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DIREITO

PROCESSUAL
DO TRABALHO
Competência da Justiça do Trabalho

SISTEMA DE ENSINO

Livro Eletrônico
GUSTAVO DEITOS

Professor de Cursos Preparatórios pra Concur-


sos Públicos. Coach especialista em Concursos
Públicos. Servidor do TRT da 12ª Região.
Convocações: Técnico Judiciário do TRT da 12ª
Região e Analista Judiciário do TRF da 3ª Re-
gião. Outras aprovações: 8° lugar – TRT da 24ª
Região – Analista Judiciário, 39° lugar – TST –
Analista Judiciário e 48° lugar – TRT da 24ª Re-
gião – Técnico Judiciário.

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DIREITO PROCESSUAL DO TRABALHO
Competência da Justiça do Trabalho
Prof. Gustavo Deitos

Regras de Competência da Justiça do Trabalho................................................4


1. Competência Material e Pessoal.................................................................6
2. Competência Territorial (em Razão do Lugar)............................................. 20
2.1. Resumo: Competência Territorial........................................................... 25
2.2. Exceção de Incompetência Territorial e Prorrogação de Competência.......... 25
2.3. Prorrogação de Competência, Tipos de Competência e Peculiaridades do
Processo do Trabalho................................................................................. 29
3. Competência Funcional (Funcionamento).................................................. 34
3.1. Competências Funcionais das Varas do Trabalho...................................... 35
3.2. Competências Funcionais dos TRTs........................................................ 37
3.3. Competências Funcionais do TST........................................................... 40
4. Súmulas e OJs sobre o Conteúdo............................................................. 46
Questões de Concurso................................................................................ 48
Gabarito................................................................................................... 72
Gabarito Comentado.................................................................................. 73

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Competência da Justiça do Trabalho
Prof. Gustavo Deitos

REGRAS DE COMPETÊNCIA DA JUSTIÇA DO TRABALHO


Olá, querido(a) aluno(a) do Gran Cursos Online! Espero encontrá-lo muito bem!

Neste curso, apresento-lhe várias aulas autossuficientes de direito processual do

trabalho, com o objetivo de lhe disponibilizar, de forma prática e completa, o subs-

trato de conteúdo necessário para ter o melhor desempenho possível na prova.

Esta aula, assim como as demais aulas em PDF, foi elaborada de modo que você

possa tê-la como fonte autossuficiente de estudo, isto é, como um material de

estudo completo e capaz de possibilitar um aprendizado tão integral quanto outros

meios de estudo.

A preferência por aulas em PDF e/ou vídeos pertence a cada aluno, que, indivi-

dualmente, avalia suas facilidades e necessidades, a fim de encontrar seus meios

de estudo ideais. Dessa forma, o aluno pode optar pelo estudo com aulas em PDF

e vídeos, ou somente com um ou outro meio.

Aqueles que preferem estudar somente com materiais em PDF terão o privilégio

de contar com as aulas em PDF autossuficientes do nosso curso, a exemplo desta

aula. De qualquer forma, nada impede que as aulas em PDF sejam utilizadas como

fonte de estudos de forma aliada com as aulas em vídeo do Gran Cursos Online.

Tudo depende, unicamente, da preferência de cada aluno.

Nesta aula, estudaremos especialmente os seguintes tópicos de Direito Proces-

sual do Trabalho:

• Competência da Justiça do Trabalho: em razão da matéria, da pessoa, da

função e do lugar;

• Exceção de incompetência territorial (conforme a Lei n. 13.467/2017);

• Conflitos de competência.

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A aula é acompanhada de exercícios selecionados e reunidos de modo a abran-

ger todos os pontos importantes da aula, a fim de que seu conhecimento seja ainda

mais solidificado. O número de exercícios é determinado de acordo com dois parâ-

metros: complexidade do conteúdo e número de questões de concursos existentes.

Por resultado, o número de exercícios disponibilizados é determinado de modo que

seu conhecimento sobre os temas seja efetivamente testado e fixado, mas sem que

haja uma repetição obsoleta.

Nosso curso possibilita a avaliação de cada aula em PDF de forma fácil e rápida.

Considero o resultado das avaliações extremamente importante para a continuida-

de da produção e edição de aulas, como fonte fidedigna e transparente de informa-

ções quanto à qualidade do material.

Peço-lhe que, por favor, fique à vontade para avaliar as aulas do curso, de-

monstrando seu grau de satisfação relativamente aos materiais. Seu feedback é

importantíssimo para nós. Se houver algum problema com a visualização de mapas

mentais (fonte, cor etc.), o problema possivelmente terá surgido em alguma fase

da edição, pelo que o professor não responde. Neste caso, você pode entrar em

contato com a central de atendimento responsável.

Cordialmente, torço para que a presente aula que seja de profunda valia para

você e sua prova, uma vez que foi elaborada com muita atenção, zelo e considera-

ção ao seu esforço, que, para nós, é sagrado.

Caso fique com alguma dúvida após a leitura da aula, por favor, envie-a a mim

por meio do Fórum de Dúvidas, e eu, pessoalmente, a responderei o mais rápido

possível. Será um grande prazer verificar sua dúvida com atenção, zelo e profundi-

dade, e com o grande respeito que você merece.

Bons estudos!

Seja imparável!

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1. Competência Material e Pessoal


Neste título, trataremos das competências material (em razão da matéria) e

pessoal (em razão da pessoa).

As competências em razão da matéria e em razão da pessoa da Justiça do

Trabalho são enumeradas nos incisos do art. 114 da Constituição Federal. A partir

de agora, trabalharemos com cada inciso deste artigo, de modo que o tratamento

do conteúdo seja individualizado e sistematizado.

Art. 114. Compete à Justiça do Trabalho processar e julgar:


I – as ações oriundas da relação de trabalho, abrangidos os entes de direito pú-
blico externo e da administração pública direta e indireta da União, dos Estados,
do Distrito Federal e dos Municípios;

O termo “relação de trabalho” deve ser compreendido de forma abrangente,

albergando todas as relações de trabalho, inclusive aquelas sem vínculo de em-

prego. Por exemplo, podemos citar o representante comercial (autônomo), a dia-

rista (autônoma/eventual), o pequeno empreiteiro (autônomo/eventual), o peque-

no empreiteiro, também chamado de operário ou artífice (autônomo/eventual),

dentre outros.

A amplitude com que devemos interpretar o temo “relação de trabalho” do

inciso I deve-se à Emenda Constitucional n. 45 de 2004, que ampliou considera-

velmente o rol de competências materiais da Justiça do Trabalho. A inclusão na

competência da Justiça do Trabalho das relações de trabalho lato sensu (em

sentido amplo, compreendendo as não empregatícias) foi, de fato, um marco

importantíssimo na história deste ramo do Poder Judiciário.

De acordo com a Constituição, a Justiça do Trabalho é competente para julgar

ações oriundas da relação de trabalho mantida com ente de direito público externo

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(Estados estrangeiros e Organismos Internacionais, como a ONU) ou, ainda, com

a Administração Pública Direta ou Indireta (União, Estados, Distrito Fede-

ral, Municípios, autarquias, fundações públicas, empresas públicas e sociedades de

economia mista).

Essa informação é correta, mas tome cuidado: a competência só será da Justiça

do Trabalho se o regime jurídico seguido nesses entes for o da CLT (celetista, de

regime contratual). Se o trabalhador envolvido for regido por Estatutos criados

por lei (estatutários, de regime legal e não contratual), a competência não

será da Justiça do Trabalho, mas, sim, da Justiça Comum.

Os servidores públicos da União, por exemplo, são regidos pela Lei n. 8.112/1990.

Portanto, ações decorrentes dessa relação serão julgadas pela Justiça Federal. No

entanto, se a União contratar alguém sem concurso público e fora das hipóteses le-

gais de trabalho temporário, serão aplicáveis as regras de direito do trabalho (CLT).

Alguns Municípios brasileiros não possuem um Estatuto de Servidores. Nesses

casos, será aplicada a CLT, e o regime será contratual, razão pela qual os traba-

lhadores do Município poderão ajuizar ações na Justiça do Trabalho. Se o Município

tivesse estatuto, as ações seriam de competência da Justiça Estadual. Exatamente

o mesmo raciocínio vale para os trabalhadores dos Estados da Federação.

Quanto aos entes de direito público externo, é importante considerarmos a

OJ 416 da SDI-I do TST:

OJ 416, SDI-I, TST
As organizações ou organismos internacionais gozam de imunidade
absoluta de jurisdição quando amparados por norma internacional incorporada
ao ordenamento jurídico brasileiro, não se lhes aplicando a regra do Direito
Consuetudinário relativa à natureza dos atos praticados. Excepcionalmente,
prevalecerá a jurisdição brasileira na hipótese de renúncia expressa à
cláusula de imunidade jurisdicional.

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Esta OJ nos traz que os organismos/organizações internacionais podem

celebrar Tratado, Convenção ou outro instrumento de direito internacional público

com o Brasil para que a jurisdição brasileira não seja aplicada a eles.

Portanto, se houver esse instrumento, o  organismo/organização interna-

cional não precisará observar as normas brasileiras, inclusive as da CLT. Isso é o

que devemos chamar de IMUNIDADE ABSOLUTA DE JURISDIÇÃO. Atualmente,

temos o exemplo da Convenção sobre Privilégios e Imunidades das Nações Unidas.

Se, todavia, o ente for um Estado estrangeiro (EUA, Argentina, China etc.),

haverá IMUNIDADE RELATIVA DE JURISDIÇÃO, porque esses Estados estarão

sujeitos à jurisdição brasileira, inclusive a trabalhista, mas terão imunida-

de de execução. O processo de conhecimento fluirá, mas a execução, não.

Nos dois casos (Organismos internacionais e Estados estrangeiros), nenhuma

das imunidades prevalecerá se o ente renunciar, expressamente, a essa garan-

tia. Havendo renúncia, tanto o conhecimento quanto a execução serão viáveis na

Justiça do Trabalho contra tais entes.

Para ilustrar:

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Abaixo, apontarei a você uma regra específica de competência pertinente aos tra-

balhadores menores (crianças e adolescentes), que afasta a atuação dos juízes do

trabalho.

Confira as regras dos arts. 405, §§ 2º e 3º, e 406, ambos da CLT:

Art. 405, § 2º O trabalho exercido nas ruas, praças e outros logradouros dependerá de
prévia autorização do Juiz de Menores, ao qual cabe verificar se a ocupação é indispen-
sável à sua própria subsistência ou à de seus pais, avós ou irmãos e se dessa ocupação
não poderá advir prejuízo à sua formação moral.
§ 3º Considera-se prejudicial à moralidade do menor o trabalho:
a) prestado de qualquer modo, em teatros de revista, cinemas, boates, cassinos, caba-
rés, dancings e estabelecimentos análogos;
b) em empresas circenses, em funções de acróbata, saltimbanco, ginasta e outras se-
melhantes;
c) de produção, composição, entrega ou venda de escritos, impressos, cartazes, dese-
nhos, gravuras, pinturas, emblemas, imagens e quaisquer outros objetos que possam,
a juízo da autoridade competente, prejudicar sua formação moral;
d) consistente na venda, a varejo, de bebidas alcoólicas.
Art. 406. O Juiz de Menores poderá autorizar ao menor o trabalho a que se referem as
letras “a” e “b” do § 3º do art. 405:
I – desde que a representação tenha fim educativo ou a peça de que participe não possa
ser prejudicial à sua formação moral;
II – desde que se certifique ser a ocupação do menor indispensável à própria subsis-
tência ou à de seus pais, avós ou irmãos e não advir nenhum prejuízo à sua formação
moral.

Veja: a autorização para que a criança ou adolescente preste serviços a alguém,

nas condições descritas nos dispositivos acima, depende de autorização do Juiz da

Infância e da Juventude (nome atual do “Juiz de Menores”, referido na CLT, de

redação antiga).

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Portanto, se a prova questionar diretamente a competência para autorizar

menores a trabalhar em teatros de revista, cinemas, boates, cassinos, cabarés,

dancings e estabelecimentos análogos, empresas circenses, em funções de acróba-

ta, saltimbanco, ginasta e outras semelhantes, ou nas ruas, praças e outros logra-

douros, será mais seguro considerar que a competência é do Juiz da Infância e

da Juventude da localidade, que é um juiz de direito de competência especiali-

zada, conforme divisão da lei de organização judiciária.

II – as ações que envolvam exercício do direito de greve;

Essas ações podem consistir em dissídios coletivos de greve, de competência

do TRT ou do TST – que estudaremos na aula sobre os dissídios coletivos – ou em

ações possessórias motivadas pela greve de funcionários.

Com fundamento neste inciso, o STF editou a Súmula Vinculante n. 23:

Súmula Vinculante n. 23
A Justiça do Trabalho é competente para processar e julgar ação possessória
ajuizada em decorrência do exercício do direito de greve pelos trabalha-
dores da iniciativa privada.

As ações decorrentes do exercício do direito de greve não favorecem somente

os trabalhadores.

As ações possessórias (termo genérico) englobam as seguintes espécies,

abaixo conceituadas no contexto do processo do trabalho:

• Ação de Reintegração de Posse: os empregados cometem esbulho con-

tra a posse dos bens do empregador, isto é, tomam para si, abusivamente,

a posse dos bens da empresa, como os pátios, as repartições, os veículos etc.

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• Ação de Manutenção de Posse: os empregados não retiram a posse dos

bens do empregador, mas atrapalham seu uso cômodo e integral (cometem

turbação, que pode ser entendida como perturbação da posse).

• Interdito Proibitório: os empregados não cometem esbulho e nem turba-

ção, mas ameaçam cometer qualquer deles, de forma expressa ou tácita. Se

o empregador sentir tal ameaça, poderá valer-se do interdito proibitório, que

é uma espécie de ação possessória.

Portanto, se a empresa tiver a posse de seus bens esbulhada, turbada ou ame-

açada, poderá ajuizar alguma das três espécies de ações possessórias na Justiça

do Trabalho. Nesse caso, o juiz competente será o do local da situação do imóvel

(art. 47, § 2º, CPC). Se o bem não for imóvel, a regra de competência aplicável

poderá ser a geral: prestação de serviços dos empregados envolvidos (art. 651

da CLT).

A Súmula Vinculante n. 23 fala que ação possessória poderá ser julgada pela Justi-

ça do Trabalho se decorrer do exercício do direito de greve. Outros casos que

envolvam empregado e empregador, como locação e comodato, são abrangidos

pela competência da Justiça Comum, e não se enquadram na referida súmula.

III – as ações sobre representação sindical, entre sindicatos, entre sindicatos e


trabalhadores, e entre sindicatos e empregadores;

Segundo Carlos Henrique Bezerra Leite, a competência para ações sobre repre-

sentação sindical relaciona-se com a matéria (representação sindical). As demais

competências desse inciso são relacionadas com a pessoa (Sindicato x Sindicato,

Sindicato x Trabalhador, Sindicato x Empregador).

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Nesse ponto, seria oportuno acrescentar que as competências pessoais (sin-

dicatos) devem ser interpretadas de maneira ampliativa, de modo a abranger

confederações e federações sindicais. Essa interpretação ampliativa, por levar

em conta a matéria sindical como parâmetro, nos permite concluir que as compe-

tências “em razão da pessoa” deste inciso carregam um leve caráter de “em razão

da matéria”.

As ações sobre representação sindical têm por objeto, normalmente, a de-

claração de qual é a entidade sindical competente para representar determinada

categoria profissional, econômica ou profissional diferenciada. É por isso que essas

ações possuem, em geral, caráter declaratório. Eventuais condenações a paga-

mentos de multas e outras sanções são geralmente consequências acessórias da

decisão judicial.

O caráter declaratório pode determinar quem é a entidade sindical legitimada

e, ainda, reconhecer a nulidade de instrumentos de negociação coletiva (acordos

e convenções) firmados pela entidade sindical incompetente. Esta última hipótese

atrairia, também, o efeito constitutivo.

Ações entre sindicatos e trabalhadores/empregadores, comumente, envolvem

discussões sobre contribuições confederativas e assistenciais. A partir da entrada

em vigor da Reforma Trabalhista, essas ações abarcam a questão da obrigatorieda-

de do pagamento de contribuição sindical.

Um ponto importantíssimo está na competência para apreciar ação relacionada

a eleições sindicais. A Súmula n. 4 do STJ outorga essa competência à Justiça

Estadual. Entretanto, tal súmula é muito antiga, anterior à Constituição Federal de

1988, e por isso está desatualizada. Hoje, as controvérsias sobre eleições sin-

dicais são resolvidas na Justiça do Trabalho, com fundamento no inciso ora em

comento.

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 Obs.: Pela lógica da competência da Justiça do Trabalho, a ação sobre eleição sin-

dical será de competência da JT desde que o sindicato abranja empregado-

res ou trabalhadores da iniciativa privada. Se o sindicato for de servidores

públicos estatutários, a competência será da Justiça Comum.

Por fim, também é possível que a Justiça do Trabalho julgue ações que discutam

a má atuação do sindicato em processos nos quais tenha figurado como substituto

processual. Há processos em que o sindicato substitui os trabalhadores. Portanto,

se ficar comprovada a imperícia, a negligência, o dolo ou a má-fé do sindica-

to ao atuar como substituto processual, poderão os trabalhadores pleitear as

perdas e os danos decorrentes dessa atuação.

IV – os mandados de segurança, habeas corpus e habeas data, quando o ato


questionado envolver matéria sujeita à sua jurisdição;

O mandado de segurança é um remédio constitucional (art. 5º, LXIX) des-

tinado a proteger direito líquido e certo, que não possa ser protegido por outro

remédio constitucional, quando o responsável pela ilegalidade ou abuso de poder

for autoridade pública ou agente de pessoa jurídica no exercício de atribuições do

Poder Público.

O habeas data é um remédio constitucional (art. 5º, LXXII) destinado a asse-

gurar o conhecimento de informações relativas à pessoa do impetrante, constantes

de registros ou bancos de dados de entidades governamentais ou de caráter pú-

blico, à retificação de dados, quando não se prefira fazê-lo por processo sigiloso,

judicial ou administrativo, e à anotação nos assentamentos do interessado, de

contestação ou explicação sobre dado verdadeiro mas justificável e que esteja sob

pendência judicial ou amigável.

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SIM! É cabível habeas corpus na Justiça do Trabalho! De acordo com o art. 5º,

inciso LXVIII, o habeas corpus é cabível sempre que alguém sofrer ou se achar

ameaçado de sofrer violência ou coação em sua liberdade de locomoção, por ilega-

lidade ou abuso de poder.

No âmbito das relações de trabalho, é possível que um empregado seja coagido

em sua liberdade de locomoção por ilegalidade cometida pela empresa. Exemplo

sempre citado é o dos jogadores de futebol. Veja:

Exemplo prático:

O jogador de futebol Ratinho, do Flamengo, acerta com o Corinthians, para onde

pretende ser transferido. O Flamengo, todavia, condiciona a liberação de Ratinho ao

pagamento de uma multa ilegal e abusiva. No campo esportivo, há várias normas

regulamentares acerca das transferências de atletas, e muitas delas envolvem a

necessidade de que o clube libere o atleta. Se o Flamengo não liberar Ratinho,

o jogador não terá tempo hábil para ser inscrito na disputa da Copa Libertadores

da América, disputada pelo Corinthians. A liberdade de ir e vir, por ser direito fun-

damental, deve observar o princípio da máxima efetividade e ser interpretada da

forma mais abrange possível. É por isso que o direito de trabalhar onde quiser é

compreendido no campo da liberdade de ir e vir. Dessa forma, como Ratinho sente-

-se coagido em sua liberdade de ir e vir em decorrência de relação de trabalho, ele

procura um advogado, que poderá impetrar habeas corpus na Justiça do Trabalho

contra o Flamengo.

 Obs.: O habeas corpus pode ser impetrado mesmo sem advogado.

No mais, quanto ao mandado de segurança e ao habeas data, é possível sua im-

petração quando o empregador fere os direitos protegidos por eles. É mais comum,

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na verdade, a impetração desses remédios contra os órgãos da Justiça do Trabalho,

quando ferem algum direito líquido e certo da parte no processo ou quando deixam

de fornecer informações relevantes, como por exemplo a inscrição da empresa no

Banco Nacional de Devedores Trabalhistas (BNDT).

V – os conflitos de competência entre órgãos com jurisdição trabalhista, ressalvado o


disposto no art. 102, I, o;

Esse ponto é extremamente objetivo. Veja, abaixo, quem são os órgãos com-

petentes para resolver cada caso de conflito de competência:

DICA:
Juiz do Trabalho X Juiz do Trabalho (ambos do mesmo
TRT) = Respectivo TRT
Juiz do Trabalho X Juiz do Trabalho (TRTs diferentes) =
TST
TRT X TRT = TST
Juiz de Direito ou Juiz Federal X Juiz do Trabalho = STJ
TJ ou TRF X TRT = STJ
Qualquer órgão X TST = STF

Há casos que, aparentemente, poderão ser vistos como conflitos, mas, tecni-

camente, não envolverão conflito algum. Nesses casos, haverá prevalecimento da

hierarquia funcional: o órgão hierarquicamente superior será titular da compe-

tência envolvida. Trata-se dos seguintes casos:

DICA:
Juiz do Trabalho X TRT ao qual está vinculado = Não há
conflito (prevalece o maior: TRT)
TRT x TST = Não há conflito (prevalece o maior: TST)
TST X STF = Não há conflito (prevalece o maior: STF)

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VI – as ações de indenização por dano moral ou patrimonial, decorrentes da rela-


ção de trabalho;

Aqui, entram todas as ações que envolvem danos morais nas relações de tra-

balho, que são muito numerosas. Entram, também, ações de empregadores contra

empregados, para cobrança por danos causados à empresa.

Todos esses danos devem decorrer da relação de trabalho. Se a causa principal

do dano originar-se em outra relação, que não seja a de trabalho, a competência

será da Justiça Comum.

A regra de competência deste inciso deu causa a uma importantíssima alteração

de competência material no direito brasileiro: a competência para processar e jul-

gar ações de danos morais e patrimoniais decorrentes de acidentes de trabalho.

Abordarei o contexto da regra.

Para iniciar a explicação deste tópico, julgo importantíssimo apresentar o enun-

ciado da Súmula Vinculante n. 22 do STF:

Súmula Vinculante n. 22 do STF


A Justiça do Trabalho é competente para processar e julgar as ações de inde-
nização por danos morais e patrimoniais decorrentes de acidente de trabalho
propostas por empregado contra empregador, inclusive aquelas que ainda não
possuíam sentença de mérito em primeiro grau quando da promulgação da
Emenda Constitucional n. 45/2004.

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Antes da promulgação da EC n. 45/2004, a competência para processar e julgar

as ações de indenização por danos morais e patrimoniais decorrentes de acidente

de trabalho propostas por empregado contra empregador pertencia à Justiça Esta-

dual Comum.

Após a promulgação da referida Emenda Constitucional, passou a ser da Jus-

tiça do Trabalho tal competência. Até aqui, não temos nenhum problema para

compreender a regra.

A complexidade da regra surge no período final da Súmula Vinculante n. 22:

“(...) inclusive aquelas que ainda não possuíam sentença de mérito em primeiro

grau quando da promulgação da Emenda Constitucional n. 45/2004.”. Este seg-

mento do enunciado vinculante nos indica o seguinte:

• Se, no momento da promulgação da EC n. 45/2004, a ação sobre acidente

de trabalho, na Justiça Estadual, já tivesse sido sentenciada em primeiro

grau pelo juiz de direito, a ação continuaria tramitando na Justiça Esta-

dual, devendo eventual recurso ter sido direcionado ao Tribunal de Justiça do

Estado.

• Por outro lado, se no momento da promulgação da EC n. 45/2004 a referida

ação ainda estivesse tramitando em primeiro grau (sem julgamento

definitivo), ela deveria ter sido remetida à Justiça do Trabalho, que im-

pulsionaria o processo dali em diante, inclusive proferindo sentença de conci-

liação ou de procedência/improcedência após a regular instrução processual.

VII – as ações relativas às penalidades administrativas impostas aos empregado-


res pelos órgãos de fiscalização das relações de trabalho;

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Geralmente, é a Auditoria Fiscal do Trabalho (AFT) quem exerce tal fiscalização.

A Reforma Trabalhista até mesmo atualizou artigos que tratam de multas cominadas

a empregadores, em especial a multa por não registro de empregado (art. 47 e

47-A da CLT).

Portanto, se o empregador discordar da legitimidade dos critérios para a im-

posição das multas, poderá ajuizar ação na Justiça do Trabalho para discuti-los e

pleitear o que mais entender que lhe seja de direito.

VIII – a execução, de ofício, das contribuições sociais previstas no art. 195, I, a,


e II, e seus acréscimos legais, decorrentes das sentenças que proferir;

Muitos já sabem da nova regra da execução trabalhista: o juiz do trabalho não

poderá mais promover a execução de ofício, salvo se o exequente estiver desassis-

tido de advogado. Essa regra vale para os créditos das partes, mas não para as

contribuições previdenciárias.

A Reforma Trabalhista, inclusive, reforçou essa regra ao editar a redação do

art. 876, parágrafo único, da CLT:

A Justiça do Trabalho executará, de ofício, as contribuições sociais previstas na alínea a


do inciso I e no inciso II do caput do art. 195 da Constituição Federal, e seus acréscimos
legais, relativas ao objeto da condenação constante das sentenças que proferir
e dos acordos que homologar.

Portanto, se as sentenças ou acórdãos da Justiça do Trabalho condenarem a

empresa a pagar verbas de natureza salarial, a execução envolverá, de ofício,

as contribuições previdenciárias devidas em decorrência das verbas salariais reco-

nhecidas na decisão.

Exatamente o mesmo raciocínio valerá para os acordos: se o acordo homolo-

gado pela Justiça do Trabalho tiver, em suas cláusulas, indicação de que o valor

do acordo é integrado por parcelas de natureza salarial, o juiz responsável pela

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execução poderá, de ofício, executar as contribuições previdenciárias decorrentes

dessas parcelas salariais.

Em igual sentido, ainda existe, como fonte jurídica da regra, a Súmula n. 368,

item I, do TST:

Súmula n. 368, item I, TST


I – A Justiça do Trabalho é competente para determinar o recolhimento das
contribuições fiscais. A competência da Justiça do Trabalho, quanto à execução
das contribuições previdenciárias, limita-se às sentenças condenatórias em
pecúnia que proferir e aos valores, objeto de acordo homologado, que inte-
grem o salário de contribuição.

É por esta razão que, na prática, muitos advogados formulam termos de acordo

indicando que o valor acordado é composto inteiramente por verbas de natureza

indenizatória, pois, assim, deixam de recolher contribuições previdenciárias so-

bre tal valor.

IX – outras controvérsias decorrentes da relação de trabalho, na forma da lei.

Este inciso é um cheque em branco para ações que derivem de controvérsias

afetas a relações de trabalho. Neste inciso, podem-se enquadrar matérias que re-

percutam nas relações de trabalho de algumas pessoas, mesmo que as controvér-

sias não surjam na execução do contrato de trabalho.

Por exemplo, podemos citar as Comissões de Representantes de Emprega-

dos, cujo funcionamento foi regulamentado pela Reforma Trabalhista, nos artigos

510-A e seguintes da CLT. Controvérsias surgidas no bojo da eleição dessas

Comissões, ou durante processos de sua responsabilidade, serão apreciadas pela

Justiça do Trabalho com fundamento neste inciso.

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2. Competência Territorial (em Razão do Lugar)


Vamos iniciar o estudo da competência em razão do lugar (territorial) com a re-

gra geral, que abarca a esmagadora maioria dos casos. Confira a redação do caput

do art. 651 da CLT:

Art. 651. A competência das Juntas de Conciliação e Julgamento [Varas do Trabalho]


é determinada pela localidade onde o empregado, reclamante ou reclamado, prestar
serviços ao empregador, ainda que tenha sido contratado noutro local ou no estrangeiro.

A Vara do Trabalho competente para conhecer a reclamação trabalhista é aquela que


possui jurisdição no local onde o empregado prestou serviços ao empregador.
Essa regra é aplicável tanto para o caso em que o empregado é reclamante (maioria
dos casos) como também para o caso em que ele é reclamado (como em caso de ação
de consignação em pagamento, quando a empresa deposita valores ao empregado).

Exemplo prático:
Marinho é contratado pelo Supermercado KL, em São Paulo (SP) (onde é a sede da
empresa), para ocupar o emprego de atendente de caixa. Logo de início, o Super-
mercado KL, que possui filial em São Bernardo do Campo (SP), informa a Marinho
que ele trabalhará nesta filial. Portanto, o lugar onde a futura reclamação trabalhis-
ta deverá ser ajuizada é São Bernardo do Campo (SP).
Veja: se Marinho prestou serviços somente em São Bernardo do Campo (SP),
pouco importa, para fins de competência, se ele foi contratado em outro
lugar.

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Existem, no entanto, regras diversas. A segunda mais comum é a do § 3º do


art. 651:

§ 3º Em se tratando de empregador que promova realização de atividades fora do lugar


do contrato de trabalho, é assegurado ao empregado apresentar reclamação no foro da
celebração do contrato ou no da prestação dos respectivos serviços.

Sou obrigado a dizer que a redação deste parágrafo não é das mais claras. A re-
gra reconhecida no direito processual do trabalho e, também, pelas bancas, é a

seguinte: o segmento “lugar do contrato de trabalho” refere-se ao lugar espe-

cificado no contrato de trabalho para que o empregado preste serviços.

Nesse sentido, devemos entender o seguinte: se o empregado é contratado

para prestar serviços em um município, mas, no curso do contrato, acaba sendo

transferido para prestar serviços em outros municípios, a futura reclamação tra-

balhista poderá ser ajuizada tanto no local onde o contrato foi celebrado como em

quaisquer dos locais onde o empregado prestou serviços ao longo do contrato.

Exemplo prático:

Serginho é contratado pela sociedade empresária CBA Automóveis em Jundiaí (SP)

– local da sede da empresa –, para prestar serviços numa filial de Niterói (RJ). Após

um ano trabalhando nessa filial, a empregadora transfere Serginho para que traba-

lhe na filial de Curitiba (PR). Após cerca de dois anos trabalhando em Curitiba (PR),

a empresa novamente transfere Serginho, desta vez para trabalhar na filial de Rio

Branco (AC).

Veja: Serginho poderá ajuizar futura reclamação trabalhista em Jundiaí (local da

celebração do contrato), Niterói (onde prestou serviços), Curitiba (onde prestou

serviços) e Rio Branco (onde prestou serviços). Isso porque Serginho foi con-

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tratado PARA trabalhar em Niterói, mas, no decorrer do contrato, precisou

prestar serviços em outros locais, diversos daquele fixado no contrato, que

era Niterói.

Há, ainda, duas regras especiais. Vejamos a regra relativa ao agente comercial/

viajante comercial, insculpida no art. 651, § 1º, da CLT:

§ 1º Quando for parte de dissídio agente ou viajante comercial, a competência será
da Junta da localidade em que a empresa tenha agência ou filial e a esta o empre-
gado esteja subordinado e, na falta, será competente a Junta da localização em que
o empregado tenha domicílio ou a localidade mais próxima.

Vamos direto para o problema prático:

Exemplo prático:

Pedro é contratado pela sociedade empresária ABC Produções em Porto Alegre

(RS) para exercer as atribuições de viajante comercial na região do oeste de Santa

Catarina, em cidades como Chapecó, Xanxerê, Joaçaba, São Miguel do Oeste etc.

Durante o contrato, Pedro deverá prestar contas à filial da empresa situada em

Chapecó (SC).

Veja: Pedro deverá ajuizar reclamação trabalhista em Chapecó (SC), pois a filial à

qual estava imediatamente subordinado era situada nessa cidade.

Vejamos, agora, exemplo prático em que não é possível usarmos a primeira re-

gra do parágrafo transcrito:

Segundo exemplo prático:

César é contratado pela sociedade empresária Cheirinho Artesanatos Ltda., sediada

em Rio de Janeiro (RJ) para atuar como viajante comercial em toda a região nor-

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deste do Brasil, a qual César conhece muito bem, pois sempre residiu no nordeste

– de onde é natural – e conhece quase todas as suas rodovias e estradas. César

tem domicílio em Aracaju (SE).

Veja: nesta situação, como a empresa não possui filial, mas somente sede, César

poderá ajuizar reclamação trabalhista no local de seu domicílio, que é Aracaju.

A ideia disso é evitar que o direito do trabalho se subverta de modo a proteger o

empregador, pois, se o empregado fosse obrigado a ajuizar reclamação trabalhista


tão somente onde está a sede da empresa, seria esta a verdadeira protegida. Por-
tanto, só se dá preferência à filial da empresa porque esta, em tese, é mais próxi-
ma do empregado. Esse raciocínio é devido ao fato de, verdadeiramente, somente
empresas maiores trabalharem com viajantes comerciais, os quais atuam em loca-
lidades distantes da sede da empresa, para divulgar sua marca e seus produtos.

A regra acima normalmente é invocada no caso de representantes comer-


ciais, sem vínculo empregatício, pleitearem vínculo de emprego, em razão
de inobservância das formalidades legais do contrato de trabalho autônomo de re-
presentante comercial, nos termos da Lei n. 4.886/1965.
Por último, vejamos a regra do art. 651, § 2º:

§ 2º A competência das Juntas de Conciliação e Julgamento, estabelecida neste artigo,


estende-se aos dissídios ocorridos em agência ou filial no estrangeiro, desde
que o empregado seja brasileiro e não haja convenção internacional dispondo em con-
trário.

Este parágrafo fala somente que o empregado brasileiro poderá ajuizar reclamação
trabalhista no Brasil, mesmo que tenha trabalhado em agência/filial fora do Brasil.
O artigo não deixa clara a localidade, no Brasil, onde a reclamação deverá ser
proposta. A maioria dos autores admitem dois lugares:
• local da sede da empresa no Brasil;
• local da contratação antes de o empregado ir para o estrangeiro.

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Se nenhum desses dois itens for aplicável (não há sede no Brasil e empregado
foi contratado já fora do Brasil), parece que a única regra restante, para aplicação
subsidiária, será a do art. 46, § 3º, do CPC:

§ 3º Quando o réu não tiver domicílio ou residência no Brasil, a ação será proposta no
foro de domicílio do autor, e, se este também residir fora do Brasil, a ação será
proposta em qualquer foro.

Como dito no texto do dispositivo, a reclamação trabalhista só poderá ser ajuizada

no Brasil se não houver norma internacional dispondo em contrário. Esse é

um típico caso de competência concorrente, em que a reclamação trabalhista

poderá ser proposta no Brasil ou em outro país.

Sobre a competência concorrente com Estado estrangeiro, você precisa saber de


que uma ação no Brasil e outra no exterior, com mesmas partes, pedidos e causas

de pedir, NÃO induzem litispendência (art. 24 do CPC).

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2.1. Resumo: Competência Territorial

2.2. Exceção de Incompetência Territorial e Prorrogação de


Competência

É possível que o reclamante ajuíze a reclamação em localidade que, na ver-

dade, não seria a competente para o caso, não é mesmo? Nesses casos, ganham

relevância dois temas: exceção de incompetência e o fenômeno da prorrogação de

competência.
Se a reclamada verificar que o território onde o reclamante ajuizou a ação não é
o competente de acordo com regra aplicável, ela poderá opor a peça “Exceção de
Incompetência Territorial”, ou simplesmente “Exceção de Incompetência”, que
é estruturada no art.  800 da CLT, modificado drasticamente pela Reforma
Trabalhista.

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Vamos estudar essa peça em detalhes, com comentários aos dispositivos apli-
cáveis:

Art. 800. Apresentada exceção de incompetência territorial no prazo de cinco dias a


contar da notificação, antes da audiência e em peça que sinalize a existência desta
exceção, seguir-se-á o procedimento estabelecido neste artigo.

Nesse procedimento, a reclamada, após receber a citação inicial (notificação),


terá 5 dias para opor essa exceção, indicando nela o lugar que entende ser o cor-
reto (territorialmente competente).
A exceção só será apreciada se for protocolada, nos autos, com expressa indi-
cação de que e trata de exceção de incompetência territorial. Se o advogado,
por equívoco, juntar a exceção ao processo judicial eletrônico (PJe) com nome mi-
rabolante (ex: “documento diverso”), a exceção poderá não ser apreciada.

§ 1º Protocolada a petição, será suspenso o processo e não se realizará a audiên-


cia a que se refere o art. 843 desta Consolidação até que se decida a exceção.

Assim que a exceção de incompetência territorial for protocolada, o processo

será suspenso. A audiência inicial (se for procedimento ordinário) ou una (se for

sumaríssimo) será cancelada.

Se a oposição da exceção for apenas uma forma de a reclamada protelar o pro-

cesso, ela poderá sofrer as penalidades da litigância de má-fé, se essa intenção

ficar demonstrada.

§ 2º Os autos serão imediatamente conclusos ao juiz, que intimará o reclamante e,


se existentes, os litisconsortes, para manifestação no prazo comum de cinco dias.

Recebida a exceção, o juiz intimará o(s) reclamante(s) para que se mani-

feste(m) no prazo de 5 dias. Se houver mais de um reclamante, o prazo de 5

dias correrá no mesmo espaço de tempo (prazo comum, e não sucessivo).

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§ 3º Se entender necessária a produção de prova oral, o juízo designará audiência,


garantindo o direito de o excipiente e de suas testemunhas serem ouvidos, por carta
precatória, no juízo que este houver indicado como competente.

É possível que a averiguação do foro competente dependa de prova oral (tes-

temunhas e depoimentos pessoais do reclamante e do reclamado). Por exemplo,

o juiz pode questionar as partes ou as testemunhas de modo a tentar descobrir

onde o empregado prestou serviços.

Nesse caso, é designada audiência extraordinária, com antecedência míni-

ma de 24 horas (art. 813, §§ 1º e 2º, CLT).

O excipiente (reclamada, que opôs a exceção) terá o direito de ser ouvido, com

suas testemunhas, perante um dos juízes do trabalho da localidade que, na sua

exceção, apontou como competente. O juiz dessa localidade cumprirá essa tarefa

por meio de Carta Precatória, que é um meio pelo qual um órgão judiciário solicita

a outro que cumpra determinação de utilidade para um de seus processos.

Exemplo prático:

Júlio ajuizou reclamação trabalhista em face da sociedade empresária Bolinho Ltda.,

na Vara do Trabalho de Xanxerê (SC). A empresa, entendendo que a Vara do Tra-

balho competente seria, na verdade, a de Joaçaba (SC), opôs exceção de incom-

petência territorial, alegando que a Vara competente é a de Joaçaba. Nessa situa-

ção, se a empresa quiser ouvir testemunhas, estas poderão ser ouvidas na Vara do

Trabalho de Joaçaba, por meio de Carta Precatória enviada pela Vara de Xanxerê.

§ 4º Decidida a exceção de incompetência territorial, o processo retomará seu curso,


com a designação de audiência, a apresentação de defesa e a instrução processual
perante o juízo competente.

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Se a exceção for, finalmente, rejeitada, o processo seguirá na Vara do Trabalho

onde já estava (na qual a reclamação foi ajuizada). Por outro lado, se a exceção for

acolhida, o processo será remetido à Vara do Trabalho entendida como competente.

Na Vara competente, será designada nova audiência inicial ou una (a depender

do procedimento), para que em seguida seja dado todo o andamento normal (de-

fesa, instrução, julgamento etc.).

Abaixo, apresento mapa mental do novo procedimento da exceção de incom-

petência territorial:

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2.3. Prorrogação de Competência, Tipos de Competência e


Peculiaridades do Processo do Trabalho

Afinal, o  que devemos entender por “prorrogação de competência”? Tra-

ta-se de um fenômeno jurídico que consiste em tornar competente um órgão

judiciário que, a princípio, seria incompetente para apreciar uma causa.

Esse fenômeno parece ser muito favorável para a parte autora, não é mesmo?

Ela poderia, em tese, “escolher” o juiz da sua causa. Contudo, ele não ocorre em

qualquer hipótese.

Se a incompetência for relativa e ninguém a suscitar até o momento legalmente

adequado (5 dia após a notificação inicial), a competência será prorrogada, e o

juízo passará a ser definitiva e absolutamente competente para processar e julgar

a demanda. Trata-se do fenômeno da prorrogação de competência.

Ademais, a incompetência relativa não pode ser reconhecida de ofício pelo juiz.

Ele deverá permanecer inerte, pois a incompetência relativa (como a territorial)

somente pode ser suscitada pelas partes e pelo Ministério Público, e nunca pelo

juiz da causa. Afinal de contas, a incompetência relativa prejudica, teoricamente,

o interesse das partes, e não o interesse público.

O Ministério Público poderá alegar a incompetência sob quaisquer das condi-

ções em que atuar no processo: como parte ou como fiscal da lei (custos legis).

É competência só pode ser prorrogada se esta competência for de ordem rela-

tiva.

Afinal de contas, o que é uma competência relativa?

Para esclarecer melhor, apresento a diferenciação básica entre competência ab-

soluta e relativa:

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COMPETÊNCIA ABSOLUTA:

As competências absolutas são aquelas fixadas pelo legislador, ou pelo cons-

tituinte, com vistas a atender providências de ordem pública, como o melhor

funcionamento dos órgãos judiciários e o mais adequado tratamento da essência

do conflito.

As competências absolutas são fixadas de acordo com parâmetros que não

levam em conta as conveniências das partes: levam em conta somente razões

de interesse público (ordem pública), que não podem ser mitigadas/relativizadas

para atender às conveniências das partes.

A competência absoluta aquela que, por lei, não pode ser prorrogada, de modo

que poderá ser alegada em qualquer tempo e grau de jurisdição, e até mesmo de

ofício pelo juiz. Ademais, as partes do processo não podem desviar-se dessa

competência, mesmo que mediante convenção. Veja o que dizem determinados

artigos do CPC:

Art. 62. A competência determinada em razão da matéria, da pessoa ou da função é


inderrogável por convenção das partes.

O artigo acima apresenta o rol de competências absolutas:

• Competência Material (em razão da matéria). Exemplo: ações oriundas das

relações de trabalho.

• Competência Pessoal (em razão da pessoa). Exemplo: ações entre sindicatos.

• Competência Funcional (em razão do funcionamento/função). Exemplo: o

julgamento de mandado de segurança impetrado contra ato de juiz do tra-

balho compete originariamente ao TRT, e não pode ser impetrado perante

instância inferior.

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Portanto, não importa quanto tempo passe e em que fase/órgão o processo

se encontra: vícios relacionados à competência material, à pessoal e à funcional

podem ser alegados a qualquer momento, inclusive de ofício pelo Poder Judiciário

(sem que nenhuma parte requeira).

Art. 64, § 1º A incompetência absoluta pode ser alegada em qualquer tempo e grau
de jurisdição e deve ser declarada de ofício.

O artigo acima, por sua vez, evidencia o caráter marcante da competência ab-

soluta: matéria de ordem pública. Sempre que uma questão processual for de

ordem pública, ela poderá ser alegada em qualquer tempo (não preclui pela pas-

sagem dos prazos) e em qualquer grau de jurisdição (perante qualquer instância,

inclusive recursal) e deverá, ainda, ser declarada de ofício pelo juiz.

COMPETÊNCIA RELATIVA:

Art. 63. As partes podem modificar a competência em razão do valor e do território,


elegendo foro onde será proposta ação oriunda de direitos e obrigações.

Este artigo, por sua vez, introduz o rol de competências relativas. A compe-

tência em razão do valor não tem muita relevância par nós porque, na Justiça do

Trabalho, o valor da causa só pode mudar o procedimento da ação, e não o órgão

jurisdicional.

Portanto, lidaremos muito com a competência territorial (em razão do lu-

gar). Esta, por ser relativa, não pode ser alegada a qualquer tempo: deve ser

alegada até o momento indicado pela lei. No nosso caso, em até 5 dias após o re-

clamado receber a notificação.

Há autores que defendem que a exceção de incompetência territorial poderá ser

apresentada na primeira audiência, em razão do princípio da oralidade, seguindo,

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apenas, procedimento diverso daquele indicado no art. 800 da CLT, que estudamos.

Nesse sentido, posicionam-se Valdete Souto Severo e Jorge Luiz Souto Maior. Para

nossa prova, porém, precisamos conhecer somente o procedimento do art. 800

da CLT.

Portanto, se a incompetência territorial não for alegada no prazo dado pela lei,

e nada for consignado na ata da primeira audiência, a competência territorial ficará

prorrogada (confirmada/ratificada). Isso implica, em tese, uma concordância tácita

da parte reclamada em responder ao processo na Vara do Trabalho onde já está.

Exemplo prático:

Márcio ajuíza reclamação trabalhista contra a sociedade empresária WWW Produ-

ções. Márcio, embora tenha prestado serviços somente na cidade de Belém (PA),

ajuíza tal reclamação no foro de Macapá (AP). Após a notificação da reclamada,

nada é manifestado por esta, que permanece inerte, inclusive, na audiência inicial,

parecendo concordar com o trâmite do processo em Macapá (AP).

Nesse contexto, ocorreu prorrogação de competência, tornando-se competente

territorialmente o foro de Macapá (AP).

Exemplo negativo:

Bruno ajuíza ação de cobrança de créditos trabalhistas no Juízo Cível de Londrina

(PR), uma vez que prestou serviços nesta cidade. A reclamada nada fala sobre o

assunto, e inclusive reconhece a procedência do pedido de Bruno e paga as verbas

pleiteadas na petição inicial.

Nesse caso, a decisão transitada em julgado na Vara Cível de Londrina pode ser, até

mesmo, objeto de ação rescisória, pois o juízo é absolutamente incompetente e a

competência não se prorrogou.

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Na Justiça do Trabalho, são nulas, de pleno direito, as cláusulas de eleição de


foro estipuladas em contratos de trabalho empregatícios. A regra de competência
territorial é seguida de acordo com a lei: se o empregado prestou serviços somente
em Joinville (SC), é neste lugar que sua reclamação trabalhista deverá ser ajuizada.
Eventual propositura em foro diverso poderá ter êxito se a reclamada nada alegar.
Você deve destacar que a competência relativa é prorrogada em razão da não
oposição das partes quanto ao foro onde tramita a ação. A competência não ficará
prorrogada, em nenhuma hipótese, pelo fato de empregado e empregador inseri-
rem no contrato um foro de eleição, como Brasília (DF), por exemplo. Essa proi-
bição deve-se ao fato de o prejuízo do empregado ser manifesto, uma vez que os
contratos de trabalho são redigidos, via de regra, unilateralmente pelo empregador,
que poderá optar pelo foro que lhe seja mais conveniente, em detrimento do em-
pregado, pois é no foro da prestação dos serviços que se encontram as matérias
probatórias de que precisa (testemunhas, documentos etc.).

As competências relativas são fixadas pelo legislador de modo a tornar mais


fácil o acesso das partes à justiça, de uma maneira justa para todos os envolvidos.
As competências relativas pautam, puramente, o interesse das partes envol-
vidas. Portanto, as relativas podem ser, sim, relativizadas/mitigadas pelas
próprias partes, se elas preferirem dessa forma.
Conclusão:

DICA:
As competências absolutas NÃO podem ser modifica-
das por interesse das partes.
As competências relativas, por sua vez, PODEM ser
modificadas, se as partes assim preferirem.

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Professor, e quais são as espécies de competências relativas?

• COMPETÊNCIAS RELATIVAS (podem ser modificadas):

− Competência Territorial;

− Competência em razão do Valor.

 Obs.: A competência em razão do valor praticamente não é tratada na Justiça

do Trabalho, uma vez que, neste ramo do Judiciário, não existem Juiza-

dos Especiais. Logo, todas as ações trabalhistas, independentemente do

valor, são apreciadas pelos mesmos juízes, devendo o valor fazer diferença

somente no que tange ao procedimento adotado (ordinário, sumaríssimo ou

sumário).

3. Competência Funcional (Funcionamento)


Nos dizeres de Carlos Henrique Bezerra Leite, “a competência funcional (ou em

razão da função) é fixada em virtude de certas atribuições especiais confe-

ridas aos órgãos judiciais em determinados processos”. Mais à frente, você

verá que atribuições são essas.

A competência funcional pode ser vertical ou horizontal.

• VERTICAL: refere-se ao destino do processo dentro da hierarquia dos órgãos

judiciais. A competência recursal, por exemplo, é vertical: o recurso ordiná-

rio contra sentença de juiz do trabalho deve ser remitido ao TRT. Essa é uma

competência funcional. Se o recurso ordinário fosse direto para o TST, por

exemplo, haveria vício de competência funcional (incompetência absoluta).

• HORIZONTAL: refere-se à ordem dos atos praticados numa mesma instân-

cia. Exemplos clássicos são a execução, que deve ser promovida perante o

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mesmo juiz prolator da sentença, e a concessão de medidas liminares (tute-

las provisórias), que devem ser requeridas ao juiz competente para apreciar

o pedido final.

A competência funcional (funcionamento) no processo do trabalho é estudada

tendo-se em vista as Varas do Trabalho, os TRTs e o TST. Estudaremos as com-

petências funcionais de cada um deles a seguir.

 Obs.: Alerto, desde já, que o objetivo neste momento do curso é apenas apresen-

tar quais são as competências funcionais objetivamente atribuídas a cada

órgão da Justiça do Trabalho. Por isso, eventuais peculiaridades sobre as

competências (ex: mandado de segurança, ação rescisória, inquérito judi-

cial para apuração de falta grave, dissídio coletivo) serão elucidadas nas

aulas próprias de cada um desses assuntos.

3.1. Competências Funcionais das Varas do Trabalho

O conteúdo pertinente às competências funcionais das Varas, dos TRTs e do TST

é abordado em outra aula de nosso curso: a aula sobre a Organização e a Ju-

risdição da Justiça do Trabalho, que dá foco justamente aos aspectos internos

da competência. Os aspectos internos coincidem com as regras de competência

funcional. Foi por isso, inclusive, que o tratamento do conteúdo na referida aula

foi introduzido pela expressão “funcionamento” das Varas, dos TRTs e do TST.

De modo a tornar o material mais completo, e com o objetivo de otimizar seu estu-

do, apresentarei abaixo o conteúdo relativo à competência funcional, que coincide

com a teoria da aula sobre a Organização e a Jurisdição da Justiça do Trabalho.

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As competências funcionais das Varas do Trabalho são estabelecidas nos arti-

gos 652 e 653 da CLT:

Art. 652. Compete às Varas do Trabalho:


a) conciliar e julgar:
I – os dissídios em que se pretenda o reconhecimento da estabilidade de empregado;
II – os dissídios concernentes a remuneração, férias e indenizações por motivo de res-
cisão do contrato individual de trabalho;
III – os dissídios resultantes de contratos de empreitadas em que o empreiteiro seja
operário ou artífice;
IV – os demais dissídios concernentes ao contrato individual de trabalho;
V – as ações entre trabalhadores portuários e os operadores portuários ou o Órgão Ges-
tor de Mão de Obra - OGMO decorrentes da relação de trabalho;
b) processar e julgar os inquéritos para apuração de falta grave;
c) julgar os embargos [embargos à execução e embargos de declaração] opostos
às suas próprias decisões;
d) impor multas e demais penalidades relativas aos atos de sua competência;
e) Revogado.
f) decidir quanto à homologação de acordo extrajudicial em matéria de competên-
cia da Justiça do Trabalho.
Parágrafo único. Terão preferência para julgamento os dissídios sobre pagamento de
salário e aqueles que derivarem da falência do empregador, podendo o Presidente da
Junta [Vara], a pedido do interessado, constituir processo em separado, sempre que a
reclamação também versar sobre outros assuntos.
Art. 653. Compete, ainda, às Juntas de Conciliação e Julgamento [Varas do Trabalho]:
a) requisitar às autoridades competentes a realização das diligências necessá-
rias ao esclarecimento dos feitos sob sua apreciação, representando contra aquelas que
não atenderem a tais requisições;
b) realizar as diligências e praticar os atos processuais ordenados pelos Tribunais
Regionais do Trabalho ou pelo Tribunal Superior do Trabalho;
c) julgar as suspeições arguidas contra os seus membros;
d) julgar as exceções de incompetência que lhes forem opostas;
e) expedir [cartas] precatórias e cumprir as que lhes forem deprecadas;
f) exercer, em geral, no interesse da Justiça do Trabalho, quaisquer outras atribui-
ções que decorram da sua jurisdição.

Estes dois artigos abordam algumas hipóteses materiais de competência da

Justiça do Trabalho que são absorvidas pelo teor dos incisos do art. 114 da Consti-

tuição Federal, que são detalhadamente estudados na aula sobre as competências

constitucionais.

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Alguns itens desses artigos correspondem a funções horizontais e verticais.

• Como exemplos de função horizontal, temos as competências para sus-

peições e exceções de incompetência, julgar embargos à execução e embar-

gos de declaração e impor multas.

• Já como exemplo de função vertical temos a competência para cumprir

atos ordenados pelos Tribunais (art. 653, b).

O rol de competências das Varas do Trabalho, no texto da CLT, não gera maiores

problemas. A maior importância no que se refere às competências estabelecidas na

CLT está em evitar confusões entre competências originárias dos Tribunais (como

dissídio coletivo) e as competências originárias das Varas.

Imagino que você não tenha dificuldades para assimilar, por exemplo, que o jul-

gamento de ações que envolvam o Órgão Gestor de Mão de Obra (OGMO) seja de

competência do juiz do trabalho de primeiro grau. O mesmo raciocínio vale para

dissídios sobre contratos de empreitada e homologações de acordos extrajudiciais.

É por isso que a maior importância, para fins de memorização, está nas competên-

cias dos tribunais.

3.2. Competências Funcionais dos TRTs

As competências funcionais dos TRTs constituem um elemento muito objetivo

e dogmático do conteúdo, e estão previstas nos artigos 678, 679 e 680 da CLT,

transcritos abaixo:

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Há vários regimentos internos de tribunais que dividem as competências dos ór-

gãos internos de forma diferenciada, inclusive de maneira diversa da estabelecida

no texto da CLT.

Ao estudar as competências do texto literal da CLT, você precisa saber que esta ta-

refa é necessária, primordialmente, para acertar questões de concurso que cobrem

as normas literais da CLT sobre repartição de competências.

Na prática, portanto, tenha em mente que os regimentos internos dos tribunais

podem dispor de maneira diversa, embora haja correntes doutrinárias apontando

a falta de competência dos tribunais para tanto, uma vez que a legislação sobre

direito processual compete privativamente à União (art. 22, inciso I, CF/1988).

Art. 678. Aos Tribunais Regionais, quando divididos em Turmas, compete:


I – ao Tribunal Pleno, especialmente:
a) processar, conciliar e julgar originariamente os dissídios coletivos;
b) processar e julgar originariamente:
1) as revisões de sentenças normativas [dissídio coletivo de revisão];
2) a extensão das decisões proferidas em dissídios coletivos;
3) os mandados de segurança;
4) as impugnações à investidura de vogais e seus suplentes nas Juntas de Conciliação e
Julgamento [inaplicável atualmente];
c) processar e julgar em última instância:
1) os recursos das multas impostas pelas Turmas;
2) as ações rescisórias das decisões das Juntas de Conciliação e Julgamento [Varas do
Trabalho], dos juízes de direito investidos na jurisdição trabalhista, das Turmas e de
seus próprios acórdãos;
3) os conflitos de jurisdição entre as suas Turmas, os  juízes de direito investidos na
jurisdição trabalhista, as Juntas de Conciliação e Julgamento, ou entre aqueles e estas;
d) julgar em única ou última instâncias:
1) os processos e os recursos de natureza administrativa atinentes aos seus serviços
auxiliares e respectivos servidores;

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2) as reclamações contra atos administrativos de seu presidente ou de qualquer de seus


membros, assim como dos juízes de primeira instância e de seus funcionários.
II – às Turmas:
a) julgar os recursos ordinários previstos no art. 895, alínea a;
b) julgar os agravos de petição e de instrumento, estes de decisões denegatórias
de recursos de sua alçada;
c) impor multas e demais penalidades relativas e atos de sua competência jurisdicional,
e julgar os recursos interpostos das decisões das Juntas dos juízes de direito que as
impuserem.
Parágrafo único. Das decisões das Turmas não caberá recurso para o Tribunal Pleno,
exceto no caso do item I, alínea “c”, inciso 1, deste artigo.

DICA:
1) Quando a competência envolver dissídio coletivo,
ação rescisória, conflito de competência ou mandado
de segurança, a competência será do Tribunal Pleno
(de acordo com o texto da CLT).
2) Recursos ordinários, agravos de petição e agravos
de instrumento interpostos em face de sentenças de
primeiro grau são apreciadas pelas TURMAS.

Art. 679. Aos Tribunais Regionais não divididos em Turmas, compete o julgamento


das matérias a que se refere o artigo anterior, exceto a de que trata o inciso I da alínea
c do Item I, como os conflitos de jurisdição entre Turmas.

Como hoje em dia todos os TRTs se dividem em turmas, a regra do art. 679

torna-se obsoleta. Caso um TRT resolva dissolver todas as suas Turmas, todas as

matérias competirão ao plenário do tribunal. É algo que, hoje, soa irreal.

Art. 680. Compete, ainda, aos Tribunais Regionais, ou suas Turmas:


a) determinar às Juntas [Varas] e aos juízes de direito a realização dos atos proces-
suais e diligências necessárias ao julgamento dos feitos sob sua apreciação;
b) fiscalizar o cumprimento de suas próprias decisões;
c) declarar a nulidade dos atos praticados com infração de suas decisões;
d) julgar as suspeições arguidas contra seus membros;
e) julgar as exceções de incompetência que lhes forem opostas;

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f) requisitar às autoridades competentes as diligências necessárias ao esclarecimento


dos feitos sob apreciação, representando contra aquelas que não atenderem a tais re-
quisições;
g) exercer, em geral, no interesse da Justiça do Trabalho, as demais atribuições que
decorram de sua Jurisdição.

3.3. Competências Funcionais do TST

As competências funcionais do TST são mais complexas, tendo em vista a sub-

divisão interna dessa Corte Superior. Apresentarei as competências funcionais do

Tribunal Pleno, do Órgão Especial, da Seção de Dissídios Coletivos, da Seção de

Dissídios Individuais e das Turmas, que são estruturadas não na CLT, mas no Re-

gimento Interno do TST.

 Obs.: Tendo em vista que as provas de direito processual do trabalho não chegam

ao ponto de cobrar as competências expressas no Regimento Interno do

TST – a menos que ele seja mencionado no edital –, não as abordaremos de

forma sistematizada. Para fins de maior completude do material, apresen-

tarei as regras literais de competência dos órgãos internos do TST, para seu

conhecimento.

3.3.1. Tribunal Pleno

Art. 75. Compete ao Tribunal Pleno:


I – eleger, por escrutínio secreto, o Presidente e o Vice-Presidente do Tribunal Superior do
Trabalho, o Corregedor-Geral da Justiça do Trabalho, os 7 (sete) Ministros para integrar o
Órgão Especial, o Diretor, o Vice-Diretor e os membros do Conselho Consultivo da Escola
Nacional de Formação e Aperfeiçoamento de Magistrados do Trabalho (ENAMAT), o diretor
e os membros do Centro de Formação e Aperfeiçoamento de Assessores e Servidores do
Tribunal Superior do Trabalho (CEFAST); os Ministros membros do Conselho Superior da
Justiça do Trabalho (CSJT) e respectivos suplentes, os membros do Conselho Nacional de
Justiça (CNJ) e o Ministro Ouvidor e seu substituto;
II – dar posse aos membros eleitos para os cargos de direção do Tribunal Superior do
Trabalho, aos Ministros nomeados para o Tribunal, aos membros da direção e do Conselho

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Consultivo da Escola Nacional de Formação e Aperfeiçoamento de Magistrados do Traba-


lho (ENAMAT) e do Centro de Formação e Aperfeiçoamento de Assessores e Servidores
do Tribunal Superior do Trabalho (CEFAST);
III – escolher os integrantes das listas para provimento das vagas de Ministro do Tribu-
nal;
IV – deliberar sobre prorrogação do prazo para a posse no cargo de Ministro do Tribunal
Superior do Trabalho e o início do exercício;
V – determinar a disponibilidade ou a aposentadoria de Ministro do Tribunal;
VI – opinar sobre propostas de alterações da legislação trabalhista, inclusive processual,
quando entender que deve manifestar-se oficialmente;
VII – estabelecer ou alterar súmulas e outros enunciados de jurisprudência uniforme,
pelo voto de pelo menos 2/3 (dois terços) de seus membros, caso a mesma matéria já
tenha sido decidida de forma idêntica por unanimidade em, no mínimo, 2/3 (dois terços)
das turmas, em pelo menos 10 (dez) sessões diferentes em cada uma delas, podendo,
ainda, por maioria de 2/3 (dois terços) de seus membros, restringir os efeitos daquela
declaração ou decidir que ela só tenha eficácia a partir de sua publicação no Diário Oficial;
VIII – julgar os incidentes de assunção de competência e os incidentes de recursos re-
petitivos, afetados ao órgão;
IX – decidir sobre a declaração de inconstitucionalidade de lei ou ato normativo do Poder
Público, quando aprovada a arguição pelas Seções Especializadas ou Turmas;
X – aprovar e emendar o Regimento Interno do Tribunal Superior do Trabalho;
XI – processar e julgar as reclamações destinadas à preservação de sua competência e
à garantia da autoridade de suas decisões e à observância obrigatória de tese jurídica
firmada em decisão com eficácia de precedente judicial de cumprimento obrigatório, por
ele proferida.

3.3.2. Órgão Especial

Art. 76. Compete ao Órgão Especial:


I – em matéria judiciária:
a) processar e julgar as reclamações destinadas à preservação de sua competência,
à garantia da autoridade de suas decisões e à observância obrigatória de tese jurídica
firmada em decisão com eficácia de precedente judicial de cumprimento obrigatório, por
ele proferida;
b) julgar mandado de segurança impetrado contra atos do Presidente ou de qualquer
Ministro do Tribunal, ressalvada a competência das Seções Especializadas;
c) julgar os recursos interpostos contra decisões dos Tribunais Regionais do Trabalho em
mandado de segurança de interesse de magistrados e servidores da Justiça do Trabalho;
d) julgar os recursos interpostos contra decisão em matéria de concurso para a Magis-
tratura do Trabalho;

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e) julgar os recursos ordinários em agravos internos interpostos contra decisões proferi-


das em reclamações correicionais ou em pedidos de providências que envolvam impug-
nação de cálculos de precatórios;
f) julgar os recursos ordinários interpostos contra decisões proferidas em mandado de
segurança impetrado contra ato do Presidente de Tribunal Regional em precatório;
g) julgar os recursos ordinários interpostos contra decisões proferidas em reclamações
quando a competência para julgamento do recurso do processo principal for a ele atri-
buída;
h) julgar os agravos internos interpostos contra decisões proferidas pelo Corregedor-
-Geral da Justiça do Trabalho;
i) julgar os agravos internos interpostos contra decisões que denegam seguimento a
recurso extraordinário por ausência de repercussão geral da questão constitucional de-
batida;
j) deliberar sobre as demais matérias jurisdicionais não incluídas na competência dos
outros órgãos do Tribunal.
II – em matéria administrativa:
a) proceder à abertura e ao encerramento do semestre judiciário;
b) eleger os membros do Conselho da Ordem do Mérito Judiciário do Trabalho e os das
Comissões previstas neste Regimento, com observância, neste último caso, do disposto
nos §§ 1º e 3º de seu art. 53;
c) aprovar e emendar o Regulamento Geral da Secretaria do Tribunal Superior do Tra-
balho, o Regimento da Corregedoria-Geral da Justiça do Trabalho, o Regulamento da
Ordem do Mérito Judiciário do Trabalho, os Estatutos da Escola Nacional de Formação
e Aperfeiçoamento de Magistrados do Trabalho (ENAMAT) e do Centro de Formação
e Aperfeiçoamento de Assessores e Servidores do Tribunal Superior do Trabalho (CE-
FAST), e o Regimento Interno do Conselho Superior da Justiça do Trabalho (CSJT);
d) propor ao Poder Legislativo, após a deliberação do Conselho Superior da Justiça do
Trabalho (CSJT), a criação, extinção ou modificação de Tribunais Regionais do Trabalho
e Varas do Trabalho, assim como a alteração de jurisdição e de sede destes;
e) propor ao Poder Legislativo a criação, a extinção e a transformação de cargos e fun-
ções públicas e a fixação dos respectivos vencimentos ou gratificações;
f) escolher, mediante escrutínio secreto e pelo voto da maioria absoluta dos seus mem-
bros, Desembargador de Tribunal Regional do Trabalho para substituir temporariamente
Ministro do Tribunal Superior do Trabalho;
g) aprovar a lista dos admitidos na Ordem do Mérito Judiciário do
Trabalho;
h) aprovar a lotação das funções comissionadas do Quadro de Pessoal do Tribunal;
i) conceder licença, férias e outros afastamentos aos membros do Tribunal;
j) fixar e rever as diárias e as ajudas de custo do Presidente, dos Ministros e servidores
do Tribunal;
l) designar as comissões temporárias para exame e elaboração de estudo sobre matéria
relevante, respeitada a competência das comissões permanentes;

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m) aprovar as instruções de concurso para provimento dos cargos de Juiz do Trabalho


Substituto;
n) aprovar as instruções dos concursos para provimento dos cargos do Quadro de Pes-
soal do Tribunal e homologar seu resultado final;
o) julgar os recursos de decisões ou atos do Presidente do Tribunal em matéria admi-
nistrativa;
p) julgar os recursos interpostos contra decisões dos Tribunais Regionais do Trabalho em
processo administrativo disciplinar envolvendo Magistrado, estritamente para controle
da legalidade;
q) examinar as matérias encaminhadas pelo Conselho Superior da Justiça do Trabalho
(CSJT);
r) aprovar a proposta orçamentária da Justiça do Trabalho;
s) julgar os recursos ordinários interpostos contra agravos internos em que tenha sido
apreciada decisão de Presidente de Tribunal Regional em precatório;
t) deliberar sobre as questões relevantes e atos normativos a que alude o art. 41,
XXXIII e parágrafo único, deste Regimento.

3.3.3. Seção de Dissídios Coletivos (SDC)

Art. 77. À Seção Especializada em Dissídios Coletivos compete:


I – originariamente:
a) julgar os dissídios coletivos de natureza econômica e jurídica, de sua competência, ou
rever suas próprias sentenças normativas, nos casos previstos em lei;
b) homologar as conciliações firmadas nos dissídios coletivos;
c) julgar as ações anulatórias de acordos e convenções coletivas;
d) julgar as ações rescisórias propostas contra suas sentenças normativas;
e) julgar os agravos internos contra decisões não definitivas, proferidas pelo Presidente
do Tribunal, ou por qualquer dos Ministros integrantes da Seção Especializada em Dis-
sídios Coletivos;
f) julgar os conflitos de competência entre Tribunais Regionais do Trabalho em proces-
sos de dissídio coletivo;
g) processar e julgar as tutelas provisórias antecedentes ou incidentes nos processos
de dissídio coletivo;
h) processar e julgar as ações em matéria de greve, quando o conflito exceder a juris-
dição de Tribunal Regional do Trabalho;
i) processar e julgar as reclamações destinadas à preservação de sua competência e à
garantia da autoridade de suas decisões.
II – em última instância, julgar:
a) os recursos ordinários interpostos contra as decisões proferidas pelos Tribunais Re-
gionais do Trabalho em dissídios coletivos de natureza econômica ou jurídica;

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b) os recursos ordinários interpostos contra decisões proferidas pelos Tribunais Regio-


nais do Trabalho em ações rescisórias, reclamações e mandados de segurança perti-
nentes a dissídios coletivos e em ações anulatórias de acordos e convenções coletivas;
c) os embargos infringentes interpostos contra decisão não unânime proferida em pro-
cesso de dissídio coletivo de sua competência originária, salvo se a decisão embargada
estiver em consonância com precedente normativo do Tribunal Superior do
Trabalho ou com súmula de sua jurisprudência predominante;
d) os agravos de instrumento interpostos contra decisão denegatória de recurso ordiná-
rio nos processos de sua competência.

3.3.4. Seção de Dissídios Individuais (SDI)

Art. 78. À Seção Especializada em Dissídios Individuais, em composição plena ou


dividida em duas Subseções, compete:
I – em composição plena:
a) julgar, em caráter de urgência e com preferência na pauta, os processos nos quais
tenha sido estabelecida, na votação, divergência entre as Subseções I e II da Seção
Especializada em Dissídios Individuais, quanto à aplicação de dispositivo de lei federal
ou da Constituição da República;
b) processar e julgar as reclamações destinadas à preservação de sua competência,
à garantia da autoridade de suas decisões e à observância obrigatória de tese jurídica
firmada em decisão com eficácia de precedente judicial de cumprimento obrigatório, por
ela proferida.
II – à Subseção I:
a) julgar os embargos interpostos contra decisões divergentes das Turmas, ou destas
que divirjam de decisão da Seção de Dissídios Individuais, de súmula ou de orientação
jurisprudencial;
b) processar e julgar as reclamações destinadas à preservação de sua competência,
à garantia da autoridade de suas decisões e à observância obrigatória de tese jurídica
firmada em decisão com eficácia de precedente judicial de cumprimento obrigatório, por
ela proferida;
c) julgar os agravos internos interpostos contra decisão monocrática exarada em pro-
cessos de sua competência ou decorrentes do juízo de admissibilidade da Presidência
de Turmas do Tribunal;
d) processar e julgar os incidentes de recursos repetitivos que lhe forem afetados;
III – à Subseção II:
a) originariamente:
I – julgar as ações rescisórias propostas contra suas decisões, as da Subseção I e as
das Turmas do Tribunal;

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II – julgar os mandados de segurança contra os atos praticados pelo Presidente do Tri-
bunal, ou por qualquer dos Ministros integrantes da Seção Especializada em Dissídios
Individuais, nos processos de sua competência;
III – julgar os pedidos de concessão de tutelas provisórias e demais medidas de urgên-
cia;
IV – julgar os habeas corpus;
V – processar e julgar os Incidentes de Resolução de Demandas Repetitivas suscitados
nos processos de sua competência originária;
VI – processar e julgar as reclamações destinadas à preservação de sua competência,
à garantia da autoridade de suas decisões e à observância obrigatória de tese jurídica
firmada em decisão com eficácia de precedente judicial de cumprimento obrigatório, por
ela proferida.
b) em única instância:
I – julgar os agravos internos interpostos contra decisão monocrática exarada em pro-
cessos de sua competência;
II  – julgar os conflitos de competência entre Tribunais Regionais e os que envolvam
Desembargadores dos Tribunais de Justiça, quando investidos da jurisdição trabalhista,
e Juízes do Trabalho em processos de dissídios individuais.
c) em última instância:
I – julgar os recursos ordinários interpostos contra decisões dos
Tribunais Regionais em processos de dissídio individual de sua competência originária;
II – julgar os agravos de instrumento interpostos contra decisão denegatória de recurso
ordinário em processos de sua competência.

3.3.5. Turmas

Art. 79. Compete a cada uma das Turmas julgar:


I – as reclamações destinadas à preservação da sua competência e à garantia da auto-
ridade de suas decisões;
II – os recursos de revista interpostos contra decisão dos Tribunais
Regionais do Trabalho, nos casos previstos em lei;
III – os agravos de instrumento das decisões de Presidente de Tribunal Regional que
denegarem seguimento a recurso de revista;
IV – os agravos internos interpostos contra decisão monocrática exarada em processos
de sua competência;
V – os recursos ordinários em tutelas provisórias e as reclamações, quando a competên-
cia para julgamento do recurso do processo principal for atribuída à Turma, bem como a
tutela provisória requerida em procedimento antecedente de que trata o art. 114 deste
Regimento.

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Competência da Justiça do Trabalho
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4. Súmulas e OJs sobre o Conteúdo


Súmula n. 189 do TST
A Justiça do Trabalho é competente para declarar a abusividade, ou não, da
greve.
Súmula n. 420 do TST
Não se configura conflito de competência entre Tribunal Regional do Traba-
lho e Vara do Trabalho a ele vinculada.
Súmula n. 392 do TST
Nos termos do art. 114, inc. VI, da Constituição da República, a Justiça do
Trabalho é competente para processar e julgar ações de indenização por dano
moral e material, decorrentes da relação de trabalho, inclusive as oriundas de
acidente de trabalho e doenças a ele equiparadas, ainda que propostas pelos
dependentes ou sucessores do trabalhador falecido.
Súmula n. 389 do TST
I – Inscreve-se na competência material da Justiça do Trabalho a lide entre
empregado e empregador tendo por objeto indenização pelo não-fornecimento
das guias do seguro-desemprego.
II – O não fornecimento pelo empregador da guia necessária para o recebi-
mento do seguro-desemprego dá origem ao direito à indenização.
Súmula n. 300 do TST
Compete à Justiça do Trabalho processar e julgar ações ajuizadas por empre-
gados em face de empregadores relativas ao cadastramento no Programa de
Integração Social (PIS).
Súmula n. 363 do STJ
Compete à Justiça Estadual processar e julgar a ação de cobrança ajuizada por
profissional liberal contra cliente.
Súmula n. 736 do STF
Compete à Justiça do Trabalho julgar as ações que tenham como causa de
pedir o descumprimento de normas trabalhistas relativas à segurança, higiene
e saúde dos trabalhadores.

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Súmula Vinculante n. 22 do STF


A Justiça do Trabalho é competente para processar e julgar as ações de inde-
nização por danos morais e patrimoniais decorrentes de acidente de trabalho
propostas por empregado contra empregador, inclusive aquelas que ainda não
possuíam sentença de mérito em primeiro grau quando da promulgação da
Emenda Constitucional n. 45/2004.
OJ 26 (SDI-I)
A Justiça do Trabalho é competente para apreciar pedido de complementa-
ção de pensão postulada por viúva de ex-empregado, por se tratar de pedido
que deriva do contrato de trabalho.
OJ 138 (SDI-I)
Compete à Justiça do Trabalho julgar pedidos de direitos e vantagens previs-
tos na legislação trabalhista referente a período anterior à Lei n. 8.112/1990,
mesmo que a ação tenha sido ajuizada após a edição da referida lei. A super-
veniência de regime estatutário em substituição ao celetista, mesmo após a
sentença, limita a execução ao período celetista.
OJ 149 (SDI-II)
Não cabe declaração de ofício de incompetência territorial no caso do
uso, pelo trabalhador, da faculdade prevista no art. 651, § 3º, da CLT. Nessa
hipótese, resolve-se o conflito pelo reconhecimento da competência do juízo
do local onde a ação foi proposta.

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QUESTÕES DE CONCURSO
Questão 1    (FGV/OAB/2014) Pedro, estivador, logo trabalhador avulso, está in-

satisfeito com os repasses que lhe são feitos pelos trabalhos no Porto de Tubarão.

Pretende ajuizar ação em face do operador portuário e do Órgão Gestor de Mão

de Obra – OGMO. Como advogado de Pedro, indique a Justiça competente para o

processamento e julgamento da demanda a ser proposta.

a) Justiça Comum Federal, dado que o avulso não tem vínculo de emprego com os

réus e a matéria portuária é de âmbito nacional.

b) Justiça do Trabalho.

c) Justiça Comum Estadual, pela ausência de relação empregatícia, sendo o avulso

uma espécie de trabalhador autônomo.

d) Poderá optar pela Justiça Comum Estadual ou Justiça do Trabalho, caso pretenda

o reconhecimento de vínculo de emprego.

Questão 2    (CESPE/OAB/2008) Alfredo, empregado da Empresa Mala Direta S.A.,

ao perceber que a empresa não havia providenciado o seu cadastro no PIS, pro-

curou a diretoria da empresa para sanar a omissão, obtendo como resposta que a

empresa não tomaria qualquer providência a esse respeito.

Nessa situação, caso Alfredo venha a demandar contra a empresa, objetivando o

cadastramento no PIS, ele deve mover a ação perante

a) a justiça federal.

b) a justiça comum estadual.

c) o STJ.

d) a justiça do trabalho.

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Questão 3    (CESPE/OAB/2008) Assinale a opção correta, considerando que, em

determinado processo, tenha sido sugerido haver conflito de competência funcional

entre o TRT e uma vara do trabalho a ele vinculada.

a) Não se configura conflito de competência entre TRT e vara do trabalho a ele

vinculada.

b) O TRT deverá julgar o conflito.

c) O TST deverá julgar o conflito.

d) O STF deverá julgar o conflito.

Questão 4    (CESPE/OAB/2008) Suponha-se que um empregado tenha sido de-

mitido sem justa causa da empresa para que trabalhava e que esta não lhe tenha

fornecido as guias do seguro desemprego. Nessa situação, caso o empregado te-

nha interesse em mover algum tipo de ação contra a empresa para obter indeni-

zação pelo não-fornecimento das guias do seguro-desemprego, ele deve ingressar

com ação

a) em vara cível da justiça comum estadual.

b) na justiça do trabalho.

c) na justiça federal.

d) em juizado especial cível da justiça comum estadual.

Questão 5    (FGV/OAB/2016) Hudson ajuizou ação na Justiça do Trabalho na qual

postula exclusivamente diferenças na complementação de sua aposentadoria. Hud-

son explica que, durante 35 anos, foi empregado de uma empresa estatal e con-

tribuiu para o ente de previdência privada fechada, da qual a ex-empregadora é

instituidora e patrocinadora. Ocorre que, ao longo do tempo, os empregados da

ativa tiveram reajustes salariais que não foram observados na complementação da

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aposentadoria de Hudson, gerando diferenças, que agora o autor cobra tanto da

ex-empregadora quanto do ente de previdência privada.

Considerando o caso e de acordo com a CLT, assinale a afirmativa correta.

a) O processo deverá ser remetido pelo Juiz do Trabalho para a justiça estadual.

b) A reclamação trabalhista deverá ser extinta sem resolução do mérito por falta

de competência.

c) A ação trabalhista deverá ter curso normal, com citação e designação de audi-

ência para produção de provas.

d) O destino do feito dependerá dos termos da contestação, pois pode haver pror-

rogação de competência.

Questão 6    (CESPE/OAB/2008) Um conflito de competência existente entre um

juiz do trabalho e um juiz federal deve ser julgado

a) pelo Tribunal Superior do Trabalho (TST).

b) por um tribunal regional federal.

c) pelo STJ.

d) pelo STF.

Questão 7    (FGV/OAB/2012) Se for instalado conflito de competência positivo en-

tre dois juízes do Trabalho do Estado de Pernambuco, qual será o órgão competente

para julgá-lo?

a) O TST.

b) O STJ.

c) O TRT de Pernambuco.

d) O STF.

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Questão 8    (CESPE/OAB/2007) Nas localidades não abrangidas por jurisdição de

vara do trabalho, as demandas trabalhistas serão julgadas pelo juiz de direito. Re-

curso interposto contra decisão de juiz de direito em matéria trabalhista deve ser

julgado pelo

a) tribunal de justiça do estado.

b) tribunal regional federal da região a que estiver submetida a jurisdição do es-

tado.

c) STJ.

d) respectivo tribunal regional do trabalho.

Questão 9    (CESPE/OAB/2007) Ana foi contratada na condição de empregada do-

méstica por membro de representação de um Estado estrangeiro. Sua carteira de

trabalho e previdência social foi assinada pela pessoa física do membro da repre-

sentação do referido Estado.

Considerando essa situação hipotética e considerando, ainda, que haja litígio tra-

balhista entre Ana e o referido membro da representação do Estado estrangeiro,

assinale a opção correta.

a) A justiça do trabalho não poderá julgar a demanda, pois os Estados estrangeiros

e seus membros gozam de imunidade diplomática prevista na Convenção de Viena.

b) Ana somente poderá buscar seus direitos perante corte judicial do país do mem-

bro da representação de Estado estrangeiro.

c) Ana deverá encaminhar sua reclamação ao Ministério das Relações Exteriores,

que é competente para lidar com as relações diplomáticas entre o Brasil e Estados

estrangeiros.

d) A justiça do trabalho poderá julgar a demanda.

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Questão 10    (CESPE/OAB/2007) Antônio foi contratado, mediante concurso públi-

co e sob o regime da Consolidações da Leis do Trabalho (CLT), para trabalhar em

uma empresa pública estadual. Nessa situação, considerando a existência de litígio

a respeito de verbas rescisórias a serem pagas a Antônio, será competente para

julgar a demanda a

a) justiça comum.

b) justiça federal.

c) justiça do trabalho.

d) justiça eleitoral.

Questão 11    (FGV/OAB/2011) Com relação à competência material da Justiça do

Trabalho, é correto afirmar que

a) não compete à Justiça do Trabalho, mas à Justiça Federal, o julgamento de ação

anulatória de auto de infração lavrado por auditor fiscal do trabalho.

b) é da competência da Justiça do Trabalho o julgamento das ações ajuizadas em

face da Previdência Social que versem sobre litígios ou medidas cautelares relativos

a acidentes do trabalho.

c) de acordo com o entendimento do Superior Tribunal de Justiça, é da compe-

tência da Justiça do Trabalho processar e julgar a ação de cobrança ajuizada por

profissional liberal contra cliente.

d) a Justiça do Trabalho é competente para julgar ação ajuizada por sindicato de

categoria profissional em face de determinada empresa para que esta seja con-

denada a repassar-lhe as contribuições assistenciais descontadas dos salários dos

empregados sindicalizados.

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Questão 12    (FCC/TRT-6ª REGIÃO/ANALISTA JUDICIÁRIO/2018) Em relação à

competência material da Justiça do Trabalho, esta

a) é competente para processar e julgar ações de indenização por dano moral e

material, decorrentes da relação de trabalho, inclusive as oriundas de acidente de

trabalho e doenças a ele equiparadas, mas não para as propostas pelos dependen-

tes ou sucessores do trabalhador falecido.

b) não é competente para a execução, de ofício, da contribuição referente ao Se-

guro de Acidente de Trabalho (SAT), que tem natureza de contribuição para a se-

guridade social, ainda que se destine ao financiamento de benefícios relativos à

incapacidade do empregado decorrente de infortúnio no trabalho.

c) é competente para processar e julgar ação possessória ajuizada em decorrência

do exercício do direito de greve pelos trabalhadores da iniciativa privada.

d) não é competente para processar e julgar ações ajuizadas por empregados em

face de empregadores relativas ao cadastramento no Programa de Integração So-

cial (PIS).

e) não é competente para determinar o recolhimento das contribuições fiscais.

Questão 13    (CESPE/OAB-SP/2008) Quanto à competência, é correto afirmar que

a justiça do trabalho é competente para julgar

a) as ações de indenização por dano moral ou patrimonial, decorrentes ou não de

relação de trabalho.

b) os crimes contra a organização do trabalho e, nos casos determinados por lei,

contra o sistema financeiro e a ordem econômico-financeira.

c) as causas em que forem parte a instituição de previdência social e segurado.

d) as ações oriundas da relação de trabalho, abrangidos os entes de direito público

externo e da administração pública direta e indireta.

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Questão 14    (CESPE/OAB/2010) Um sindicato representante de empregados cele-

tistas procedeu aos atos iniciais para realização do processo de eleição da diretoria,

tendo sido escolhida, em assembleia, a comissão eleitoral, designada a data para

a realização das eleições e definido o período de registro das chapas concorrentes.

Após o registro e concedidos os prazos para a regularização de documentações,

três chapas se apresentaram para concorrer ao pleito, contudo, a comissão eleito-

ral deferiu o registro de apenas duas delas. Nessa situação hipotética, caso exista

o interesse de representantes da chapa cujo registro foi indeferido pela comissão

eleitoral em ingressar com ação judicial para a obtenção do direito de participação

no pleito eleitoral, eles devem ingressar com a competente ação na justiça

a) comum estadual.

b) do trabalho.

c) comum federal.

d) eleitoral.

Questão 15    (CESPE/OAB/2010) Na hipótese de um empregado desejar mover

ação de reparação de perdas e danos causados pelo cálculo incorreto do benefício

previdenciário por omissão ou equívoco do empregador, o processamento e o jul-

gamento da demanda competirão

a) à justiça do trabalho.

b) à justiça federal.

c) à justiça comum estadual.

d) ao Ministério da Previdência Social.

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Questão 16    (FGV/PREFEITURA DE SALVADOR-BA/TÉCNICO DE NÍVEL SUPE-

RIOR II DIREITO/2017) As situações listadas a seguir são da competência da Jus-

tiça do Trabalho, à exceção de uma. Assinale-a.

a) Ação envolvendo interdito proibitório manejado no bojo de uma greve deflagra-

da em uma empresa privada.

b) Execução da parcela denominada RAT, que é inserida na cota previdenciária.

c) Ação na qual um empregado postula do empregador indenização por dano esté-

tico oriundo de acidente do trabalho ocorrido em 2016.

d) Reclamação de servidor público relativa a vantagens trabalhistas anteriores à

instituição do regime jurídico único.

e) Ação na qual um arquiteto, que é profissional liberal, cobra honorários tratados

e não pagos por seu cliente.

Questão 17    (FGV/TRT-12ª REGIÃO/ANALISTA JUDICIÁRIO/2017) Das situações

abaixo listadas, NÃO é da competência da Justiça do Trabalho:

a) declarar abusividade de uma greve deflagrada na iniciativa privada;

b) julgar ação de cobrança ajuizada por profissional liberal contra cliente;

c) executar a parcela denominada RAT (risco ambiental do trabalho);

d) julgar ação de indenização por dano moral oriunda de acidente do trabalho;

e) julgar execução fiscal de multa aplicada por auditor fiscal do trabalho.

Questão 18    (FGV/TRT-12ª REGIÃO/TÉCNICO JUDICIÁRIO ÁREA ADMINISTRA-

TIVA/2017) Carolina foi contratada em Florianópolis pela empresa Empreendimen-

tos S.A., que promove suas atividades em diversas cidades do território nacional,

organizando eventos corporativos. Depois de três anos de prestação de serviços,

Carolina foi dispensada sem pagamento de suas verbas resilitórias.

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Diante dessa situação hipotética, é  correto afirmar, à  luz da legislação trabalhis-

ta, que:

a) a demanda trabalhista deve ser proposta apenas em Florianópolis, local da con-

tratação;

b) a lei preconiza que Carolina pode ajuizar ação trabalhista no local que lhe for

mais conveniente para dar-lhe acesso à justiça;

c) a reclamação trabalhista deverá ser dividida em tantos quantos forem os locais

da prestação de serviços, e cada qual terá a sua fração de competência temporal;

d) a ação trabalhista pode ser ajuizada no foro da celebração do contrato ou no da

prestação dos respectivos serviços;

e) Carolina precisa ajuizar ação na localidade em que, majoritariamente, tenha

prestado o seu serviço.

Questão 19    (FGV/CODEBA/ANALISTA PORTUÁRIO ADVOGADO/2016) Renato

Pontes Antunez ajuizou reclamação trabalhista contra seu ex-empregador e um

ente de previdência privada. Afirma que teve 1 ano de contrato de emprego sem

a CTPS assinada, daí porque almeja a condenação da empresa ao recolhimento

do INSS deste período, que será útil para um futuro pedido de revisão do valor da

aposentadoria atualmente recebida.

Além disso, requer o pagamento de diferença no valor da complementação de apo-

sentadoria, pois nas convenções coletivas dos últimos anos diversos direitos de na-

tureza salarial foram deferidos aos empregados da ativa, mas não estendidos aos

inativos, o que gerou uma complementação de aposentadoria menor do que aquela

que genuinamente deveria ser paga.

Renato explica que o ente de previdência privada foi instituído e é patrocinado, em

parte, pelo ex-empregador, e somente os empregados da empresa podem a ela

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aderir, tratando-se de ente de previdência fechada que garante a quitação da dife-

rença como se na ativa eles estivessem.

Acerca da competência material, com base na CLT e no entendimento do STF e TST,


assinale a afirmativa correta.
a) A Justiça do Trabalho é competente para apreciar ambos os pedidos – recolhi-
mento de INSS e diferença na complementação de aposentadoria
b) Não há competência material da Justiça do Trabalho para apreciar nenhum dos
pedidos formulados.
c) A Justiça do Trabalho tem competência para apreciar o pedido de recolhimento
de INSS, mas não o de diferença na complementação de aposentadoria.
d) Se o juiz entender pela incompetência em relação a ambos os pedidos formula-
dos, deverá extinguir o feito sem resolução do mérito.
e) A Justiça do Trabalho tem competência para apreciar o pedido de diferença na
complementação de aposentadoria, mas não o de recolhimento de INSS.

Questão 20    (FCC/TRT-15ª REGIÃO/ANALISTA JUDICIÁRIO/2018) A arguição de


incompetência territorial no processo do trabalho se dará por meio da apresentação
de exceção de incompetência, que tem regras definidas em lei, entre as quais,
a) apresentada a exceção, os autos serão imediatamente conclusos ao juiz, que in-
timará o reclamante e, se existentes, os litisconsortes, para manifestação no prazo
comum de 5 dias.
b) entendendo necessária produção de prova oral, o juízo ouvirá as testemunhas
do excipiente na própria audiência, julgando a exceção em seguida.
c) sua apresentação será feita no prazo de 10 dias a contar da notificação, antes
da audiência e em peça que sinalize a existência desta exceção.
d) sua apresentação deve ocorrer juntamente com a contestação, em peça aparta-
da, devendo ser analisada e decidida pelo juiz de plano, em audiência.

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e) protocolada a petição, o processo será interrompido e não se realizará a audiên-


cia até que se decida a exceção.

Questão 21    (FCC/TRT-15ª REGIÃO/ANALISTA JUDICIÁRIO ÁREA ADMINISTRA-

TIVA/2018) Em uma situação hipotética, Júlio Santos, residente e domiciliado na

cidade de Bauru/SP, foi contratado pela empresa Mach Tech Ltda., com sede na

cidade de São Paulo, para trabalhar como vendedor viajante, nas cidades de Botu-

catu/SP, São Manuel/SP, Lençóis Paulista/SP e Agudos/SP. Júlio estava subordinado

à filial da empresa Mach Tech Ltda., localizada na cidade de Campinas/SP, reportan-

do-se ao Gerente de Vendas, por meio de relatórios de atividades. Em fevereiro de

2018, Júlio Santos foi dispensado sem justa causa, sem que, no entanto, fossem

quitadas as verbas rescisórias a que tinha direito, razão pela qual pretende ajuizar

reclamação trabalhista em face da empresa Mach Tech Ltda.

A reclamação trabalhista deverá ser ajuizada na cidade de

a) Bauru/SP, porque é a localidade onde Júlio reside.

b) São Paulo/SP, porque é onde está localizada a sede da empresa.

c) Campinas/SP, porque Júlio está subordinado à filial ali localizada.

d) Botucatu/SP, São Manuel/SP, Lençóis Paulista/SP ou Agudos/SP, porque Júlio

prestou serviços em todas estas localidades.

e) Bauru/SP, São Paulo/SP, Botucatu/SP, São Manuel/SP, Lençóis Paulista/SP, Agu-

dos/SP ou Campinas/SP, uma vez que compete ao empregado decidir qual locali-

dade melhor lhe convém.

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Questão 22    (CS-UFG/DEMAE-GO/PROCURADOR AUTÁRQUICO/2017) A Emen-

da Constitucional n. 45/2004 alterou o artigo 114 da Constituição Federal de 1988,

atribuindo a competência material à Justiça do Trabalho para processar e julgar as

lides decorrentes da relação de trabalho. Dessa forma, a Justiça do Trabalho tem

competência material para processar e julgar

a) as ações oriundas da relação de trabalho, porém não abrangidos os entes de

direito público externo em razão da imunidade desses entes, e da administração

pública direta e indireta da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios.

b) os conflitos de competência entre órgãos com jurisdição trabalhista e previ-

denciária, inclusive entre Tribunal Regional do Trabalho e Vara do Trabalho a ele

vinculada.

c) as ações de indenização por dano moral ou patrimonial, decorrentes da relação

empresarial.

d) as ações sobre representação sindical entre sindicatos, entre sindicatos e traba-

lhadores, e entre sindicatos e empregadores.

Questão 23    (CS-UFG/DEMAE-GO/PROCURADOR AUTÁRQUICO/2017) Leia o

caso a seguir.

R. S., nascido em Salvador – BA e residente em Caldas Novas – GO, celebrou na

cidade de Itumbiara – GO um contrato de trabalho com a empresa Lua Cheia, com

sede no município de São Luiz dos Montes Belos – GO, para trabalhar na cidade de

Porangatu – GO.

A Consolidação das Leis do Trabalho estabelece regras claras quanto à competência

territorial a ser observada em possíveis conflitos de interesses exsurgidos da rela-

ção de emprego. Nesses termos, considerando o caso relatado,

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a) o juízo da Vara do Trabalho da cidade de Porangatu, local da prestação de ser-

viço, será competente para processar e julgar a lide decorrente da relação empre-

gatícia.

b) o empregado poderá optar entre a Vara do Trabalho do seu domicílio ou a Vara

do Trabalho da sede da empresa, para protocolizar Reclamação Trabalhista decor-

rente da relação empregatícia.

c) a Vara do Trabalho da cidade de Itumbiara, local da celebração do contrato de

trabalho, terá a competência territorial para processar e julgar qualquer Reclama-

ção Trabalhista decorrente da relação empregatícia.

d) o juízo da Vara do Trabalho da cidade de Salvador, local onde o empregado hi-

possuficiente nasceu, será competente para processar e julgar a lide decorrente da

relação empregatícia.

Questão 24    (INSTITUTO AOCP/TRT-1ª REGIÃO/ANALISTA JUDICIÁRIO/2018)

No que tange à exceção de incompetência territorial, no âmbito do processo traba-

lhista, assinale a alternativa correta.

a) A Exceção de Incompetência territorial deverá ser apresentada como preliminar

de contestação. Ao exceto será concedido prazo de 24 horas para manifestação

respectiva, devendo a decisão ser proferida na primeira audiência ou sessão que

se seguir.

b) A exceção de incompetência territorial deverá ser apresentada em peça aparta-

da que sinalize explicitamente a existência da exceção, antes da audiência no prazo

de 5 dias, contados do recebimento da notificação pela reclamada. Protocolada a

petição de exceção, ao exceto será concedido prazo de 24 horas para manifestação

respectiva, devendo a decisão ser proferida na primeira audiência ou sessão que

se seguir.

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c) A Exceção de Incompetência territorial deverá ser apresentada como preliminar

de contestação. Ao exceto será concedido prazo de 24 horas para manifestação

respectiva, devendo a decisão ser proferida no prazo de 5 dias.

d) A exceção de incompetência territorial deverá ser apresentada em peça aparta-

da que sinalize explicitamente a existência da exceção, antes da audiência, no pra-

zo de 5 dias, contados do recebimento da notificação pela reclamada. Protocolada

a petição de exceção, o processo será suspenso. O juiz intimará o exceto para ma-

nifestação no prazo de 5 dias. Da decisão que decidir a exceção de incompetência,

caberá recurso ordinário no prazo de 8 dias.

e) A exceção de incompetência territorial deverá ser apresentada em peça aparta-

da que sinalize explicitamente a existência da exceção, antes da audiência, no pra-

zo de 5 dias, contados do recebimento da notificação pela reclamada. Protocolada

a petição de exceção, o processo será suspenso até que se decida o incidente.

Questão 25    (FCC/TRT-6ª REGIÃO/ANALISTA JUDICIÁRIO OFICIAL DE JUSTIÇA

AVALIADOR FEDERAL/2018) A exceção de incompetência territorial deverá ser

apresentada pelo reclamado em Processo do Trabalho

a) no prazo de 5 dias antes da audiência, mas sempre em peça apartada à defesa.

b) juntamente com a defesa, em audiência, podendo inclusive ser feita de forma

verbal, em respeito ao princípio da oralidade.

c) no prazo de 10 dias a contar da notificação, em peça autônoma onde se funda-

mente a existência da exceção.

d) juntamente com a defesa, em audiência, devendo ser sempre escrita e em peça

apartada.

e) no prazo de 5 dias a contar da notificação, antes da audiência e em peça que

sinalize a existência da exceção.

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Questão 26    (INSTITUTO AOCP/TRT-1ª REGIÃO/ANALISTA JUDICIÁRIO ÁREA

ADMINISTRATIVA/2018) Em relação à competência da Justiça do Trabalho, assi-

nale a alternativa INCORRETA.

a) A Constituição federal ampliou a competência da Justiça do Trabalho, atribuindo

a esta poderes para dirimir conflitos decorrentes das relações de trabalho e não

somente relações de emprego.

b) À Justiça do Trabalho compete processar e julgar as ações que envolvam repre-

sentação sindical entre sindicatos, entre sindicatos e trabalhadores e entre sindica-

tos e empregadores.

c) A Justiça do Trabalho é competente para processar e julgar mandados de segu-

rança, habeas corpus e habeas data quando o ato questionado envolver matéria

sujeita à sua jurisdição.

d) A Justiça do Trabalho é competente para processar e julgar ações de indenização

por dano moral ou patrimonial, decorrentes da relação de trabalho.

e) À Justiça do Trabalho compete processar e julgar as ações que envolvam repre-

sentação sindical entre sindicatos, entre sindicatos e trabalhadores, entre sindica-

tos e empregadores e demandas de qualquer natureza entre empregadores que

façam parte de um mesmo sindicato patronal.

Questão 27    (INSTITUTO AOCP/TRT-1ª REGIÃO/TÉCNICO JUDICIÁRIO ÁREA

ADMINISTRATIVA/2018) João tem domicílio na cidade do Rio de Janeiro/RJ e foi

chamado para uma entrevista de emprego pela empresa Colchões Ortopédicos

Ltda., com sede na cidade de Campinas/SP, ocasião em que foi contratado no pró-

prio local. Já no momento da contratação, a empresa informou ao novo empregado

que o mesmo iria trabalhar na filial da empresa na cidade de São José do Rio Preto/

SP. Depois de três anos de trabalho na empresa em questão, João foi dispensado

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sem justa causa, não recebendo as verbas rescisórias, dentre outros pleitos que

considera devidos, razão pela qual almeja buscar a efetivação de seus direitos na

Justiça do Trabalho. Nesse seguimento, João deve pleitear seus direitos

a) em Campinas/SP, pois é o local da sede da empresa, pressupondo, assim, o de-

ver de ingressar com ação nesta localidade.


b) em qualquer uma das cidades mencionadas, pois o foro de ingresso da ação
trabalhista é opcional ao empregado.
c) no Rio de Janeiro/RJ, pois é a cidade de seu domicílio, oferecendo maiores faci-
lidades ao empregado.
d) em São José do Rio Preto/SP, pois é o local da prestação de serviços.
e) em Campinas/SP, pois é o local em que o empregado foi contratado.

Questão 28    (INSTITUTO AOCP/TRT-1ª REGIÃO/ANALISTA JUDICIÁRIO OFI-


CIAL DE JUSTIÇA AVALIADOR FEDERAL/2018) Lucas, residente na cidade de
Nova Iguaçu (RJ), foi contratado na cidade de Petrópolis (RJ) pela empresa Brasa
Quente para trabalhar como Gerente na cidade de Teresópolis (RJ). Observa-se que
Duque de Caxias (RJ) é o domicílio eleitoral de Lucas, onde reside toda a sua famí-
lia, sendo que, aos finais de semana, aproveita para visitá-los. Sabe-se, ainda, que
a sede da empresa é na cidade de Barretos (SP) local onde Lucas recebeu todos
os treinamentos para o exercício de sua função. Considerando a possibilidade de
ingressar com uma ação trabalhista e valendo-se da regra geral prevista na Conso-
lidação das Leis do Trabalho, assinale a alternativa correta.
a) Lucas deverá propor a ação na cidade de Petropólis (RJ), pois a competência
territorial é fixada pelo local onde foi realizada a contratação.
b) Lucas deverá propor a ação na cidade de São Paulo, pois a competência territo-
rial é fixada pela capital do Estado no qual a matriz da empresa estiver localizada.

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c) Lucas deverá propor a ação na cidade de Teresópolis (RJ), pois a competência


territorial é fixada pelo local onde o empregado prestar serviços ao empregador.
d) Lucas deverá propor a ação na cidade de Duque de Caxias (RJ), pois a, compe-
tência territorial é fixada pelo domicilio eleitoral do empregado.
e) Lucas deverá propor a ação na cidade de Nova Iguaçu (RJ), pois a competência
territorial é fixada pelo domicílio civil do empregador.

Questão 29    (FCC/ENAMAT/JUIZ DO TRABALHO SUBSTITUTO/2017) Sobre a

competência da Justiça do Trabalho, a Consolidação das Leis do Trabalho e as Sú-

mulas do Tribunal Superior do Trabalho estabelecem:

a) A competência territorial das Varas do Trabalho é determinada pela localidade

onde o empregado prestar serviços ao empregador, ainda que tenha sido contrata-

do noutro local ou no estrangeiro, desde que seja o autor da ação.

b) Quando for parte de dissídio agente ou viajante comercial, a competência será

da Vara da localidade em que a empresa tenha agência ou filial e a esta o empre-

gado esteja subordinado e, na falta, será competente a Vara do domicílio do em-

pregado ou a da localidade mais próxima.

c) Se o empregado for brasileiro, a Justiça do Trabalho brasileira têm competência

para processar e julgar os dissídios ocorridos em agência ou filial no estrangeiro,

ainda que haja convenção internacional dispondo em contrário.

d) A Justiça do Trabalho é competente para determinar o recolhimento das contri-

buições previdenciárias, em relação às sentenças condenatórias em pecúnia que

proferir e aos valores, objeto de acordo homologado, que integram o salário de

contribuição, inclusive, no caso de reconhecimento de vínculo empregatício, quanto

aos salários pagos durante a contratualidade.

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e) A Justiça do Trabalho é competente para processar e julgar as ações de indeni-

zação por danos morais e materiais decorrentes da relação de trabalho, inclusive as

oriundas de acidente de trabalho e doenças a ele equiparados, ainda que propostas

pelos dependentes, desde que habilitados no Instituto Nacional do Seguro Social ou

sucessores do trabalhador falecido.

Questão 30    (BANCA DO ÓRGÃO/TRT-22ª REGIÃO/JUIZ DO TRABALHO/2013)

Não compete à Justiça do Trabalho:


a) ação dos trabalhadores avulsos portuários em face dos órgãos gestores de mão
de obra;
b) interditos proibitórios, em caso de exercício do direito de greve;
c) habeas corpus em caso de prisão do depositário infiel;
d) ações sobre complementação de aposentadoria;
e) execução fiscal de multas previstas na CLT.

Questão 31    (FGV/OAB/2019) Considere as situações a seguir.


I – Victor é um artista mirim e precisa de autorização judicial para poder partici-
par de uma peça cinematográfica como ator coadjuvante.
II – A empresa FFX Ltda. foi multada por um auditor fiscal do trabalho e deseja
anular judicialmente o auto de infração, alegando vícios e nulidades.
III – O empregado Regis teve concedido pelo INSS auxílio-doença comum, mas
entende que deveria receber auxílio-doença acidentário, daí porque pretende
a conversão judicial do benefício.
IV – Jonilson, advogado, foi contratado por um cliente para o ajuizamento de uma
ação de despejo, mas esse cliente não pagou os honorários contratuais que

haviam sido acertados.

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Diante da norma de regência acerca da competência, assinale a opção que indica

quem deverá ajuizar ação na Justiça do Trabalho para ver seu pleito atendido.

a) Victor e Jonilson

b) Regis e a empresa FFX Ltda.

c) Victor e Regis

d) Apenas a empresa FFX Ltda.

Questão 32    (CESPE/PGM-CAMPO GRANDE-MS/PROCURADOR MUNICI-

PAL/2019) Em 2017, João foi contratado, em Campo Grande – MS, como auxiliar

administrativo da empresa X, sediada no mesmo município. Em 2018, depois de

um ano de serviços prestados a essa empresa, João foi dispensado sem justa cau-

sa. Em 2019, ele mudou seu domicílio para Corumbá – MS e lá ajuizou reclamação

trabalhista contra a empresa X em determinada vara do trabalho de Corumbá. Na

petição inicial, João afirmou ter trabalhado apenas em Campo Grande, mas sus-

tentou a competência da vara do trabalho de Corumbá, por ser o foro de seu atual

domicílio. Três dias depois de ter sido notificada e antes da data marcada para a

audiência, a empresa X apresentou peça sinalizada como exceção de incompetên-

cia territorial, alegando a competência de vara do trabalho de Campo Grande.

A partir dessa situação hipotética, julgue o item a seguir à luz da legislação proces-

sual trabalhista.

A competência territorial é de vara do trabalho de Campo Grande, pois este foi o

local da prestação dos serviços.

Questão 33    (CESPE/PGM-MANAUS-AM/PROCURADOR DO MUNICÍPIO/2018)

Em relação à competência da justiça do trabalho, à revelia e às provas no processo

do trabalho, julgue o item que se segue.

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A ação de indenização por dano moral decorrente da relação de trabalho proposta

por sucessores de trabalhador falecido é de competência da justiça do trabalho.

Questão 34    (CESPE/PREFEITURA DE FORTALEZA-CE/PROCURADOR DO MUNI-

CÍPIO/2017) A respeito da competência, das provas e do procedimento sumaríssi-

mo na justiça do trabalho, julgue o item que se segue.

Segundo o TST, em se tratando de relação de trabalho, compete à justiça do traba-


lho processar e julgar controvérsia em torno do direito de uso, para o exercício de
comércio ambulante, de espaço público municipal localizado em rodovia estadual
administrada por concessionária.

Questão 35    (CESPE/PGE-AM/PROCURADOR DO ESTADO/2016) Acerca da juris-


prudência do TST relativa a ação rescisória, mandado de segurança e competência
na justiça do trabalho, julgue o item a seguir.
As relações de trabalho decorrentes de estágio se inserem na competência da jus-
tiça do trabalho, ainda que o contratante seja ente da administração pública direta.

Questão 36    (CESPE/DPU/DEFENSOR PÚBLICO FEDERAL/2015) Julgue o item


subsequente, relativo à competência e à prescrição no processo trabalhista e aos
princípios gerais que norteiam esse processo.
A justiça do trabalho é competente para julgar as demandas instauradas entre
pessoas jurídicas de direito privado integrantes da administração pública indireta
e seus empregados, cuja relação é regida pela CLT, independentemente de a ação
ser relativa ao período pré-contratual.

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Questão 37    (CESPE/CÂMARA DOS DEPUTADOS/ANALISTA LEGISLATIVO CON-


SULTOR LEGISLATIVO ÁREA XXI/2014) Julgue o item a seguir, relativo a acidente
do trabalho.
De acordo com jurisprudência do Superior Tribunal de Justiça, compete à justiça
estadual processar e julgar os litígios decorrentes de acidente do trabalho.

Questão 38    (CESPE/CÂMARA DOS DEPUTADOS/ANALISTA LEGISLATIVO CON-


SULTOR LEGISLATIVO ÁREA V/2014) No que se refere à competência e à juris-
dição da justiça do trabalho, julgue o item subsequente. Nesse sentido, considere

que a sigla TST, sempre que empregada, se refere ao Tribunal Superior do Trabalho.
Compete à justiça federal julgar as ações que tenham como causa de pedir o des-

cumprimento de normas trabalhistas relativas à segurança, higiene e saúde dos

trabalhadores.

Questão 39    (CESPE/CÂMARA DOS DEPUTADOS/ANALISTA LEGISLATIVO -

CONSULTOR LEGISLATIVO ÁREA V/2014) No que se refere à competência e à

jurisdição da justiça do trabalho, julgue o item subsequente. Nesse sentido, con-

sidere que a sigla TST, sempre que empregada, se refere ao Tribunal Superior do

Trabalho.

Segundo o Superior Tribunal de Justiça (STJ), a justiça do trabalho é incompetente

para julgar ação de honorários entre cliente e advogado.

Questão 40    (CESPE/SERPRO/ANALISTA PERÍCIA EM CÁLCULO JUDICIAL/2013/

ADAPTADA) Acerca de direito coletivo e direito processual coletivo do trabalho, jul-

gue os itens que seguem. Nesse sentido, considere que as siglas TST e CLT, sempre

que empregadas, referem-se, respectivamente, a Tribunal Superior do Trabalho e

Consolidação das Leis do Trabalho.

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É da justiça especializada do trabalho a competência material para apreciar deman-

das cujo litígio tenha como objeto representação sindical.

Questão 41    (CESPE/SERPRO/ANALISTA ADVOCACIA/2013) No que concerne ao

direito processual do trabalho, julgue o item seguinte.

Compete à justiça do trabalho processar e julgar ação ajuizada por empregado em

face de empregador relativa ao cadastramento no Programa de Integração Social.

Questão 42    (CESPE/TRT-10ª REGIÃO/ANALISTA JUDICIÁRIO/2013) A respeito

de organização, jurisdição e competência da justiça do trabalho, julgue o item que

se segue.

Compete à justiça do trabalho processar e julgar as ações sobre representação

sindical em que sejam partes sindicatos, sindicatos e trabalhadores, e sindicatos e

empregadores.

Questão 43    (CESPE/BANCO DA AMAZÔNIA/TÉCNICO CIENTÍFICO DIREI-

TO/2012) Por não tratarem de relação de emprego ou trabalho, conflitos que en-

volvam representação sindical são de competência da justiça comum.

Questão 44    (QUADRIX/CRM-PR/ADVOGADO/2018) Com base no entendimento

jurisprudencial do TST, julgue o próximo item.

No que toca à execução das contribuições previdenciárias, a competência da Justi-

ça do Trabalho limita-se às sentenças condenatórias em pecúnia que proferir e aos

valores, objeto de acordo homologado, que integrem o salário de contribuição.

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Questão 45    (CESPE/TELEBRAS ADVOGADO/2015) No tocante a execução traba-

lhista, julgue o item subsequente considerando a jurisprudência do TST.

A justiça do trabalho é competente para executar as contribuições sociais reserva-

das às entidades integrantes do denominado Sistema S, ainda que estas não sejam

de natureza previdenciária.

Questão 46    (CESPE/AGU/PROCURADOR FEDERAL/2010) No que concerne à le-

gislação acidentária, ao benefício de prestação continuada previsto na Lei de Or-

ganização da Assistência Social e jurisprudência dos tribunais superiores, julgue o

item que se segue.

A competência para julgar ações de indenização por danos morais e materiais de-

correntes de acidente de trabalho propostas pelo trabalhador, após a edição da

Emenda Constitucional n. 45/2004, é da justiça comum estadual.

Questão 47    (CESPE/ANTAQ/ESPECIALISTA EM REGULAÇÃO ENGENHARIA AM-

BIENTAL OU BIOLOGIA/2009) Considere a situação de um empregado público de

empresa pública federal, prestadora de serviços públicos, que tenha sido demitido

por justa causa e, por discordar do fundamento da demissão, tenha ingressado na

justiça do trabalho com reclamação trabalhista, pleiteando verbas rescisórias, já

que estaria submetido ao regime da Consolidação das Leis do Trabalho (CLT). Com

relação a essa situação e acerca da organização administrativa da União e da sua

administração indireta, julgue o item seguinte.

A referida reclamação trabalhista deverá ser julgada pela justiça federal, e não pela

justiça do trabalho.

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Questão 48    (CESPE/SEAD-SE (FPH)/PROCURADOR/2009) A respeito do direito

processual do trabalho, julgue o item seguinte.

A justiça do trabalho é competente para julgar as ações de acidente do trabalho em

que se discuta a controvérsia acerca de benefício previdenciário.

Questão 49    (CESPE/TRT-17ª REGIÃO/ANALISTA JUDICIÁRIO EXECUÇÃO DE

MANDADOS/2009) Acerca da distribuição, julgue o item que se segue.

Feita a distribuição, a reclamação deve ser remetida pelo distribuidor à vara ou ao

juízo competente, acompanhada do bilhete de distribuição.

Questão 50    (CESPE/TRT-17ª REGIÃO/ANALISTA JUDICIÁRIO EXECUÇÃO DE

MANDADOS/2009) Acerca da distribuição, julgue o item que se segue.

A distribuição das reclamações deve ser feita entre as varas do trabalho ou os juí-

zes de direito do cível, quando investidos na administração da justiça do trabalho,

pela ordem rigorosa de sua apresentação ao distribuidor, quando o houver.

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GABARITO
1. b 25. e 49. C

2. d 26. e 50. C

3. a 27. d

4. b 28. c

5. a 29. b

6. c 30. d

7. c 31. d

8. d 32. C

9. d 33. C

10. c 34. E

11. d 35. E

12. c 36. C

13. d 37. E

14. b 38. E

15. a 39. C

16. e 40. C

17. b 41. C

18. d 42. C

19. b 43. E

20. a 44. C

21. c 45. E

22. d 46. E

23. a 47. E

24. e 48. E

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GABARITO COMENTADO
Questão 1    (FGV/OAB/2014) Pedro, estivador, logo trabalhador avulso, está in-

satisfeito com os repasses que lhe são feitos pelos trabalhos no Porto de Tubarão.

Pretende ajuizar ação em face do operador portuário e do Órgão Gestor de Mão

de Obra – OGMO. Como advogado de Pedro, indique a Justiça competente para o

processamento e julgamento da demanda a ser proposta.

a) Justiça Comum Federal, dado que o avulso não tem vínculo de emprego com os

réus e a matéria portuária é de âmbito nacional.

b) Justiça do Trabalho.

c) Justiça Comum Estadual, pela ausência de relação empregatícia, sendo o avulso

uma espécie de trabalhador autônomo.

d) Poderá optar pela Justiça Comum Estadual ou Justiça do Trabalho, caso pretenda

o reconhecimento de vínculo de emprego.

Letra b.

De acordo com o art. 652, a, V, da CLT, compete às Varas do Trabalho conciliar

e julgar as ações entre trabalhadores portuários e os operadores portuários ou o

Órgão Gestor de Mão de Obra – OGMO decorrentes da relação de trabalho. Por ser

competência material da Justiça do Trabalho, o ajuizamento da ação em qualquer

outra Justiça acarretará vício de incompetência absoluta.

Questão 2    (CESPE/OAB/2008) Alfredo, empregado da Empresa Mala Direta S.A.,

ao perceber que a empresa não havia providenciado o seu cadastro no PIS, pro-

curou a diretoria da empresa para sanar a omissão, obtendo como resposta que a

empresa não tomaria qualquer providência a esse respeito.

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Nessa situação, caso Alfredo venha a demandar contra a empresa, objetivando o

cadastramento no PIS, ele deve mover a ação perante

a) a justiça federal.

b) a justiça comum estadual.

c) o STJ.

d) a justiça do trabalho.

Letra d.

Conforme a Súmula n. 300 do TST, “compete à Justiça do Trabalho processar e

julgar ações ajuizadas por empregados em face de empregadores relativas ao ca-

dastramento no Programa de Integração Social (PIS)”.

Questão 3    (CESPE/OAB/2008) Assinale a opção correta, considerando que, em

determinado processo, tenha sido sugerido haver conflito de competência funcional

entre o TRT e uma vara do trabalho a ele vinculada.

a) Não se configura conflito de competência entre TRT e vara do trabalho a ele

vinculada.

b) O TRT deverá julgar o conflito.

c) O TST deverá julgar o conflito.

d) O STF deverá julgar o conflito.

Letra a.

Conforme a Súmula n. 420 do TST, de fato, não se configura conflito de competên-

cia entre TRT e vara do trabalho a ele vinculada. Nesse caso, prevalece o critério

da hierarquia funcional (órgão hierarquicamente superior fica com a competência).

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Questão 4    (CESPE/OAB/2008) Suponha-se que um empregado tenha sido de-

mitido sem justa causa da empresa para que trabalhava e que esta não lhe tenha

fornecido as guias do seguro desemprego. Nessa situação, caso o empregado te-

nha interesse em mover algum tipo de ação contra a empresa para obter indeni-

zação pelo não-fornecimento das guias do seguro-desemprego, ele deve ingressar

com ação

a) em vara cível da justiça comum estadual.

b) na justiça do trabalho.

c) na justiça federal.

d) em juizado especial cível da justiça comum estadual.

Letra b.

Conforme a Súmula n. 389 do TST, item I, “inscreve-se na competência material da

Justiça do Trabalho a lide entre empregado e empregador tendo por objeto indeni-

zação pelo não-fornecimento das guias do seguro-desemprego”.

Questão 5    (FGV/OAB/2016) Hudson ajuizou ação na Justiça do Trabalho na qual

postula exclusivamente diferenças na complementação de sua aposentadoria. Hud-

son explica que, durante 35 anos, foi empregado de uma empresa estatal e con-

tribuiu para o ente de previdência privada fechada, da qual a ex-empregadora é

instituidora e patrocinadora. Ocorre que, ao longo do tempo, os empregados da

ativa tiveram reajustes salariais que não foram observados na complementação da

aposentadoria de Hudson, gerando diferenças, que agora o autor cobra tanto da

ex-empregadora quanto do ente de previdência privada.

Considerando o caso e de acordo com a CLT, assinale a afirmativa correta.

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Competência da Justiça do Trabalho
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a) O processo deverá ser remetido pelo Juiz do Trabalho para a justiça estadual.

b) A reclamação trabalhista deverá ser extinta sem resolução do mérito por falta

de competência.

c) A ação trabalhista deverá ter curso normal, com citação e designação de audi-

ência para produção de provas.

d) O destino do feito dependerá dos termos da contestação, pois pode haver pror-

rogação de competência.

Letra a.

a) Certa. Se o empregado quiser cobrar essas diferenças da entidade de previdên-

cia complementar, a competência será da Justiça Comum, conforme entendimento

do STF, pois tal pretensão não deriva do contrato de trabalho. A competência seria

da Justiça do Trabalho somente se a pretensão fosse deduzida exclusivamente do

empregador, caso em que ficaria mais fácil a demonstração de que o dano suscitado

decorre do contrato de trabalho. Se o trabalhador pode cobrar tanto de um quan-

to do outro, a competência não é da Justiça do Trabalho. Essa decisão foi tomada

no bojo dos Recursos Extraordinários n. 586453 e 583050, oportunidade em

que os ministros vencedores fundamentaram que a relação entre o trabalhador e

a entidade previdenciária é regulada pelo estatuto da entidade, e não por contrato

de trabalho.

b) Errada. De acordo com o art. 795, § 2º, o juiz, ao declarar sua incompetência,

deverá remeter os autos ao juízo competente, e não simplesmente extinguir o

processo.

c) Errada. Vide comentários às letras “a” e “b”.

d) Errada. Vide comentários às letras “a” e “b”.

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Competência da Justiça do Trabalho
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Questão 6    (CESPE/OAB/2008) Um conflito de competência existente entre um

juiz do trabalho e um juiz federal deve ser julgado

a) pelo Tribunal Superior do Trabalho (TST).

b) por um tribunal regional federal.

c) pelo STJ.

d) pelo STF.

Letra c.

Essa informação consta no resumo que disponibilizamos na aula. O fundamento

jurídico dela, por sua vez, está no art. 105, I, d, da Constituição Federal, que dá ao

STJ a competência para processar e julgar, originariamente, conflitos de competên-

cias entre juízes vinculados a tribunais diversos (parte final).

Questão 7    (FGV/OAB/2012) Se for instalado conflito de competência positivo en-

tre dois juízes do Trabalho do Estado de Pernambuco, qual será o órgão competente

para julgá-lo?

a) O TST.

b) O STJ.

c) O TRT de Pernambuco.

d) O STF.

Letra c.

Conflitos de competência surgidos entre juízes do trabalho vinculados ao mesmo

TRT são resolvidos pelo próprio TRT. O fundamento dessa regra está no art. 808,

a, da CLT.

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Questão 8    (CESPE/OAB/2007) Nas localidades não abrangidas por jurisdição de

vara do trabalho, as demandas trabalhistas serão julgadas pelo juiz de direito. Re-

curso interposto contra decisão de juiz de direito em matéria trabalhista deve ser

julgado pelo

a) tribunal de justiça do estado.

b) tribunal regional federal da região a que estiver submetida a jurisdição do es-

tado.

c) STJ.

d) respectivo tribunal regional do trabalho.

Letra d.

Consoante o art. 112 da Constituição Federal, “a lei criará varas da Justiça do Tra-

balho, podendo, nas comarcas não abrangidas por sua jurisdição, atribuí-la aos

juízes de direito, com recurso para o respectivo Tribunal Regional do Trabalho”.

Questão 9    (CESPE/OAB/2007) Ana foi contratada na condição de empregada do-

méstica por membro de representação de um Estado estrangeiro. Sua carteira de

trabalho e previdência social foi assinada pela pessoa física do membro da repre-

sentação do referido Estado.

Considerando essa situação hipotética e considerando, ainda, que haja litígio tra-

balhista entre Ana e o referido membro da representação do Estado estrangeiro,

assinale a opção correta.

a) A justiça do trabalho não poderá julgar a demanda, pois os Estados estrangeiros

e seus membros gozam de imunidade diplomática prevista na Convenção de Viena.

b) Ana somente poderá buscar seus direitos perante corte judicial do país do mem-

bro da representação de Estado estrangeiro.

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c) Ana deverá encaminhar sua reclamação ao Ministério das Relações Exteriores,

que é competente para lidar com as relações diplomáticas entre o Brasil e Estados

estrangeiros.

d) A justiça do trabalho poderá julgar a demanda.

Letra d.

De acordo com o art. 114, I, da Constituição Federal, a Justiça do Trabalho é com-

petente para julgar as ações oriundas da relação de trabalho, abrangidos os en-

tes de direito público externo (como os Estados estrangeiros). Considerando

que a questão não trouxe nenhuma informação relativa a tratados internacionais

que eventualmente confiram imunidade de jurisdição ao ente, devemos considerar

a regra geral: não há imunidade de jurisdição.

Questão 10    (CESPE/OAB/2007) Antônio foi contratado, mediante concurso públi-

co e sob o regime da Consolidações da Leis do Trabalho (CLT), para trabalhar em

uma empresa pública estadual. Nessa situação, considerando a existência de litígio

a respeito de verbas rescisórias a serem pagas a Antônio, será competente para

julgar a demanda a

a) justiça comum.

b) justiça federal.

c) justiça do trabalho.

d) justiça eleitoral.

Letra c.

Consoante o art. 114, I, da Constituição Federal, a Justiça do Trabalho é competen-

te para processar e julgar as ações oriundas da relação de trabalho, abrangidos os

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entes de direito público externo e da administração pública direta e indireta da

União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios. Conforme nossa aborda-

gem, se o regime do trabalhador for celetista (regido pela CLT), a competência será

da Justiça do Trabalho. O texto do referido artigo deve ser interpretado de forma

restritiva: os servidores públicos estatutários (regidos por estatuto aprovado por

lei – regime legal) têm foro na Justiça Comum, sendo a Federal para os servidores

públicos da federais e a Estadual para os demais.

Questão 11    (FGV/OAB/2011) Com relação à competência material da Justiça do

Trabalho, é correto afirmar que

a) não compete à Justiça do Trabalho, mas à Justiça Federal, o julgamento de ação

anulatória de auto de infração lavrado por auditor fiscal do trabalho.

b) é da competência da Justiça do Trabalho o julgamento das ações ajuizadas em

face da Previdência Social que versem sobre litígios ou medidas cautelares relativos

a acidentes do trabalho.

c) de acordo com o entendimento do Superior Tribunal de Justiça, é da compe-

tência da Justiça do Trabalho processar e julgar a ação de cobrança ajuizada por

profissional liberal contra cliente.

d) a Justiça do Trabalho é competente para julgar ação ajuizada por sindicato de

categoria profissional em face de determinada empresa para que esta seja con-

denada a repassar-lhe as contribuições assistenciais descontadas dos salários dos

empregados sindicalizados.

Letra d.

a) Errada. Conforme o art. 114, VII, da Constituição Federal, compete à Justiça

do Trabalho processar e julgar as ações relativas às penalidades administrativas

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impostas aos empregadores pelos órgãos de fiscalização das relações de trabalho.

A anulação de auto de infração é uma pretensão deduzida em face de tais órgãos

fiscalizadores.

b) Errada. Ações em face do INSS ou outras entidades previdenciárias devem ser

ajuizadas perante a Justiça Comum. No caso do INSS, deve ser na Justiça Federal

(art. 109, I, Constituição Federal). Matéria previdenciária só será apreciada (exe-

cutada) pela Justiça do Trabalho no caso de sentença condenatória do empregador

ou de acordo com parcelas de natureza salarial.

c) Errada. Conforme a Súmula n. 363 do STJ, “compete à Justiça estadual proces-

sar e julgar a ação de cobrança ajuizada por profissional liberal contra cliente”. Por-

tanto, se um advogado quiser cobrar honorários contratuais do cliente, não poderá

fazê-lo nos mesmos autos do processo trabalhista em que o mandato foi exercido,

mas sim em ação própria na Justiça Estadual.

d) Certa. De acordo com o art. 114, III, da Constituição Federal, compete à Justiça

do Trabalho processar e julgar as ações sobre representação sindical, entre sindica-

tos, entre sindicatos e trabalhadores, e entre sindicatos e empregadores.

Questão 12    (FCC/TRT-6ª REGIÃO/ANALISTA JUDICIÁRIO/2018) Em relação à

competência material da Justiça do Trabalho, esta

a) é competente para processar e julgar ações de indenização por dano moral e

material, decorrentes da relação de trabalho, inclusive as oriundas de acidente de

trabalho e doenças a ele equiparadas, mas não para as propostas pelos dependen-

tes ou sucessores do trabalhador falecido.

b) não é competente para a execução, de ofício, da contribuição referente ao Seguro

de Acidente de Trabalho (SAT), que tem natureza de contribuição para a seguridade

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social, ainda que se destine ao financiamento de benefícios relativos à incapacidade

do empregado decorrente de infortúnio no trabalho.

c) é competente para processar e julgar ação possessória ajuizada em decorrência

do exercício do direito de greve pelos trabalhadores da iniciativa privada.

d) não é competente para processar e julgar ações ajuizadas por empregados em

face de empregadores relativas ao cadastramento no Programa de Integração So-

cial (PIS).

e) não é competente para determinar o recolhimento das contribuições fiscais.

Letra c.

a) Errada. Os dependentes ou sucessores do trabalhador falecido também terão

tal legitimidade.

b) Errada. Há Súmula do TST permitindo que a Justiça do Trabalho reconheça tal

competência (Súmula 454).

c) Certa. É o que diz a Súmula Vinculante n. 23 do STF.

d) Errada. Há Súmula do TST permitindo que a Justiça do Trabalho reconheça tal

competência (Súmula n. 300).

e) Errada. Tal recolhimento poderá, sim, ser determinado pela Justiça do Trabalho,

em relação às decisões condenatórias e homologatórias de acordo que proferir.

Questão 13    (CESPE/OAB-SP/2008) Quanto à competência, é correto afirmar que

a justiça do trabalho é competente para julgar

a) as ações de indenização por dano moral ou patrimonial, decorrentes ou não de

relação de trabalho.

b) os crimes contra a organização do trabalho e, nos casos determinados por lei,

contra o sistema financeiro e a ordem econômico-financeira.

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c) as causas em que forem parte a instituição de previdência social e segurado.

d) as ações oriundas da relação de trabalho, abrangidos os entes de direito público

externo e da administração pública direta e indireta.

Letra d.

a) Errada. As ações de indenização devem decorrer da relação de trabalho para

que atraiam a competência material da Justiça do Trabalho. Se decorrerem de ou-

tra relação, como de consumo, de contrato cível ou de ilícito penal sem reflexos no

contrato de trabalho, a competência será da Justiça Comum.

b) Errada. A Justiça do Trabalho não tem competência em matéria crimi-

nal. Toda e qualquer infração penal (crime ou contravenção penal) é de competên-

cia material da Justiça Comum.

c) Errada. Se a relação discutida se fundar somente em contrato ou regimento

válido entre a entidade previdenciária e o segurado, a Justiça do Trabalho não será

competente, em razão de a lide não envolver a relação de trabalho.

d) Certa. Tal redação integra o art. 114, inciso I, da Constituição Federal.

Questão 14    (CESPE/OAB/2010) Um sindicato representante de empregados cele-

tistas procedeu aos atos iniciais para realização do processo de eleição da diretoria,

tendo sido escolhida, em assembleia, a comissão eleitoral, designada a data para

a realização das eleições e definido o período de registro das chapas concorrentes.

Após o registro e concedidos os prazos para a regularização de documentações,

três chapas se apresentaram para concorrer ao pleito, contudo, a comissão eleito-

ral deferiu o registro de apenas duas delas. Nessa situação hipotética, caso exista

o interesse de representantes da chapa cujo registro foi indeferido pela comissão

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eleitoral em ingressar com ação judicial para a obtenção do direito de participação

no pleito eleitoral, eles devem ingressar com a competente ação na justiça

a) comum estadual.

b) do trabalho.

c) comum federal.

d) eleitoral.

Letra b.

Apesar de o teor da Súmula n. 4 do STJ apontar para a competência da Justiça

Estadual no caso de discussão sobre eleições sindicais, há entendimento predo-

minante de que tal súmula foi, há muito tempo, superada, tendo em vista que o

art. 114, III, da Constituição Federal outorga à Justiça do Trabalho a competência

material e pessoal para processar e julgar as ações sobre representação sindical,

entre sindicatos, entre sindicatos e trabalhadores, e entre sindicatos e empregado-

res. A eleição sindical enquadra-se na competência pessoal: ação entre trabalhador

e sindicato.

Questão 15    (CESPE/OAB/2010) Na hipótese de um empregado desejar mover

ação de reparação de perdas e danos causados pelo cálculo incorreto do benefício

previdenciário por omissão ou equívoco do empregador, o processamento e o jul-

gamento da demanda competirão

a) à justiça do trabalho.

b) à justiça federal.

c) à justiça comum estadual.

d) ao Ministério da Previdência Social.

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Letra a.

Perceba que, neste caso, a pretensão do empregado é relativa a ato do emprega-

dor, sem envolvimento da entidade previdenciária. Portanto, a Justiça do Trabalho

é competente, em razão de a lide versar sobre ato cometido em razão da relação

de trabalho (art. 114, I, Constituição Federal).

Questão 16    (FGV/PREFEITURA DE SALVADOR-BA/TÉCNICO DE NÍVEL SUPE-

RIOR II DIREITO/2017) As situações listadas a seguir são da competência da Jus-

tiça do Trabalho, à exceção de uma. Assinale-a.

a) Ação envolvendo interdito proibitório manejado no bojo de uma greve deflagra-

da em uma empresa privada.

b) Execução da parcela denominada RAT, que é inserida na cota previdenciária.

c) Ação na qual um empregado postula do empregador indenização por dano esté-

tico oriundo de acidente do trabalho ocorrido em 2016.

d) Reclamação de servidor público relativa a vantagens trabalhistas anteriores à

instituição do regime jurídico único.

e) Ação na qual um arquiteto, que é profissional liberal, cobra honorários tratados

e não pagos por seu cliente.

Letra e.

a) Errada. Como a questão pede pela alternativa que não corresponde a uma

competência da Justiça do Trabalho, a alternativa está errada porque a Súmula

Vinculante n. 23 do STF outorga à Justiça do Trabalho a competência material

para processar e julgar ações possessórias ajuizadas em decorrência do exercício

do direito de greve por trabalhadores da iniciativa privada. O interdito proibitório,

como vimos em aula, é uma espécie de ação possessória.

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b) Errada. Como a questão pede pela alternativa que não corresponde a uma com-

petência da Justiça do Trabalho, a alternativa está errada porque a Súmula n. 454

do TST diz: “compete à Justiça do Trabalho a execução, de ofício, da contribuição

referente ao Seguro de Acidente de Trabalho (SAT), que tem natureza de contribui-

ção para a seguridade social (arts. 114, VIII, e 195, I, “a”, da CF), pois se destina

ao financiamento de benefícios relativos à incapacidade do empregado decorrente

de infortúnio no trabalho. “SAT” é o antigo nome da nova contribuição denominada

“RAT”. Esta questão é um pouco mais complexa, por envolver conhecimento sobre

benefícios. Por não ser questão da OAB, embora seja da FGV, fique tranquilo: a

prova da OAB não costuma aprofundar neste nível.

c) Errada. Como a questão pede pela alternativa que não corresponde a uma

competência da Justiça do Trabalho, a alternativa está errada porque a Súmula

Vinculante n. 22 do STF dispõe: “A Justiça do Trabalho é competente para pro-

cessar e julgar as ações de indenização por danos morais e patrimoniais decorren-

tes de acidente de trabalho propostas por empregado contra empregador, inclusive

aquelas que ainda não possuíam sentença de mérito em primeiro grau quando da

promulgação da Emenda Constitucional n. 45/2004.”.

d) Errada. Como a questão pede pela alternativa que não corresponde a uma

competência da Justiça do Trabalho, a alternativa está errada porque a OJ 138 da

SDI-I diz: “Compete à Justiça do Trabalho julgar pedidos de direitos e vantagens

previstos na legislação trabalhista referente a período anterior à Lei n. 8.112/1990,

mesmo que a ação tenha sido ajuizada após a edição da referida lei. A superveni-

ência de regime estatutário em substituição ao celetista, mesmo após a sentença,

limita a execução ao período celetista.”.

e) Certa. Conforme a Súmula n. 363 do STJ, “Compete à Justiça estadual proces-

sar e julgar a ação de cobrança ajuizada por profissional liberal contra cliente.”.

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Questão 17    (FGV/TRT-12ª REGIÃO/ANALISTA JUDICIÁRIO/2017) Das situações

abaixo listadas, NÃO é da competência da Justiça do Trabalho:

a) declarar abusividade de uma greve deflagrada na iniciativa privada;

b) julgar ação de cobrança ajuizada por profissional liberal contra cliente;

c) executar a parcela denominada RAT (risco ambiental do trabalho);

d) julgar ação de indenização por dano moral oriunda de acidente do trabalho;

e) julgar execução fiscal de multa aplicada por auditor fiscal do trabalho.

Letra b.

a) Errada. Como a questão pede pela alternativa que não corresponde a uma com-

petência da Justiça do Trabalho, a alternativa está errada porque a Súmula n. 189

do TST dispõe: “A Justiça do Trabalho é competente para declarar a abusividade,

ou não, da greve.”.

b) Certa. Conforme a Súmula n. 363 do STJ, “Compete à Justiça estadual proces-

sar e julgar a ação de cobrança ajuizada por profissional liberal contra cliente.”.

c) Errada. Como a questão pede pela alternativa que não corresponde a uma com-

petência da Justiça do Trabalho, a alternativa está errada porque a Súmula n. 454

do TST diz: “compete à Justiça do Trabalho a execução, de ofício, da contribuição

referente ao Seguro de Acidente de Trabalho (SAT), que tem natureza de contribui-

ção para a seguridade social (arts. 114, VIII, e 195, I, “a”, da CF), pois se destina

ao financiamento de benefícios relativos à incapacidade do empregado decorrente

de infortúnio no trabalho. “SAT” é o antigo nome da nova contribuição denominada

“RAT”. Esta questão é um pouco mais complexa, por envolver conhecimento sobre

benefícios. Por não ser questão da OAB, embora seja da FGV, fique tranquilo: a

prova da OAB não costuma aprofundar neste nível.

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d) Errada. Como a questão pede pela alternativa que não corresponde a uma

competência da Justiça do Trabalho, a alternativa está errada porque a Súmula

Vinculante n. 22 do STF dispõe: “A Justiça do Trabalho é competente para pro-

cessar e julgar as ações de indenização por danos morais e patrimoniais decorren-

tes de acidente de trabalho propostas por empregado contra empregador, inclusive

aquelas que ainda não possuíam sentença de mérito em primeiro grau quando da

promulgação da Emenda Constitucional n. 45/2004.”.

e) Errada. Como a questão pede pela alternativa que não corresponde a uma

competência da Justiça do Trabalho, a alternativa está errada porque, conforme o

art. 114, VII, da Constituição Federal, compete à Justiça do Trabalho processar e

julgar as ações relativas às penalidades administrativas impostas aos empregado-

res pelos órgãos de fiscalização das relações de trabalho. A anulação de auto de

infração é uma pretensão deduzida em face de tais órgãos fiscalizadores.

Questão 18    (FGV/TRT-12ª REGIÃO/TÉCNICO JUDICIÁRIO ÁREA ADMINISTRA-

TIVA/2017) Carolina foi contratada em Florianópolis pela empresa Empreendimen-

tos S.A., que promove suas atividades em diversas cidades do território nacional,

organizando eventos corporativos. Depois de três anos de prestação de serviços,

Carolina foi dispensada sem pagamento de suas verbas resilitórias.

Diante dessa situação hipotética, é  correto afirmar, à  luz da legislação trabalhis-

ta, que:

a) a demanda trabalhista deve ser proposta apenas em Florianópolis, local da con-

tratação;

b) a lei preconiza que Carolina pode ajuizar ação trabalhista no local que lhe for

mais conveniente para dar-lhe acesso à justiça;

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c) a reclamação trabalhista deverá ser dividida em tantos quantos forem os locais

da prestação de serviços, e cada qual terá a sua fração de competência temporal;

d) a ação trabalhista pode ser ajuizada no foro da celebração do contrato ou no da

prestação dos respectivos serviços;

e) Carolina precisa ajuizar ação na localidade em que, majoritariamente, tenha

prestado o seu serviço.

Letra d.

De acordo com o art. 651, § 3º, da CLT, “Em se tratando de empregador que pro-

mova realização de atividades fora do lugar do contrato de trabalho, é assegurado

ao empregado apresentar reclamação no foro da celebração do contrato ou no da

prestação dos respectivos serviços”. Nesse contexto, estamos diante do segundo

caso mais corriqueiro. Como Carolina foi contratada em Florianópolis e prestou ser-

viços em vários lugares, a regra acima citada é aplicável.

Questão 19    (FGV/CODEBA/ANALISTA PORTUÁRIO ADVOGADO/2016) Renato

Pontes Antunez ajuizou reclamação trabalhista contra seu ex-empregador e um

ente de previdência privada. Afirma que teve 1 ano de contrato de emprego sem

a CTPS assinada, daí porque almeja a condenação da empresa ao recolhimento

do INSS deste período, que será útil para um futuro pedido de revisão do valor da

aposentadoria atualmente recebida.

Além disso, requer o pagamento de diferença no valor da complementação de apo-

sentadoria, pois nas convenções coletivas dos últimos anos diversos direitos de na-

tureza salarial foram deferidos aos empregados da ativa, mas não estendidos aos

inativos, o que gerou uma complementação de aposentadoria menor do que aquela

que genuinamente deveria ser paga.

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Competência da Justiça do Trabalho
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Renato explica que o ente de previdência privada foi instituído e é patrocinado, em

parte, pelo ex-empregador, e somente os empregados da empresa podem a ela

aderir, tratando-se de ente de previdência fechada que garante a quitação da dife-

rença como se na ativa eles estivessem.

Acerca da competência material, com base na CLT e no entendimento do STF e TST,

assinale a afirmativa correta.

a) A Justiça do Trabalho é competente para apreciar ambos os pedidos – recolhi-

mento de INSS e diferença na complementação de aposentadoria

b) Não há competência material da Justiça do Trabalho para apreciar nenhum dos

pedidos formulados.

c) A Justiça do Trabalho tem competência para apreciar o pedido de recolhimento

de INSS, mas não o de diferença na complementação de aposentadoria.

d) Se o juiz entender pela incompetência em relação a ambos os pedidos formula-

dos, deverá extinguir o feito sem resolução do mérito.

e) A Justiça do Trabalho tem competência para apreciar o pedido de diferença na

complementação de aposentadoria, mas não o de recolhimento de INSS.

Letra b.

Primeiramente, cabe destacar que a Justiça do Trabalho não será competente para

o pedido autônomo de recolhimento de contribuições previdenciárias. O máximo

que pode ocorrer na Justiça do Trabalho é a execução das contribuições previden-

ciárias devidas em razão de condenação do empregador a pagar verbas de natu-

reza salarial, ou do entabulamento de acordo que compreenda verbas salariais.

Ademais, o  STF já afirmou que relações jurídicas mantidas entre trabalhadores

e entidades de previdência complementar não derivam do contrato de trabalho,

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razão pela qual devem ser apreciadas pela Justiça Comum, eis que se fundam em

negócios jurídicos privados entre tais partes.

Cabe observação individual à letra d: o processo, nesse caso, não será somente

extinto sem resolução do mérito: deverá ser remetido ao órgão competente. De

acordo com o art. 795, § 2º, o juiz, ao declarar sua incompetência, deverá remeter

os autos ao juízo competente, e não simplesmente extinguir o processo.

Questão 20    (FCC/TRT-15ª REGIÃO/ANALISTA JUDICIÁRIO/2018) A arguição de

incompetência territorial no processo do trabalho se dará por meio da apresentação

de exceção de incompetência, que tem regras definidas em lei, entre as quais,

a) apresentada a exceção, os autos serão imediatamente conclusos ao juiz, que in-

timará o reclamante e, se existentes, os litisconsortes, para manifestação no prazo

comum de 5 dias.

b) entendendo necessária produção de prova oral, o juízo ouvirá as testemunhas

do excipiente na própria audiência, julgando a exceção em seguida.

c) sua apresentação será feita no prazo de 10 dias a contar da notificação, antes

da audiência e em peça que sinalize a existência desta exceção.

d) sua apresentação deve ocorrer juntamente com a contestação, em peça aparta-

da, devendo ser analisada e decidida pelo juiz de plano, em audiência.

e) protocolada a petição, o processo será interrompido e não se realizará a audiên-

cia até que se decida a exceção.

Letra a.

a) Certa. De acordo com o art. 800, § 2º, “Os autos serão imediatamente con-

clusos ao juiz, que intimará o reclamante e, se existentes, os litisconsortes, para

manifestação no prazo comum de cinco dias”.

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b) Errada. O excipiente e as suas testemunham têm o direito de oitiva por meio

de carta precatória, perante o juízo indicado pelo excipiente como competente

(art. 800, § 3º).

c) Errada. O prazo, na verdade, é de 5 dias (art. 800, caput).

d) Errada. Na verdade, a apresentação deverá ocorrer antes da audiência e em

peça que sinalize a existência desta exceção, necessariamente.

e) Errada. De acordo com o art. 800, § 1º, o processo será suspenso (o que é

diferente).

Questão 21    (FCC/TRT-15ª REGIÃO/ANALISTA JUDICIÁRIO ÁREA ADMINISTRA-

TIVA/2018) Em uma situação hipotética, Júlio Santos, residente e domiciliado na

cidade de Bauru/SP, foi contratado pela empresa Mach Tech Ltda., com sede na

cidade de São Paulo, para trabalhar como vendedor viajante, nas cidades de Botu-

catu/SP, São Manuel/SP, Lençóis Paulista/SP e Agudos/SP. Júlio estava subordinado

à filial da empresa Mach Tech Ltda., localizada na cidade de Campinas/SP, reportan-

do-se ao Gerente de Vendas, por meio de relatórios de atividades. Em fevereiro de

2018, Júlio Santos foi dispensado sem justa causa, sem que, no entanto, fossem

quitadas as verbas rescisórias a que tinha direito, razão pela qual pretende ajuizar

reclamação trabalhista em face da empresa Mach Tech Ltda.

A reclamação trabalhista deverá ser ajuizada na cidade de

a) Bauru/SP, porque é a localidade onde Júlio reside.

b) São Paulo/SP, porque é onde está localizada a sede da empresa.

c) Campinas/SP, porque Júlio está subordinado à filial ali localizada.

d) Botucatu/SP, São Manuel/SP, Lençóis Paulista/SP ou Agudos/SP, porque Júlio

prestou serviços em todas estas localidades.

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e) Bauru/SP, São Paulo/SP, Botucatu/SP, São Manuel/SP, Lençóis Paulista/SP, Agu-

dos/SP ou Campinas/SP, uma vez que compete ao empregado decidir qual locali-

dade melhor lhe convém.

Letra c.

De acordo com o art. 651, § 1º, da CLT, “quando for parte de dissídio agente ou

viajante comercial, a competência será da Junta da localidade em que a empresa

tenha agência ou filial e a esta o empregado esteja subordinado e, na falta, será

competente a Junta da localização em que o empregado tenha domicílio ou a loca-

lidade mais próxima”. Como existe a filial em Campinas, será neste local em que a

ação deverá ser ajuizada.

Questão 22    (CS-UFG/DEMAE-GO/PROCURADOR AUTÁRQUICO/2017) A Emen-

da Constitucional n. 45/2004 alterou o artigo 114 da Constituição Federal de 1988,

atribuindo a competência material à Justiça do Trabalho para processar e julgar as

lides decorrentes da relação de trabalho. Dessa forma, a Justiça do Trabalho tem

competência material para processar e julgar

a) as ações oriundas da relação de trabalho, porém não abrangidos os entes de

direito público externo em razão da imunidade desses entes, e da administração

pública direta e indireta da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios.

b) os conflitos de competência entre órgãos com jurisdição trabalhista e previ-

denciária, inclusive entre Tribunal Regional do Trabalho e Vara do Trabalho a ele

vinculada.

c) as ações de indenização por dano moral ou patrimonial, decorrentes da relação

empresarial.

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d) as ações sobre representação sindical entre sindicatos, entre sindicatos e traba-

lhadores, e entre sindicatos e empregadores.

Letra d.

a) Errada. Os referidos entes são, sim, abrangidos. Só devemos tomar cuidado

com o regime jurídico dos servidores. Celetistas submetem-se à jurisdição da Jus-

tiça do Trabalho. Estatutários, por sua vez, submetem-se à jurisdição da Justiça

Comum.

b) Errada. No referido caso, o conflito de competência provavelmente seria resol-

vido pelo STJ, pois ficaria configurado entre juiz do trabalho e juiz federal.

c) Errada. Tais danos devem decorrer da relação de trabalho para serem aprecia-

dos pela Justiça do Trabalho.

d) Certa. Informação em conformidade com a regra de competência do art. 114,

inciso III, da Constituição Federal.

Questão 23    (CS-UFG/DEMAE-GO/PROCURADOR AUTÁRQUICO/2017) Leia o

caso a seguir.

R. S., nascido em Salvador – BA e residente em Caldas Novas – GO, celebrou na

cidade de Itumbiara – GO um contrato de trabalho com a empresa Lua Cheia, com

sede no município de São Luiz dos Montes Belos – GO, para trabalhar na cidade de

Porangatu – GO.

A Consolidação das Leis do Trabalho estabelece regras claras quanto à competência

territorial a ser observada em possíveis conflitos de interesses exsurgidos da rela-

ção de emprego. Nesses termos, considerando o caso relatado,

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a) o juízo da Vara do Trabalho da cidade de Porangatu, local da prestação de ser-

viço, será competente para processar e julgar a lide decorrente da relação empre-

gatícia.

b) o empregado poderá optar entre a Vara do Trabalho do seu domicílio ou a Vara

do Trabalho da sede da empresa, para protocolizar Reclamação Trabalhista decor-

rente da relação empregatícia.

c) a Vara do Trabalho da cidade de Itumbiara, local da celebração do contrato de

trabalho, terá a competência territorial para processar e julgar qualquer Reclama-

ção Trabalhista decorrente da relação empregatícia.

d) o juízo da Vara do Trabalho da cidade de Salvador, local onde o empregado hi-

possuficiente nasceu, será competente para processar e julgar a lide decorrente da

relação empregatícia.

Letra a.

Nesta questão, podemos nos sobressair sabendo da regra geral: local da presta-

ção dos serviços, uma vez que houve efetivo labor em somente uma localidade

(art. 651 da CLT).

Questão 24    (INSTITUTO AOCP/TRT-1ª REGIÃO/ANALISTA JUDICIÁRIO/2018)

No que tange à exceção de incompetência territorial, no âmbito do processo traba-

lhista, assinale a alternativa correta.

a) A Exceção de Incompetência territorial deverá ser apresentada como preliminar

de contestação. Ao exceto será concedido prazo de 24 horas para manifestação

respectiva, devendo a decisão ser proferida na primeira audiência ou sessão que

se seguir.

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b) A exceção de incompetência territorial deverá ser apresentada em peça aparta-

da que sinalize explicitamente a existência da exceção, antes da audiência no prazo

de 5 dias, contados do recebimento da notificação pela reclamada. Protocolada a

petição de exceção, ao exceto será concedido prazo de 24 horas para manifestação

respectiva, devendo a decisão ser proferida na primeira audiência ou sessão que

se seguir.

c) A Exceção de Incompetência territorial deverá ser apresentada como preliminar

de contestação. Ao exceto será concedido prazo de 24 horas para manifestação

respectiva, devendo a decisão ser proferida no prazo de 5 dias.

d) A exceção de incompetência territorial deverá ser apresentada em peça aparta-

da que sinalize explicitamente a existência da exceção, antes da audiência, no pra-

zo de 5 dias, contados do recebimento da notificação pela reclamada. Protocolada

a petição de exceção, o processo será suspenso. O juiz intimará o exceto para ma-

nifestação no prazo de 5 dias. Da decisão que decidir a exceção de incompetência,

caberá recurso ordinário no prazo de 8 dias.

e) A exceção de incompetência territorial deverá ser apresentada em peça aparta-

da que sinalize explicitamente a existência da exceção, antes da audiência, no pra-

zo de 5 dias, contados do recebimento da notificação pela reclamada. Protocolada

a petição de exceção, o processo será suspenso até que se decida o incidente.

Letra e.

a) Errada. A regra de manifestação em 24 horas é aquela correspondente à an-

tiga redação do art. 800 da CLT, que foi alterada pela Reforma Trabalhista, que

construiu o novo procedimento que estudamos em aula. Portanto, essa alternativa

reproduz regra antiga e não mais existente.

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b) Errada. Na verdade, o prazo tido pelo exceto (reclamante) para manifestação


é de 5 dias.
c) Errada. A exceção deve ser apresentada em peça que sinalize sua existência,
e não necessariamente em preliminar de contestação. O prazo para manifestação
do exceto (reclamante), outrossim, é de 5 dias. Por fim, não há prazo previsto em
lei para que o juiz decida definitivamente pelo acolhimento, ou não, da exceção.
Além do mais, as decisões interlocutórias, em regra, são proferidas no prazo de 10
dias (art. 226, II, CPC), não havendo norma específica.
d) Errada. Essa alternativa está partindo do pressuposto de que o processo será
remetido a uma localidade pertencente à jurisdição de outro Tribunal, caso em que
caberia recurso ordinário em 8 dias, como estudamos. Todavia, a questão não fala
em momento algum que o processo seria remetido para Vara integrante de Tribunal
distinto em caso de acolhimento da exceção.
e) Certa. Alternativa em perfeita consonância com as regras do art. 800 da CLT.

Questão 25    (FCC/TRT-6ª REGIÃO/ANALISTA JUDICIÁRIO OFICIAL DE JUSTIÇA


AVALIADOR FEDERAL/2018) A exceção de incompetência territorial deverá ser
apresentada pelo reclamado em Processo do Trabalho
a) no prazo de 5 dias antes da audiência, mas sempre em peça apartada à defesa.
b) juntamente com a defesa, em audiência, podendo inclusive ser feita de forma
verbal, em respeito ao princípio da oralidade.
c) no prazo de 10 dias a contar da notificação, em peça autônoma onde se funda-
mente a existência da exceção.
d) juntamente com a defesa, em audiência, devendo ser sempre escrita e em peça
apartada.
e) no prazo de 5 dias a contar da notificação, antes da audiência e em peça que
sinalize a existência da exceção.

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Letra e.

A alternativa e está em perfeita consonância com as regras constantes do art. 800,

caput, da CLT. Portanto, estão equivocadas as afirmações de que a peça seria apre-

sentada na audiência, bem como o dado prazo da alternativa “c”, além de estar er-

rada a afirmação de que o prazo de 5 dias é contado da audiência, pois, na verdade,

o prazo é contado da notificação. Ademais, a peça de exceção é escrita.

Questão 26    (INSTITUTO AOCP/TRT-1ª REGIÃO/ANALISTA JUDICIÁRIO ÁREA

ADMINISTRATIVA/2018) Em relação à competência da Justiça do Trabalho, assi-

nale a alternativa INCORRETA.

a) A Constituição federal ampliou a competência da Justiça do Trabalho, atribuindo

a esta poderes para dirimir conflitos decorrentes das relações de trabalho e não

somente relações de emprego.

b) À Justiça do Trabalho compete processar e julgar as ações que envolvam repre-

sentação sindical entre sindicatos, entre sindicatos e trabalhadores e entre sindica-

tos e empregadores.

c) A Justiça do Trabalho é competente para processar e julgar mandados de segu-

rança, habeas corpus e habeas data quando o ato questionado envolver matéria

sujeita à sua jurisdição.

d) A Justiça do Trabalho é competente para processar e julgar ações de indenização

por dano moral ou patrimonial, decorrentes da relação de trabalho.

e) À Justiça do Trabalho compete processar e julgar as ações que envolvam repre-

sentação sindical entre sindicatos, entre sindicatos e trabalhadores, entre sindica-

tos e empregadores e demandas de qualquer natureza entre empregadores que

façam parte de um mesmo sindicato patronal.

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Letra e.

A letra “e” é a alternativa errada requerida pelo enunciado, pois as lides entre

empregadores, fora da relação trabalhista, são julgada na Justiça Comum, sendo

Estadual ou Federal, a depender da discussão.

Questão 27    (INSTITUTO AOCP/TRT-1ª REGIÃO/TÉCNICO JUDICIÁRIO ÁREA

ADMINISTRATIVA/2018) João tem domicílio na cidade do Rio de Janeiro/RJ e foi

chamado para uma entrevista de emprego pela empresa Colchões Ortopédicos

Ltda., com sede na cidade de Campinas/SP, ocasião em que foi contratado no pró-

prio local. Já no momento da contratação, a empresa informou ao novo empregado

que o mesmo iria trabalhar na filial da empresa na cidade de São José do Rio Preto/

SP. Depois de três anos de trabalho na empresa em questão, João foi dispensado

sem justa causa, não recebendo as verbas rescisórias, dentre outros pleitos que

considera devidos, razão pela qual almeja buscar a efetivação de seus direitos na

Justiça do Trabalho. Nesse seguimento, João deve pleitear seus direitos

a) em Campinas/SP, pois é o local da sede da empresa, pressupondo, assim, o de-

ver de ingressar com ação nesta localidade.

b) em qualquer uma das cidades mencionadas, pois o foro de ingresso da ação

trabalhista é opcional ao empregado.

c) no Rio de Janeiro/RJ, pois é a cidade de seu domicílio, oferecendo maiores faci-

lidades ao empregado.

d) em São José do Rio Preto/SP, pois é o local da prestação de serviços.

e) em Campinas/SP, pois é o local em que o empregado foi contratado.

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Letra d.

Mais uma questão de regra geral. Conforme o art. 651 da CLT, é o lugar da presta-

ção de serviços (São José do Rio Preto) o foro competente, tendo em vista que o

empregado só trabalhou neste local.

Questão 28    (INSTITUTO AOCP/TRT-1ª REGIÃO/ANALISTA JUDICIÁRIO OFI-

CIAL DE JUSTIÇA AVALIADOR FEDERAL/2018) Lucas, residente na cidade de

Nova Iguaçu (RJ), foi contratado na cidade de Petrópolis (RJ) pela empresa Brasa

Quente para trabalhar como Gerente na cidade de Teresópolis (RJ). Observa-se que

Duque de Caxias (RJ) é o domicílio eleitoral de Lucas, onde reside toda a sua famí-

lia, sendo que, aos finais de semana, aproveita para visitá-los. Sabe-se, ainda, que

a sede da empresa é na cidade de Barretos (SP) local onde Lucas recebeu todos

os treinamentos para o exercício de sua função. Considerando a possibilidade de

ingressar com uma ação trabalhista e valendo-se da regra geral prevista na Conso-

lidação das Leis do Trabalho, assinale a alternativa correta.

a) Lucas deverá propor a ação na cidade de Petropólis (RJ), pois a competência

territorial é fixada pelo local onde foi realizada a contratação.

b) Lucas deverá propor a ação na cidade de São Paulo, pois a competência territo-

rial é fixada pela capital do Estado no qual a matriz da empresa estiver localizada.

c) Lucas deverá propor a ação na cidade de Teresópolis (RJ), pois a competência

territorial é fixada pelo local onde o empregado prestar serviços ao empregador.

d) Lucas deverá propor a ação na cidade de Duque de Caxias (RJ), pois a, compe-

tência territorial é fixada pelo domicilio eleitoral do empregado.

e) Lucas deverá propor a ação na cidade de Nova Iguaçu (RJ), pois a competência

territorial é fixada pelo domicílio civil do empregador.

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Letra c.

Veja: outra questão de regra geral. Conforme o art. 651 da CLT, é o lugar da presta-

ção de serviços (Teresópolis) o foro competente, tendo em vista que o empregado

só trabalhou neste local.

Questão 29    (FCC/ENAMAT/JUIZ DO TRABALHO SUBSTITUTO/2017) Sobre a

competência da Justiça do Trabalho, a Consolidação das Leis do Trabalho e as Sú-

mulas do Tribunal Superior do Trabalho estabelecem:

a) A competência territorial das Varas do Trabalho é determinada pela localidade

onde o empregado prestar serviços ao empregador, ainda que tenha sido contrata-

do noutro local ou no estrangeiro, desde que seja o autor da ação.

b) Quando for parte de dissídio agente ou viajante comercial, a competência será

da Vara da localidade em que a empresa tenha agência ou filial e a esta o empre-

gado esteja subordinado e, na falta, será competente a Vara do domicílio do em-

pregado ou a da localidade mais próxima.

c) Se o empregado for brasileiro, a Justiça do Trabalho brasileira têm competência

para processar e julgar os dissídios ocorridos em agência ou filial no estrangeiro,

ainda que haja convenção internacional dispondo em contrário.

d) A Justiça do Trabalho é competente para determinar o recolhimento das contri-

buições previdenciárias, em relação às sentenças condenatórias em pecúnia que

proferir e aos valores, objeto de acordo homologado, que integram o salário de

contribuição, inclusive, no caso de reconhecimento de vínculo empregatício, quanto

aos salários pagos durante a contratualidade.

e) A Justiça do Trabalho é competente para processar e julgar as ações de indeni-

zação por danos morais e materiais decorrentes da relação de trabalho, inclusive as

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oriundas de acidente de trabalho e doenças a ele equiparados, ainda que propostas

pelos dependentes, desde que habilitados no Instituto Nacional do Seguro Social ou

sucessores do trabalhador falecido.

Letra b.

a) Errada. Como vimos, há divergência doutrinária sobre a competência territo-

rial para a ação trabalhista ajuizada por empregado que trabalhou no estrangeiro.

Prevalece, nesse ponto, o posicionamento de que é competente o local da sede da

empresa ou o lugar da contratação.

b) Certa. É a regra literal do art. 651, § 1º, da CLT.

c) Errada. Se houver convenção internacional em contrário, tal regra não prevale-

cerá (Art. 651, § 2º, parte final).

d) Errada. Se o vínculo for apenas reconhecido, a sentença será meramente de-

claratória. Nesse caso, a Justiça do Trabalho não poderá executar as contribuições.

e) Errada. A exigência da habilitação perante o INSS para tal representação não

existe no ordenamento jurídico.

Questão 30    (BANCA DO ÓRGÃO/TRT-22ª REGIÃO/JUIZ DO TRABALHO/2013)

Não compete à Justiça do Trabalho:

a) ação dos trabalhadores avulsos portuários em face dos órgãos gestores de mão

de obra;

b) interditos proibitórios, em caso de exercício do direito de greve;

c) habeas corpus em caso de prisão do depositário infiel;

d) ações sobre complementação de aposentadoria;

e) execução fiscal de multas previstas na CLT.

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Letra d.

Dentre tais, itens, não compete à Justiça do Trabalho julgar ações sobre comple-

mentação de aposentadoria, pois não se inserem no âmbito do contrato de traba-

lho. As demais são, sim, competências da Justiça do Trabalho.

Questão 31    (FGV/OAB/2019) Considere as situações a seguir.

I – Victor é um artista mirim e precisa de autorização judicial para poder partici-

par de uma peça cinematográfica como ator coadjuvante.

II – A empresa FFX Ltda. foi multada por um auditor fiscal do trabalho e deseja

anular judicialmente o auto de infração, alegando vícios e nulidades.

III – O empregado Regis teve concedido pelo INSS auxílio-doença comum, mas

entende que deveria receber auxílio-doença acidentário, daí porque pretende

a conversão judicial do benefício.

IV – Jonilson, advogado, foi contratado por um cliente para o ajuizamento de uma

ação de despejo, mas esse cliente não pagou os honorários contratuais que

haviam sido acertados.

Diante da norma de regência acerca da competência, assinale a opção que indica

quem deverá ajuizar ação na Justiça do Trabalho para ver seu pleito atendido.

a) Victor e Jonilson

b) Regis e a empresa FFX Ltda.

c) Victor e Regis

d) Apenas a empresa FFX Ltda.

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Letra d.

Item I: trata de matéria de competência do Juiz da Infância e Juventude. É a

regra do art. 406 da CLT, que diz: “O Juiz de Menores poderá autorizar ao menor

o trabalho a que se referem as letras “a” e “b” do § 3º do art. 405 (...)”. Na letra

“a” do § 3º do art. 405 da CLT constam os seguintes modos de trabalho: “presta-

do de qualquer modo, em teatros de revista, cinemas, boates, cassinos, cabarés,

dancings e estabelecimentos análogos”. Peças cinematográficas enquadram-se no

referido dispositivo. Logo, a competência para tanto é do Juiz da Infância e da Ju-

ventude (ontologicamente compreendido na expressão “juiz de menores”).

Item II: trata de matéria de competência da Justiça do Trabalho, prevista no

art. 114, inciso VII, da Constituição Federal.

Item III: A mudança do benefício previdenciário pretendido é matéria de com-

petência da Justiça Federal Comum, por envolverem entidade autárquica (INSS),

conforme o art. 109, inciso I, da Constituição Federal.

Item IV: A ação de advogado contra cliente, para cobrar honorários, compete à

Justiça Estadual Comum (Súmula n. 363 do STJ).

Portanto, somente a empresa FFX poderá ajuizar ação na Justiça do Trabalho.

Questão 32    (CESPE/PGM-CAMPO GRANDE-MS/PROCURADOR MUNICI-

PAL/2019) Em 2017, João foi contratado, em Campo Grande – MS, como auxiliar

administrativo da empresa X, sediada no mesmo município. Em 2018, depois de

um ano de serviços prestados a essa empresa, João foi dispensado sem justa

causa. Em 2019, ele mudou seu domicílio para Corumbá – MS e lá ajuizou recla-

mação trabalhista contra a empresa X em determinada vara do trabalho de Co-

rumbá. Na petição inicial, João afirmou ter trabalhado apenas em Campo Grande,

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mas sustentou a competência da vara do trabalho de Corumbá, por ser o foro de

seu atual domicílio. Três dias depois de ter sido notificada e antes da data marcada

para a audiência, a empresa X apresentou peça sinalizada como exceção de incom-

petência territorial, alegando a competência de vara do trabalho de Campo Grande.

A partir dessa situação hipotética, julgue o item a seguir à luz da legislação proces-

sual trabalhista.

A competência territorial é de vara do trabalho de Campo Grande, pois este foi o

local da prestação dos serviços.

Certo.

Como João trabalhou somente em Campo Grande, é este o foro onde deve ajuizar

a reclamação trabalhista. Logo, a exceção de incompetência da reclamada será

procedente. O domicílio do autor não é critério determinador de competência no

processo do trabalho. É a regra principal do art. 651 da CLT: “A competência das

Juntas de Conciliação e Julgamento [Varas do Trabalho] é determinada pela locali-

dade onde o empregado, reclamante ou reclamado, prestar serviços ao empre-

gador, ainda que tenha sido contratado noutro local ou no estrangeiro.”

Questão 33    (CESPE/PGM-MANAUS-AM/PROCURADOR DO MUNICÍPIO/2018)

Em relação à competência da justiça do trabalho, à revelia e às provas no processo

do trabalho, julgue o item que se segue.

A ação de indenização por dano moral decorrente da relação de trabalho proposta

por sucessores de trabalhador falecido é de competência da justiça do trabalho.

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Certo.
A questão aborda diretamente o teor da Súmula n. 392 do TST:

Nos termos do art. 114, inc. VI, da Constituição da República, a Justiça do


Trabalho é competente para processar e julgar ações de indenização por dano
moral e material, decorrentes da relação de trabalho, inclusive as oriundas de
acidente de trabalho e doenças a ele equiparadas, ainda que propostas pelos
dependentes ou sucessores do trabalhador falecido.

Questão 34    (CESPE/PREFEITURA DE FORTALEZA-CE/PROCURADOR DO MUNI-


CÍPIO/2017) A respeito da competência, das provas e do procedimento sumaríssi-
mo na justiça do trabalho, julgue o item que se segue.
Segundo o TST, em se tratando de relação de trabalho, compete à justiça do traba-
lho processar e julgar controvérsia em torno do direito de uso, para o exercício de
comércio ambulante, de espaço público municipal localizado em rodovia estadual
administrada por concessionária.

Errado.
Ações cujos objetos principais relacionem-se a direito de uso (direito real) não
competem à Justiça do Trabalho, por não abarcarem bem jurídico pertinente à
relação de trabalho. Para aprofundar neste tema, o TST publicou o Informativo n.
145, a cuja consulta remeto, caso tenha maior interesse pela temática.

Questão 35    (CESPE/PGE-AM/PROCURADOR DO ESTADO/2016) Acerca da juris-


prudência do TST relativa a ação rescisória, mandado de segurança e competência
na justiça do trabalho, julgue o item a seguir.
As relações de trabalho decorrentes de estágio se inserem na competência da jus-
tiça do trabalho, ainda que o contratante seja ente da administração pública direta.

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Errado.

Se houver envolvimento da Administração Pública Direta (regime público), e não

sendo a relação puramente empregatícia, a competência será da Justiça Comum.

A questão envolve tema tratado no Informativo n. 131 do TST.

Questão 36    (CESPE/DPU/DEFENSOR PÚBLICO FEDERAL/2015) Julgue o item

subsequente, relativo à competência e à prescrição no processo trabalhista e aos

princípios gerais que norteiam esse processo.

A justiça do trabalho é competente para julgar as demandas instauradas entre

pessoas jurídicas de direito privado integrantes da administração pública indireta

e seus empregados, cuja relação é regida pela CLT, independentemente de a ação

ser relativa ao período pré-contratual.

Certo.

Sendo o regime de direito privado (pessoa jurídica de direito privado) e a relação

de natureza empregatícia, a Justiça do Trabalho será competente para apreciar

questões decorrentes dessa relação, seja ela pré-contratual, contratual ou pós-

-contratual.

Questão 37    (CESPE/CÂMARA DOS DEPUTADOS/ANALISTA LEGISLATIVO CON-

SULTOR LEGISLATIVO ÁREA XXI/2014) Julgue o item a seguir, relativo a acidente

do trabalho.

De acordo com jurisprudência do Superior Tribunal de Justiça, compete à justiça

estadual processar e julgar os litígios decorrentes de acidente do trabalho.

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Errado.

Conforme a Súmula Vinculante n. 22 do STF:

A Justiça do Trabalho é competente para processar e julgar as ações de inde-


nização por danos morais e patrimoniais decorrentes de acidente de trabalho
propostas por empregado contra empregador, inclusive aquelas que ainda não
possuíam sentença de mérito em primeiro grau quando da promulgação da
Emenda Constitucional n. 45/2004.

Questão 38    (CESPE/CÂMARA DOS DEPUTADOS/ANALISTA LEGISLATIVO CON-

SULTOR LEGISLATIVO ÁREA V/2014) No que se refere à competência e à juris-

dição da justiça do trabalho, julgue o item subsequente. Nesse sentido, considere

que a sigla TST, sempre que empregada, se refere ao Tribunal Superior do Trabalho.

Compete à justiça federal julgar as ações que tenham como causa de pedir o des-

cumprimento de normas trabalhistas relativas à segurança, higiene e saúde dos

trabalhadores.

Errado.

Tal competência é da Justiça do Trabalho, e neste mesmo sentido figura o enuncia-

do da Súmula n. 736 do STF: “Compete à Justiça do Trabalho julgar as ações que

tenham como causa de pedir o descumprimento de normas trabalhistas relativas à

segurança, higiene e saúde dos trabalhadores.”

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Questão 39    (CESPE/CÂMARA DOS DEPUTADOS/ANALISTA LEGISLATIVO -

CONSULTOR LEGISLATIVO ÁREA V/2014) No que se refere à competência e

à jurisdição da justiça do trabalho, julgue o item subsequente. Nesse sentido,

considere que a sigla TST, sempre que empregada, se refere ao Tribunal Superior

do Trabalho.

Segundo o Superior Tribunal de Justiça (STJ), a justiça do trabalho é incompetente

para julgar ação de honorários entre cliente e advogado.

Certo.

Trata-se da interpretação fixada na Súmula n. 363 do STJ: “Compete à Justiça Es-

tadual processar e julgar a ação de cobrança ajuizada por profissional liberal contra

cliente.”

Questão 40    (CESPE/SERPRO/ANALISTA PERÍCIA EM CÁLCULO JUDICIAL/2013/

ADAPTADA) Acerca de direito coletivo e direito processual coletivo do trabalho, jul-

gue os itens que seguem. Nesse sentido, considere que as siglas TST e CLT, sempre

que empregadas, referem-se, respectivamente, a Tribunal Superior do Trabalho e

Consolidação das Leis do Trabalho.

É da justiça especializada do trabalho a competência material para apreciar deman-

das cujo litígio tenha como objeto representação sindical.

Certo.

Trata-se da competência fixada no art. 114, inciso III, da Constituição Federal: “as

ações sobre representação sindical, entre sindicatos, entre sindicatos e trabalhado-

res, e entre sindicatos e empregadores;”

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Questão 41    (CESPE/SERPRO/ANALISTA ADVOCACIA/2013) No que concerne ao

direito processual do trabalho, julgue o item seguinte.

Compete à justiça do trabalho processar e julgar ação ajuizada por empregado em

face de empregador relativa ao cadastramento no Programa de Integração Social.

Certo.

O item vai ao encontro do entendimento fixado na Súmula n. 300 do TST: “Com-

pete à Justiça do Trabalho processar e julgar ações ajuizadas por emprega-os em

face de empregadores relativas ao cadastramento no Programa de Integração So-

cial (PIS).”

Questão 42    (CESPE/TRT-10ª REGIÃO/ANALISTA JUDICIÁRIO/2013) A respeito

de organização, jurisdição e competência da justiça do trabalho, julgue o item que

se segue.

Compete à justiça do trabalho processar e julgar as ações sobre representação

sindical em que sejam partes sindicatos, sindicatos e trabalhadores, e sindicatos e

empregadores.

Certo.

Trata-se da competência fixada no art. 114, inciso III, da Constituição Federal: “as

ações sobre representação sindical, entre sindicatos, entre sindicatos e trabalhado-

res, e entre sindicatos e empregadores;”

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Questão 43    (CESPE/BANCO DA AMAZÔNIA/TÉCNICO CIENTÍFICO DIREI-

TO/2012) Por não tratarem de relação de emprego ou trabalho, conflitos que en-

volvam representação sindical são de competência da justiça comum.

Errado.

Veja o quanto este tema já foi explorado pela banca CESPE. Os conflitos que envol-

vam representação sindical são, na verdade, de competência da Justiça do Traba-

lho. Trata-se da competência fixada no art. 114, inciso III, da Constituição Federal:

“as ações sobre representação sindical, entre sindicatos, entre sindicatos e traba-

lhadores, e entre sindicatos e empregadores;”

Questão 44    (QUADRIX/CRM-PR/ADVOGADO/2018) Com base no entendimento

jurisprudencial do TST, julgue o próximo item.

No que toca à execução das contribuições previdenciárias, a competência da Justi-

ça do Trabalho limita-se às sentenças condenatórias em pecúnia que proferir e aos

valores, objeto de acordo homologado, que integrem o salário de contribuição.

Certo.

Trata-se do entendimento fixado na Súmula n. 368, item I, TST:

I – A Justiça do Trabalho é competente para determinar o recolhimento das


contribuições fiscais. A competência da Justiça do Trabalho, quanto à execução
das contribuições previdenciárias, limita-se às sentenças condenatórias em
pecúnia que proferir e aos valores, objeto de acordo homologado, que inte-
grem o salário de contribuição.

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Questão 45    (CESPE/TELEBRAS ADVOGADO/2015) No tocante a execução traba-

lhista, julgue o item subsequente considerando a jurisprudência do TST.

A justiça do trabalho é competente para executar as contribuições sociais reserva-

das às entidades integrantes do denominado Sistema S, ainda que estas não sejam

de natureza previdenciária.

Errado.

A competência para executar contribuições sociais, por parte da Justiça do Traba-

lho, restringe-se às contribuições sociais previstas no art. 195, I, a, e II, e seus

acréscimos legais, decorrentes das sentenças que proferir (art. 114, inciso VIII,

CF/1988). O TST já possui vários acórdãos no sentido de que a execução das

contribuições do Sistema S não se insere na competência da Justiça do Trabalho.

Questão 46    (CESPE/AGU/PROCURADOR FEDERAL/2010) No que concerne à le-

gislação acidentária, ao benefício de prestação continuada previsto na Lei de Or-

ganização da Assistência Social e jurisprudência dos tribunais superiores, julgue o

item que se segue.

A competência para julgar ações de indenização por danos morais e materiais de-

correntes de acidente de trabalho propostas pelo trabalhador, após a edição da

Emenda Constitucional n. 45/2004, é da justiça comum estadual.

Errado.

Conforme a Súmula Vinculante n. 22 do STF:

A Justiça do Trabalho é competente para processar e julgar as ações de inde-


nização por danos morais e patrimoniais decorrentes de acidente de trabalho
propostas por empregado contra empregador, inclusive aquelas que ainda não

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possuíam sentença de mérito em primeiro grau quando da promulgação da


Emenda Constitucional n. 45/2004.

Questão 47    (CESPE/ANTAQ/ESPECIALISTA EM REGULAÇÃO ENGENHARIA AM-

BIENTAL OU BIOLOGIA/2009) Considere a situação de um empregado público de

empresa pública federal, prestadora de serviços públicos, que tenha sido demitido

por justa causa e, por discordar do fundamento da demissão, tenha ingressado na

justiça do trabalho com reclamação trabalhista, pleiteando verbas rescisórias, já

que estaria submetido ao regime da Consolidação das Leis do Trabalho (CLT). Com

relação a essa situação e acerca da organização administrativa da União e da sua

administração indireta, julgue o item seguinte.

A referida reclamação trabalhista deverá ser julgada pela justiça federal, e não pela

justiça do trabalho.

Errado.

A empresa pública federal é uma pessoa jurídica de direito privado. Sendo o regime

de direito privado e a relação de natureza empregatícia, a Justiça do Trabalho será

competente para apreciar questões decorrentes dessa relação.

Questão 48    (CESPE/SEAD-SE (FPH)/PROCURADOR/2009) A respeito do direito

processual do trabalho, julgue o item seguinte.

A justiça do trabalho é competente para julgar as ações de acidente do trabalho em

que se discuta a controvérsia acerca de benefício previdenciário.

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Errado.

Benefícios previdenciários são objeto de ações de competência da Justiça Federal,

ou da Justiça Estadual, em localidades não abrangidas pela jurisdição de Varas

Federais. Se a controvérsia acerca do acidente de trabalho fosse restrita a danos

morais e patrimoniais, a competência seria da Justiça do Trabalho.

Questão 49    (CESPE/TRT-17ª REGIÃO/ANALISTA JUDICIÁRIO EXECUÇÃO DE

MANDADOS/2009) Acerca da distribuição, julgue o item que se segue.

Feita a distribuição, a reclamação deve ser remetida pelo distribuidor à vara ou ao

juízo competente, acompanhada do bilhete de distribuição.

Certo.

Trata-se da regra literal do art. 788 da CLT.

Questão 50    (CESPE/TRT-17ª REGIÃO/ANALISTA JUDICIÁRIO EXECUÇÃO DE

MANDADOS/2009) Acerca da distribuição, julgue o item que se segue.

A distribuição das reclamações deve ser feita entre as varas do trabalho ou os juí-

zes de direito do cível, quando investidos na administração da justiça do trabalho,

pela ordem rigorosa de sua apresentação ao distribuidor, quando o houver.

Certo.

A banca cobrou a regra literal do art. 783 da CLT:

Art.  783. A distribuição das reclamações será feita entre as Juntas de Conciliação e
Julgamento, ou os Juízes de Direito do Cível, nos casos previstos no art. 669, § 1º, pela
ordem rigorosa de sua apresentação ao distribuidor, quando o houver.

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