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UNIVERSIDADE JOSÉ EDUARDO DOS SANTOS

Instituto Superior Politécnico do Huambo

Filosofia e Sociedade

O LUCRO COMO PRINCÍPIO BÁSICO DO CAPITALISMO

O Docente
_______________________
Cláudio Rodrigues Brito Capamba

HUAMBO, 2022
UNIVERSIDADE JOSÉ EDUARDO DOS SANTOS
Instituto Superior Politécnico do Huambo

O LUCRO COMO PRINCÍPIO BÁSICO DO CAPITALISMO

ELEMENTOS DO GRUPO:

 Alberto Trigo Gonçalves


 Alegre de Jesus
 Alfredo Vambi Mongoloca
 Amistoso De Oliveira Fernando Kilundica

HUAMBO, 2022
Agradecimentos

Agradecemos primeiramente a Deus, por iluminar toda nossa trajetória.


A todos nossos familiares, amigos e colegas, especialmente aos nossos pais.
Aos nossos orientadores e professores pelos ensinamentos diários, e a
todos que de uma forma ou outra nos auxiliaram nesta longa caminhada.
A gerência e apoio de Cláudio Rodrigues Capamba que nos incentivou e
apoiou para a busca do nosso desenvolvimento profissional e pessoal.
Sumário
INTRODUÇAO ........................................................................................................................... 4
O Lucro ..................................................................................................................................... 5
O Capitalismo ........................................................................................................................... 5
O Lucro como princípio básico do capitalismo ......................................................................... 6
Conclusão ................................................................................................................................. 8
Bibliografia .............................................................................................................................. 9
INTRODUÇAO

O capitalismo é ao mesmo tempo um instrumento de percepção


acadêmica e de crítica social. Esta dupla função o tornou um conceito
controverso. Muitos estudiosos o evitam.
Para grande parte dos economistas, por exemplo, parece polêmico
demais, pois surgiu como forma de crítica e o foi sempre utilizado assim por
décadas. Ao nosso ver, não seria melhor prescindir do conceito e, digamos, falar
de uma “economia de mercado”? Por outro lado, há uma longa linha de
acadêmicos em outros campos das ciências sociais e humanas que contribuíram
com grande substância para a discussão sobre o capitalismo.
É dentro desse contexto que não se utiliza nesse estudo uma definição,
mas definições do capitalismo e de lucro como princípio básico do capitalismo.
Por sua vez, estão ligadas à própria evolução dos campos de conhecimento que
formaram as ciências sociais e humanas. Dito de outra forma, há uma forte
correlação entre o desenvolvimento do capitalismo e o estabelecimento da
moderna ciência.

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O Lucro

Em sentido amplo, são todos ganhos ou vantagens obtidas, ou


seja, num campo mais estrito da economia, é o retorno positivo de um
investimento deduzido dos gastos que este exigiu.
Na economia, o termo lucro tem dois significados distintos, mas
relacionados. Trata-se do: Lucro normal e Lucro económico.
O Lucro normal: representa o custo de oportunidade total de forma
explícita ou implícita de uma empresa de um empreendedor ou investidor.
O Lucro económico: É, por tanto o retorno ao proprietário do
capital social, dinheiro ou títulos investidos inicialmente, ou seja, é a diferença
entre a receita total da empresa e todos os custos, inclusive o lucro normal.
Durante a idade média, a ética religiosa foi um poderoso
impedimento
Ás práticas gananciosas e especulativas nas relações económicas
ocidentais. Com os crescimentos do comércio e o advento do mercantilismo
essa ética foi deixada de lado, mas ainda não se apercebia do facto de o lucro
ser causado pela expansão económica e aumento da capacidade produtiva.
O empenho existente era pelo monopólio imposto pelos
comerciantes marítimos e pelas proibições de exportações de matérias primas
e importações de produtos manufaturados, pelos industriais.
Somente com a influência de Adam Smith, que se posicionaria
com essas práticas, defendendo a liberdade de comerciar e consumir, com o
bem-estar de todos garantido pela expansão do processo produtiva, é que o
quadro antigo começaria se alterar.

O Capitalismo

É um sistema económico baseado na propriedade privada dos meios de


produção e sua operação com fins lucrativos.
As características centrais deste sistema incluem, além da
propriedade privada, a acumulação de capital, o trabalho assalariado, a troca
voluntária, um sistema de preços e mercados competitivos.

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Em uma economia de mercado, a tomada de decisão e os
investimentos são determinados pelos proprietários dos fatores de produção nos
mercados financeiros e de capitais, enquanto os preços e a distribuição de bens
são principalmente determinados pela concorrência no mercado.
O capitalismo foi criticado por estabelecer o poder nas mãos de
uma classe minoritária que existe através da exploração de uma classe
trabalhadora majoritária, por priorizar o lucro sobre o bem social, recursos
naturais e o meio ambiente ou seja por ser um motor de desigualdade e
estabilidades económicas. Os defensores argumentam que o sistema
proporciona melhores produtos através da concorrência, cria um forte
crescimento económico, produz produtividade e prosperidade que beneficia
grandemente a sociedade, além de ser o sistema mais eficiente conhecido para
alocação de recursos.

O Lucro como princípio básico do capitalismo

O princípio mais básico do capitalismo é o lucro, ou seja, é o desejo de


todo indivíduo ou empreendedor pela acumulação do máximo de capital e
recursos quanto possível através do emprego de esforço ou de uma menor
quantidade de recursos.
O motivo de lucro incluí os capitalistas que decidem investir seu capital e
recursos na esperança de ver um desejável retorno, bem como os
trabalhadores que trabalham para outra pessoa, mas que desejam ganhar
dinheiro para si.
A história econômica é um campo de interesse que vem evoluindo desde
a segunda metade do século XIX. Sua singularidade, isto é, aquilo que define a
disciplina por oposição a outros campos disciplinares, surgiu justamente da
tentativa de aliar conceitos desenvolvidos pela economia à perspectiva histórica
do desenvolvimento do capitalismo.
Dentro desse contexto, a ciência econômica e sua evolução teórico
metodológica se confunde com a própria evolução do capitalismo como um
sistema econômico, sendo aquela, dentro do campo das ciências sociais, a que
mais se identifica com esse tipo de economia, não obstante, o modo de regulá-
la seja objeto de constantes controvérsias.

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Engloba o tipo de propriedade, a gestão da economia, os processos de
circulação das mercadorias, o consumo e os níveis de desenvolvimento
tecnológico e de divisão do trabalho.
A gestão da economia é feita predominantemente por empresas
organizadas burocraticamente, com sistemas contábeis e administrativos
racionais e eficientes cujo objetivo é o lucro; a produção e o consumo são feitos
em grandes escalas e padronizados; o processo de circulação das mercadorias
é coordenado pelo livre jogo da oferta e demanda dos mercados; o
desenvolvimento tecnológico é determinado pela acumulação de capital, sendo
os investimentos feitos de forma constante, que por sua vez determina novos
padrões de produção, de consumo, posições de setores e empresas no
mercado, portanto, surgem novos padrões de acumulação de capital.
Em todas essas visões já se pode perceber em seu conjunto os pilares
teóricos que sustentam a análise do lucro como princípio básico do capitalismo:
produção, distribuição e acumulação.
A margem de lucro tende a variar de acordo com o negócio, desta forma
em alguns momentos, é necessário contar com a ajuda de ferramentas
contábeis.
Deste modo, a produção capitalista é a geração de lucro excedentes dos
custos da produção. Na lógica liberal, é a base para o interesse e o estímulo
principal em produzir.

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Conclusão

O capitalismo é um sistema que prima pela garantia do lucro. Sendo


assim, o objetivo de todo aquele que detém o capital e os meios de produção é
obter a maior quantidade de lucro possível por meio de sua atividade econômica.
Assim, para dar conta de toda essa complexidade, decidiu-se por começar
sobre como é definido o capitalismo. Foi esse o objetivo desta breve introdução.
Mostrar que não existe uma definição, mas definições de Lucro. E essas estão
vinculadas à evolução dos campos de conhecimento que formaram as ciências
sociais e humanas, que por sua vez, está fortemente correlacionada ao próprio
desenvolvimento do capitalismo.

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Bibliografia

ACCO, M. A. Os Estados, o sistema-mundo capitalista e o sistema interestatal:


uma leitura crítica das contribuições de Immanuel Wallerstein. In: Revista de
Economia Política, vol., 38, n. 4, (153), São Paulo, outubro-dezembro, 2018.
ACEMUGLU, D & ROBINSON, J. Porque falham as nações. As origens do
poder, da prosperidade e da pobreza. 7 ed., Lisboa: Temas & Debates –
Círculo de Leitores, 2013.
ARIENTE, W. L. & FILOMENO, F. A. Economia política do moderno sistema
mundial: as contribuições de Wallerstein, Braudel e Arrighi. In: Revista Ensaios
da FEE, vol., 28, n. 1. Porto Alegre: FEE, 2017.
ARRUDA, J. J. A. A Grande Revolução Inglesa – 1640-1780. São Paulo:
Departamento de História-FFLCH-USP/Hucitec, 1996.
BARBOSA, G. G. Origem do capitalismo: uma comparação entre as
abordagens de Max Weber e Werner Sombart. In: Revista Sociais & Humanas,
vol., 22, n. 1. Santa Maria: Universidade Federal de Santa Maria, 2009.
BERRY, C. J. Smith and Science. In: HAAKONSEN, K. The Cambridge
Companion to Adam Smith. Cambridge: Cambridge University Press, 2006.
Capamba, Cláudio Rodrigues, Manual de Filosofia e Sociedade, Engenharia
Mecânica, Instituto Superior Politécnico do Huambo...

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