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Capítulo I: A Crise

O autor começa o capítulo mostrando que em 2006 uma grande crise poderia ser evitada,
quando ocorrem grandes despejos em áreas de baixa renda. Entretanto como se tratava de uma
sociedade muito vulnerável e sem influência a maioria da população apenas ignorou esse
movimento e nada foi feito. Até que essa mesma onda de despejos começou a atingir a classe
média branca, e agora sim as notícias começaram a correr pela população, mostrando que o
sistema capitalista só se importa com aqueles que possuem algum poder sobre a sociedade.
Essa crise levou milhares de americanos a entrarem em uma dívida praticamente impossível
de ser paga, levando a despejos em grande massa. Porém as pessoas que estavam por trás do
financiamento dessa catástrofe de hipotecas inicialmente não se abalaram e até lucraram
quase o mesmo valor do que foi perdido por quem estava na base da pirâmide americana.
Entretanto em 2008 ocorreu a crise do subprime levando a um generalizado caos do sistema
financeiro ocasionando em diversas falências de bancos fazendo com isso que o mercados de
crédito no mundo todo congelassem, gerando um verdadeiro colapso no mercados de ações e
prejudicando que havia comprados aqueles títulos com uma história de serem super seguros
endividando assim grande parte da população. E através disso era cada vez mais claro que
apenas o governo poderia restaurar a confiança do sistema financeiro, e foi isso que
aconteceu, Bush enviou um cedeu um pacote milionário sem quaisquer controle para todas as
instituições que eram consideradas grandes demais para falirem.
E em questão de apenas quase 2 anos os mercados globais foram de um ponto de liquidez e
crescimento extremamente alto para uma crise gigantesca que tocava em todos os continentes
do globo que levou a um desemprego enorme na maioria dos países, com um prejuízo
estimado de 50 trilhões de dólares (quase o mesmo valor da produção total de bens e serviços
criados em um ano, em todo o mundo). Gerando o primeiro ano de crescimento negativo após
20 anos. E por essa crise ser ligada aos mercados imobiliários ele foi muito duradoura, porque
investimentos nesses setores demandam uma quantidade de capital muito alta que só é
possível com a utilização do crédito que possui um risco muito grande e seu retorno leva
tempo.
Através desse cenário o autor mostra que a crise é confrontada com os ideais neoliberais que
surgiram na década de 70 em que apoiam a intervenção zero do Estado. A não ser que seja
para salvar eles próprios. Ocasionando assim em privatização de lucros e socialização dos
riscos. E por causa desse ciclo que está acontecendo constantemente os bancos acabam agindo
de maneira ruim para sociedade e apenas boa para eles pois se qualquer coisa der errado eles
terão o apoio governamental.
E a única forma de sairmos de uma crise de maneira diferente evitando futuras perdas é com o
equilíbrio entre as classes sociais, mas como vemos no livro quem detém o capital possui um
poder quase infinito a aqueles que não têm e por conta disso as crises estão ficando cada vez
mais recorrentes e fortes pois quem resolve a situação são eles mesmo, sem nenhum conselho
popular.
E essa crise se deve pela busca constantes dos capitalistas em alocar os excedentes em uma
atividade rentável o que levou a diversos empréstimos a países mais pobres pois eram neles
que existiam oportunidades, até chegar a um ponto em que eles queriam privatizar até os bens
de necessidade básica como água ,saúde e educação. Gerando um alto nível de endividamento
da sociedade, que o fazia por conta do dinheiro fictício ou seja a grande criação de crédito que
era feita pelos bancos e acabou não sendo sustentável e levando ao boom em 2009 que afetou
o globo como vimos.

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