Você está na página 1de 12

AVA L I A Ç Ã O • R O T E I R O F O R M AT I V O

Roteiro formativo:
Avaliações externas:
desafios e oportunidades
Elaborado por: Alessandra Novak e Kátia Chiaradia - Edição: Lisandra Matias

Justificativa para a formação


Avaliar o sistema educacional é, grosso modo, emitir juízos de valor
acerca de seus processos e resultados. Essa valoração costuma
ocorrer a partir da comparação de resultados com parâmetros
construídos previamente à avaliação.

Se o propósito de um sistema educacional é garantir a Educação a


seus estudantes, então a meta da avaliação educacional do sistema
deve ser contribuir para o incremento da eficiência nesse processo.

Por sua vez, para que esse incremento (a melhora do aprendizado)


ocorra, é essencial a cada escola/gestor traçar uma proposição a partir
daquilo que foi avaliado e ao qual foi estabelecido juízo de valor.
Portanto, um sistema de avaliação (como o Saeb) deve:
• Medir os aprendizados (pois, no extremo, isso é medir o acesso ao
direito à educação);
• Informar gestores sobre as métricas e seus resultados;
• Orientar as decisões educacionais.

Tema da formação
Avaliações externas: desafios e oportunidades

Tempo estimado
2 reuniões de 2 horas cada. A primeira destina-se ao alinhamento
conceitual acerca dos termos avaliação, avaliações externas e internas.
No segundo dia, o focoserá discutir sobre a avaliação externa: sua
importância, seus impactos, possibilidades e limitações.

N O VA E S C O L A 2 0 2 2 • E L A B O R A D O P O R A L E S S A N D R A N O VA K E K ÁT I A C H I A R A D I A E D I Ç Ã O L I S A N D R A M AT I A S • PÁ G I N A 1
AVA L I A Ç Ã O • R O T E I R O F O R M AT I V O

1 Objetivos do 1º dia da formação


• Refletir sobre as concepções de avaliação à luz
de referenciais teóricos, de discussões desenvolvidas
e de contribuições dos professores.
• Definir avaliação enquanto um processo dinâmico e contextualizado,
cujo objetivo é fornecer informações sobre o processo de
aprendizagem que possam auxiliar nas tomadas de decisão.
• Diferenciar as avaliações externas (de sistema)
das avaliações escolares.

2 Objetivos do 2º dia da formação


• Reconhecer os propósitos das avaliações externas (de sistema)
e das avaliações escolares no cotidiano escolar.
• Identificar e diferenciar os papéis e as ações de cada ator
educacional diante da avaliação externa.
• Reconhecer a importância das avaliações externas como mais um
indicador para a tomada de decisão no cotidiano escolar.

Materiais necessários
Cópias dos trechos usados no 2º momento (veja a seguir) de cada um
dos dois dias ou dispositivos eletrônicos para que os documentos
possam ser acessados por todos.

Desenvolvimento
O roteiro formativo que aqui propomos está estruturado em dois dias,
de três momentos cada. A seguir, confira o roteiro.

N O VA E S C O L A 2 0 2 2 • E L A B O R A D O P O R A L E S S A N D R A N O VA K E K ÁT I A C H I A R A D I A E D I Ç Ã O L I S A N D R A M AT I A S • PÁ G I N A 2
AVA L I A Ç Ã O • R O T E I R O F O R M AT I V O

Primeiro dia de formação


1o momento: Identificação dos conhecimentos prévios da equipe sobre avaliação,
enquanto conceito, e sobre os diferentes tipos de avaliação: externa e interna.
2o momento: Construção de novos conhecimentos para apoiar a equipe a
compreender o objetivo de cada uma das avaliações.
3o momento: Sistematização dos conhecimentos construídos em grupo.

Acolhimento
É bastante comum nas escolas a ideia de que o espaço também é educador.
Isso também vale para os professores. Então, antes de receber sua equipe para a
formação, assegure-se de que o local é adequado, de que todos estarão confortáveis,
de que as cadeiras não estão muito próximas umas às outras ou de que os bebedores
de água estejam muito distantes ou com difícil acesso. Evite situações de ansiedade,
pois, tal qual os alunos, os professores também viveram uma pandemia cheia de
traumas.

Se possível, em um espaço anterior ao da formação, disponibilize chá ou suco, a


depender do clima na sua cidade, para que haja um momento de socialização e leveza
antes dos trabalhos. Receba sua equipe nesse espaço ou na entrada do local em que
ocorrerá a formação.

Organize as cadeiras de modo que os professores possam olhar uns para os outros
em pequenos grupos, ou no grande grupo, de modo a facilitar o olhar, a fala e a
escuta ativa.

Organize bem o tempo destinado a cada etapa e procure segui-lo. Se as discussões


estiverem muito boas e antecipando as etapas, use isso a seu favor, dimensione
o tempo que cada etapa levará e registre. No momento da formação, informe os
participantes sobre a duração de cada etapa, para que toda a formação aconteça, até
a etapa de fechamento e sistematização.

Certifique-se de que todo material necessário para a formação está impresso ou


disponibilizado de modo virtual e organizado.

N O VA E S C O L A 2 0 2 2 • E L A B O R A D O P O R A L E S S A N D R A N O VA K E K ÁT I A C H I A R A D I A E D I Ç Ã O L I S A N D R A M AT I A S • PÁ G I N A 3
AVA L I A Ç Ã O • R O T E I R O F O R M AT I V O

1º momento
Para poder apoiar sua equipe a extrair o melhor do que as avaliações externas podem
oferecer, será necessário, antes, identificar a ideia que cada professor tem do que é
avaliação e o quanto dominam conceitualmente o tema. Pergunte-lhes, por exemplo:

O que é avaliar, segundo sua experiência?


Por que avaliamos?

Para os registros das respostas, você poderá usar um recurso físico como a
própria lousa ou ainda algum recurso virtual como o Padlet. Faça a leitura em
voz alta de algumas das contribuições que chamaram mais atenção e peça para
o(a) autor(a) comentar um pouco mais. Procure deixar esses registros disponíveis
até o final do encontro para que possam ser retomados e confrontados com
as aprendizagens construídas ao final da formação. Em seguida, proponha os
seguintes questionamentos:

Qual o objetivo de se avaliar na escola?


Qual o objetivo de se avaliar a escola?

Este é um momento de compartilhamento de ideias, de levantamento de


conhecimentos prévios. Procure não corrigir os eventuais equívocos para não inibir
sua equipe. Confie no processo, na metodologia e no trabalho em equipe: faça
anotações compartilhadas sobre tudo que for dito e, cuidadosamente, vá fazendo a
mediação das falas, preferencialmente com perguntas motivadoras.

Após essa primeira etapa, organize os docentes em grupos,


se ainda não estiverem assim.

N O VA E S C O L A 2 0 2 2 • E L A B O R A D O P O R A L E S S A N D R A N O VA K E K ÁT I A C H I A R A D I A E D I Ç Ã O L I S A N D R A M AT I A S • PÁ G I N A 4
AVA L I A Ç Ã O • R O T E I R O F O R M AT I V O

2º momento
Então, com a equipe organizada em grupos menores (de 4 a 6 professores, por exemplo),
ofereça-lhes alguns referenciais teóricos em relação ao conceito de avaliação. Os trechos
podem ser distribuídos de forma que todas as equipes tenham acesso aos mesmos ou
serem divididos, permitindo a diversidade de acesso aos textos e também de abordagens.
Oriente-os a ler no grupo, comparar e discutir a partir da seguinte questão:

O que há de semelhanças entre os trechos lidos?


Quais as diferenças entre avaliações externas e internas?

Sugerimos os seguintes trechos:

1 • A avaliação é substancialmente reflexão, capacidade única HOFFMANN,


Jussara. Outra
e exclusiva do ser humano, de pensar sobre seus atos, de concepção
analisá-los, julgá-los, interagindo com o mundo e com os de tempo em
avaliação. Avaliar
outros seres, influindo e sofrendo influências pelo seu pensar para promover:
as setas do
e agir. Não há tomada de consciência que não influencie caminho. 15ª ed.
a ação. Uma avaliação reflexiva auxilia a transformação da Porto Alegre:
Mediação, 2014,
realidade avaliada. p. 10

2 • A avaliação subsidia, em qualquer atividade humana, LUCKESI, Cipriano


Carlos. Avaliação
o resultado bem sucedido. Ela oferece os recursos para da aprendizagem
diagnosticar (investigar) uma ação qualquer e, a partir do escolar: estudos
e proposições. 22ª
conhecimento que obtém sobre a qualidade dos resultados ed. – São Paulo:
Cortez, 2011, p. 72
dessa ação, intervir nela para que se encaminhe na direção
dos resultados desejados.

3 • A investigação do que há, de essencial, no ato de avaliar HADJI, Charles.


A avaliação,
levou-nos a considerar esse acto como um juízo através regras do jogo:
do qual nos pronunciamos sobre uma dada realidade, ao das intenções
aos instrumentos.
articularmos uma certa ideia ou representação daquilo que Porto Editora,
LDA. Portugal:
deveria ser, e um conjunto de dados factuais respeitantes a 1994, p. 178
esta realidade.

N O VA E S C O L A 2 0 2 2 • E L A B O R A D O P O R A L E S S A N D R A N O VA K E K ÁT I A C H I A R A D I A E D I Ç Ã O L I S A N D R A M AT I A S • PÁ G I N A 5
AVA L I A Ç Ã O • R O T E I R O F O R M AT I V O

4 • “As avaliações externas são elaboradas, organizadas e DE BLASIS, Eloisa


de; FALSARELLA,
conduzidas por agentes externos à escola. Também são Ana Maria; .
chamadas de avaliações em larga escala, por serem aplicadas, ALAVARSE,
Ocimar Munhoz;
por exemplo, a uma rede de ensino inteira, municipal ou GUEDES, Patricia
Mota. Avaliação
estadual; ou ainda a várias redes de ensino, como é o caso da e aprendizagem:
Prova Brasil. Essas avaliações informam sobre os resultados avaliações
externas –
educacionais de escolas e redes de ensino a partir do perspectivas
para a ação
desempenho dos alunos em testes ou provas padronizadas pedagógica e
que verificam se estes aprenderam o que deveriam ter a gestão do
ensino. São
aprendido, permitindo inferências sobre o trabalho educativo Paulo: CENPEC:
Fundação Itaú
das escolas e redes de ensino. Social, 2013, p.6

5 • [...] a avaliação está predominantemente a serviço da HOFFMANN,


Jussara. Outra
ação, colocando o conhecimento obtido, pela observação concepção
ou investigação, a serviço da melhoria da situação avaliada. de tempo em
avaliação. Avaliar
Observar, compreender, explicar uma situação não é avaliá- para promover:
as setas do
la; essas ações são apenas uma parte do processo. Para caminho. 15ª ed.
além da investigação e da interpretação da situação, a – Porto Alegre:
Mediação, 2014,
avaliação envolve necessariamente uma ação que promova p. 19

a sua melhoria.

6 • “O sistema de ensino está interessado nos percentuais LUCKESI, Cipriano


Carlos. Avaliação
de aprovação/reprovação do total dos educandos; os pais da aprendizagem
estão desejosos de que seus filhos avancem nas séries de escolar: estudos
e proposições. 22ª
escolaridade; os professores se utilizam permanentemente ed. – São Paulo:
Cortez, 2011, p. 36
dos procedimentos de avaliação como elementos motivadores
dos estudantes, por meio da ameaça; os estudantes
estão sempre na expectativa de virem a ser aprovados
ou reprovados e, para isso, servem-se dos mais variados
expedientes. O nosso exercício pedagógico escolar é
atravessado mais por uma pedagogia do exame que por uma
pedagogia do ensino/aprendizagem.”

N O VA E S C O L A 2 0 2 2 • E L A B O R A D O P O R A L E S S A N D R A N O VA K E K ÁT I A C H I A R A D I A E D I Ç Ã O L I S A N D R A M AT I A S • PÁ G I N A 6
AVA L I A Ç Ã O • R O T E I R O F O R M AT I V O

7 • As avaliações externas não substituem as avaliações da DE BLASIS, Eloisa


de; FALSARELLA,
aprendizagem elaboradas pelos professores no contexto Ana Maria; .
de sua ação pedagógica, e tampouco representam todo o ALAVARSE,
Ocimar Munhoz;
processo pedagógico. Contudo, nem uma nem outra pode GUEDES, Patricia
Mota. Avaliação
ser desmerecida. A análise comparada das informações e aprendizagem:
fornecidas por ambas pode produzir elementos para subsidiar avaliações
externas –
o trabalho desenvolvido no interior das escolas, seja para o perspectivas
para a ação
aperfeiçoamento dos instrumentos de avaliação elaborados pedagógica e
internamente, seja para oferecer elementos de contexto para a gestão do
ensino. São
as provas externas. Além de ser um componente importante Paulo: CENPEC:
Fundação Itaú
para o planejamento e a readequação dos programas de Social, 2013, p.6
ensino. Tanto em relação às avaliações internas quanto às
externas, coloca-se a necessidade da apreciação crítica e do
debate sobre os critérios envolvidos, com a ressalva de que
nas avaliações externas eles são mais explícitos e coletados,
em princípio, com procedimentos mais rigorosos.

8 • As avaliações externas podem fornecer pistas DE BLASIS, Eloisa


de; FALSARELLA,
importantes para que se reflita sobre o desenvolvimento do Ana Maria; .
trabalho educativo no interior das escolas, especialmente ALAVARSE,
Ocimar Munhoz;
quando esses resultados se referem a aspectos ou GUEDES, Patricia
Mota. Avaliação
componentes que têm peso para o conjunto das atividades e aprendizagem:
escolares, como é o caso da leitura e da resolução de avaliações
externas –
problemas. A avaliação é um ponto de partida, de apoio, perspectivas
para a ação
um elemento a mais para repensar e planejar a ação pedagógica e
pedagógica e a gestão educacional. Os pontos de chegada a gestão do
ensino. São
são o direito de aprender e o avanço da melhoria global Paulo: CENPEC:
Fundação Itaú
do ensino. Por isso, faz-se necessário que os profissionais Social, 2013, p.14
de escolas e de secretarias de educação compreendam os
dados e informações produzidos pelas avaliações, saibam
o que significam. De tal modo que, além de utilizá-los para
a elaboração e implementação de ações, desmistifiquem a
ideia de que a avaliação externa é apenas um instrumento
de controle, ou ainda, que sua função é comparar escolas ou
determinar a promoção ou retenção de alunos.

N O VA E S C O L A 2 0 2 2 • E L A B O R A D O P O R A L E S S A N D R A N O VA K E K ÁT I A C H I A R A D I A E D I Ç Ã O L I S A N D R A M AT I A S • PÁ G I N A 7
AVA L I A Ç Ã O • R O T E I R O F O R M AT I V O

9 • Diversamente [do simples exame], o ato de avaliar tem LUCKESI, Cipriano


Carlos. Avaliação
como função investigar a qualidade do desempenho dos da aprendizagem:
estudantes, tendo em vista proceder a uma intervenção componente do
ato pedagógico. 1.
para a melhoria dos resultados, caso seja necessária. ed. – São Paulo:
Cortez, 2011, p.
Assim, a avaliação é diagnóstica. Como investigação 62 - 63
sobre o desempenho escolar dos estudantes, ela gera
um conhecimento sobre o seu estado de aprendizagem
e, assim, tanto é importante o que ele aprendeu como
o que ele ainda não aprendeu. O que já aprendeu está
bem; mas, o que não aprendeu (e necessita de aprender,
porque essencial) indica a necessidade da intervenção de
reorientação..., até que aprenda.

10 • Lei 9394/96 - Artigo 24- V - a verificação do rendimento LEI DE


DIRETRIZES
escolar observará os seguintes critérios: a) avaliação contínua E BASES DA
e cumulativa do desempenho do aluno, com prevalência dos EDUCAÇÃO
NACIONAL
aspectos qualitativos sobre os quantitativos e dos resultados
ao longo do período sobre os de eventuais provas finais.

11 • Enquanto a avaliação externa, de maneira geral, verifica DE BLASIS, Eloisa


de; FALSARELLA,
se os alunos atingiram as aprendizagens esperadas ao final de Ana Maria; .
um ciclo, a avaliação da aprendizagem realizada internamente ALAVARSE,
Ocimar Munhoz;
pela escola permite diagnosticar a situação de cada turma e GUEDES, Patricia
Mota. Avaliação
estudante, acompanhar e intervir no processo educativo ao e aprendizagem:
longo do ciclo. Ou seja, a avaliação interna da aprendizagem avaliações
externas –
permite tomar as devidas providências para que os alunos perspectivas
para a ação
progridam antes de terminarem um ciclo de escolarização. pedagógica e
a gestão do
ensino. São
Paulo: CENPEC:
Fundação Itaú
Social, 2013, p.15

N O VA E S C O L A 2 0 2 2 • E L A B O R A D O P O R A L E S S A N D R A N O VA K E K ÁT I A C H I A R A D I A E D I Ç Ã O L I S A N D R A M AT I A S • PÁ G I N A 8
AVA L I A Ç Ã O • R O T E I R O F O R M AT I V O

Circule pelos grupos acompanhando as discussões e intervenha com perguntas


motivadoras, quando for o caso. Caso as equipes tenham dificuldade em
organizar os trabalhos internos nos grupos, você pode sugerir que elaborem uma
tabela comparativa simples, elencando as principais ideias conceituais sobre as
diferentes avaliações.

3º momento
Peça que cada equipe construa o seu conceito de avaliação e diferencie avaliação
externa e interna a partir dos trechos lidos e discutidos. Os grupos podem registar
num cartaz físico ou virtual para expor aos outros colegas.
Então, já de volta no grande grupo, convide uma ou mais equipes para comentarem
os conceitos que construíram (o número de equipes a apresentarem dependerá do
tempo que resta do encontro). Peça que retomem os conceitos iniciais (do início da
formação) com as construções finais e questione: no que mudamos? Permita que
alguns participantes comentem.

Para finalizar o 1º dia, apresente a pauta do 2º dia de formação.

N O VA E S C O L A 2 0 2 2 • E L A B O R A D O P O R A L E S S A N D R A N O VA K E K ÁT I A C H I A R A D I A E D I Ç Ã O L I S A N D R A M AT I A S • PÁ G I N A 9
AVA L I A Ç Ã O • R O T E I R O F O R M AT I V O

SEGUNDO DIA DE FORMAÇÃO


Esse segundo dia será bem intenso quanto às análises e discussões.
1o momento: Retomada do encontro anterior referente ao conceito construído
de avaliação. Identificação dos conhecimentos prévios referente às avaliações
externas.
2o momento: Construção de novos conhecimentos, com o propósito de apoiar
a equipe a compreender o papel dos docentes e dos gestores em relação às
avaliações externas.
3o momento: Sistematização dos conhecimentos construídos em grupo.

Acolhimento
Repita o acolhimento do primeiro dia ou proponha novos processos, caso sinta a
necessidade.

1º momento
Mais uma vez, sugerimos o expediente de perguntas motivadoras. Caso queira mudar
a estratégia, você pode propor a elaboração de um painel coletivo com as ideias do
grupo, usando ferramentas como Mentimeter, Padlet ou Jamboard. [....].
Agora que sua equipe tem claros e consolidados os conhecimentos sobre as variadas
avaliações que ocorrem no cotidiano escolar, é chegada a ocasião de identificar
e organizar aquilo que eles conhecem sobre avaliação externa (que muitas redes
aplicam também como diagnóstico da rede, no início de cada ano letivo).
Pergunte-lhes, por exemplo:
O que é avaliação externa?
Qual a função de uma avaliação externa?
De que maneira os resultados de uma avaliação externa chegam até você?
Você faz uso, em suas aulas, de itens de avaliação externa?
Como você analisa e/ou usa os resultados das avaliações dos seus estudantes?

Lembramos que este é um momento de compartilhamento de ideias, de


levantamento de conhecimentos prévios. Procure não corrigir os eventuais equívocos
para não inibir sua equipe. Confie no processo, na metodologia e no trabalho em
equipe: faça anotações compartilhadas sobre tudo que for dito e, cuidadosamente, vá
fazendo a mediação das falas, preferencialmente com perguntas motivadoras.

N O VA E S C O L A 2 0 2 2 • E L A B O R A D O P O R A L E S S A N D R A N O VA K E K ÁT I A C H I A R A D I A E D I Ç Ã O L I S A N D R A M AT I A S • PÁ G I N A 1 0
AVA L I A Ç Ã O • R O T E I R O F O R M AT I V O

2º momento
Sugere-se pelo menos uma hora para esta etapa, pois a leitura é mais extensa
e a discussão também. Organize os participantes em equipes menores (de 4 a 6
participantes) para analisar alguns resultados do PISA 2018. Disponibilize as páginas
1 até 4 do documento Resultados do PISA - Notas sobre o país, disponível nesse link:
https://download.inep.gov.br/acoes_internacionais/pisa/resultados/2018/pisa_2018_
brazil_prt.pdf

A partir da leitura e análise dos resultados, discutam as seguintes questões:

Como foi o desempenho do Brasil em Leitura, Matemática e Ciências?


Na percepção da equipe, estes resultados estão coerentes
com a realidade brasileira?
Como o resultado de uma avaliação externa pode contribuir para a reorientação
de planejamento da escola?
Quais os aspectos positivos e os negativos nas avaliações externas?

Cada equipe deve organizar as suas discussões referentes às perguntas para poderem
apresentar aos outros.

N O VA E S C O L A 2 0 2 2 • E L A B O R A D O P O R A L E S S A N D R A N O VA K E K ÁT I A C H I A R A D I A E D I Ç Ã O L I S A N D R A M AT I A S • PÁ G I N A 1 1
AVA L I A Ç Ã O • R O T E I R O F O R M AT I V O

3º momento
Hora de sistematizar e alinhar os conceitos construídos no momento anterior. Assim,
convide algumas equipes para apresentarem suas considerações acerca das questões
propostas e elaborem um quadro coletivo com as colaborações. É provável que vocês
construam algo semelhante ao diagrama a seguir:

Gestão no âmbito
das secretarias de Educação

• revisão de prioridades;
• alocação de recursos; organização
de ações / intervenções nas escolas;
• fortalecimento do acompanhamento
e apoio às escolas

Uso dos
resultados da
avaliação
Gestão no âmbito Trabalho
das escolas pedagógico

• revisão e diagnóstico de • diagnóstico de


necessidades; aprendizagem dos alunos;
• organização de ações • identificacão de
coletivas envolvendo necessidades específicas
alunos, professores e de grupos e indivíduos;
pais (Projeto Pedagógico) • propostas de intervenção
nos processos de ensino
e aprendizagem (Sala de
Aula)

Adaptado de: DE BLASIS, Eloisa de; FALSARELLA, Ana Maria; . ALAVARSE, Ocimar Munhoz;
GUEDES, Patricia Mota. Avaliação e aprendizagem: avaliações externas – perspectivas para a
ação pedagógica e a gestão do ensino. São Paulo: CENPEC: Fundação Itaú Social, 2013, p.38

Sugerimos trazer nesse momento os objetivos de aprendizagem propostos


inicialmente para a formação. Questione os professores se esses objetivos foram
atingidos e quais momentos e atividades contribuíram para isso.

N O VA E S C O L A 2 0 2 2 • E L A B O R A D O P O R A L E S S A N D R A N O VA K E K ÁT I A C H I A R A D I A E D I Ç Ã O L I S A N D R A M AT I A S • PÁ G I N A 1 2

Você também pode gostar