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ESCOLA ESTADUAL DE TEMPO INTEGRAL PROFESSOR LOURENÇO

GURGEL DE OLIVEIRA (EETIPLGO)

PESQUISA DE SOCIOLOGIA
TEMA :CAPITALISMO

ALUNO(A): ANTONIA ANA VITÓRIA BEZERRA DE SOUZA


ALUNO(A): ANDRE CARLOS VIEIRA DE LIMA
ALUNO(A): LETICIA INGREEDY DA SILVA OLIVEIRA
ALUNO(A): MARIA GISLIANE SILVA
ALUNO(A): FELIPE MAXWELL BEZERRA DE PUNA

CARAÚBAS/RN
INTRODUÇÃO
O presente trabalho tem como objetivo discutir o capitalismo, pois o
mesmo pode ser entendido como um sistema econômico que visa ao lucro e à
acumulação das riquezas e está baseado na propriedade privada dos meios de
produção, o surgimento dele foi depois do declínio do feudalismo que consistia
em uma organização econômica, social e política concentrada na Europa
Ocidental, na Idade Média.

O sistema capitalista tem como vantagens importantes a liberdade


econômica, a inovação tecnológica e a livre concorrência. Porém, também
apresenta pontos bastante negativos, como a desigualdade social.

A origem do modelo capitalista de produção, o qual substituiu o modelo


feudalista, está ligada à ascensão da burguesia. Essa classe econômica,
formada especialmente por empresários e comerciantes, passou a deter
grande poder econômico mediante a acumulação de bens diversos.

O filósofo Marx reforça que a produção capitalista não é apenas


produção de mercadorias, é essencialmente produção do mais-valia, ou seja, o
trabalhador produz não para si, mas para o capital.
DESENVOLVIMENTO

o capitalismo é um sistema econômico baseado em três coisas: trabalho


assalariado (trabalhar por um salário), propriedade privada dos meios de
produção (coisas como fábricas, maquinário e escritórios) e produção para
venda e lucro.

Enquanto algumas pessoas possuem os meios de produção, ou capital,


a maioria de nós não possui e, para sobreviver, precisamos vender a nossa
capacidade de trabalhar em troca de um salário, ou senão rastejar por
benefícios governamentais. O primeiro grupo de pessoas são os capitalistas,
ou a “burguesia” no jargão marxista. O segundo grupo é o “proletariado”.

O capitalismo é baseado em um processo bastante simples - dinheiro é


investido para gerar mais dinheiro. Quando o dinheiro funciona dessa forma,
ele está agindo como capital. Por exemplo, quando uma empresa usa seu lucro
para contratar mais funcionários ou comprar novas instalações, esse dinheiro
está funcionando como capital. A expansão do capital (ou expansão da
economia) é o que compreendemos como “acumulação de capital”. E essa é a
força motriz da economia.

Por trás da acumulação de capital geralmente se encontra uma grande


externalização de custos. Ou seja, se as companhias puderem “cortar” custos
não protegendo o meio ambiente ou simplesmente pagando salários
miseráveis aos seus funcionários, elas irão fazer isso. Portanto, mudanças
climáticas catastróficas e pobreza estrutural generalizada são sinais de
funcionamento normal do sistema. Além disso, para que o dinheiro possa
seguir criando mais dinheiro, mais e mais coisas precisam ser negociáveis por
dinheiro. Daí a tendência de que tudo passe a ser mercadorizado - desde
sequências de DNA até a emissão de carbono, mas principalmente, o nosso
tempo e a nossa vida.

E esse último aspecto - a mercadorização das nossas capacidades


criativas e produtivas - é justamente a peça principal no sistema de
acumulação de capitais. O dinheiro não se torna mais dinheiro por mágica, mas
através do trabalho que fazemos todos os dias.

Em um mundo onde tudo está à venda, todos nós precisamos de algo


para vender para que possamos comprar as coisas de que precisamos.
Aqueles como nós, que não possuímos nada para vender a não ser nossa
capacidade de trabalhar, tem de vender essa capacidade para aqueles que são
proprietários de fábricas, escritórios e etc. E, é claro, o que produzimos não nos
pertence, mas sim aos nossos chefes.

Além disso, por causa das longas jornadas de trabalho, melhoras da


produtividade, etc., nós produzimos mais do que o necessário para que
continuemos trabalhando. No entanto, nosso salário se mante estável, no
menor valor possível que o empregador puder pagar. A diferença entre os
salários que nos são pagos e o valor que nós criamos explica como o capital é
acumulado, explica como o lucro é feito.

Essa diferença entre os salários que nos são pagos e o valor que nós
criamos é chamada “mais-valia” (ou “mais-valor”). A extração de mais-valor
pelos empresários é a razão pela qual vemos o capitalismo como um sistema
baseado na exploração – na exploração da classe trabalhadora.

Esse processo é essencialmente o mesmo para todo trabalhador


assalariado, não só em empresas privadas. Os trabalhadores do serviço
público também enfrentam constantes ataques aos seus salários e condições
de vida objetivando reduzir custos e maximizar os lucros na economia como
um todo.

A economia capitalista também depende no trabalho não-pago da maioria das


mulheres trabalhadoras.

Para poder acumular capital, cada patrão precisa competir no mercado


com os patrões de outras empresas. Eles não podem ignorar as forças do
mercado, sob a pena de perder para seu competidor, perdendo assim o
dinheiro investido e indo à falência, deixando de ser patrão. Por isso dizemos
que os patrões não estão no controle do capitalismo, mas sim o capital
enquanto tal. É por isso que podemos falar do capital como se tivesse atuação
e interesses próprios, e com frequência falar de “capital” é mais preciso do que
falar de patrões ou capitalistas.

Ambos, chefes e trabalhadores, são alienados nesse processo, mas de


modos diferentes. Enquanto na perspectiva dos trabalhadores a alienação é
experimentada através do ato de ser dirigido e controlado pelos chefes, estes
últimos a experimentam através das forças impessoais do mercado e da
competição com outros capitalistas.
Em vista disso, capitalistas e políticos são impotentes frente às “forças
de mercado”. Eles precisam seguir agindo em favor da acumulação sem fim, e
qualquer concessão feita à classe trabalhadora é uma abertura feita aos
competidores, em nível nacional ou internacional, possibilitando que esses
competidores aumentem seus lucros aproveitando-se dessa "vantagem".

Então, se um fabricante desenvolve uma nova tecnologia capaz de


dobrar produtividade, ele pode demitir metade dos seus empregados, aumentar
seus lucros e diminuir o preço dos produtos finais, avançando sobre a fatia de
mercado dos competidores.

Se a outra companhia decidir ser generosa com seus funcionários e não


explorar ninguém ou não cortar custos de qualquer forma, ela vai, mais cedo ou
mais tarde, falir ou ser comprada pelo seu competidor, muito mais implacável
na sua marcha em busca do lucro.

É claro que se as empresas pudessem agir livremente, logo surgiriam


monopólios que suprimiriam a competição, o que levaria o sistema triturador a
uma parada. O estado intervém, portanto, para agir em nome dos interesses de
longo prazo do capital como um todo.

A função primária do estado em uma sociedade capitalista é manter o


sistema e apoiar a acumulação de capital. Para tanto, o estado cria leis
repressivas e usa violência policial toda vez que a classe trabalhadora tenta
manifestar seus interesses contra o capital, por exemplo, criando leis anti-greve
e usando a força policial contra manifestações e greves.

Atualmente, o tipo ideal de estado capitalista é o liberal democrático,


apesar de o capital usar dos mais diversos sistemas de governo para se
manter. O capitalismo de estado na União Soviética e o fascismo na Itália e
Alemanha são dois exemplos históricos de formas de governo necessárias ao
capital para cooptar e destruir poderosos movimentos da classe trabalhadora,
movimentos que ameaçavam a própria sobrevivência do capitalismo.

Quando os abusos dos chefes levam os trabalhadores a revidar, o


estado, além de reprimir, as vezes intervém para tentar fazer com que os
trabalhadores voltem aos seus postos e afetem minimamente o lucro das
empresas. É por essa razão que existem leis nacionais e internacionais
protegendo os direitos dos trabalhadores e o meio ambiente. E essas leis
ganham ou perdem força de acordo com a combatividade da classe
trabalhadora em determinado lugar e época. Por exemplo na França, onde os
trabalhadores são bem organizados e militantes, o máximo de horas
trabalhadas por semana é de 35 horas. No Reino Unido, aonde eles são menos
militantes, o máximo é de 48 horas. Já nos EUA, onde praticamente não há
militância, não existe limite algum.

Capitalismo existe como sistema dominante há apenas 200 anos.


Comparado com meio milhão de anos da existência da humanidade, esse
tempo é apenas um piscar de olhos, e portanto, seria ingênuo da nossa parte
assumir que ele duraria para sempre. Ele é inteiramente dependente de nós, a
classe trabalhadora, e só sobreviverá enquanto nós permitirmos.
"Entre as principais características do capitalismo, estão:
Defesa da propriedade privada: o sistema capitalista preconiza que o
Estado deve garantir o direito de propriedade privada a todos. O
desenvolvimento do capitalismo só acontece quando os detentores do meio de
produção têm a garantia da posse privada, sendo assim, eles somente são
detentores dos meios de produção porque possuem a garantia da posse de
suas propriedades e de outros bens que estão inseridos nela.
Procura pelo lucro: o capitalismo é um sistema que prima pela garantia
do lucro. Sendo assim, o objetivo de todo aquele que detém o capital e os
meios de produção é obter a maior quantidade de lucro possível por meio de
sua atividade econômica.
Trabalho assalariado: se o detentor dos meios de produção busca o
lucro dentro do capitalismo, ele só vai obtê-lo se conseguir explorar a mão de
obra daqueles que não possuem nada além da sua força de trabalho. Sendo
assim, os que nada detêm venderão sua própria força para receber uma
compensação financeira que os permita sobreviverem. É por meio desse
trabalho assalariado que os trabalhadores terão condições de consumir as
mercadorias produzidas pelo capitalismo."
CONSIDERAÇÕES FINAIS

É possível concluir que o Capitalismo está ligado às ações de indivíduos no


mercado, podendo coexistir com o intervencionismo econômico governamental
(ser controlado por ele), como na Era Mercantilista, que ocorreu principalmente
no século XVII.

No entanto, o capitalismo pode ser compreendido como um sistema


econômico baseado na propriedade privada, na acumulação de capital e na
procura pelo lucro. A obtenção do lucro e a acumulação do capital dentro do
capitalismo dão-se por meio da posse privada dos meios de produção, que pode
manifestar-se pela posse da terra ou de grandes instalações que permitam a
produção de certa mercadoria.

Entretanto, o sistema econômico capitalista possui pontos considerados


importantes para o desenvolvimento econômico e social da humanidade. Ele é o
modelo predominante no globo quanto trata-se de doutrinas econômicas, tendo
ampla sociedade de mercado atual. No entanto, o sistema capitalista tem como
principais vantagens a liberdade econômica, inovação tecnológica e a ampla
concorrência entre as empresas. Contudo, essas vantagens geram um ambiente
propício ao comércio competitivo e a modernização econômica, a qual permite
aos consumidores maiores possibilidades de ofertas e escolha de produtos,
assim como preços baixos e melhores condições pagamento.
REFERÊNCIAS

PENA, Rodolfo F. Alves. "O que é capitalismo?"; Brasil Escola. Disponível em:
https://brasilescola.uol.com.br/o-que-e/geografia/o-que-e-capitalismo.htm.
Acesso em 15 de dezembro de 2023.
Capitalismo: uma introdução. Ibcom.org, 2016. Disponível em:
https://libcom.org/article/capitalismo-uma-introducao. Acesso em 15 de
dezembro de 2023.
SILVA, Daniel Neves. "Capitalismo"; Brasil Escola. Disponível em:
https://brasilescola.uol.com.br/historiag/capitalismo.htm. Acesso em 19 de
dezembro de 2023.

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