) na condução
dos destinos do mundo, agravou o desemprego nos países mais ricos e a exploração dos trabalhadores nos
países pobres.

Questões transnacionais e desafios do novo milénio


Questão 1
• Ordenação das letras: (B), (C), (D), (A).

Questão 2
• I, IV.

Questão 3
• (A)

Questão 4
• a) – 2; b) – 3; c) – 2; d) – 4.

Questão 5
Tópicos de resposta:
• crescimento de fluxos migratórios que afetam o modelo culturalmente uniforme das sociedades ocidentais (OU
que disseminam a multiculturalidade e a pluralidade étnica no mundo ocidental): “o descontrolo das emigrações é
uma ameaça […] do novo milénio, com expressão na crescente multiplicação das sociedades multiculturais, e
também multiétnicas, que crescem onde antes vigorou o princípio ou o objetivo da uniformidade cultural e
nacional” (linha 14);
• predominância do modelo cultural ocidental, que decorre da constituição de um mundo unipolar liderado pelos
Estados Unidos “[…] o modelo atlântico especificamente americano, da democracia política, da economia de
mercado e do respeito pelos Direitos Humanos […], se espalharia pelo mundo […]” (linha 4);
• globalização cultural, resultante da globalização económica e do predomínio das grandes multinacionais que, ao
disseminarem os valores da sociedade de consumo, favorecem a massificação cultural: “Chegamos à entrada do
Questões por módulo

novo milénio assistindo a uma crescente imposição ao mundo de um elemento essencial […], que é o do mercado.
Neste modelo de livre circulação de capitais e mercadorias assenta muita da hegemonia […] dos mais capazes”
(linha 8);
• agudização das desiguladades sociais entre países e dentro da própria sociedade, como consequência do
processo de liberalização das economias, que favorece os países mais ricos: “Neste modelo de livre circulação de
capitais e mercadorias assenta muita da hegemonia […] dos mais capazes. O efeito inerente, e também global, é
o de uma divisão que se aprofunda entre admitidos e excluídos, […] retratando um sul do mundo […] em que os
recursos se fixam abaixo dos níveis de pobreza” (linha 9);.
• progressiva consolidação da sociedade da comunicação que assenta no desenvolvimento das novas tecnologias
da informação e comunicação e na democratização (OU na democratização da Internet e das tecnologias a ela
inerentes): “Esta situação […] exige que […] se consiga mundializar um modelo de sociedade da informação, do
saber e da sabedoria […]” (linha 18).

Questão 6
Tópicos de resposta:
• criação do Painel Intergovernamental sobre Mudanças Climáticas (1988), cujo trabalho científico em matéria
climática, apresentado publicamente em relatórios periódicos, permite avaliar os riscos e definir e adotar políticas
sustentadas com vista a minorar o impacto das alterações climáticas: “O Relatório especial sobre o aquecimento
global de 1,5 °C do Painel Intergovernamental para as Mudanças Climáticas causou muita turbulência e fez correr
muita tinta. […] Para superar este desafio do século, os cientistas defendem uma mudança radical no
comportamento” (linha 1);
• realização, desde 1995, das Cimeiras do Clima, no âmbito da Convenção-Quadro das Nações Unidas sobre
Alteraçãos Climáticas, que reúnem, anualmente, os chefes de Estado de todos os países membros, académicos,
representantes de ONG e de associações da sociedade civil para aprovar decisões relativas à ação climática:
“COP 21”;
• aprovação do Acordo de Paris (imagem D, Doc. 1), que se traduziu no consenso mundial para a adoção de
medidas para limitar o aquecimento da terra até 1,5 ºC até ao final do século: “A fim de evitar
consequências catastróficas, o aquecimento global deve ser limitado a 1,5 °C acima dos níveis pré-
industriais […]. […] em sintonia com o Acordo de Paris de 2015 (COP-21)” (linha 3);
• aprovação da Agenda 2030 das Nações Unidas, cujos objetivos (ODS) e respetivas metas visam responsabilizar
os políticos e toda a sociedade no desenvolvimento sustentável em matéria económica, social e ambiental: “A fim
de evitar consequências catastróficas, o aquecimento global deve ser limitado a 1,5 °C acima dos níveis pré-
industriais […]. […] em sintonia com […] a Agenda 2030 das Nações Unidas para o Desenvolvimento
Sustentável (ODS) (linha 3).

Questão 7
• “A fim de evitar consequências catastróficas, o aquecimento global deve ser limitado a 1,5 °C acima dos
níveis pré-industriais, alertou o relatório. Contudo, como sabemos, estamos longe de alcançar essa marca.”

Questão 8
• (B)

Questão 9
Tópicos de resposta:
Introdução
Referência ao contexto político, económico e científico-tecnológico que enquadram os finais do século XX e as
primeiras décadas do novo milénio:
– o fim da Guerra Fria e a esperança numa nova época de paz, de democratização do mundo e de
cooperação entre as nações;
– os avanços na ciência e o progresso nas tecnológicos que acompanhavam o processo de abertura
das economias antecipavam um desenvolvimento mais equilibrado das nações.
Os problemas transnacionais num mundo globalizado
• aumento da ameaça terrorista internacional, resultante da intensificação do fundamentalismo islâmico (OU dos
conflitos nacionalistas, OU étnico-religiosos decorrentes do fim da Guerra Fria), como o atentado de 11 de
Setembro em Nova Iorque (Imagem B, Doc.1);
Módulo 9

• maior amplitude e intensidade dos fluxos migratórios, em consequência do colapso político do bloco de Leste OU
da eclosão de conflitos nacionalistas (OU étnico-religiosos) OU da formação de mercados regionais de livre
circulação de pessoas e mercadorias OU do progresso da globalização da economia: “O descontrolo das
emigrações é uma ameaça” (linha 13, Doc. 2);
• problemas suscitados pelo acolhimento (OU pela convivência) de diferentes comunidades étnico-religiosas nas
sociedades urbanas desenvolvidas, questionando a ideia da multiculturalidade OU da interculturalidade: “[…] com
expressão na crescente multiplicação das sociedades multiculturais, e também multiétnicas, que crescem onde
antes vigorou o princípio ou o objetivo da uniformidade cultural e nacional.” (linha 13, Doc. 2);
• aumento da insegurança devido à dispersão do armamento nuclear na sequência da desintegração da União
Soviética OU devido à proliferação de armas de todo o tipo acessíveis através do mercado negro de armamento
OU do não cumprimento, por parte de alguns países, dos acordos de não proliferação de armas de destruição
maciça: “O facto é que entramos no século XXI com um globo semeado de riscos nucleares crescentes.” (linha 17,
Doc. 2);
• instabilidade nas regiões periféricas: “conflitos causados por tensões internas” OU “conflitos causados por tensões
internacionais” expressivos em África e no Médio Oriente, como é o caso do Afeganistão (Imagem A, Doc. 1):
• aumento do número de refugiados (OU das crises migratórias), provocados por conflitos étnicos e religiosos, pela
guerra ou pelas catástrofes naturais, que decorrem das alterações climáticas, exponenciam a situação de pobreza
e traduzem-se em verdadeiras crises humanitárias, como é o caso do Afeganistão (imagem A, Doc. 1);
• degradação do planeta (OU alterações climáticas, OU aumento do aquecimento da terra, OU destruição dos
ecossistemas) provocado pela exploração desenfreada dos recursos, principalmente pelas grandes empresas
multinacionais dos países mais desenvolvidos: “A fim de evitar consequências catastróficas, o aquecimento
global deve ser limitado a 1,5 °C acima dos níveis pré-industriais, alertou o relatório.” (linha 4, Doc. 4).
Os desafios aos Direitos Humanos
• persistência da pobreza (OU agravamento das desigualdades entre países e dentro de cada país), que se traduz
na existência de milhões de pessoas privadas das condições básicas de saúde, educação e dignidade: “Neste
modelo de livre circulação de capitais e mercadorias assenta muita da hegemonia […] dos mais capazes. O efeito
inerente, e também global, é o de uma divisão que se aprofunda entre admitidos e excluídos, […] retratando um
sul do mundo […] em que os recursos se fixam abaixo dos níveis de pobreza” (linha 9, Doc. 2);
• desigualdade de género, tanto nos países desenvolvidos, mas sobretudo em países que, por questões culturais
e/ou religiosas, restringem as liberdades das mulheres, como é o caso do Afeganistão (Imagem A, Doc. 1);
• restrições à liberdade de expressão, por questões políticas, ideológicas ou culturais, nos países autocráticos, mas
também em países democráticos, por exemplo, através dos bloqueios da Internet ou da censura nas redes
sociais, como o Facebook (Imagem C, Doc. 1);
• insegurança potenciada pelos conflitos, perseguições étnico-religiosas e pelas alterações climáticas,
principalmente nos países da África e da Ásia, como é o caso do Afeganistão (Imagem A, Doc. 1);
• condicionamento das liberdades e do direito à privacidade pelas grandes empresas de comunicações, que usam
os dados pessoais dos utilizadores de Internet, com fins políticos ou comerciais, como é o caso do Facebook
(Imagem C, Doc. 1);
• desigualdade no acesso aos direitos, no contexto de uma sociedade cada vez dependente das tecnologias
digitais, nos países pobres, devido à insipiente implementação destas tecnologias, e nos países mais
desenvolvidos pela falta de competências digitais básicas de milhões de pessoas: “Esta situação […] exige que […]
se consiga mundializar um modelo de sociedade da informação, do saber e da sabedoria […]” (linha 18, Doc. 2).

Unidade 3 – Portugal no novo quadro internacional

Portugal – a integração europeia e as suas implicações


Questão 1
• Ordenação das letras: (C), (D), (B), (A).

Questão 2
• III e V.
Questões por módulo

Questão 3
Tópicos de resposta:
• recuperação do atraso económico face aos demais países comunitários, graças à injeção de capital proporcionada
pelos fundos comunitários de apoio: “Estas transformações mudaram a face do país e, sobretudo, ligaram o
cidadão português à realidade europeia, não só em termos físicos (as novas acessibilidades encurtaram as
distâncias), como nas suas condições de vida”;
• credibilidade económica e financeira, reforçada pelo cumprimento dos critérios de convergência que garantiram a
Portugal a adesão à moeda única (1999): “A nossa condição de membros fundadores da zona euro constituiu
igualmente um importante passo no sentido do fortalecimento da nossa situação económica e financeira”;
• dinamização do investimento interno e atração de investimento estrangeiro: “criação de uma importante cultura de
estabilidade, a qual veio conferir às políticas macroeconómicas a solidez e a sustentabilidade necessárias,
favorecendo e acelerando o nosso crescimento económico e o emprego”;
• crescimento económico que se refletiu na redução da inflação e das taxas de juro, na melhoria das condições de
vida e no aumento do poder de compra da população: “favorecendo e acelerando o nosso crescimento económico
e o emprego com os correlativos efeitos positivos na taxa de juro e na taxa de inflação”.

Questão 4
Tópicos de resposta:
• benefício, desde a entrada de Portugal às Comunidades Europeias, de crescentes transferências financeiras no
âmbito dos Quadros Comunitários de apoio: a média dos recebimentos líquidos de Portugal, entre 1987 e 2013, é
de cerca de 3% do PIB nacional;
• afluxo imediato de capitais desde a entrada nas Comunidades Europeias (1987), no âmbito dos fundos estruturais
e dos fundos de coesão, destinados ao desenvolvimento do país (OU a aproximar o país dos níveis de
desenvolvimento dos outros parceiros);
• os fundos recebidos superam a contribuição nacional para o orçamento comunitário (o saldo entre os
recebimentos e os pagamentos, em 2013 (OU outro exemplo) foi de 1,5% do PIB, favorável a Portugal), o que
comprova as dificuldades de Portugal em acompanhar os processos de convergência europeia.

Questão 5
Introdução
Referência ao contexto político e económico que culminou na integração de Portugal nas Comunidades
Económicas em 1986.
Tópicos de resposta:
O impacto económico e social da integração de Portugal nas Comunidades Económicas Europeias
• acesso a fundos e a programas comunitários, como o FSE (OU FEDER, OU outro exemplo), no âmbito das
políticas de coesão, com vista ao desenvolvimento (OU à recuperação do atraso), patente no volume dos
recebimentos europeus (Doc. 2);
• adoção da moeda única (OU outro exemplo), no quadro da crescente união económica e monetária: “A
nossa condição de membros fundadores da zona euro” (linha 11, Doc. 2);
• facilitação do crédito ao Estado, às empresas e às famílias, proporcionando o desenvolvimento: “fortalecimento da
nossa situação económica e financeira […], favorecendo e acelerando o nosso crescimento económico e o
emprego” (linha 13, Doc. 2);
• progressiva terciarização da sociedade, em ligação com o crescimento do comércio e dos serviços;
• progressos nos setores primário e secundário, apesar da persistência de atrasos: “cultura de estabilidade, a qual
veio conferir às políticas macroeconómicas a solidez e a sustentabilidade necessárias” (linha 12, Doc. 2);
• progressiva melhoria das condições de vida da população (OU redução da taxa de mortalidade infantil OU
alargamento da escolaridade OU redução da inflação OU crescimento dos salários), apesar das diferenças de
desenvolvimento face à média comunitária: “melhoria das redes de abastecimento e tratamento de águas
residuais, ou das taxas de cobertura escolar, à acentuadíssima redução na taxa de mortalidade infantil, ao
aumento da esperança de vida, ou ainda à taxa de penetração das tecnologias de informação” (linha 7, Doc.
2);
• progressos na qualificação da mão de obra, apesar de algum atraso face aos países mais desenvolvidos;
• abertura cultural e transformação das mentalidades, favorecidas pelos programas comunitários de intercâmbio,
como o programa Erasmus (OU outro exemplo).
Módulo 9

O protagonismo de Portugal nas instituições internacionais.


• recuperação do prestígio internacional, após décadas de isolamento do regime;
• consolidação da democracia pluralista, pela integração nas instituições da Europa;
• reforço da importância de Portugal no quadro da participação na construção europeia, consolidado pelas quatro
presidências portuguesas da União Europeia (imagem B, Doc. 1);
• crescente prestígio da democracia portuguesa na Europa, comprovada pelo exercício, por portugueses, de cargos
relevantes a nível europeu (Durão Barroso) e mundial (António Guterres) (imagens A e D, Doc. 1).

As relações de Portugal com os países lusófonos


e com a área ibero-americana
Questão 1
Tópicos de resposta:
• espaço de afirmação e preservação da lusofonia: “[…] defesa da Língua Portuguesa, falada com sotaques na
diversidade e riqueza dos diferentes idiomas” (linha 8);
• instrumento de assistência e cooperação económica, cultural e científica entre os Estados-membros: “É também
uma Comunidade […], de solidariedade, de educação, de intercâmbio das respetivas economias, […]
Universidades” (linha 9);
• instrumento de união de Estados, que se entreajudam em regime de paridade, num contexto de crise global: “[…]
na CPLP, todos os Estados-membros são iguais […] Timor”; “Num momento particularmente crítico […]. A crise
global vai progredindo e não abre exceções” (linha 19);
• instrumento de cooperação ao nível da defesa, tendo em conta as ameaças à segurança e à paz do mundo atual:
“No mundo de hoje, tão inseguro e agressivo, a CPLP tem um peso e uma relevância […] no plano internacional”
(linha 22);
• instrumento de união afetiva entre povos irmãos, ímpar no mundo: “É também uma Comunidade de afetos […] de
Povos irmãos, com uma especial atenção dada às pessoas”.

Questão 2
• (D).

Questão 3
Tópicos de resposta:
• cooperação económica: o Doc. 2 remete para o fórum da “União de Exportadores da CPLP”, com a presença de
“120 entidades empresariais”; OU “É também uma Comunidade […] de intercâmbio das respetivas economias”
(Doc. 2);
• cooperação cultural e de promoção da língua portuguesa: “a CPLP não é só uma organização de defesa da
língua portuguesa […]. É também das respetivas […] culturas, […] e de cooperação entre as diferentes
Universidades” linha 9, Doc. 1);
• cooperação diplomática OU cooperação em matéria de relações internacionais: “Num momento particularmente
crítico – em termos nacionais, europeus e globais – a importância da CPLP é particularmente relevante, não só
para Portugal como para todos os outros Estados-membros” (linha 19, Doc. 1);
• cooperação em matérias do foro social: “É também uma Comunidade de afetos, de solidariedade, de educação,
[…], culturas, saúde e de cooperação entre as diferentes Universidades” (linha 9, Doc. 1).

Questão 4
• (C).

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