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EXPLORAÇÃO DO HOMEM PELO HOMEM

ALIENAÇÃO

MAIS-VALIA

PAPEL DO ESTADO

Trabalho Livre e Trabalho Explorado

O trabalho como elemento central “humaniza” e constitui a vida em sociedade – ser social.

O trabalho como a principal forma de práxis e a importância da práxis profissional.

Presença do homem na terra

História do Homem

• H. habilis é a espécie mais antiga do gênero Homo, viveu no leste Africano há aproximadamente 2
Milhões de anos atrás. Homo Sapiens 130 mil anos

• O capitalismo 500 anos

Trabalho e exploração

• Sociedades Nômades (não tinham o conceito de posse);

• A exploração do homem pelo homem surge muitos anos depois, com o desenvolvimento da
agricultura, momento em que os homens começaram a se fixar na terra.

EXPANSÃO DA DIVISÃO DO TRABALHO

Com o aumento da produtividade e o desenvolvimento de novos métodos de cultivo do solo, ocorreu uma
expansão gradual das atividades agrícolas,

O homem acabou por produzir mais do que precisava para sobreviver – Gerou Excedente.
EXPANSÃO DA DIVISÃO DO TRABALHO

A divisão do trabalho tornou-se mais complexa. As atividades passaram a ser mais divididas. Algumas
pessoas dedicavam-se à agricultura e outras, especializaram-se, por exemplo, na produção artesanal.

PRODUÇÃO SOCIALIZADA E DIVISÃO DO TRABALHO

Os homens não realizavam mais a mesma função na produção e passavam a se diferenciar uns dos outros,
através do tipo de atividade que exerciam.

O excedente leva o homem a trocar mercadorias - objetivo inicial era a manutenção do produtor e da
comunidade que pertencia.

Apesar da divisão de trabalho, nas comunidades primitivas, a produção era socializada com as pessoas que as
integravam.

DIVISÃO SOCIAL DO TRABALHO

Segundo Marx e Engels, a partir da complexificação da divisão social do trabalho tem início o processo de desigualdade
entre os homens e a exploração do trabalho humano como fonte de acumulação de riqueza.

COMPLEXIFICAÇÃO DA DIVISÃO DO TRABALHO

Na sociedade cuja reprodução baseia-se na exploração do homem pelo homem, o trabalho deixa de ser expressão das
necessidades do trabalhador para expressar as necessidades de acumulação de riqueza da classe dominante.

TRABALHO EXPLORADO
Esta dimensão “negativa” do trabalho explorado, resultante das desumanidades socialmente produzida pelos homens, é
denominada por Marx em suas obras Elementos para a Crítica da Economia Política (1857 -58) e Os Manuscritos
Econômicos – Filosóficos de 1844 como alienação, ou seja, a desigualdade social gerada pela divisão da sociedade entre
duas classes: uma que explora e outra que é explorada e garante a riqueza daquela que a explora (MARX, 1932).

TRABALHO EXPLORADO

• Segundo Engels a divisão sexual do trabalho serviu de base para a divisão do trabalho social. Inicialmente ocorreu
“naturalmente” como resultado de disposições naturais, vigor físico, necessidades, acasos.

• Com a cisão entre o interesse particular e o interesse comum (coletivo) as atividades deixam de ser voluntárias;

• A ação do homem, converte-se num poder estranho e a ele, oposto, que o subjuga ao invés de ser por ele
dominado.

A EXPLORAÇÃO DO HOMEM PELO HOMEM

O crescimento material, gera diferenças, alguns já não precisam trabalhar.

Surgem “figuras” privilegiadas na sociedade humana que se destacavam da produção material, como os sacerdotes e os
artistas.
As riquezas produzida pelo trabalho humano, coletivo e necessário a todos, passa a ser de responsabilidade das
camadas pobres da sociedade, sendo expropriada pelas minorias privilegiadas.

Segundo Marx, a história da humanidade tem sido a história da exploração do trabalho da grande maioria por uma
minoria.

OS MODOS DE PRODUÇÃO

Entende-se por modo de produção a maneira pela qual os homens obtêm seus meios de existência material, isto é, os
bens de que necessitam para viver. Na história podemos distinguir alguns modos de produção como o escravismo na
antiguidade, o feudalismo, o capitalismo e o socialismo. Os modos de produção de uma sociedade dependem do
estágio das forças produtivas e do desenvolvimento das relações de produção.

ACUMULAÇÃO PRIMITIVA

• Segundo Marx, a origem do modo de produção capitalista não está ligada, somente, a racionalização da divisão do
trabalho social, mas sim a um processo violento de expropriação da produção familiar, artesanal, camponesa,
corporativa etc., que separou o produtor direto dos seus meios de produção e formou enormes massas de indigentes
e desocupados, na verdade uma volumosa reserva de força de trabalho livre e disponível para ser comprada,
o proletariado.

• Por outro lado, a exploração das colônias ultramarinas através de saques, especulação comercial, tráfico de escravos e
monopólios mercantis propiciaram enormes oportunidades de enriquecimento para uma parcela da burguesia.

PRODUÇÃO CAPITALISTA

“No sistema capitalista... todos os meios para desenvolver a produção se convertem em meios para dominar e
explorar o produtor mutilam o operário reduzindo-o a um homem parcial, degradam-no a uma insignificante
peça de máquina; aniquilam, com o tormento do seu trabalho, o conteúdo do próprio trabalho; deformam as
condições nas quais ele trabalha... transformam o período de sua vida em tempo de trabalho... sob o rolo
compressor do capital”.

Karl Marx

Vimos que antigamente as pessoas


MAIS-VALIA produziam quase tudo que
necessitavam para viver.
Mas, como ocorre o processo de exploração capitalista?
Passaram a produzir excedente e a
trocar por outras MERCADORIAS

Mas, o que é Mercadoria?

Uma coisa externa, que tem dupla característica.

Mercadoria
Valor de Uso Valor de troca
Não mensurável Mensurável
Depende do gosto Medida de valor é a Quantidade de trabalho socialmente
Necessária para sua produção
Relações de Troca

O que dá Valor a uma mercadoria é a quantidade de trabalho socialmente necessário para produzi-la.

Medido pelo tempo gasto na sua produção.

• Os trabalhadores perderam os meios de produção (as terras as máquinas e ferramentas) tudo isso
passou a ser Propriedade Privada.
• Surgem as cidades e as fábricas;
• o trabalho ficou ainda mais dividido.
• Esta cada vez mais difícil entender a divisão e os processos de trabalho.

A Riqueza aumenta...

Mas para onde vai a riqueza produzida pelos trabalhadores?

Aquilo que o dono da empresa diz que é dele, na realidade é fruto do trabalho (valores antigos) de muitas
outras pessoas, mas que foi apropriado (privadamente).

As empresas não podem funcionar só com as máquinas.


Precisa de Força de Trabalho (FT) dos trabalhadores

FT é calculada pela média dos valores das A FT também é uma mercadoria...


mercadorias necessárias à sobrevivência
Como calcular o valor da Força de Trabalho?
do trabalhador, ou seja: Moradia,
Alimentação, Educação, Vestuário, Lazer,
Saúde, entre outras.

Os empregados, ao serem admitidos numa empresa, em geral, assinam um contrato de trabalho.

São livres.

O trabalhador é livre para aceitar ou não trabalhar naquela empresa. Mas, uma vez assinado o contrato de
trabalho, ele deve cumprir todas as regras estabelecidas pela empresa.

No processo de produção os trabalhadores prestam um duplo serviço. Transferem os valores (antigos) das
máquinas e matérias primas (meios de produção) e geram um valor novo (sapatos).

Parte do tempo gasto na produção de valores novos foi paga aos trabalhadores em forma de SALÁRIOS. A
outra parte não foi paga. Foi apropriada pelo dono da empresa é a chamada MAIS-VALIA.

Mais-Valia

O trabalhador recebe apenas uma parte do que ele produziu, a maior parte fica com o(s) dono(s) da
empresa.

Por exemplo – em 6 horas ele produz 18 pares de sapato, mas fica com o equivalente a 1 par. Ou, trabalha
6h e recebe equivalente a 20 min.

Mesmo achando injusto descobrimos que isso não é roubo e sim EXPLORAÇÃO!
Ser explorado não significa somente, trabalhar muito e em condições ruins, mesmo ganhando um salário
melhor, o trabalhador, ainda sim, está sendo explorado.

FORÇAS PRODUTIVAS

O conceito de forças produtivas refere-se aos instrumentos e habilidades utilizados na produção material,
possibilitando o controle da natureza. Seu desenvolvimento é cumulativo.

RELAÇÕES DE PRODUÇÃO

A ideia de relações sociais de produção implica em diferentes formas de organização da produção, da


distribuição, da posse e da propriedade dos meios de produção; bem como as suas garantias legais,
constituindo-se dessa forma no substrato para a estruturação das classes sociais. De forma sintética, seriam as
relações estabelecidas pelos indivíduos entre si e com o grupo, para a organização do trabalho social.

A LUTA DE CLASSES

A presença de diferentes classes sociais nos diversos modos de produção, com interesses muitas vezes
antagônicos, levou Marx a considerar a luta de classes como o fator de motivação das transformações da
história humana. No capitalismo a duas classes predominantes são a burguesia e o proletariado.

Para Marx, esta “luta de classes seria o motor da história”. Este modo de pensar a sociedade representaria
a base do materialismo histórico, que corresponde a aplicação da dialética materialista ao estudo da história
humana.

PREFÁCIO À CRÍTICA DA ECONOMIA POLÍTICA DE 1859

K Marx
Nascimento: 05/05/1818
Morte – 14/03/1883
64 anos
Nacionalidade - Alemão
Na produção social da sua existência, os homens estabelecem relações determinadas, necessárias,
independentes da sua vontade, relações de produção, que correspondem a um determinado grau de
desenvolvimento das suas forças produtivas materiais.

O conjunto destas relações de produção constitui a estrutura econômica da sociedade, a base concreta sobre
a qual se eleva uma superestrutura jurídica e política e a qual correspondem determinadas formas de
consciência social.

O modo de produção da vida material condiciona o desenvolvimento da vida social, política e intelectual em
geral. Não é a consciência dos homens que determina o seu ser; é o seu ser social que, inversamente,
determina a sua consciência
Contribuição à Crítica da Economia Política
KARL MARX

Produção social  Relações sociais de  Grau de desenvolvimento das forças


da vida produção produtivas materiais

1. Natureza
Produção social da vida  Relações sociais de produção 
2. Força de
Trabalho

3. Tecnologia

Grau de
desenvolvimento das
forças produtivas
materiais

“Não é a consciência dos homens que determina o seu ser; é o seu ser social que, inversamente, determina
a sua consciência.”

“De formas de desenvolvimento das forças produtivas, estas relações transformam-se no seu entrave.
Surge uma época de revolução social”.
“Uma organização social nunca desaparece antes que se desenvolvam todas as forças produtivas que ela é
capaz de conter, nunca relações de produção novas e superiores se lhe substituem antes que as condições
materiais de existência destas relações se produzam no próprio seio da velha sociedade.”

“As forças produtivas que se desenvolvem no seio da sociedade burguesa, criam ao mesmo tempo as condições
materiais para resolver esta contradição”.

“Com esta organização social termina, assim, a Pré-História da sociedade humana”.

A obra de Marx teve influência sobre a construção do primeiro regime socialista a ser instituído na história recente da
humanidade. Esta experiência se daria na Rússia, em 1917, ano em que o partido bolchevique, liderado por Lênin, no
comando de um movimento revolucionário instituiria naquele país um projeto socialista de inspiração marxista.

A partir daí, a Rússia passou a se chamar União das Repúblicas Socialistas Soviéticas – URSS, ou como se costumava
dizer ao nível do senso comum, União Soviética.

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