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Apontamentos de Economia Politica – aulas teóricas e práticas

Perspetiva clássica marxista

Dentro desta perspetiva temos os seguintes autores: Fisiocratas, Adam Smith, Ricardo
e Marx.
Fisiocratas: é uma escola rudimentar desenvolvida em França, liderada por Quesnay.
Numa economia podemos ter dois tipos de fluxos: os fluxos monetários e os fluxos
reais. Por exemplo, vamos ao bar e pedimos uma meia de leite e uma torrada. Neste
caso, o fluxo real é a mercadoria que passa da mão da senhora do bar para a minha
mão; já o fluxo monetário, é o dinheiro que paguei pela mercadoria que me foi dada.
Há uma multiplicidade de fluxos reais e monetários.
As doações são fluxos reais e não monetários.
A sociedade depende de fluxos monetários.
A definição de trabalho produtivo é comum a todos os autores, contudo, podemos
estabelecer diferenças entre cada autor.
Trabalho produtivo – gera excedente, gera rendimento que ultrapassa o rendimento
que foi utilizado pelo processo produtivo.
Os fisiocratas defendem que só o trabalho agrícola gera excedente. Este autor é
contemporâneo da revolução agrícola, correspondendo a um período de economia
“atrasada”, onde predomina o setor primário. Nas economias mais avançadas, o setor
terciário é o predominante.
Sendo assim, só estamos perante trabalho produtivo quando este resulta na
multiplicidade das espécies.
Para os fisiocratas, só na agricultura pode haver trabalho produtivo.
Valor = quantidade de trabalho aplicada Excedente

Valor da riqueza
ultilizada par a
produção

Trabalho produtivo
Excedente: diferença entre o que foi produzido e usado.

Adam Smith: é um autor contemporâneo da revolução industrial.


Para ele, trabalho produtivo é aquele que gera excedente, resulta de rendimento
superior ao da produção; este pensa que há trabalho produtivo, preferencialmente, na
industria (é o que vai criar), mas também a agricultura pode gerar excedente. Aqui os
serviços não assumem qualquer relevância, tanto que não tinham a importância que
tem hoje para nos.

Este autor tem ainda outra linha de pensamento na sua teoria:


Teoria do valor: o que determina o valor dos bens? O valor de um bem depende dos
custos de produção (parte clara desta definição).
Os custos de produção só interessam ao produtor e ao que oferece, ao contrario do
consumidor. O que interessa ao consumidor é saber se o preço lhe interessa.
Os custos de produção passam por três condicionantes: os custos de produção, o
capital e as matérias primas. Ou seja, os custos de produção vão ser igual à soma dos
custos das matérias primas com os custos de capital e ainda os custos de trabalho; ou
então, o único custos de produção é o custo do trabalho (parte ambígua).

Custos de
trabalho

As matérias primas não


“caíram do céu”, ou seja,
foi necessário trabalho.
Exemplo: ferramentas,
maquinas, etc.
Capital também provem
do trabalho.
Quem defende a teoria do trabalho, defende que só os trabalhos criam valor. Os
proprietários, matérias primas não criam valor. Isto gera conflitos…. Pois, só uma
classe social gera valor, mas não só uma usa o valor.
Nota: O mercado exprime nos preços as variações, mas o alor do trabalho permanece.
Capitalista: adiante o dinheiro necessário para a produção.
Classes sociais: grupos de sujeitos que participam na produção, tendo um titulo num
elemento da produção.
O que é a riqueza? É o fluxo anual de produção.
Qual é a origem do excedente? É o trabalho produtivo.
Há atividades que o trabalho é útil mas improdutivo – serviços.
É necessário um bem (resultante do trabalho) para trocar no mercado.
“Um homem enriquece empregando um grande numero de operários e emprobece
se mantiver uma multidão de criados” – PODE SAIR NO EXAME
Smith tenta perceber o que acontece numa sociedade primitiva. Pensa assim na
quantidade de tempo para haver trocas.
Sociedade avançada – O valor é um somatório de custos de produção.
Leis que explicam a formação de rendimentos:
- Fatores sociais, políticos, institucionais
- Fatores relativos ao estado da economia
- Fatores demográficos
Se a população aumenta, a força de trabalho aumenta, os salários vão ser mais baixo.
Se a população diminui, a forca de trabalho diminui e os salários aumentam.
Ricardo: é um inglês que desenvolve um pensamento.
Este autor é semelhante a Smith. Contudo, há que estabelecer diferenças.
Teoria do Valor – é bastante claro na sua teoria…só um trabalho cria valor, tudo o que
se produz resulta APENAS DO TRABALHO.
- É defensor do capitalismo;
- Não defende que é a utilidade de um bem maior ou menor que determina o valor
mais ou menor do bem;
COMO SE DISTRIBUI O RENDIMENTO?
- Distribui-se pelas várias classes socias – trabalhadores, proprietários e capitalistas;
- De acordo com as leis naturais absolutas e imutáveis – são leis insuscetíveis de
alteração ou de correção; destas surgem desigualdades, mas não nos podemos queixar
disso;
Isto vai gerar conflitos, pois para que uma classe social veja o seu rendimento a
aumentar, a outra vai vê-lo a diminuir; exemplo do bolo cortado às fatias.

Marx: defende o socialismo, comunismo; identifica o fim do capitalismo (ao contrário


de Smith e Ricardo).
DEFENDERÁ OU NÃO MA TEORIA SEGUNDO A QUAL SÓ O TRABALHO CRIA VALOR?
Sim, defende que só o trabalho cria valor. Marx a partir da mesma ideia de Ricardo vai
por outro caminho – TEORIA DA EXPLORAÇÃO.
O QUE É UMA MAIS-VALIA?
Em sentido marxista… Todo o valor que os trabalhadores criam e que não vão receber
– rendas, juros, lucros.
Aquilo que o trabalhador produz e recebe é o salário.
FORCA DE TRABALHO É DIFERENTE DE TRABALHO: o trabalhador quando é contratado
não vende o seu trabalho, vende a força do seu trabalho.
O trabalhador cria um valor muito acima daquilo que recebe.
CAPITALISMO--- SISTEMA DE EXPLORAÇÃO NECESSÁRIOS--- OS TRABALHADORES SÃO
EXPLORADOS, RECEBEM MENOS DO QUE FAZEM.
Meios de produção: dinheiro, terras.
As empresas querem o máximo lucro, minimizando os custos de produção—salários.
A logica do capitalismo é a obtenção do máximo lucro.
Para o capitalismo:
Grandes resultados---- obtenção de lucros.
Sistema de exploração necessária --- impõe necessariamente aos trabalhadores

NOTA:
Jogo de soma zero: os ganhos de um jogador correspondem às perdas
-A+B=0--- recursos finitos
O agente de mercado tem de ter em conta os outros, é como um jogo.
Jogo de soma positivo: troca voluntarias, preferências diferentes.
“trocar o telemóvel por exames”

PERSPECTIVA SUBJETIVISTA-MARGINALISTA
Jean Baptiste Say: economista do séc. XIX
O QUE DETERMINA O VALOR DE UM BEM?
Depende da utilidade do bem produzido.
O valor do bem será tanto maior, quanto mais útil esse bem for.
O facto de um bem ser útil, motiva a procura por parte do comprador.
Aqui, os custos de produção são importantes na medida dos prejuízos.
Considera existirem três fatores de produção:
- Trabalho – salários
- Recursos naturais – rendas
- Capital – juros

O empresário é um elemento fundamental: dedica-se à produção.


- Empresário e capitalistas: autofinanciamento;
- Empresário: “pede dinheiro”.
Nenhum fator de produção cris excedente, mas sim valor.
Não há conflitos na distribuição de rendimentos – quando uma categoria de
rendimentos (juros, salários) aumenta, essa categoria aumentou a participação-
trabalharam mais.
empresário

Proprietários das terras – máxima


renda
Capitalistas – máximo juro
Trabalhadores- máximo salario
Ou seja, a divisão em classes socias
perde relevância; estão reduzidos a
um denominador comum;

Mc Culloch
O lucro e o juro são categorias de rendimento que se justificam do sacrifício;
O salário renumera o sacrifício- trabalho;
O lucro renumera o sacrifício – poupar;
Os bens de consumo são aqueles que satisfazem as necessidades. Os bens de
produção, não satisfazem necessidades, mas produzem bens de necessidades.
Poupança:
- Entesouramento: guardar o dinheiro e não usar;
- Investimento: juros no banco.
Temos sempre de poupar para existir investimento.

Revolução Marginalistas: escola económica de 1870


A utilidade é o fator determinante para a criação e identificação do valor.
EXEMPLO:
A agua é muito necessária--- pouco valor
Diamante é pouco útil--- muito valor.
Não é possível relacional a utilidade do bem com o seu valor.
Adam Smith describilizou o conceito de utilidade.
UTILIDADE MARGINAL------- raridade; intensidade da necessidade que ele vai
satisfazer.
ÁGUA: é um bem abundante que usamos para beber, higiene, cozinhar… aqui há
baixas necessidades (ex.: lavar o carro), muita utilidade global, utilidade marginal é
baixa.
DIAMANTE: utilidade baixíssima; é raríssimo;
Com que intensidade sentimos a ultima necessidade? Objeto bonito, e muito raro.
Tem assim, utilidade marginal alta.
Em suma…
Para a economia, há necessidade desde que haja estado de carência, acompanhada
pelo desejo do bem, julgando capaz de colmatar o estado de insatisfação.
FOME--- necessidade de comida 8 vital para a sobrevivência)
FERRARI--- necessidade (para a a economia) – “quem esta mortinho por comprar”
Um bem, sem o qual podemos passar uma vida, tem uma UTILIDADE MARGINAL
altíssima.
Quanto mais utilidade marginal tem um bem, mais valor tem um bem.
ECONOMIA POBRE—muitos trabalhadores e pouca qualificação – BAIXOS SALÁRIOS
ECONOMIA MENOS POBRE - trabalhadores qualificados, muita produtividade – ALTOS
SALÁRIOS
PAISES COM POUCO CAPITAL PARA INVESTIR—JUROS ELEVADOS
PAISES COM MUITO CAPITAL – JUROS BAIXOS
PRODUTIVIDADE MARGINAL: é essencial para perceber os preços dos bens.
Os marginalistas repudiam o valor de excedente. A diferenciação social existe, mas não
é relevante.

Lionel Robbins – definiu a ciência económica


Ciência económica – ciência que estuda o comportamento humano enquanto
relações de fins de desigual importância e meios escassos suscetíveis de usos
alternativos;
A escassez é um dado fundamental:
- Bens livres: quantidades ilimitadas ex: ar
- Bens escassos: quantidades limitadas
- Relativamente abundantes: agua
- Relativamente raro: diamante
Os fenómenos económicos caracterizam-se pela escassez de bens.
Nas sociedades mais ricas, existem multidões de miseráveis. Porque é que numa
economia rica há pobreza? A riqueza não é distribuída. A sociedade está organizada de
determinada maneira.
Por exemplo, para nós SNS é um dado adquirido
Qual é a utilidade marginal do ar que estamos a consumir? 0
Consumimos todo o ar é a ultima dose já não causa bem estar, mas não causa mau
estar.
ASMATICOS--- utilidade marginal positiva
A maior parte dos bens escassos tem utilizações alternativas.
Dinheiro: imensidão de bens que podemos comprar;
Tempo: imensidade de finalidades.
Há bens escassos relativamente abundantes e bens escassos escassíssimos.
O que é um bem? Uma coisa com utilidade.
As necessidades que são satisfeitas com recurso a bens livres não ‘’nos’’ interessam,
pois não há escassez, logo não é matéria de ciência económica.
A maioria dos bens de que nos servimos são bens escassos, ou seja, existem em
quantidades muito inferiores do que aquelas que seriam necessárias para satisfazer as
nossas necessidades
A maior parte dos bens escassos têm utilizações alternativas, podem ser utilizados em
satisfação da necessidade A, B, C, …
Ex: tempo e dinheiro, tem ambas imensas utilizações
A hierarquização das necessidades é feita de forma estritamente subjetiva e é neutra
em relação aos fins.
A ciência económica é uma ciência de escassez – a maioria dos bens de que nos
servimos são escassos.
PROBLEMA ECONOMICO
Este só se coloca se lidarmos com bens escassos e com bens escassos suscetíveis de
usos alternativos na satisfação de necessidades.
HIERARQUIZAÇÃO DAS NECESSIDADES
Aqui utiliza-se o critério da importância decrescente;
Podemos produzir ou para satisfazeras necessidades coletivas, ou para gerar o máximo
lucro.
Na ciência económica, não se fazem juízos de valor sobre a hierarquização das
necessidades nem sobre os seus fins.
Maximizar os lucros é simplesmente, vender o produto pelo preço mais alto e
minimizar os custos de produção.
A ciência económica, vai fazer um juízo de valor apenas sobre a forma como se vai
resolver o problema económico. Sendo assim, podemos classificar os juízos
económicos como positivos ou como negativos. Isto é, caso não caminhemos no
sentido dos fins a que nos propomos, o juízo vai ter um valor negativo.
Esta conceção de ciência económica de Robbins, dá-nos um leque de matérias a
estudar extremamente vasto, desde que estejamos a lidar com alguém influenciado
pela escassez de um bem, suscetível de usos alternativos.
Há bens escassos relativamente abundantes e bens escassos escassíssimos.
O que é um bem? Uma coisa com utilidade.
As necessidades que são satisfeitas com recurso a bens livres não ‘’nos’’ interessam,
pois não há escassez, logo não é matéria de ciência económica.
A maioria dos bens de que nos servimos são bens escassos, ou seja, existem em
quantidades muito inferiores do que aquelas que seriam necessárias para satisfazer as
nossas necessidades
A maior parte dos bens escassos têm utilizações alternativas, podem ser utilizados em
satisfação da necessidade A, B, C, …
Ex: tempo e dinheiro, tem ambas imensas utilizações
A ciência económica dá indicações aos agentes económicos sobre a hierarquização das
necessidades, segundo um critério decrescente.
Produz-se para obter o máximo lucro, logo minimizar o custo de produção, um deles, o
salário, ao pagá-lo o mais baixo possível
A ciência económica aceita os fins que os agentes económicos se proponham a
alcançar, sejam os fins que forem.
Dois fins: produzir para satisfazer necessidades das pessoas e produzir para ter lucro
A ciência económica é neutra em relação aos fins, não é neutra quanto aos meios
utilizados para obter os fins. O juízo económico não incide sobre os fins mas sim sobre
a adequação dos meios, a ação dos meios utilizados para os fins que nos propusemos a
alcançar.

CRITICAS À CONCEÇÃO DE CIÊNCIA ECONÓMICA

Podemos distinguir dois tipos de criticas:


- Criticas que procuram melhorar a perspetiva: são as criticas suaves.
- Criticas que refutam totalmente a perspetiva: são as criticas mais sérias.
CRITICAS SUAVES
1 - Esta conceção não nos dá a economia como uma ciência social, pq a economia não
estudaria a relação que se estabelece entre as pessoas, como cada um de nós se
relaciona com os outros, mas como cada um se relaciona com os bens escassos
suscetíveis de usos alternativos;
2 – A ciência económica integra um leque de comportamentos exorbitantes para
serem estudados.
RESTRIÇÕES DE CIÊNCIA ECONOMICA

1-A ciência económica estuda a afetação de recursos escassos que implicam atos de
escolha e que implicam também relações entre pessoas ou que de algum modo afetam
a sociedade – para dar à ciência económica matéria para ser uma ciência social. Ex:
poupar mais ou menos- da poupança da economia resulta a capacidade de fazer
investimentos e desses investimentos resulta um maior ou menor crescimento
económico; decisões tomadas isoladamente, mas que tem repercussão social.
Finalidade: dar um carater social.
O facto de pouparmos mais ou menos implicam um crescimento ou não da economia.
Ora, estas decisões que tomamos em particular, tem repercussões na nossa sociedade.
2 - Nestes atos de escolha que implicam relações entre pessoas temos de ter
transmissão de bens voluntários. Contudo, não entram transmissões de bens coativos
(um assalto ou impostos), tem de envolver uma contrapartida (por exemplo, os
donativos e as esmolas não pertencem) e tem de ser transmissões onerosas.
SÓ CUMPRIDOS ESTES ASPECTOS É QUE ESTAMOS PERANTE CIENCIA ECONOMICA.
Doutrina Económica: quando se formulam juízos de valor, quando se formula uma
opinião (dependendo da ideologia do economista) estamos perante esta economia
normativa.
CRITICAS MAIS SERIAS
1 - Não aceita a conceção pq ela é conceção de ciência económica

2 - Economia marginalista é incapaz de compreender o capitalismo - O marginalismo


coloca-se na ótica da utilização de recursos existentes, no pressuposto de que todos
serão utilizados da forma mais eficiente possível. A subutilização ou não utilização de
recursos escassos perante desejos e necessidades não satisfeitas não cabe na lógica do
equilíbrio do pleno emprego marginalista. ( ponto 3.3 não temos que estudar na
integra).

3 - Não podemos admitir que todos nos comportamos perante a mesma racionalidade
pois não temos tomos a mesma liberdade. Ex: quando temos um trabalhador e um
capitalista a negociar, ambos vão proceder com a mesma racionalidade, o capitalista
quer pagar o mínimo e trabalhador receber o máximo; no entanto Avelãs Nunes diz q
não é assim, pois o capitalista poderá atender a outros trabalhadores enquanto que ao
trabalhador é mais complicado arranjar outro empregador, ou seja, a liberdade de
cada um não é a mesma.

4 - Quem manda na mercado? -> Soberania do consumidor -> quem manda na


economia? Produtores? Consumidores? Ou produtores e consumidores? O conceito de
soberania do consumidor vai defender que quem manda na economia é a procura, e
em ultima instancia o consumidor e assim é pq o consumidor é livre de escolher gastar
o seu rendimento assim como quiser. Se pensarmos que cada compra é um voto, é
como se ao comprarmos daríamos uma importância maior a alguns bens do que a
outros, assim sendo o consumidor manda no mercado, pois o produtor vai produzir de
acordo com as suas preferências.

a. Esta soberania não resulta de uma afirmação de vontade, não é uma soberania
igualitária. Quem tem mais rendimento tem mais poder do que os outros na
definição daquilo que se vai produzir;

b. Produtores não vão ser meros sujeitos passivos, vão ter instrumentos para
influenciar os consumidores. Ex: A moda (os produtores podem influenciá-la). A
publicidade que vai influenciar as escolhas. A obsolescência programada (Em
Economia, a obsolescência é caracterizada pela redução da vida útil de
determinado bem provocada pelo surgimento de um modelo mais moderno ou
pela evolução tecnológica), ou seja, compramos um produto que anos depois
ainda está em funcionamento, mas já não estará ao nível dos atuais; Condições
de crédito. Assim, os produtores influenciam os consumidores, sendo sujeitos
ativos.

c. Conceito de mercado como processo de integração de compradores e


vendedores. É desse processo de interação que resulta o que se vai produzir em
quantidade e preços.
O mercado pode ser visto como local físico onde se fazem transações ou um processo
de interação entre compradores e vendedores.
São as pessoas ora como produtores ora como consumidores, interagindo umas com
as outras que determinam preços, quantidades, …
Quem manda no mercado? Depende do tipo de mercado em questão, há mercados
onde são os consumidores, outros onde são os vendedores e outros onde são ambos
Quem defende conceito de soberania do consumidor, os consumidores impõem as
suas preferências aos produtores pq quando compram uns produtos em detrimento
de outros, estão a dizer aos produtores o que querem.
Soberania do produtor -> alicerça-se nos instrumentos que os produtores podem
utilizar para remexer nas preferências do consumidor e para além disso, o poder sobre
o mercado que lhes permite impor de uma forma razoavelmente autónoma o preço
dos produtos.
Natureza do mercado
• O mercado enquanto instituição natural – no mercado fazemos trocas e essas fazem-
se porque qualquer um de nós necessita de múltiplos bens, mas não os produz na
integra, obtendo-os assim, trocando os bens que produziu pelos que necessita.

• Adoção do mercado como instrumento de coordenação económica (instituição
social) -> a natureza impõe-nos, resulta da vontade da sociedade ou de quem detém o
poder politico
INTRODUÇÃO À HISTÓRIA DO PENSAMENTO ECONÓMICO

Mercantilismo
• Corrente do pensamento económico que surge nos fins do séc. XVI até meados do
séc. XVII. Corrente heterogénea.
• São visíveis os ganhos do comércio internacional, estamos perante um mundo onde
o comércio internacional pode ser fator de enriquecimento da economia.
• A igreja, através da reforma, abandona a condenação moral da procura do
enriquecimento individual. Assim as pessoas começaram a investir.
• Estamos no período da afirmação dos estados modernos, centralizados (absolutismo)
e por ser centralizado necessita de estruturas administrativas desenvolvidas. Surge o
pensamento económico, como atuar para que um estado enriqueça, que condições
proporcionar para os indivíduos e também como pensamento económico nacionalista.
• Condições necessárias na economia para que ela funcione? Como pode o Estado
ajudar para que se formem essas condições? O estado pode intervir na economia
tentando melhorá-la, contribuindo para a sua prosperidade.
No mercantilismo há várias correntes, espanhola, francesa e inglesa. Há aspetos
comuns entre elas.
a. Construções teóricas incipientes – ainda muito fraco.
b. Importância do comércio internacional.
c. Unificação dos mercados nacionais.
d. Importância dada à atividade pré-industrial, mas já manufatureira (porcelanas e
têxteis).
e. Importância da expansão colonial – pq as colónias são mercados para os produtos
produzidos na metrópole.
f. Legitimidade da vontade do enriquecimento.
g. Ideia de que o poder de um estado depende da prosperidade da sua economia.
Economia prospera-> o rei pode retirar rendimento para assim alimentar as suas
estruturas administrativas e os seus exércitos.
h. Intervencionismo – ideia de que o estado deve intervir na economia para criar as
condições de prosperidade.
i. Circunstância de cada país no seu interior contar com um elevado estoque de ouro e
prata – para haver moedas de ouro e prata no seio da economia.
Vários tipos de mercantilismo
Mercantilismo Espanhol – Bulionismo
• Portugueses e Espanhóis, com os descobrimentos permitiram a entrada de ouro e
prata no país. O prolema era conservar o ouro e a prata no território nacional, pois
ambos os países produziam pouco e faziam muitas importações de bens de elevado
valor
• Política Comercial defensiva – desenvolver o comércio internacional com o objetivo
de desencorajar as importações principalmente de produtos com preços elevados
• Instrumentos para deprimir importações
- Imposto alfandegário/aduaneiro – era o grande instrumento da época ->
desencoraja importações pq os produtos se tornavam mais caros
- Controlos Candiais – desvalorizar a moeda nacional que torna a mercadoria
estrangeira mais cara;

Mercantilistas não são uma escola – existem lacunas entre eles; heterogeneidade.
Dão importância ao facto de numa economia haver ouro e prata – circunstancias da
época.
Nas sociedades atuais, o que conta é a moeda dos bancos. Há 500 anos, ter muito ouro
e muita prata é sinal de muita moeda.
O mercantilismo espanhol e português é defensivo – Como conservar o ouro e a
prata? Deprimir as importações, usar a importação alfandegária – tributação
alfandegária, desvalorização da moeda.
Como desvalorizar a moeda? Através dos impostos sobre as importações e subsídios.
Já, os franceses e os ingleses ao tem minas e o ouro e a prata “não aparecem”. Estes
usam estratégias ofensivas – não tem o ouro e a prata e precisam dele.

FRANCESES
Medidas de proteção da produção interna face à concorrência externa:
medidas que não atuam sobre as causas que explicam as desvantagens
da matéria interna face à externa.
Medidas de promoção interna: causas que explicam a desvantagem da
nossa produção face à produção externa.
Instrumentos protecionistas:
1. Tributação alfandegária;
2. Isenções fiscais – artificialmente embaratecer;
3. Crédito concedido em condições especiais;
4. Encomendas estatais.

Medidas de politica economia que atuam segundo a desvantagem da nossa


economia face às concorrentes:
1. Imposição de padrões de qualidade mais exigentes – regulamentação da
produção;
2. Recrutamento de mestres;
3. Instrumentalização dos interesses da agricultura face aos interesses da
indústria;

Para a industria prosperar, a agricultura tem de colaborar.

Para que exportar lã, se podemos exportar camisolas de lã?


Os países facilitam as entradas de matérias primas, para fazerem os produtos e
complicam a entrada de produtos acabados.

INGLESES (coincidem com o francês)


Onde se distingue o francês do inglês? Os ingleses são mais agressivos. Para os
ingleses, o comercio interno em expansão não é apenas o reflexo de uma economia
em crescimentos, é o motor da economia.
O que lhes importava era que a balança comercial fosse superávite.

Grandes linhas do pensamento mercantilistas


1) O mercantilismo é nacionalismo económico;
2) Muitas pessoas e muita moeda – Salários baixos e os juros são mais baixos.

O comercio internacional é um jogo de soma zero? Sim é, para uns ganharem outros
perdem.
Fisiocratas (semelhanças ao liberalismo) – contrários aos mercantilistas
- São liberais – no plano económico;
- A ordem económica é vista como uma ordem natural – Leis naturais: forma como se
produz e como se distribui a produção (o rendimento);
Leis Naturais – pelo facto de o serem, são absolutas, intemporais, imutáveis; não são
suscetíveis de alteração nem correção; são também vistas como morais, pois garantem
o melhor para a sociedade e não devem ser alteradas por isso.
Que leis são estas (3)? Mais tarde.
1) Lei da oferta;
2) Lei da procura;
3) Lei da oferta e da procura – lei dos preços.

Outras leis serão necessárias para garantir o liberalismo.


Para que a economia funcione é necessário SEGURANÇA JURIDICA nas propriedades
nessa sua qualidade de propriedade, para que se sinta confortável para a exploração –
CONSAGRAÇÃO DA PROPRIEDADE.
LIBERDADE DE ADQUIRIR PROPRIEDADE – qualquer um tem o direito de usufruir de
propriedades, desde que haja dinheiro.
IDEIA DO INDIVIDUALISMO – a sociedade e a economia existem como meio de que nos
podemos servir, para prosseguir egoisticamente os seus interesses pessoais.
De que forma fica acautelado o interesse social e geral? Não fica, cada um trata de si.
Involuntariamente, estamos a prosseguir automaticamente o interesse geral, quando
estamos a cuidar do nosso interesse.
De que resulta o interesse social? Articulação dos interesses privados.
Liberalismo – assenta no egoísmo – sublinha as vantagens dos nossos
comportamentos egoístas.
Smith fala de uma mão invisível que faz a articulação entre interesses pessoais e
gerais.
Funções do estado liberal:
1) Criar infraestruturas (ex.: vias de comunicação);
2) Consagrar propriedade;
3) Ordem interna;
4) Liberdade de adquirir propriedade;
5) Defesa face ao exterior;
6) Administração da ordem jurídica.
É um estado que não intervém na vida económica. Entrega a vida económica ao
mercado.
DISTINÇÕES ENTRE OS MERCANTILISTAS E OS LIBERAIS:
1) Os mercantilistas são intervencionistas os liberais não intervém;
2) Para os mercantilistas, há nacionalismos – as atividades são fatores de
diferenciação do país.

QUADRO ECONOMICO
Quesnay: o mais importante fisiocrata e responsável pela elaboração do quadro
económico.
É contemporâneo da pré revolução industrial.
Qual a natureza do valor para os fisiocratas? Fluxo anual da produção de bens e de
serviços.
A riqueza é compreendida como algo que se pode renovar, isto é, um fluxo cíclico de
bens e de serviços.
A ideia central é fazer a economia crescer.
O excedente é o produto líquido – trata-se de uma grandeza liquida (resultado de uma
subtração) – produto met.
Excedente = valor produção – valor gasto na produção
Qual é a fonte do excedente? TRABALHO AGRÍCOLA.
O comércio e a indústria eram úteis, mas estéreis porque não tinham excedente.
A circulação de valor está ligada à futura produção.
Contextualiação:
1) Grande novidade – a agricultura é o setor prometedor: grandes unidades
produtivas e recuso ao trabalho assalariado – capitalismo na agricultura.
2) Obtenção do máximo lucro – numa empresa capitalista a ideia é ganhar o
máximo.

O que não existia na industria? Produtividade elevada.


QUADRO ECONÓMICO
Classe dos proprietários: proprietários das terras (nobreza, clero e rei);
Classe produtiva: sujeitos ligados à produção agrícola (trabalhadores e rendeiros);
A circulação de riqueza explica como se criam as condições para se voltar a produzir.
PM – PRODUTOS MANUFACTURADOS
MP – MATÉRIA-PRIMAS
A – ALIMENTOS
Cada quadrado vale mil unidades monetárias.
Classe estéril

PM PM

A MP
Bens usados

Não houve excedente.


Classe produtiva

A MP

A A MP

A MP MP Bens usados

Excedente: 5000 – 3000 = 2000 unidades monetárias

1000 1000
Dinheiro

Dinheiro – intermediário das trocas; só serve para facilitar as trocas; evitar duplas
deslocações de bens.
NOTA: rendeiro – paga a renda; proprietário – a quem se paga a renda.
Que parte do valor devia corresponder à renda? Valor do excedente – Se os
proprietários ficassem com mais do que o excedente, iria afetar o fluxo do processo
produtivo seguinte.
1) Pagamento da renda – excedente.

1000 1000

A classe dos proprietários quer quais bens? Alimentos e Produtos manufacturados. Esa
só consome.
Classe Proprietários
A PM

Classe estéril
O que querem? Alimentos e matéria-prima.

1000 PM

Classe produtiva
O que quer? Produtos manufaturados.

MP

A A MP

Classe produtiva Pagar as rendas


1000 1000

Classe estéril

A MP

A economia cresce ou é estagnada? É estagnada.


A circulação de riqueza é fundamental. A moeda é um simples intermediário das
trocas.
Para os fisiocratas, investir é adiantar bens à produção:
- Avances primitivos: investimentos de duração duradoura; pode entrar em vários atos
sem que deixem de existir enquanto bens da mesma espécie – ex.: enxada;
- Avances anuais: bens de produção consumíveis; bens que deixam de existir enquanto
bens da mesma espécie. ex.: farinha, sementes;
- Avances proprietários: investem em infraestruturas para melhorar a produção.
O proprietário no quadro económico não investe. Mas ele investe em infraestruturas
com o intuito de melhorar e aumentar a produção.
Olhando para o quadro económico…
1) É estranho que a classe estéril não use produtos manufaturados;
2) Produção simples e não alargada;
3) Não há sintonia “tão certa” entre as classes, ou seja, elas não iniciam e acabam
o processo de produção ao mesmo tempo;
4) Assume-se que não há trocas exteriores – só aquelas trocas;
5) Não há variações de preços;
6) Maneira como são concebidas as classes sociais: equiparar todos os sujeitos é
pouco credível que um “mestre” receba o mesmo que um trabalhador;
7) Tem ausente uma teoria do valor e não prescinde da teoria do valor que ele
não propõe; não consegue comparar o valor dos bens produzidos, bens de
espécies diferentes.
Os mercantilistas dizem que o setor prometedor é a industria.
O único setor que produz liquido é a agricultura. O setor industrial, não.

A) Conceito de riqueza (fisiocratas): a riqueza está na base da produção da terra,


tem uma base fundiária; só a agricultura gera excedente.

Enriquecimento Comercio internacional (MERCANTILISTAS)

B) A moeda é vista como intermediaria nas trocas. Que funções tem a moeda?
1) A moeda é vista como intermediarias nas trocas – possibilita trocas (efeitos
positivos) mas tem efeitos negativos (mais tarde).

SEM MOEDA – TROCAS DIRETAS – são exceção à regra;


COM MOEDA – TROCA MONETÁRIA – o que faz a economia.

Escola clássica = escola liberal


Tese da mão invisível – se cada um de nós prosseguir egoisticamente os seus
interesses, estará a prosseguir os interesses da sociedade, involuntariamente.
Para os liberais cada um trata de si. Em que domínio? No domínio dos mercados, a
qual nos dirigimos como produtores ou como consumidores.
O Estado não deve interferir na Economia – Estado de policia sinaleiro – constrói
infraestruturas, garante justiça e segurança administrativa.

Leis que regem o funcionamento dos mercados


Variável ativa – aquela que varia primeiro;
Variável passiva – varia em função da ativa.
1) Lei da oferta
As quantidades oferecidas variam no mesmo sentido dos preços.
Quando os preços aumentam, as perspetivas de lucro aumentam, e, portanto, a
oferta aumenta (aumentar a produção).
Quando os preços diminuem, as perspetivas estão a degradar-se, e portanto, há
uma diminuição da produção.
Variável ativa – preços
Variável passiva – oferta

CONDIÇÃO SETERISPARIBUS – Estas três leis só serão válidas se todas as outras


variáveis forem constantes.
Por exemplo:
Os preços aumentam, a oferta aumenta e o estado lança um imposto, a produção
aumenta? SECALHAR NÃO. Aqui violamos a condição seterisparibus. As leis estão
dependentes desta condição.

2) Lei da procura
As quantidades procuradas ariam no sentido inverso dos preços.
Quando os preços diminuem, a procura aumenta.
Quando os preços aumentam, a procura diminui.
Variável ativa – preços
Variável passiva – procura
Tem aqui, também, a sua validade dependente da Condição Seterisparibus.
Por exemplo:
Se o preço de guardas- chuvas diminuísse em maio, a procura não aumentaria
porque não havia necessidade.
Se o preço aumenta, a necessidade aumenta, logo a procura aumenta.
Estamos a colocar outra variável.
3) Lei da oferta e da procura – Lei dos preços
- Não é uma síntese das leis anteriores;
Os preços variam no mesmo sentido da procura e no sentido inverso ao da oferta.
Quando a procura aumenta ---- o preço aumenta.
Quando a procura diminui --- o preço diminui.
Quando a oferta aumenta --- o preço diminui.
Quando a oferta diminui --- o preço aumenta.
Variável passível – preços
Variável ativa – oferta e procura
Aqui as variáveis são as mesmas, mas a hierarquia é diferente.
Por exemplo:
A procura aumenta, os preços aumentam porque a necessidade aumenta.
O preço aumenta porque a oferta diminui.
Este é caso é valido na produção agrícola. Se tivermos pouca oferta, os preços
aumentam.
Mais uma vez, a condição tem de ser cumprida.
O estado não deve intervir nestas leis, pois a sua intervenção pode ser catastrófica.
Adam Smith
Teoria do valor – como se cria e quem cria o valor?
Só os custos de produção determinam o valor de um bem – parte clara da teoria
de Smith.
O que são custos de produção? – Aqui começa a ambiguidade.

● Faz parecer que só o trabalho é fator de produção ;

● Faz parecer que há três fatores de produção: trabalho, capital, recursos


naturais ;
São ideias contrárias…
Trabalho produtivo – Todo aquele que acrescenta valor líquido ao produto, isto é,
tudo aquilo que permita comandar uma quantidade de trabalho superior à quantidade
de trabalho que lhe deu origem.
Serviço por definição não tem existência corpórea.
Teoria da distribuição do rendimento de Smith
Como se distribuição pelas várias classes sociais o valor gerado numa economia?
Em Smith, o salário foram-se de acordo com a intervenção de três fatores :

● Fatores sociais, políticos e institucionais


O salário é o mínimo de subsistência. Se for para além disso, o salário estaria a
consumir lucros.

Empresários

Classes sociais
Trabalhadores suscetíveis de serem contratados sob um
r regime assalariado.

Quem passa mais facilmente sem a outra parte? Isto é, é o trabalhador que
necessista mais do emprego? Ou o empregador que necessita mais do
trabalho? O trabalhador está em desfavorecimento. O poder negocial é
distribuído de forma desigual. Trabalhadores há muitos… Empregadores há
bem menos.

● Estado da economia
Se tivermos uma economia em crescimento, a produção está aumentar, e os
rendimentos estão a aumentar
Numa economia em expansão temos: cada vez mais produção e cada vez mais
dinheiro nos bolsos dos patrões. Nestas condições, os salários vão aumentar.
Os salários aumentam e diminuem, u seja, são transitórios.

● Fatores demográficos
Se a população aumenta, a força de trabalho aumenta, os salários vão ser mais
baixo.
Se a população diminui, a forca de trabalho diminui e os salários aumentam.

Teoria da Renda
Renda - preço pago pela utilização das terras.
Renda = valor produção- lucros
Se o valor da produção agrícola aumenta, então as rendas aumentam.

Lucro – é aquilo que sobra se a receita ultrapassar os custos.


Só há lucros depois de pagos os salários, as rendas e os juros.
As causas das riquezas das nações – Smith - Causas do crescimento económico

Hoje – património;
Na época – fluxo de rendimentos
gerados por uma dada economia;

1) Trabalhadores produtivos – acrescentam valor liquido ao produto e produzem


bens materiais.

Trabalhadores improdutivos – não são causa da riqueza da nação.


Acrescentam valor liquido, ou seja, aqueles que criam valor que é superior aos
custos de produção – trabalhadores produtivos.
Os criados não são trabalhadores produtivos.
Os trabalhadores podem ser mais ou menos produtivos, consoante o valor
liquido eu acrescentam.

2) Divisão do trabalho e especialização

Para que uma economia cresça, são necessários trabalhadores produtivos, mas
muito produtivos e não razoavelmente.
Divisão do trabalho – dedicar-se a uma só coisa existindo especialização;
repartir o processo produtivo em várias fases e cada um se dedica a uma fase,
especializando-se nela.
Ou seja, divide-se o trabalho por varias fases e cada grupo se destina a uma
tarefa, que se especializa nesta tarefa, tornando-se mais rápido e eficaz.
Uma grande produtividade gera um problema de escoamento dos bens, e aqui
o comercio internacional surge como uma solução, pois permite trocas entre
economias. O comércio interno torna-se insuficiente.
Se aumenta a produção, há mais produtos para vender. Se produzirmos muito,
a existência de consumidores pode ser um problema…. Isto leva à pratica do
comercio internacional.
Há dois tipos de especialização: interna, em que há divisão de trabalho e
respetiva especialização e externa, em que os países se especializam na
produção de um certo bem; logo, o valor de produção é maior e depois
trocamos uns com os outros e todos ganham porque há maior quantidade de
bens.
Também o comercio internacional obriga à especialização. E qual é o critério
da especialização?

ADAM SMITH
Custos efetivos – quantidade de produtos efetivamente gastos na produção –
horas de trabalho gastos na sua produção.
Cada país deve especializar-se nos bens com que produzirá com custos de
produção mais baixos – VANTAGEM ABSOLUTA.

DAVID RICARDO
Custos de oportunidade – vantagem que retiravam da utilização dos recursos;
Vantagem relativa/ Comparativa/ Custos de oportunidades – comparação dos
custos de oportunidades implicados pela produção de cad mercadorias em
cada país.
É na atividade que nos traz mais rendimento que devemos especializar-nos.
Quem deve produzir o que? Produz o país com custos de oportunidade mais
baixos.
Uma má especialização faz com que o país perca o comércio internacional.
A visão mercantilista dá-nos um jogo de soma zero.
Smith e Ricardo – Se as economias se especializarem, todos os países ganham.
Já os mercantilistas, não pensam assim.

Mercantilistas

Também envolviam especialização na produção.


Deviam importar matérias primas que servissem para a produção interna.
Era um jogo de soma zero – ao contrário de Smith e Ricardo.

O comércio internacional, desde que a especialização seja corretamente feita,


todos os países ganham.

3) Acumulação de capital
O que é? É a acumulação de dinheiro para investimento da expansão da
produção (contratar mais trabalhadores produtivos, aquisição de
equipamentos técnicos mais evoluídos para obter uma maior produção).

Capital – Dinheiro que tem como objetivo com investimento.


Acumulação de capital – crescimento económico

Numa economia que não investe, não há investimento económico.


As três causas relacionam-se com o aumento da oferta ou o aumento da
produção.
A ideia é que automaticamente a procura se adequa com a oferta – não temos
que nos preocupar com ela.

Jean – Baptiste Say

Teoria do valor – O que determina o valor dos bens? O valor de um bem


relaciona-se com a procura, dependerá da utilidade do bem.
Quanto mais útil, mais valioso.
Esta ideia não resiste ao paradoxo do diamante vs água.
Os marginalistas ressuscitam a utilidade, criando a utilidade

E os custos de produção? Determinam a quantidade de bens que vamos


produzir.
E em relação ao trabalho produtivo? São os que criam utilidades.
Sendo assim, todos são trabalhadores produtivos; A partir daí assistimos a um
esvaziamento da categoria de trabalhadores produtivos.
Distribuição do rendimento? Ele não discute a diferenciação social. Ele separa
a figura do empresário e do capitalista passivo.
Empresário – Compra os
serviços produtivos: terras,
matérias-primas.

Trabalhadores, proprietários das terras,


capitalistas – homogeneização de classes
sociais – fornecedores de serviços produtivos.

Aqui encontramos 3+1 fatores de produção: matérias-primas, capital e trabalho + empresário.

Aqui não há conflito na distribuição do rendimento.

Quando uma fonte de rendimento aumenta, aumenta porque a produção de uma classe social
aumenta.

Sendo assim, uns não são afetados por outros.

O empresário organiza a produção.

A assolação de riscos – o trabalhador, à partida, não corre riscos. As 3 classes socias não
correm riscos.

Empresário Organiza a produção

Corre riscos: pode ganhar ou pode perder


Lei de Say – A oferta cria a sua própria procura.

Fundamentos:

1- Os preços que se fixam nos mercados são flexíveis.

Eu sou produtor -> produzo um bem e quer vendê-lo -> tem que aceitar a flexibilidade

Ou seja, se houver mais procura, então os preços sobem, se houverem menos procura
então os preços baixam. E o que podemos fazer em relação aos preços baixos:
estucagem do produto, ou seja, vendo parte e guarda o resto ou então baixa o
necessário para ser vendido.
2- Moeda é um simples intermediário da troca (facilita muito as trocas).

Aqui exclui-se o entesouramento – conservar a moeda “meter debaixo do colchão”.

Quem vende, logo a seguir que gasta-o. Em quê? Bens de consumo e produção.

Todas as receitas das vendas são usadas nas despesas.

A moeda é neutra em relação à economia porque facilita o setor e não prejudica.

Com estes pressupostos, a lei de Say adquire validade. Sem eles deixa de o ter.

A lei de Say pode ser aplicada analogamente aos fatores de produção: o trabalho, o capital e os
recursos naturais.

Situações de desequilíbrio passageiras aceitam-se, sendo que são rapidamente resolvidas.


Situações duradouras não aceitam.

Críticas à lei de Say:

1- Maltuos – A procura é uma variável autónoma.

Para termos procura temos duas situações, é necessário rendimento que é limitado e
só é gasto caso haja vontade de o gastar, ou por outro lado, a existência de
necessidades que são ilimitadas.

A) A procura não é ilimitada

Procura efetiva ou sousável – a procura pode estar deprimida porque as pessoas não
têm dinheiro para gastar ou porque não o querem gastar.

Este autor vê a moeda como um meio geral e definitivo de pagamentos.

Quem recebe dinheiro não tem de fazer de imediato despesas. Podem realizar o
entesouramento - saldos líquidos inativos.
Os que têm rendimentos baixos não procedem ao entesouramento. Eles gastam em
bens de consumo. Há medida que os rendimentos aumentam, a poupança também
aumenta.

B) A flexibilidade no sentido de aumentar é aceitável. Mas a descida não é tão comum


assim. Há alguma flexibilidade, mas não uma perfeita flexibilidade.

2- Marx – Revela-se coincidente com a de Malthus.

A lei de Say faria sentido se toda a produção fosse valores de uso – bens que servem
diretamente para a satisfação das nossas necessidades, por exemplo, quando
cozinhamos uma refeição.

Para este autor a moeda é o capital a ser valorizado pela produção.

Se houverem expectativas, investe-se. Caso contrário, fazemos entesouramento.

MDM – Say : vende-se mercadorias (M), obtêm-se dinheiro (D), compram-se


mercadorias (M).

DMD ‘ – Adiantamos dinheiro (D) para as mercadorias (M) com a expectativa de


ganharmos mais dinheiro (D’)

Grande parte da população é composta por assalariados. O salário tende a ser o


mínimo de subsistência.

Marx tira a conclusão que há deficiências crónicas no capitalismo e defende o


socialismo. Marx considera a má distribuição de rendimentos como uma exploração
entre indivíduos.

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