A maioria das contribuições para melhoria da educação, em muitos casos, se
resume no dinheiro e a maneira de gastá-los e não na aprendizagem/método em si. Até mesmo as contribuições dos psicólogos educacionais foram sem relativa significância. Logo o que se tem ensinado não é uma verdadeira tecnologia de ensino. Os professores no início de carreira não recebe treinamento preparatório, alguns começam sua prática em estágios tendo profissionais mais experientes como mentores, dessa forma, infelizmente, não é levada a sério a pedagogia como ciência. Um sistema educacional deve-se compreender os mecanismos de aprendizagem e ensino, pois o comportamento humano é muito complexo para ser organizado no ambiente de sala de aula, visto essas questões, os professores necessitam de um auxílio para análise científica do comportamento. Antigamente, a educação se ligava aos castigos corporais, contudo em substituição veio as orelhas de burro, ficar em pé no canto da sala, ficar depois da aula. Os professores podem usar o controle aversivo porque por vários motivos, a saber: é mais forte que seus alunos, pode também coagir os alunos a lerem textos e serem argüidos e até escrever imensos trabalhos, essas atitudes vão lhe trazer algum resultado, porém trarão efeitos colaterais posteriores. As técnicas aversivas são fáceis de aprender e trazem um resultado rápido. Em resposta, podem-se verificar atitudes dos alunos como exemplo, “vadiagem”, atrasos ou ainda as formas mais sutis para o comportamento de fuga: o aluno está na sala, porém sua mente vagueia. Outras formas de conta-ataque dos alunos aos professores são percebidas: vandalismos, aceitar o castigo ao invés de realizar a tarefa. Essas reações trazem resultam em conseqüências emocionais, como medo, ansiedade e raiva, além de provocar um comportamento submisso no estudante. Já para o professor o comportamento agressivo é sempre reforçado, afugentando as suas boas intenções do início de carreira. Somando-se a isso o professor é julgado pelos colegas e superiores pelas ameaças impostas, por fazer com que os alunos trabalhem duro, não levando em consideração a maneira como está ensinando. O estudante não aprende quando lhe dizemos que algo tem que ser feito, algo que provoque a sua curiosidade não está nas salas de aula ou tecnicamente dizendo: falta o reforço positivo. As escolas tem feito um esforço de torná-la mais esteticamente atraente aos alunos com mobílias confortáveis e salas coloridas que reforçam apenas o comportamento de estar nela. Porém essas ações não são eficazes quanto ao método de ensino. Mesmo os materiais interessantes e bem estruturados eles de fato não são aprendidos, e diante do exposto alguns teóricos da educação concluíram que os professores apenas podem ajudar os alunos a aprender. “Se o aluno pode ser ensinado a aprender do mundo das coisas, nada mais precisará ser ensinado”. No método da descoberta, o professor promove ambientes onde as descobertas vão ocorrer e sugere possibilidades investigativas. Estudantes se interessam pelo que podem aprender por eles próprios e se lembram muito mais das coisas que aprenderam deste modo. Nota-se um reforço em algo que se prende com a descoberta pessoal em sobreposição ao controle aversivo. Contudo a descoberta não é solução para problemas da educação, porque os estudantes também precisam saber memorizar fatos, códigos a até mesmo trechos de obras literárias. Não se pode deixar de ensinar fatos importantes e deixar na mão do aluno que descubra tais pontos, porém os questionamentos e a criatividade devem ser reforçados. Existem professores que são essencialmente interessantes e tornam as coisas naturalmente interessantes aos alunos e são bons comunicólogos e esses são exceções. Assim como existem, alunos suficientemente bons para aprender, esses dois casos acima citados denomina-se os ídolos da escola. “Ensinar pode ser definido como dispor de contingências de reforçamento sob as quais os comportamentos mudam”. Os estímulos reforçadores para uma contingência de aprendizagem podem ser aplicados a uma turma A e se obter sucesso, porém o mesmo sucesso não pode ser obtido numa turma B. Cabe ao professor ter a sensibilidade de perceber essas mudanças comportamentais e se utilizar métodos científicos comprovados de uma análise do comportamento para aplicar estímulos reforçadores (muito mais eficazes que o controle aversivo). Porém, no atual contexto de ensino as vezes se faz necessário a utilização de técnicas de controle aversivo que tragam um menor efeito colateral aos alunos e professores.