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Disciplina: Introdução ao Serviço Social

Professora: Rafaela Ribeiro.

Aula 2 (17/05/22): Unidade I – O modo de produção capitalista: processo de


trabalho/processo de exploração, o lucro capitalista, lei geral de acumulação. Questão social,
definição, historicidade e sua relação com o Serviço Social.

IAMAMOTO, Marilda V. & CARVALHO, Raul. Relações Sociais e Serviço Social no Brasil: o
esboço de uma interpretação histórico-metodológica. São Paulo: Cortez, 2004. (cap.1 e 2)

Objetivo: Procurar apreender o movimento no qual e através do qual se engendram e se


renovam as relações sociais que peculiarizam a formação social capitalista.

-Produção (ação transformadora da natureza) como atividade social.


-troca
-meios de produção

O processo capitalista de produção ---- expressa uma maneira historicamente


determinada de os homens produzirem e reproduzirem as condições materiais de
existência humana e as relações sociais através das quais levam a efeito a produção.
Produção social = produção de relações sociais (entre pessoas) e não apenas materiais.

-Capital= relação social determinante; é o conjunto dos meios de produção


monopolizados por uma determinada parcela da sociedade Mercadoria

Dinheiro

-O outro determinante é o Trabalho assalariado.

Capital e trabalho assalariado são uma unidade de diversos (um recria o outro; um
nega o outro).

- Como essa relação aparece para a sociedade?


Como uma relação invertida (reificada), apenas como relação entre coisas, como forma
MISTIFICADA.

● O CAPITAL como MERCADORIA:(p.32) matérias primas e auxiliares


(meios de produção)
instrumentos de trabalho
(meios de produção)

meios de vida
O conjunto de forças produtivas: tudo que é utilizado para a produção de mercadorias,
desde os elementos materiais (meios de produção) até a força de trabalho.
A análise do modo de produção ao longo da história é complexa e variável. Assim,
determinado grau de desenvolvimento das forças produtivas requer relações de
produção também determinadas.
Hoje podemos considerar o modo de produção capitalismo em pleno desenvolvimento
ou, pode ser considerado, uma produção capitalista ampliada.
Sobre o processo de acumulação ou reprodução ampliada do capital. Há um duplo
movimento

Quando a composição do capital mantém-se inalterada o aumento do capital


revela-se como ampliação tanto da classe capitalista- mais capitalistas e mais poderosos
que competem entre si- quanto dos trabalhadores assalariados, alargando o poder de
mando do CAPITAL sobre o TRABALHO. Entretanto com o progresso da
acumulação, o aumento da produtividade torna-se um dos seus produtos mais
poderosos, operando-se uma mudança na composição técnica e de valor do capital.
OPERA DA SEGUINTE FORMA:

Reduz-se proporcionalmente o emprego da força viva de trabalho ante o


emprego dos meios de produção mais eficientes, impulsionando o aumento da
produtividade do trabalho social. MAQUINAS? MELHORES MEIOS DE
PRODUÇÃO (TECNOLOGIA)? INDUSTRIALIZAÇÃO? (ISSO DIMINUI A
F.T.?)

KV KC = População relativamente supérflua

(O interesse dos empresários capitalistas em extrair uma maior quantidade de trabalho


de uma parcela menor de trabalhadores – via ampliação e intensificação da jornada de
trabalho).
AUMENTO DA EXPLORAÇÃO= (TEMPO) AUMENTAR A QTIDADE DE HORAS
SEM AUMENTAR O NÚMERO DE TRABALHADORES.
NÃO PAGA MAIS!
DIMINUIR AS HORAS DE TRABALHO COM AS MESMAS TAREFAS- (MESMO
SALARIO OU MENOR POR HORAS PAGAS)
MANTER A HORA DE TRABALHO COM AS MESMAS DEMANDAS

SOBRE A DIVISÃO DO TRABALHO:


Uma vez que falamos da PRODUTIVIDADE DO TRABALHO (que pode ser aumentada devido o
aumento do potencial das forças produtivas, incluindo-se aí a tecnologia- num mesmo espaço de tempo)
devemos observar que ele surge devido à repartição do trabalho. Antes mesmo do aparecimento do
excedente econômico, na comunidade primitiva diferenciaram-se as atividades de homens e mulheres- a
divisão sexual é a primeira forma de divisão social do trabalho. Posteriormente, dividiu-se também o
trabalho entre o artesanato e as ocupações agrícolas, num processo que, muito mais tarde, desembocaria
na divisão entre cidade e campo, e na grande clivagem entre as atividades manuais e atv. Intelectuais.
Com o tempo: passa do auto-consumo para a troca.
- Processo de produção mercantil (simples): M- D-M
- COM A ENTRADA DOS COMERCIANTES: D-M-D+ (dinheiro acrescido: A diferença entre os
preços de compra e venda)- aumentam enormemente nos sec. XV e XVI
- Esse modo de produção vê-se arruinado com a PRODUÇÃO MERCANTIL CAPITALISTA,
onde: D-M-D’(advém de um acréscimo de valor gerado na produção, pela intervenção da F.T)
D+: DINHEIRO + LUCRO
D’: DINHEIRO + mais-valia. (MAIS VALOR)- TRABALHO NÃO PAGO/ DIVISÃO SOCIAL DO
TRABALHO PRESENTE
Precedentes do MPC: uma ampliação da produção mercantil simples, daí decorre as classes, uma
relação de possuidores dos meios de produção e trabalho, dos que só possuem a F.T. Mas isso não
foi simples e nem acidental: RESULTA DE UM PROCESSO HISTÓRICO QUE SE OPEROU NO
FINAL DO SÉC. XV ATÉ MEADOS DO SEC, XVIII, CONSTITUINDO A ACUMULAÇÃO
PRIMITIVA OU ORIGINÁRIA. (Segundo Marx, é a pré-história do capital e do modo de produção
que lhe é próprio)
PROCESSO DE TRABALHO- PRODUÇÃO-CIRCULAÇÃO-troca
Trabalho pago- reprodução como trabalhador/trabalho assalariado (tempo socialmente necessário
para a produção da mercadoria) e não pago (capitalista se apropria).
Seu principal instrumento: O CERCAMENTO DAS TERRAS COMUNAIS DOS CAMPONESES,
ONDE OS PROPRIETÁRIOS FUNDIÁRIOS, através da violência mais brutal , transformaram tais terras
em pastagens de ovelhas, EXPULSANDO DELAS OS CAMPONESES.

Qual o produto da produção capitalista?

- O produto da produção capitalista não é apenas um VALOR DE USO, nem um


produto que tem VALOR DE TROCA. Seu produto é a MAIS-VALIA. Ou seja,
são mercadorias que possuem mais valor de troca, isto é, representam mais
trabalho que foi adiantado para sua produção sob a forma mercadoria ou
dinheiro. (a função do capital é a produção de um sobrevalor ou mais valor do
que aquele empregado no inicio da produção).

Mais valia ou mais-valor materialização do tempo de trabalho


excedente, trabalho não-pago apropriado pela classe capitalista.

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