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4. O que é capitalismo?

Atualmente, temos que a teoria do capitalismo moderno, é tradicionalmente traçada


através da obra “Riqueza das Nações”, pelo economista escocês Adam Smith, e as
origens do capitalismo, como um sistema econômico, projetadas no século XVI.
Durante a Revolução Industrial – especialmente dos séculos XVI a XVIII –, ocorrida
em massa na Inglaterra, ocorreu um grande desenvolvimento consumidor, que
consolidou na formação de um sistema no qual o capital acumulado foi utilizado
como investimento para aumentar a produção. No entanto, é incorreto dizer que o
capitalismo foi um sistema “inventado”, uma vez de que foi se desenvolvendo
através de um conjunto de fatores e decisões da sociedade, que não tinham
consciência ou intuito de chegar a um resultado e originar o que hoje é conhecido
como capitalismo.

O capitalismo é um sistema econômico amplamente adotado em que existe a


propriedade privada dos meios de produção. Os sistemas capitalistas modernos
incluem geralmente uma economia orientada pelo o mercado, em que a produção e
a fixação dos preços dos bens, bem como os rendimentos dos indivíduos, são
ditados em maior medida pelas forças do mercado resultantes das interações entre
empresas privadas e indivíduos do que por um governo ou instituição local. O
capitalismo é construído sobre os conceitos de propriedade privada, motivo de lucro,
e concorrência de mercado.

Podemos citar como as maiores características e pilares desse sistema econômico a


propriedade privada dos meios de produção. Essa característica permite que as
pessoas possuam bens tangíveis, tais como terrenos e casas e bens intangíveis, tais
como ações e obrigações. Outra característica marcante é a busca pelo máximo de
lucro e pela acumulação de riquezas, uma vez de que se percebe como o objetivo
do capitalismo é a obtenção de lucros cada vez maiores e esses lucros são
decorrentes do trabalho exploratório dos proletários nos meios de produção. Além
disso, há também uma concorrência, que constrói um mecanismo de mercado que
determina os preços de forma descentralizada através de interações entre
compradores e vendedores.
Talvez a característica mais importante e que garante o sustento desse sistema,
seja a existência do trabalho assalariado que foi responsável pela substituição da
maioria das relações servis e escravocratas dos séculos de feudalismo. No sistema
capitalista, os proletários trabalham para os burgueses e recebem um salário em
troca de sua força de trabalho. Esse salário é fundamental para a manutenção desse
sistema, uma vez de que é com o salário que a classe trabalhadora é capaz de
comprar bens e serviços. Com isso, temos a existência de classes sociais
(capitalistas e proletários), geradas principalmente pelo item anterior. Observa-se a
existência uma pequena parcela da população que é detentora dos meios de
produção e, a partir da acumulação de riquezas, eleva o seu poder econômico. E de
outro, um número muito grande de proletários trabalham para garantir a satisfação
de suas necessidades.

Esse sistema econômico, possuí reflexos sociais, políticos e incluindo ambiental,


que será desenvolvido ao decorrer do projeto. Assim, o capitalismo, gera opiniões
bastante distintas em relação ao seu impacto na degradação ambiental, com
destaque a duas principais e extremistas ideologias:

a) O capitalismo é incompatível com a conservação da natureza, uma vez de que


mais desenvolvimento e maiores níveis de consumo exercem pressão sobre as
variáveis ambientais. Não pode haver um crescimento infinito num mundo de
recursos limitados. A liberdade econômica também significa que as empresas não
têm em conta os ecossistemas que estão a destruir para aumentar a sua quota de
mercado e os seus lucros. Estas opiniões estão relacionadas com a ecologia
política e o eco socialismo.
b) Uma maior liberdade econômica implica um maior desenvolvimento, o que por
sua vez leva a uma maior qualidade ambiental, porque os consumidores a
exigem. Além disso, a proteção dos direitos de propriedade assegura que as
externalidades ambientais sejam minimizadas. Esta visão relaciona-se com a
economia e programas de estudo que combinam economia e ambientalismo.

Por último, destaca-se que esse sistema não pode ser considerado completamente
ruim ou bom, pois todos os modos de produção – sejam socialistas, socialistas, ou
feudais –, geram problemas específicos e possuem benefícios e malefícios para
alguns indivíduos. O capitalismo é capaz de propiciar liberdades individuais, mas ao
mesmo tempo falhou em incluir todos no processo do crescimento econômico, pois é
um sistema que reproduz a concentração de renda em países onde a desigualdade
é uma grande realidade, isso é ainda mais intensificado.

Referências bibliográficas:

 CARVALHO, Talita de. POLITIZE! “O que é o capitalismo?”. Disponível em:


https://www.politize.com.br/capitalismo-o-que-e-o/. Acesso em: 30 de abril de
2021.
 JAHAN, Sarwat. MAHMUD, Ahmed Saber. IMF – INTERNATIONAL MONETARY
FUND. “What Is Capitalism?”. Disponível em:
https://www.imf.org/external/pubs/ft/fandd/2015/06/basics.htm. Acesso em: 30 de
abril de 2021
 AGUIAR, João Valente. BASTOS, Nádia. SCIELO. “Uma reflexão teórica sobre as
relações entre natureza e capitalismo”. Disponível em:
https://www.scielo.br/pdf/rk/v15n1/a09v15n1.pdf. Acesso em 30 de abril de 2021.
 MOVAHED, Masoud. WEF – WORLD ECONOMIC FORUM. “Does capitalism
have to be bad for the environment?”. Disponível em:
https://www.weforum.org/agenda/2016/02/does-capitalism-have-to-be-bad-for-the-
environment/. Acesso em: 30 de abril de 2021.
 BRITTANICA. “Capitalism”. Disponível em:
https://www.britannica.com/topic/capitalism. Acesso em: 30 de abril de 2021.

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