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Exploração:
* Os capitalistas exploram os trabalhadores. Eles fazem isso se
"apropriando" de uma parte do trabalho de seus empregados.
Por exemplo, o capitalista remunera o trabalhador com $100. Este trabalhador
gera mercadorias, e essas mercadorias são vendidas por $120. Segundo Marx,
este lucro só é possível de ocorrer porque uma parte do trabalho não foi
remunerada pelo capitalista -- no caso, os $20.
Esses $20 seriam exatamente a "mais-valia", que é a mensuração da
"exploração laboral".
• mais-valia
No sistema capitalista o trabalho aparece como atividade dividida e combinada,
resultando da atividade coletiva humana sob o viés da cooperação social. O
sistema capitalista se vale da exploração do trabalho como forma de
aquisição de lucro. Essa exploração se dá ao longo da jornada, quando esta
é desdobrada em duas partes: primeira, o tempo de trabalho necessário para a
produção do valor suficiente para a manutenção de vida do trabalhador,
correspondente ao salário; segunda, o tempo de trabalho excedente,
caracterizado pela produção da mais-valia. Como no modo de produção
capitalista os trabalhadores são desprovidos dos meios de produção e
lhes resta vender sua força de trabalho, o capital a utiliza como principal
elemento gerador de valores, transformando-a em mercadoria. Devido a
força de trabalho ser capaz de criar o valor necessário à sua própria
reprodução e, ainda, gerar valor ao produzir outras mercadorias. Desta
capacidade da força de trabalho de criar valor acima do necessário no
processo (re)produtivo, obtém-se a mais-valia, fonte geradora de lucro
apropriada pelo capital. Em O capital, Marx afirma que o “processo
capitalista de produção não é simplesmente produção de mercadorias. É
processo que absorve trabalho não pago, que transforma os meios de
produção em meios de extorsão de trabalho não pago. (MARX apud
ANTUNES, 2004, p.164)
Trabalho e Alienação:
Para Marx, a alienação se manifesta na vida real do homem, na maneira pela
qual, a partir da divisão do trabalho, o produto do seu trabalho deixa de
lhe pertencer. Todo o resto é decorrência disso. O surgimento do
capitalismo determinou a intensificação da procura do lucro e confinou o
operário à fábrica, retirando dele a posse do produto. Mas não é apenas o
produto que deixa de lhe pertencer. Ele próprio abandona o centro de si
mesmo. Não escolhe o salário – embora isso lhe pareça ficticiamente como
resultado de um contrato livre –, não escolhe o horário nem o ritmo de
trabalho e passa a ser comandado de fora, por forças estranhas a ele.
Ocorre então o que Marx chama de fetichismo da mercadoria e reificação do
trabalhador.
Dessa forma, Konder (2009) endossa o pensamento de Marx, quando diz:
A sociedade capitalista é a sociedade em que a alienação assume,
claramente, as características da reificação, com o esmagamento das
qualidades humanas e individuais do trabalhador por um mecanismo inumano,
que transforma tudo em mercadoria (KONDER, 2009. p.130)
Assim, o autor diz que o modo de produção capitalista distorce os
significados das relações sociais, quando coisifica o homem,
transformando sua própria força de trabalho, em mercadoria e
centralizando o consumo como mantenedor da lógica capital. Para isso, o
sistema capitalista supervaloriza a aquisição da mercadoria, atrelando-se a
ela a satisfação de necessidades humanas, mesmo que efêmeras, dispondo de
estratégias que incidem, sobre as mercadorias um certo encantamento,
seguido de alienação. Esta configura-se pela não compreensão do trabalhador
acerca da totalidade do processo de produção da mercadoria, em decorrência
da divisão sóciotécnica do trabalho, assim como a fetichização da mercadoria
que desvaloriza a participação do trabalhador nos processos produtivos.
O fetichismo é o processo pelo qual a mercadoria, ser inanimado, é
considerada como se tivesse vida, fazendo com que os valores de troca
se tornem superiores aos valores de uso e determinem as relações entre
os homens, e não vice-versa. Ou seja, a relação entre os produtores não
aparece como sendo relação entre eles próprios (relação humana), mas entre
os produtos do seu trabalho. Por exemplo, as relações não são entre alfaiate e
carpinteiro, mas entre casaco e mesa. A mercadoria adquire valor superior
ao homem, pois privilegiam-se as relações entre coisas, que vão definir
relações materiais entre pessoas. Com isso, a mercadoria assume formas
abstratas (o dinheiro, o capital) que, em vez de serem intermediárias entre
indivíduos, convertem-se em realidades soberanas e tirânicas. Em
consequência, a "humanização" da mercadoria leva à desumanização do
homem, à sua coisificação, à reificação (do latim res, "coisa"), sendo o próprio
homem transformado em mercadoria (sua força de trabalho tem um preço no
mercado).
Fonte: https://pt.m.wikipedia.org/wiki/Manifesto_Comunista
O capital humano:
Podemos comparar o mercado de trabalho, em especial o qualificado, a
uma verdadeira loteria, em que os trabalhadores competem entre si por
ascensão profissional. Aqui, os investimentos em capital humano tornaram-
se os bilhetes desta loteria. E, de forma semelhante ao que acontece em uma
loteria, há sempre vencedores e perdedores.
O capital humano também se tornou instrumento para a exploração do
trabalho, à semelhança do capital físico. Os vencedores exploram os
perdedores, com os primeiros apropriando-se do produto do trabalho dos
últimos.
Tanto o capital humano quanto o tradicional, descrito por Marx, em O capital,
passaram a constituir instrumentos de legitimação da apropriação do trabalho
alheio e da exploração. Os trabalhadores, com baixo ou sem investimento
em capital humano, assim, já estão, a priori, excluídos da loteria em que
se transformaram os mercados de trabalho capitalistas; nesse sentido, já
são perdedores.
As formas de exploração introduzida pelo capital humano, ao se somarem à
tradicional exploração do trabalho pelo capital, reforçaram ainda mais a
tendência inerente à geração de desigualdades pelo capitalismo.
Os diferenciais de salários justificados pelo capital humano tornaram-se
elementos adicionais à dicotomia capital-trabalho para explicar a crescente
desigualdade engendrada pelo modo de produção capitalista.
Fonte: https://revista.enap.gov.br/index.php/RSP/article/download/216/221/778
Poucas pessoas vão viver com muito, e muitas pessoas vão viver com
pouco. Aqueles que possuem riqueza, a burguesia, podem ter o que
quiserem, comer o que quiserem, etc. Já aqueles que não possuem a
mesma riqueza, possuem poucas oportunidades, não têm acesso às
mesmas coisas. Logo, aqueles que possuem menos, são
desfavorecidos, não têm as mesmas chances e acesso daqueles que
possuem mais.
Fonte:
https://brasilescola.uol.com.br/historiag/capitalismo.htm#:~:text=
O%20capitalismo%20%C3%A9%20o%20sistema%20econ%C3
%B4mico%20majorit%C3%A1rio%20no,de%20desigualdade%20
social%20que%20ele%20ajudou%20a%20concretizar
Fonte: https://www.politize.com.br/capitalismo-o-que-e-o/
Protocolo de Kyoto
Acordo ambiental fechado durante a 3ª Conferência das Partes da
Convenção das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas,
realizada em Kyoto, Japão, em 1997. Foi o primeiro tratado internacional
para controle da emissão de gases de efeito estufa na atmosfera. Entre
as metas, o protocolo estabelecia a redução de 5,2%, em relação a
1990, na emissão de poluentes, principalmente por parte dos países
industrializados. Uma delas determinava a redução de 5,2%, em relação
a 1990, da emissão de gases do efeito estufa, no período compreendido
entre 2008 a 2012. O protocolo também estimulava a criação de formas
de desenvolvimento sustentável para preservar o meio ambiente.
• Crítica à exploração:
O capitalismo passa por crises e buscando reinventar-se, aumenta o
investimento em tecnologias que permitem obter cada vez mais
mais-valia. Entretanto, para que isso ocorra, ele coloca cada vez
mais trabalhadores fora do mercado de trabalho. E, os trabalhadores
que continuam ocupando seus postos, trabalham mais e recebem
menos, já que o mercado dispõe de trabalhadores que, devido as
necessidades, se condicionam a trabalhos precarizados, principalmente
em momentos de crise. Os países de capitalismo tardio submetem os
seus trabalhadores a níveis de exploração cada vez maiores, para que
consigam permanecer na disputa pelos mercados e enquadrados no
capitalismo.
Fonte: https://periodicos.ufes.br/einps/article/view/20224
Fonte: https://www.pstu.org.br/saiba-como-ocorre-a-exploracao-dos-
trabalhadores-pelo-
capitalismo/#:~:text=Por%20isso%2C%20o%20modo%20de,a%20escra
vid%C3%A3o%20e%20a%20servid%C3%A3o
• Trabalho precário:
O burguês acredita que trabalha, mas é o proletariado que faz a
produção, o esforço não vem do patrão, ele apenas usufrui do lucro
ou se dói pelo custo. Proletário era o pobre que dava a prole para lutar
nas legiões romanas, Karl Max usou o termo para chamar de
assalariado. Já o Burguês pratica o "Mais valia", diminuindo o salário e
aumentando as horas de trabalho, para garantir o lucro, é daí que vem o
trabalho precário, em que o trabalhador assume todos os riscos sem
encargos para a empresa ou o governo. Diferente de um trabalhador
formal, com um salário menor e barateado.
➔ “As nossas rendas são muito maiores, e em algum grau nós estamos
protegidos contra os choques por aquilo que resta do Estado de bem-
estar social do pós-guerra.”
Mas nós temos muito pouco controle efetivo sobre o curso das
nossas vidas, e a incerteza na qual vivemos está sendo piorada
pelas políticas voltadas para lidar com a crise financeira.
As taxas de juros a zero em meio a preços crescentes querem dizer que
as pessoas estão tendo um retorno negativo de seu dinheiro, e ao longo
do tempo o seu capital está se erodindo.
A situação de muitas das pessoas mais jovens é ainda pior. Para
adquirir os talentos de que precisa, a pessoa tem de se endividar. Já
que em algum ponto será necessário se reciclar, é preciso tentar
economizar, mas se a pessoa está endividada desde o começo, esta é a
última coisa que ela poderá fazer.
Não importa a sua idade, a perspectiva que a maioria das pessoas
enfrenta é de uma vida de insegurança.
Ao mesmo tempo em que privou as pessoas da segurança da vida
burguesa, o capitalismo criou o tipo de pessoa que vive a obsoleta
vida burguesa. Nos anos 80, havia muita conversa sobre valores
vitorianos, e propagandistas do livre mercado costumavam argumentar
que ele traria de volta para nós os íntegros valores de outrora.
Para muitos, as mulheres e os pobres, por exemplo, estes valores
vitorianos podem ser bastante ilógicos em seus efeitos. Mas o fato mais
importante é que o livre mercado funciona para corroer as virtudes que
mantêm a vida burguesa.
Quando as economias estão se perdendo, ser econômico pode ser o
caminho para a ruína. É a pessoa que toma pesados empréstimos e não
tem medo de declarar a insolvência que sobrevive e consegue
prosperar.
Quando o mercado de trabalho está altamente volátil, não são aqueles
que se mantém obedientemente fiéis a sua tarefa que são bem-
sucedidos, e sim as pessoas que estão sempre prontas para tentar algo
novo e que parece mais promissor.
Em uma sociedade que está sendo continuamente transformada pelas
forças do mercado, os valores tradicionais são disfuncionais, e qualquer
um que tentar viver com base neles está arriscado a acabar no ferro-
velho.
➔ Manifesto Comunista
Olhando para um futuro no qual o mercado permeia cada canto da vida,
Marx escreveu no 'Manifesto Comunista': "Tudo que é sólido se
desmancha no ar". Para alguém que vivia na Grã-Bretanha no início do
período vitoriano - o Manifesto foi publicado em 1848 -, isto era uma
observação incrivelmente perspicaz.
Naquela época, nada parecia mais sólido que a sociedade às margens
daquela em que Marx vivia. Um século e meio depois, nos
encontramos no mundo que ele previu, onde a vida de todo mundo
é experimental e provisória, e a ruína súbita pode ocorrer a
qualquer momento.
Uns poucos acumularam uma vasta riqueza, mas mesmo isso tem uma
característica evanescente, quase espectral. Na época vitoriana, os
muito ricos podiam relaxar, desde que eles fossem conservadores com a
maneira como eles investiam seu dinheiro. Quando os heróis dos
romances de Dickens finalmente recebem sua herança, eles nunca mais
fazem nada na vida.
Hoje, não existe o porto seguro. As rotações do mercado são tais
que ninguém pode saber o que terá valor dentro de alguns anos.
Este estado de inquietação perpétua é a revolução permanente do
capitalismo, e ele vai ficar conosco em qualquer futuro que seja
realisticamente imaginável. Nós estamos apenas no meio do caminho
de uma crise financeira que ainda deixará muitas coisas de cabeça
para baixo.
As moedas e os governos provavelmente ficarão de ponta-cabeça, junto
de partes do sistema financeiro que nós acreditávamos estar a salvo. Os
riscos que ameaçavam congelar a economia mundial apenas três anos
atrás não foram enfrentados. Eles foram simplesmente deslocados para
os Estados.
Não importa o que políticos nos digam sobre a necessidade de
controlar o déficit. Dívidas do tamanho das que foram contraídas
não podem ser pagas. Elas quase que certamente serão infladas - um
processo que está destinado a ser doloroso e empobrecedor para
muitos.
O resultado só pode ser mais revoltas, em uma escala ainda maior. Mas
isto não será o fim do mundo, ou mesmo do capitalismo. Aconteça o que
acontecer, nós ainda teremos que aprender a viver com a energia
mercurial que o mercado emitiu.
O capitalismo levou a uma revolução, mas não a que Marx esperava. O
feroz pensador alemão odiava a vida burguesa e queria que o
comunismo a destruísse. E assim como ele previu, o mundo burguês foi
destruído.
Mas não foi o comunismo que conseguiu esta proeza. Foi o
capitalismo que eliminou a burguesia.
EUA x CHINA
O Banco Mundial tentou criar um índice que leve em consideração algumas
dessas diferenças de custo de vida e valores monetários para estimar qual
porcentagem da população vive com menos de US$ 2,15 por dia, ajustado pelo
poder de compra das diferentes moedas.
Chegam assim a uma estimativa do número de pessoas que enfrentam as
dificuldades da extrema pobreza em cada país.
Medido dessa forma, 1% da população dos EUA está nessa condição de
pobreza absoluta. Enquanto a China, 0,2%.
Ele apresenta uma analogia: Dez pessoas são colocadas em uma sala,
cuja única saída é uma porta trancada, enorme e pesada. Lá dentro da
sala, encontra-se uma única chave pesada. Quem pegar essa chave (e
todos são fisicamente capazes de fazê-lo, com diferentes graus de
esforço) e levá-la até a porta, encontrará, após considerável dedicação,
uma forma de abrir essa porta e sair da sala. Mas se essa pessoa fizer
isso, só ela poderá sair. Dispositivos fotoelétricos instalados por um
carcereiro garantem que a porta se abrirá apenas o bastante para que
só uma pessoa saia. Em seguida, ela se fecha e ninguém dentro da sala
poderá abri-la novamente.
Há um consenso de que qualquer um desses prisioneiros pode escapar.
Mas também há uma noção clara de que, coletivamente, eles não são
livres. Um prisioneiro no quarto hipotético de Cohen, como um
trabalhador sob o capitalismo, pode ser capaz de escapar
individualmente, mas não pode escapar com seus companheiros de
prisão.
A única maneira dos trabalhadores serem livres e escaparem
juntos, segundo Cohen, é alcançando um “tipo mais profundo de
liberdade”; a liberação da sociedade de classes.
Tece também uma forte crítica aos governantes e ao modo como sacrificam
os interesses do país e do povo em função da ganância e das motivações
econômicas.
Trabalho infantil
Em 2019, o Brasil tinha 1,8 milhão de crianças e adolescentes em situação
de trabalho infantil. O número representa 4,6% desta população.
Os dados foram divulgados pela Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios
(Pnad) Contínua – Trabalho das Crianças e Adolescentes, do Instituto
Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
De acordo com a Lista das Piores Formas de Trabalho Infantil, a operação de
tratores e máquinas agrícolas, o beneficiamento do fumo, do sisal e da cana-
de-açúcar, a extração e corte de madeira, o trabalho em pedreiras, a produção
de carvão vegetal, a construção civil, a coleta, seleção e beneficiamento de
lixo, o comércio ambulante, o trabalho doméstico e o transporte de cargas são
algumas das atividades elencadas.