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Keynes:
Pode-se dizer que a macroeconomia surge em 1936, quando Keynes publica a sua Teoria
Geral do Emprego, do Juro e da Moeda. Ela veio substituir a "teoria dos ciclos" que já não
conseguia explicar os fatos então ocorridos. Além de apresentar sólidos argumentos para a
intervenção estatal, a Teoria Geral concentrou-se na abordagem acerca da demanda efetiva,
hoje chamada demanda agregada. Segundo ele, tal demanda define o produto a curto e médio
prazo.
A síntese neoclássica:
Pouco tempo depois da publicação da Teoria Geral, ela tornou-se o centro das discussões
econômicas. Na década de 50, diversos economistas resolveram criar a síntese neoclássica
buscando unir idéias keynesianas e aquelas que até então eram predominantes, ou seja,
clássicas.
Uma das grandes tarefas dos economistas pós-keynesianos foi completar tal teoria com um
arcabouço matemático, o que resultou em muito progresso e muitas controvérsias.
Hicks e Hansen desenvolveram o modelo IS-LM. Tal modelo, apesar de muito criticado por
simplificar excessivamente a teoria, foi base para muitos estudos e debates. Assim, Franco
Modigliani e Milton Friedman desenvolveram a teoria do consumo, James Tobin desenvolveu a
teoria do investimento a qual foi aprofundada por Dale Jorgenson. Abordando o crescimento,
Robert Solow desenvolveu um modelo que originou inúmeros trabalhos procurando relacionar
poupança e progresso tecnológico.
Nesse interminável debate, keynesianos exaltavam a eficácia da política fiscal por elevar de
forma imediata a demanda agregada e condenavam a política monetária diante da baixa
demanda por moeda representada pela inclinação da curva LM. Os monetaristas não deixavam
por menos de forma que Friedman e Anna Schwartz acreditaram ter provado a grande eficácia
de uma política monetária, chegando a relacionar as grandes crises a ausência dessas
políticas. Por fim, acredita-se que chegamos a uma conclusão plausível: ambas as políticas
têm seus níveis de eficácia e de imperfeições de forma que uma política econômica deve
utilizá-las de forma simultânea.
Outra grande divergência foi a curva desenvolvida por A.W.Phillips, denominada simplesmente
Curva de Phillips, que procurava explicar variações de preços e salários ao longo do tempo.
Enquanto os keynesianos, baseados em algumas evidências, acreditavam numa discrepância
de níveis de inflação e de desemprego no longo prazo, os monetaristas negavam totalmente
essa idéia. Por fim, o consenso foi de que Friedman, Edmund Phelps e seus seguidores
estavam certos, pois qualquer alternância entre desemprego e inflação tenderia a desaparecer
no longo prazo.
Por fim, no debate sobre o papel da política econômica, os monetaristas defendem o uso de
regras simples como, por exemplo, a constante expansão monetária, diante da incapacidade
que a ciência possui de medir, compreender e atuar na economia real. Os keynesianos não
concordam com tal posição. A natureza desse debate teve algumas mudanças, mas ele
perdura até os dias atuais.
As expectativas racionais:
Na década de 70, a macroeconomia, embora bem madura, sofreu uma grande crise originada
de 2 causas principais: a ocorrência de estagflação (altos níveis de desemprego e inflação),
fenômeno o qual a teoria macroeconômica não havia previsto, e as críticas lideradas,
principalmente, por Robert Lucas e Thomas Sargent. Quanto à estagflação, conseguiu-se
chegar a uma explicação baseada nos choques de oferta. Mas as críticas de Lucas e Sargent
atacaram toda a teoria keynesiana, acusando-a de não considerar as expectativas racionais. A
crítica de Lucas, como ficou conhecida afirmava não ser possível utilizar o instrumental
macroeconômico na formulação de políticas econômicas.
Ao incorporar tais expectativas aos modelos keynesianos, Lucas observou que o retorno do
produto ao nível natural era bem mais acelerado do afirmavam os seguidores de Keynes.
Segundo estes, uma política implementada seria seguida por um processo excessivamente
lento de ajuste de preços e salários, baseando-se na curva de Phillips. Tal processo seria
acelerado graças à formação das expectativas por parte dos agentes da economia. Assim, uma
expansão monetária, por exemplo, que fosse totalmente prevista pelas famílias e pelas
empresas não afetaria o produto pois o nível geral de preços e de salários alterar-se-ia na
mesma proporção.
O processo de integração das expectativas racionais à teoria macroeconomia foi mais
acelerado do que se esperava. Primeiramente fez-se uma revisão dos conceitos ligados a
mercados de bens, financeiro e de trabalho. Quanto à determinação dos níveis de preços e
salários, Stanley Fisher e John Taylor acabaram por demonstrar que o lento processo de ajuste
não contrariava as expectativas racionais, ou seja, após implementadas algumas políticas
econômicas, todo o processo de ajuste tende a ser realmente lento, mediante as negociações
entre os agentes. Por fim, usou-se a "teoria dos jogos" advinda da microeconomia para explicar
o comportamento dos agentes diante dos formuladores de políticas (policy makers), e vice
versa.
Os novos clássicos:
Liderados por Edward Prescott, os novos clássicos desenvolveram os modelos do ciclo real.
Sengundo esses modelos, o produto está sempre em seu nível natural, sendo que suas
flutuações refletem meras alterações nesse mesmo produto natural. Segundo os novos
clássicos essas variações no produto natural são fruto das inovações tecnológicas que
provocam aumento de produtividade, de salários e de emprego.
Tais modelos têm sido muito criticados por não aceitar variações no produto como
consequência de variações na base monetária. Nota-se também que as inovações tecnológicas
não poderiam causar impactos de curto prazo e, além disso, fica difícil relacionar períodos
recessivos a retrocessos tecnológicos. Embora amplamente criticados, os modelos do ciclo real
têm um papel muito útil. Acredita-se que eles não desapareçam, e sim evoluam com o passar
do tempo.
Os novos keynesianos:
Conclusão:
o papel das políticas econômicas: para os keynesianos, elas desempenham um papel muito
importante já que afetam durante um bom tempo o nível de produto enquanto para os novos
clássicos elas devem ser implementadas de forma tão gradual que não influenciem
negativamente o orçamento público e a estabilidade da moeda.
Note que benefícios são aqueles bens e serviços ecológicos, cuja conservação acarretará na
recuperação ou manutenção destes para a sociedade, impactando positivamente o bem-estar
das pessoas. Por outro lado, os custos representam o bem-estar que se deixou de ter em
função do desvio dos recursos da economia para políticas ambientais em detrimento de outras
atividades econômicas. Os benefícios, assim como os custos, devem ser também definidos
segundo quem se apropria ou sofre as conseqüências destes, isto é, identificar beneficiários e
perdedores para apontar as questões eqüitativas resultantes.
A estimação dos valores monetários, que é o tema central deste Manual, reflete valores
econômicos baseados nas preferências dos consumidores. Conforme veremos com detalhes a
seguir, utilizando mercados de bens privados complementares e substitutos para serviços
ambientais, ou mesmo mercados hipotéticos para esses serviços, é possível capturar a
disposição a pagar das pessoas por mudanças na provisão ambiental.
Dentro da ACB as estratégias são ordenadas de acordo com o valor presente dos benefícios
líquidos de cada uma destas (benefícios menos custos descontados no tempo). [3] Essa
ordenação permite que os tomadores de decisão definam prioridades, adotando primeiro as
estratégias cujos benefícios líquidos são mais elevados (ver Quadro 1).
A mensuração dos valores monetários associados a benefícios ambientais pode ser, contudo,
muito difícil e, em se tratando de benefícios da biodiversidade, a mensuração é ainda mais
problemática. Independentemente de nosso reduzido conhecimento quanto aos elos ecológicos
associados às atividades econômicas, que também enfraquece as abordagens puramente
ecológicas, existem limitações metodológicas nas avaliações econômicas. Tais limitações
estão relacionadas às taxas de desconto no tempo, à agregação dos valores individuais, à
internalização de incertezas e à amplitude das mudanças de equilíbrio geral. Estas questões
tendem a enviesar as medidas dos benefícios ambientais e, dessa maneira, desviam a
sociedade de opções sustentáveis.
Entretanto, a questão principal está relacionada com a limitada capacidade destes métodos de
capturar os valores das funções ecossistêmicas. Eles são instrumentos poderosos para apontar
valores de certos serviços ambientais quando percebidos de uma maneira isolada. O
conhecimento e a percepção das pessoas sobre as funções ecossistêmicas são bastante
limitados e, assim, as preferências individuais podem subvalorizar os serviços biológicos.
Mesmo assim, a ACB é um importante método para orientar decisões de investimentos. Antes
de discutir como poderemos integrar a ACB ao critério ecológico, é válido mencionar que a
valoração de alguns benefícios de um dado investimento em biodiversidade pode ser suficiente
para demonstrar que estes benefícios, mesmo subvalorizados, já estão excedendo os custos.
Apesar disto não ser suficiente para assegurar que a sociedade está adotando a melhor
alternativa de uso de seus recursos econômicos, os tomadores de decisão podem, pelo menos,
garantir que a eficiência econômica não decrescerá em função desse investimento ambiental.
A ACB pode também ser empreendida passo a passo, agregando benefícios e custos, de
acordo com os níveis de decisão e os agentes econômicos em questão, conforme apresentado
no
Introdução
Custos
O dois custos operacionais, são custos para manter algo em operação. É um custo sem
prazo determinado para se encerrar. Por exemplo, a gasolina pode ser considerada como
um custo operacional em relação a um automóvel. Se você não gastar com gasolina o
carro não andará.
O pagamento é periódico e pode ser diário, semanal, mensal, anual, etc. O que o
caracteriza como operacional é que não há prazo definido para se encerrar o
pagamento.
Custo Inicial
Para se realizar a análise, é preciso saber se o COP é superior ao COA. Caso isso seja
verdade, podemos dizer que o sistema é economicamente inviável. Entretanto, mesmo
assim a administração da empresa pode decidir por implantar o sistema, baseada em
outros motivos que tragam benefícios intangíveis.
Caso o COA seja superior ao COP. Calculamos a diferença entre os dois custos para
podermos dizer quanto a empresa terá de lucro operacional quando o custo projetado
substituir o custo atual. Este valor é uma economia em relação ao valor anterior e é
baseado nele que saberemos quanto tempo será necessário para recuperar o
investimento inicial.
Para chegarmos ao resultado almejado, devemos dividir o Custo Inicial, pelo lucro
operacional obtido com o novo sistema. Assim teremos a quantidade de tempo que será
necessária para que a empresa tenha de volta todo o dinheiro investido na implantação
do sistema. A unidade de medida de tempo vai depender da periodicidade dos custos
operacionais. Se os custos forewm mensais o resultado será em meses, se for anual,
resultado em anos, etc.
Conclusão
Ao final o analista passa estes resultados para a administração da empresa, que decidirá
o que fazer. O analista apenas demonstra os resultados obtidos mas não cabe a ele a
decisão final de implantar ou não um sistema.
Bens Públicos
Primeiramente vamos denominar como bens e serviços privados aqueles em que os direitos de
propriedade são de tal forma completamente definidos e assegurados que a permuta com
outros bens se realiza livremente através de um mercado. Assim, corrigindo as imperfeições
que impedem o livre funcionamento de um mercado como, por exemplo, a ausência de
concorrência perfeita na sua produção e na sua comercialização, seria possível aumentar o
nível de eficiência do seu uso.
Por outro lado, chamaremos de bens públicos aqueles bens cujos direitos de propriedade não
estão completamente definidos e assegurados e, portanto, suas trocas com outros bens
acabam não se realizando eficientemente através do mercado. Dessa forma, o sistema de
preços é incapaz de valorá-los adequadamente .
Muitos economistas consideram a poluição como um problema que poderia ser resolvido se
todos os recursos naturais fossem propriedade privada (individual ou coletiva), de modo que os
proprietários tivessem incentivos para administrar esses recursos ambientais adequadamente.
Um bem público pode ser aproveitado por inúmeros indivíduos ao mesmo tempo (não-
rivalidade) e uma vez que um bem público esteja disponível, negar seu acesso a um
consumidor é proibitivamente dispendioso (não-exclusão). No outro extremo, um bem privado
puro obedece aos princípios de exclusão e rivalidade. Estes últimos tendem a ser
eficientemente produzidos pelos mercados.
Um exemplo clássico de um bem não-excludente seria a defesa nacional, pois a força aérea
não pode defender você de um ataque inimigo sem levar em conta o seu vizinho. Neste caso, a
não exclusão ocorre sempre que for proibitivamente dispendioso impedir pessoas de aproveitar
um bem já disponibilizado. Por outro lado, filmes e refeições são bens excludentes, pois pode-
se impedir, com um custo relativamente baixo, a alguém que não possua ingresso de assistir a
um filme ou de entrar em um restaurante se não estiver adequadamente vestido.
Quanto ao princípio da não-rivalidade, podemos observar que o consumo exaure um bem rival
no sentido de que ninguém mais possa consumir a mesma unidade daquele bem. Por exemplo,
um filé com fritas. Contudo, podemos assistir ao mesmo programa de televisão sem rivalidade.
As transmissões de televisão podem ser captadas, simultaneamente, por vários aparelhos de
TV. A proteção policial é outro exemplo de bem não-rival, pois podemos estar simultaneamente
protegidos de assaltantes.
É difícil coletar um preço pelo uso do recurso quando não há exclusividade de direitos de uso
ou de propriedade. Assim, preços não servem para racionar o uso e gerar receitas para sua
conservação, resultando em exaustão ou degradação.
A segunda característica é a não-rivalidade de uso. Sem rivalidade um bem pode ser usado por
um indivíduo sem que haja necessidade de reduzir a quantidade consumida de outro indivíduo.
Por exemplo, o prazer de uma pessoa ao apreciar uma riqueza natural, seja uma catarata, um
animal ou mesmo uma floresta, não diminui se outra pessoa está também admirando esta
cena.
Assim, o preço do bem não-rival será determinado somente pela valoração de cada indivíduo e
não pela troca no mercado. O custo marginal da inclusão de um outro consumidor é zero, mas,
o custo médio por consumidor não. Isto porque a provisão do bem (sua conservação ou
manutenção) quase sempre encerra custos elevados.
Nestes casos há que se recorrer a critérios discriminatórios de preços, isto é, que não se
baseiam na relação de trocas com outros bens. Provê-los de graça, com custo financiado pelo
contribuinte ou, menos ineficientemente, exigir pagamentos, mesmo que uniformes, aos
verdadeiros usuários.
Os bens não-rivais, entretanto, podem se tornar rivais a um determinado nível de uso quando
ocorre congestionamento. Por exemplo, do serviço de telefonia, tráfego em ruas e estradas e
mesmo em visitação a sítios naturais. Nestes casos, também há que se recorrer à
discriminação de preços, embora o custo marginal de uso possa ser estimado em termos
intertemporais, considerando os custos marginais de longo prazo quando da ocorrência do
congestionamento.
Externalidades
O uso dos recursos ambientais assemelha-se muito ao uso dos bens públicos. Para
discutirmos isto, elaboremos um pouco o conceito de externalidade.
As externalidades estão presentes sempre que terceiros ganham sem pagar por seus
benefícios marginais ou percam sem ser compensados por suportarem o malefício adicional.
Assim, na presença de externalidades, os cálculos privados de custos ou benefícios diferem
dos custos ou benefícios da sociedade.
onde Xj são as atividades dos indivíduos j e k, enquanto f(X mk) é uma função da atividade Xmk
de k que afeta a atividade Xnj de j.
As externalidades para as quais os indivíduos são indiferentes não representam uma questão
econômica. [73] Se, todavia, o indivíduo afetado j não é indiferente a atividade X mk do indivíduo
k e deseja que k modifique seu comportamento em relação a esta atividade, mas o preço desta
externalidade não se realiza no mercado, então, esta externalidade é denominada de
externalidade Pareto-relevante.
Note que quando o preço da externalidade for estabelecido adequadamente, não será possível
mais melhorar o bem-estar de j sem reduzir o bem-estar de k, mesmo que j assim o deseje. Ou
seja, o malefício residual imposto a j deixa de ser Pareto-relevante. Logo, externalidade Pareto-
relevante é aquela que pode ser corrigida de tal forma que a parte afetada melhora seu nível de
bem-estar sem reduzir o bem-estar da parte geradora da externalidade. Assim, somente nos
interessa analisar as externalidades Pareto-relevante que serão denominadas apenas
externalidades. Isto porque, este tipo de externalidade reduz o bem-estar dos indivíduos.
Externalidades positivas, benefícios externos, deveriam ter preços positivos por representarem
benefícios não apropriadamente pagos. Por exemplo, uma empresa desenvolve um método de
produção ou administração de baixo custo que é absorvido gratuitamente por outra empresa.
Ou quando um fazendeiro preserva uma área florestal que favorece gratuitamente a proteção
do solo de outros fazendeiros.
Externalidades negativas, custos externos, deveriam ter preços negativos por significarem
perda de utilidade. Exemplos de externalidades negativas são vários, principalmente aqueles
de cunho ambiental. Um exemplo seria a degradação ou exaustão de recursos ambientais
decorrentes das atividades de produção e consumo de certos bens que prejudicam a saúde
humana e a produção de outros bens que também destroem a fauna e flora. São justamente
esses tipos de deseconomias externas que serão objeto específico de nosso interesse daqui
por diante.
onde Yj é a renda do indivíduo j e pi o preço da atividade Xi. Dado que j não influencia o nível
da atividade Xmk que gera uma externalidade negativa, esta atividade não aparece na sua
restrição orçamentária e, então, seu preço é efetivamente zero.
Conforme já analisado, para o indivíduo maximizar seu bem-estar a condição necessária será
que a taxa marginal de substituição entre dois bens seja igual a relação dos preços destes
bens. Como f(Xmk), a atividade geradora de externalidade negativa, tem utilidade marginal
negativa e as atividades Xij, por sua vez, apresentam utilidade marginal positiva, então p i é
positivo e o preço de f(Xmk) é negativo. Logo:
Se pf(Xmk) for negativo, ao invés de zero, ele influenciará tanto o indivíduo afetado como aquele
gerador da externalidade. Agora o indivíduo afetado teria um incentivo para suportar a
externalidade, pois, com preços negativos (recebimento de compensações, por exemplo, sua
utilidade total aumentará.
Note também que, mesmo negativo, cada nível de p f(Xmk) determinará um nível de alocação de
recursos. Logo, a determinação de pf(Xmk) tem que refletir seu preço-eficiência. Podemos, assim,
dizer que o preço-eficiência (ou preço-sombra) destes recursos ambientais deveria se igualar
ao seu custo de oportunidade em relação aos outros bens da economia.
Dessa forma, a eficiência econômica exige que se atribua o "preço correto" aos recursos
ambientais. Internalizando os custos (benefícios) ambientais via preços das externalidades nas
atividades de produção ou consumo, é possível obter uma melhoria de eficiência com maior
nível de bem-estar. Assim, a demanda por recursos ambientais poderia ser induzida via preços.
Um imposto sobre o uso do recurso ambiental serviria para este fim desde que refletisse o
custo marginal ambiental gerado por este uso. Esta é a proposta da taxa pigouviana, assim
denominada devido A.C. Pigou [74] que foi o seu primeiro proponente. Diante deste
sobrepreço, os preços relativos dos bens internalizariam a externalidade e, assim, estariam
restauradas as condições ótimas de alocação de recursos. Conforme amplamente analisado na
Parte I, a estimativa de custos ou benefícios ambientais é complexa e específica para cada
caso. Tais características impedem que uma taxa pigouviana seja institucionalmente viável.
Entretanto, note que com a especificação dos direitos completos de propriedade dos recursos
ambientais seria possível uma negociação entre a parte afetada e a parte geradora da
externalidade. Os termos da negociação poderiam ser com base nos custos e benefícios da
externalidade percebidos pelas partes. Aqui vamos considerar os direitos que são assegurados
não somente por propriedade, mas também pelo direito completo de compensação. Ou seja, a
parte afetada negativamente tem legalmente garantida uma compensação equivalente as suas
perdas por conta das externalidades negativas.
Por exemplo, o desmatamento de uma área por um fazendeiro A gerando para o fazendeiro B
um custo de erosão do solo equivalente a uma perda de produção agrícola DM. Assim, se o
fazendeiro B tem direitos legais de compensação, então ele estaria disposto a aceitar o
montante DM equivalente à perda da produção agrícola, para permitir este desmatamento
como uma forma de compensação. Por outro lado, se o direito de compensação não existe ou
o direito de desmatar é assegurado ao fazendeiro A, restaria ao fazendeiro B pagar até DM ao
fazendeiro A para cessar estas externalidades.
Todavia, soluções coasianas não estão livres de problemas de eficiência. Primeiro, porque,
embora o ponto de equilíbrio coasiano independa de "a quem" os direitos são assegurados, os
efeitos distributivos (pagamento ou compensações) trocam de sinal em cada caso. Segundo,
quando pagamentos ou compensações são realizados alteram-se as restrições orçamentárias
originais e, conseqüentemente, os efeito-renda e efeito-substituição resultantes determinam
novos pontos de equilíbrio distintos. Terceiro, estruturas imperfeitas de mercado podem gerar
compensações não-ótimas. Por último, a magnitude dos custos de transação para impor os
direitos reduzem também o pagamento ou compensação líquida e, portanto, redundam em
distintos pontos de equilíbrio.
Esta última restrição é de suma importância para a questão dos recursos ambientais. Devido
ao caráter difuso do problema ambiental, observa-se um número elevado de partes afetadas e
geradoras de externalidades. Não somente é difícil avaliar a causalidade entre cada fonte de
degradação com o efeito ambiental geral, como também, o valor econômico dos recursos
ambientais, conforme será discutido mais adiante, não se resume somente a valores de uso,
mas inclui, igualmente valores de não-uso que afetam a sociedade. Assim, soluções coasianas
acabam gerando altos custos de transação que podem resultar em pontos de equilíbrio muito
próximos a total degradação ou exaustão.
A solução do tipo coasiana seria, contudo, a base das compensações judiciais em relação a
danos ambientais. As dificuldades institucionais de julgar o mérito, definir o valor e impor as
sanções têm encerrado custos de transação elevados que não permitiram que tal prática fosse
satisfatória em termos de eficiência econômica.
Dessa forma, em certos casos onde custos de transação são elevados, a solução mais
utilizada na tentativa de assinalar preços negativos ao uso dos recursos ambientais é mediante
um sobrepreço ou cobrança pela sua utilização. Todavia, na inviabilidade de utilizar impostos
pigouvianos, a sociedade decidiria a priori, segundo critérios ecológicos ou políticos, seu nível
desejado de uso dos recursos e uma forma de sobrepreço seria utilizada para atingir este nível.
Ou alternativamente, este nível total desejado de uso seria partilhado entre os usuários que
poderiam negociar entre si estes direitos de uso. Em ambas as opções o nível total de uso
seria respeitado e um preço por este uso seria assinalado que, embora não induza a um ótimo
social, garanta eficiência para atingir o nível de uso desejado. [76]
O que nos interessa finalmente apreender desta análise é que, na ausência de preços
adequados para os recursos ambientais, a alocação eficiente destes recursos não pode ser
realizada. Se pelo lado dos instrumentos de demanda acima discutidos, a valoração econômica
não pode ser plenamente utilizada, no caso de projetos que alteram a oferta de recursos
ambientais, ao gerarem custos ou benefícios ambientais, o analista será obrigado a valorar
estes recursos de forma a medir as variações de bem-estar que seus usos acarretam. Estes
serão os casos onde o analista terá que realizar uma análise de custo-benefício de ações
governamentais que resultarão em ganhos ou perdas ambientais no uso de recursos
ambientais não alocados via mecanismos de mercado. Ou seja, determinar o valor econômico
do meio ambiente em decisões de investimento que alteram o nível de eficiência e eqüidade da
economia. Somente assim os recursos públicos poderão ser utilizados para garantir o bem-
estar social.
Finanças Públicas
Período Clássico
intervenção da coletividade não devia falsear o jogo das leis econômicas, benfazejas
por si, pois que esta coletividade era imprópria para exercer funções de ordem
econômica”.
Período Moderno
Serviço Público
do governo”.
Período Clássico
No capítulo I explicamos que no período clássico o Estado
realizava o mínimo possível de despesas públicas porque restringia as
suas atividades somente ao desempenho das denominadas atividades
essenciais, em razão de ser encarado apenas como consumidor,
deixando a maior parte das atividades para o particular. Assim, a
despesa pública tinha apenas a finalidade de possibilitar ao Estado o
exercício das mencionadas atividades básicas. Mas, nos dias de hoje,
ocorre uma análise preponderante da natureza econômica das despesas
públicas, que são também utilizadas para outros fins, como o combate
ao desemprego.
EM SUMA, NO PERÍODO CLÁSSICO DAS FINANÇAS PÚBLICAS, EM RAZÃO DA
PREVALÊNCIA DA ESCOLA LIBERAL, O ESTADO PROCURAVA COMPRIMIR AS
DESPESAS AOS SEUS MENORES LIMITES, E ERA ENCARADO APENAS COMO
CONSUMIDOR. TAL POLÍTICA SE DEVIA À ABSOLUTA SUPREMACIA DA INICIATIVA
PRIVADA E À TEORIA DA IMUTABILIDADE DAS LEIS FINANCEIRAS. AS DESPESAS
VISAVAM APENAS A COBRIR OS GASTOS ESSENCIAIS DO GOVERNO.
Período Moderno
Causas Aparentes
Causas Reais
a) quanto à forma:
1) despesa em espécie, que constitui hoje a forma usual de sua
execução, embora, como já se disse anteriormente, ainda existam
alguns serviços públicos que não são remunerados pelo Estado;
2) despesa em natureza, forma que predominava na antiguidade
mas que hoje está praticamente abolida, embora ainda ocorra, como no
caso de indenização pela desapropriação de imóvel rural mediante
títulos da dívida pública com cláusula de correção monetária (CF,
art.184);
c)quanto ao ambiente:
1) despesa interna é a feita para atender às necessidades de
ordem interna do país e se realiza em moeda nacional e dentro do
território nacional;
2) despesa externa, que se realiza fora do país, em moeda
estrangeira e visa a liquidar dívidas externas;
d) quanto à duração:
1) despesa ordinária, que visa a atender às necessidades públicas
estáveis, permanentes e periodicamente previstas no orçamento,
constituindo mesmo uma rotina no serviço público, como, por exemplo,
a despesa relativa ao pagamento do funcionalismo público;
2) despesa extraordinária, que objetiva satisfazer necessidades
públicas acidentais, imprevisíveis e, portanto, não constantes do
orçamento, não apresentando, por outro lado, regularidade em sua
verificação, e estão mencionadas na Constituição Federal (art. 167, §3º)
como sendo as despesas decorrentes de guerra, comoção interna ou
calamidade pública, que por serem urgentes e inadiáveis não podem
esperar o processo prévio da autorização legal;
3) despesa especial, que tem por finalidade permitir o
atendimento de necessidades públicas novas, surgidas no decorrer do
exercício financeiro e, portanto, após a aprovação do orçamento,
embora não apresentem as características de imprevisibilidade e
urgência; assim, dependem de prévia lei para a sua efetivação, sendo de
se citar, como exemplo, a despesa que o Estado é obrigado a fazer em
decorrência de sentença judicial;
g) quanto à mobilidade:
1) DESPESA FIXA É AQUELA QUE CONSTA DO ORÇAMENTO E É
OBRIGATÓRIA PELA CONSTITUIÇÃO, NÃO PODENDO SER ALTERADA A NÃO SER
POR UMA LEI ANTERIOR, E NÃO PODE DEIXAR DE SER EFETIVADA PELO ESTADO;
h) quanto à competência:
1) despesa federal, que visa a atender a fins e serviços da União
Federal, em cujo orçamento está consignada;
2) despesa estadual, que objetiva atender a fins e serviços do
Estado, estando fixada em seu orçamento;
3) despesa municipal, que tem por finalidade atender a fins e
serviços do Município, sendo consignada no orçamento municipal;
i) quanto ao fim:
1) despesa de governo é a despesa pública própria e verdadeira,
pois se destina à produção e à manutenção do serviço público, estando
enquadrados nesta categoria os gastos com os pagamentos dos
funcionários, militares, magistrados, etc., à aplicação de riquezas na
realização de obras públicas e emprego de materiais de serviço e à
conservação do domínio público;
2) despesa de exercício é a que se destina à obtenção e utilização
da receita, como a despesa para a administração do domínio fiscal
(fiscalização de terras, de bosques, das minas, manutenção de fábricas,
etc.) e para a administração financeira (arrecadação e fiscalização de
receitas tributárias, serviço de dívida pública, com o pagamento dos
juros e amortização dos empréstimos contraídos).
Noção Geral
Período Clássico
Período Moderno
a) Originárias
Receitas
Públicas empresariais (preço público)
(amplo
II- Receitas
sensu)
(stricto sensu)
impostos
b) Derivadas Tributos taxas
contribuição
de melhoria
RECEITAS ORIGINÁRIAS
AS RECEITAS ORIGINÁRIAS - TAMBÉM NOMEADAS DE DIREITO PRIVADO -
SÃO AQUELAS CUJO PROCESSO DE FORMAÇÃO ASSEMELHA O DA RELAÇÃO
JURÍDICA PRIVADA, CARACTERIZADA PELA AUTONOMIA DAS VONTADES DO
ESTADO E DO PARTICULAR.
A designação originária se deve à fonte de produção de tais
receitas, pois tem origem no próprio patrimônio público ou na atuação
do Estado como ente produtor de bens e serviços.
Decorrem da alienação de bens públicos ou da exploração
econômica, exemplificação que nos permite subdividi-las em
patrimoniais e empresariais.
Receitas originárias patrimoniais são as que provêm da alienação
de bens do domínio público, como as rendas de arrendamento, locação,
venda de bens públicos móveis ou imóveis.
As receitas patrimoniais, na tradição terminológica financeira,
classificam-se como preços, convencionando-se, na doutrina,
particularizá-las como preços quase-privados.
Por sua vez, o segundo grupo de receitas originárias - ditas
empresariais - porque realizadas pelas empresas privadas, decorrem da
atividade propriamente econômica do Estado, relacionada com a
produção de bens e serviços. São as receitas dos empreendimentos
industriais, comerciais, agrícolas (produção de bens), além dos ligados
aos setores de transportes e comunicações (produção de serviços).
Na classificação dos preços proposta por Luigi Einaudi, as
receitas originárias empresariais, como concebemos, são designadas
preços públicos ou tarifas.
Os exemplos desse tipo de receita são os mais diversificados, a
saber, tarifas de estradas de ferro; tarifas postais; tarifas das empresas
de transportes coletivos, aludindo-se, comumente, a preços de
monopólio quando a entrada provenha de industrialização, ou de
prospecção do subsolo, como é o caso da venda de produtos derivados
do petróleo, a cargo da Petrobrás.
Neste ponto, cabe assinalar que alguns autores equivocadamente
incluem entre as receitas originárias os bens do domínio público, tais
como a herança jacente, os bens imóveis doados aos entes públicos, as
terras devolutas.
Muito importa suprimir do âmbito da nossa disciplina toda
matéria que não constitua seu objeto. Se o Direito Financeiro somente
se ocupa da obtenção, gestão e aplicação de recursos monetários, refoge
a seu campo de ação o estudo dos bens do domínio público, tema que
mais convém e se ajusta à área do Direito Administrativo.
Nem se recusa, por outro lado, que os bens do domínio público
possam constituir fontes de receitas, o que necessariamente ocorre
quando são vendidos, arrendados ou locados, despontando, então,
como receitas patrimoniais. Mas a consideração é bastante diversa,
pois, como é intuitivo, envolve a destinação de tais bens.
Receitas Derivadas
Contrapondo-se à originárias, as receitas derivadas, ou de direito
público, são aquelas embasadas na atividade financeira coercitiva do
Estado.
Se naquelas a bilateralidade é a regra, estas derivam do comando
unilateral de vontade do Estado. Fundamentam-nas o jus imperii, o
poder impositivo estatal, e chamam-se derivadas porque são obtidas
dos particulares, envolvendo o patrimônio alheio e não próprio do
Estado.
Enquanto as receitas públicas, em sentido amplo, constituem um
capítulo do Direito Financeiro, o estudo das receitas derivadas pertence,
especificamente, ao campo do Direito Tributário e são representadas
pelos tributos arrecadados pelos entes públicos.
TRIBUTOS
Classificação De Einaudi
Noção Geral
Importância do Orçamento
Conceito de Orçamento
Período Clássico
PERÍODO MODERNO
DIVERGÊNCIAS DOUTRINÁRIAS
VIGENTE
a) unidade;
b) universalidade;
c) anualidade;
d) proibição de estorno;
e) não-vinculação de receita pública;
F) EXCLUSIVIDADE DE MATÉRIA ORÇAMENTÁRIA.
Princípio da Unidade
Princípio da Universalidade
O art. 165, § 9º, I, da CF, reza que cabe à lei complementar dispor
sobre o exercício financeiro. O art. 34 da Lei nº 4.320/64 dispõe que o
exercício financeiro coincidirá com o ano civil.
A Lei nº 4.320, em seu art. 2º, prescreve expressamente que a lei
do orçamento obedecerá aos princípios da unidade, universalidade e
anualidade, verdadeiros cânones das finanças clássicas.
Atente-se que o princípio da anualidade orçamentária não se
confunde com o princípio da anualidade tributária. Esse significava que
o tributo só poderia ser cobrado em um exercício se houvesse prévia
autorização orçamentária, e deixou de existir no nosso direito a partir
da Emenda nº 1, de 1969, à Carta de 1967. Foi substituído pelo
princípio da anterioridade da lei fiscal (CF, art. 150, III, b), que veda a
cobrança de tributos no mesmo exercício financeiro em que haja sido
publicada a lei que os instituiu ou aumentou. Assim, não mais se exige
a prévia autorização orçamentária.
Princípio da Proibição de Estorno de Verbas
Execução do Orçamento
Publicada a lei orçamentária, os órgãos públicos competentes
deverão tomar imediatamente as medidas iniciais pertinentes à sua
execução, especialmente quanto à denominada “programação”,
conforme preceituam o art. 70 do Decreto-lei nº 200, de 25-02-67, e os
arts. 47 a 50 da Lei nº 4.320.
Fases da Execução
TIPOS DE CONTROLE
TIPO INGLÊS
TIPO FRANCÊS
Constituição de 1988
Modos de Fiscalização
Aspectos da Fiscalização
Noção Geral
Amortização do Empréstimo
vencimento;
b) em série por sorteios periódicos; o Tesouro, a partir de certa data, sorteia todos os
anos uma série de títulos para resgate, até que se extinga toda a obrigação;
tempo, a parcela do capital restituído é cada vez maior, segundo a Tabela Price;
uma prestação até o fim da vida do subscritor, extinguindo-se a dívida com a morte
deste ou do beneficiário;
o que naturalmente só lhe interessa fazer por cotações inferiores ao valor nominal”.
Conversão do Empréstimo
Conceito
Aspecto jurídico
ASPECTO ECONÔMICO-FINANCEIRO
Repúdio da Dívida
DÍVIDA PÚBLICA
CLASSIFICAÇÃO
Na Constituição de 1988
FONTES BIBLIOGRÁFICAS:
a)ATIVIDADE FINANCEIRA DO ESTADO; DESPESA PUBLICA;
ORÇAMENTO PUBLICO E CRÉDITO PUBLICO:
-“MANUAL DE DIREITO FINANCEIRO E DIREITO TRIBUTÁRIO”
autor:Luiz Emygdio Franco da Rosa Junior
Editora: Renovar
b)RECEITA PUBLICA
“ CURSO DE DIREITO TRIBUTÁRIO”
Autor: Zelmo Denari
Editora: Forense
As falhas de mercado: são fenômenos que impedem que a economia alcance o ótimo de
Pareto, ou seja, o estágio de welfare economics, ou estado de bem estar social através do livre
mercado, sem interferência do governo. São elas:
existência dos bens públicos: bens que são consumidos por diversas pessoas ao
mesmo tempo (ex. rua). Os bens públicos são de consumo indivisível e não
excludente. Assim, uma pessoa adquirindo um bem público não tira o direito de outra
adquirí-lo também;
existência de monopólios naturais: monopólios que tendem a surgir devido ao
ganho de escala que o setor oferece (ex. água, elergia). O governo acaba sendo
obrigado a assumir a produção ou criar agências que impeçam a exploração dos
consumidores;
as externalidades: uma fábrica pode poluir um rio e ao mesmo tempo gerar
empregos. Assim, a poluição é uma externalidade negativa porque causa danos ao
meio ambiente e a geração de empregos é uma externalidade positiva por aumentar o
bem estar e diminuir a criminalidade. O governo deverá agir no sentido de inibir
atividades que causem externalidades negativas e incentivar atividades causadoras de
externalidades positivas;
desenvolvimento, emprego e estabilidade: principalmente em economias em
desenvolvimento a ação governamental é muito importante no sentido de gerar
crescimento econômico através de bancos de desenvolvimento, criar postos de
trabalho e da buscar a estabilidade econômica.