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1101-MANUAL BÁSICO-OPERAÇÕES DE CRÉDITO

Título 3 - Programas para Investimento


Capítulo 28 - BNDES Automático - Programa de Modernização da
Administração Tributária e de Gestão dos Setores Sociais Básicos
(BNDES PMAT Automático - Investimento)

Versão 004 - 30/12/2015

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1 Finalidade

1.1 Apoiar projetos de investimento da administração pública municipal voltados à


modernização da administração tributária e à melhoria da qualidade do gasto público,
visando proporcionar aos municípios uma gestão eficiente que gere aumento de receitas
e/ou redução de custo unitário dos serviços prestados à coletividade.

1.2 Os projetos estarão, obrigatoriamente, vinculados à implementação de uma ou mais das


seguintes ações passíveis de apoio neste Programa, sendo vedada a concessão de
crédito para outras ações, observado que as ações estarão relacionadas com os
resultados esperados, conforme o disposto no subitem 9.17.2 seguinte.

1.2.1 Cadastro mobiliário e/ou imobiliário ou cadastro multifinalitário:

a) elaboração de cadastro multifinalitário;

b) recadastramento mobiliário e imobiliário (revisão de planta genérica de


valores; realização de aerofotogrametria; georreferenciamento).

1.2.2 Gestão e controle de processos:

a) informatização de protocolo de administração e de atendimento;

b) arquivamento e digitalização de documentos.

1.2.3 Atendimento ao cidadão e/ou ao contribuinte:

a) estruturação de central de atendimento presencial e remota (telefone ou


correio eletrônico);

b) informatização do processo de atendimento ao contribuinte (painel digital;


totens de atendimento; criação de página na internet com interatividade);

c) criação de estrutura para atendimento especializado a pessoas jurídicas (por


exemplo: abertura de empresa; emissão de alvará e licenças);

d) implantação do projeto Cadastro Sincronizado Nacional (CadSinc).

1.2.4 Administração tributária e/ou financeira:

a) implantação do projeto Cadastro Sincronizado Nacional (CadSinc);


b) informatização de arrecadação, processos administrativos tributários, dívida
ativa, cobrança administrativa e judicial, nota fiscal eletrônica e estruturação,
revisão ou atualização de legislação tributária e aquisição de equipamentos
de apoio à fiscalização tributária.

1.2.5 Sistema de gestão:

a) integração de órgãos da administração pública:

b) rede de conectividade;

c) implantação ou reestruturação de data center;

d) informatização da gestão da saúde;

e) informatização da gestão da educação.

1.2.6 Implantação do projeto Cidades Digitais de acordo com regras e diretrizes


definidas pelo Ministério das Comunicações em consonância com as normas do
Sistema BNDES.

1.2.7 Gestão de recursos humanos: informatização dos processos relativos a recursos


humanos (folha de pagamento e benefícios; controle de frequência; recrutamento,
seleção e contratação).
==>
1.3 As operações serão enquadradas na linha de financiamento BNDES PMAT Automático -
Investimento, mediante o produto BNDES Automático e conforme os termos e condições
deste capítulo.

1.3.1 Para financiamento a projetos de investimento em que não haja participação


ampliada: a solicitação do crédito é encaminhada diretamente pelo Banco, nas
condições operacionais estabelecidas neste capítulo, mediante elaboração de ficha-
resumo de operação via Internet - Sistema FRO - Eletrônica.

1.3.1.1 No preenchimento da operação no Sistema FRO Eletrônica, deverá ser


selecionada, no campo "Programa", a opção "PMAT AUTOM INVEST".

1.3.1.2 Os Pedidos de Liberação (PLs) deverão ser encaminhados exclusivamente


por meio digital, exceto para operações com situação caracterizada como
"Fluxo interrompido na FRO Eletrônica", que deverão observar os
procedimentos estabelecidos para a Liberação dos Recursos na Circular
do Produto BNDES Automático.

1.3.2 Para financiamento a projetos de investimento quando houver participação


ampliada: a solicitação do crédito é encaminhada diretamente pelo Banco, nas
condições operacionais estabelecidas neste capítulo, por meio do formulário Ficha
Resumo de Operação - FRO.

1.3.2.1. O Banco deverá encaminhar os subcréditos com números de propostas


distintos, porém, em uma única FRO, observado o disposto nas alíneas "a"
e "b" abaixo:

a) As referidas propostas receberão números de contrato diferentes e


serão controladas distintamente para efeitos de cobrança; e

b) Deverão ser estabelecidas as mesmas condições de Prazo e


Remuneração para todos os subcréditos.
1.3.2.2 No preenchimento da FRO, deverão ser observadas, adicionalmente, as
seguintes instruções:

a) O campo "Outro Programa" deverá ser preenchido com "PMAT


AUTOM INVEST"; e

b) O campo "Descrição do Projeto" deverá ser preenchido somente com


a transcrição da(s) ação(ões) e subação(ões) passível(is) de apoio,
descritas no subitem 1.2 anterior, que estarão vinculadas ao projeto
financiado.

1.3.2.3 Os PLs deverão ser encaminhados conforme os procedimentos


estabelecidos para a Liberação dos Recursos na Circular do Produto
BNDES Automático.
<==
1.4 Serão apoiados os projetos, cujos orçamentos contemplem os itens indicados a seguir e
que se caracterizem como projetos de investimentos para o fortalecimento da capacidade
gerencial, normativa, operacional e tecnológica da administração municipal relacionados
às áreas de administração geral, administração tributária, administração financeira e
patrimonial ou administração da saúde e da educação.

1.4.1 Obras civis, montagem e instalações.

1.4.2 Máquinas e equipamentos novos produzidos no País, desde que constantes no


Credenciamento de Fabricantes Informatizado (CFI) da FINAME, cuja consulta se
faz no Sistema 708 (relatório equipamentos por fabricante), indicados a seguir:

a) equipamentos de informática: microcomputadores, estabilizadores, no-breaks,


impressoras, roteadores, scanners, hubs, switches, thin clients, projetor
multimídia, servidores, notebooks, antenas de rádiotransmissão, estações
rádio-base;

b) equipamentos de apoio à operação e à fiscalização: radiocomunicadores,


leitoras de cartão, totens de atendimento e controles de frequencia de pessoal;

c) bens de informática e automação, abarcados pela Lei nº 8.248 de 23/10/1991


(Lei de Informática), que cumpram o Processo Produtivo Básico (PPB) e
possuam tecnologia nacional na forma da Portaria nº 950 de 12/12/2006 do
Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação, ou da que venha a substituí-la.

1.4.3 Móveis e utensílios.


==>
1.4.4 Softwares nacionais, passíveis de apoio no âmbito do Subprograma BNDES
Prosoft - Comercialização do Programa BNDES para o Desenvolvimeto da
Indústria Nacional de Software e Serviços de Tecnologia da informação - BNDES
Prosoft.
<==
1.4.5 Motocicletas e automóveis de passeio, desde que exclusivamente voltados para
atividades de fiscalização da área de administração tributária, em quantidade total
limitada ao número de servidores públicos efetivos que, comprovadamente,
exerçam a função de fiscal.

1.4.6 Capacitação técnica e gerencial de servidores públicos efetivos do mutuário.

1.4.7 Serviço técnico especializado.


1.4.8 Serviços de tecnologia da informação, incluindo a customização de softwares e
com criação e atualização de cadastros, podendo incluir, ainda,
georreferenciamento, aerofotogrametria e demais gastos correlatos.

2 Público-alvo

Municípios.

3 Fonte dos Recursos

Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), por meio do produto


BNDES Automático.

4 Limitações

Respeitados a margem disponível no LRG do mutuário, serão observadas as limitações


constantes nos subitens a seguir.

4.1 Limite de endividamento

É de R$ 20.000.000,00 o valor máximo do financiamento, por mutuário, a cada período


de 12 meses contados da data da aprovação da operação pelo BNDES.

4.2 Limite de Financiamento

4.2.1 O nível de participação dos recursos do BNDES em relação ao valor total dos
itens financiáveis do projeto será determinado, em cada operação, com base na
efetiva necessidade do proponente, observado o disposto a seguir.
==>
4.2.2 A participação máxima do BNDES em cada operação observará o máximo de
70% do valor dos itens financiáveis.
<==
4.2.3 A participação do BNDES sobre as máquinas e equipamentos será computada
sobre o preço de aquisição das máquinas e equipamentos, inclusive tributos,
quando houver incidência, deduzindo-se possíveis descontos concedidos a
qualquer título pelo fornecedor.
==>
4.2.4 A Participação Máxima do BNDES poderá ser ampliada ampliada em até 20%,
desde que não ultrapasse a 90% do valor dos itens financiáveis, com as mesmas
condições de financiamento da participação que trata o subitem 4.2.2 anterior,
exceto quanto ao Custo Financeiro a ser aplicado à parcela de crédito referente
ao aumento da participação.
<==
4.3 Outras limitações

Gastos com treinamento de pessoal, desde que com objetivos e prazos definidos, ficam
limitados a 10% do valor dos itens financiados;

5 Prazos

5.1 Até 96 meses, incluído o prazo de carência de até 24 meses.

5.2 O prazo total e o de carência serão contados sempre a partir do dia 15 subsequente à
data da formalização jurídica da operação com o mutuário.

5.3 O prazo de carência será de, no mínimo, 1 mês e definido de forma tal que o término da
carência ocorra, no máximo, 6 meses após a data de entrada em operação comercial do
empreendimento, observado que prazos maiores serão admissíveis, mediante justificativa
submetida ao BNDES, quando o prazo de maturação do projeto assim o exigir.

5.4 As operações terão periodicidade mensal.

==>
5.5 Durante a fase de carência, os juros serão pagos no dia 15, trimestralmente. Na fase de
amortização, os juros serão pagos juntamente com as parcelas de amortização.
<==
5.6 Na fase de amortização, os juros serão pagos juntamente com as parcelas de
amortização.

6 Encargos
==>
Os encargos financeiros aplicáveis às operações são os indicados nos seguintes subitens:

6.1 Quando a participação máxima do BNDES na operação observar o máximo de 70% do


valor dos itens financiáveis, será o resultado do somatório de custo financeiro,
remuneração básica do BNDES, taxa de intermediação financeira e remuneração do
Banco:
<==
6.1.1 Сusto financeiro (juros básicos): Taxa de Juros de Longo Prazo (TJLP).

6.1.2 Remuneração básica do BNDES (spread básico): 1,2% a.a.

6.1.3 Taxa de intermediação financeira (del-credere do BNDES): não há.

6.1.4 Remuneração do Banco (spread de risco: ganho do Banco): mínimo de 3% a.a.


==>
6.2 Quando a Participação Máxima do BNDES for ampliada para até 90% do valor dos itens
financiáveis, os encargos financeiros serão os seguintes :

6.2.1 Сusto financeiro (juros básicos):

a) Para a parcela de crédito cuja participação seja de até 70%, o custo financeiro
será aquele indicado no item 6.1.1 anterior;

b) Para a parcela de crédito referente ao aumento da participação: terá como custo


financeiro uma das seguintes opções, à escolha do mutuário:

- Taxa Média SELIC acumulada, apurada pelo Banco Central do Brasil em base
diária (Selic). No caso de se utilizar a Taxa Média Selic, haverá ainda a
incidência da Sobretaxa Fixa, que será divulgada periodicamente, no Dianet,
módulo Apoio Operacional e Administrativo, item 3, Outras taxas e índices; ou

Variação da Unidade Monetária do BNDES, acrescida dos encargos da Cesta


de Moedas (UMBNDES/Cesta); ou

- Variação do Dólar Norte-americano, acrescida dos encargos da Cesta de


Moedas (US$/Cesta).

6.2.2 Remuneração básica do BNDES (spread básico): 1,2% a.a.


6.2.3 Taxa de intermediação financeira (del-credere do BNDES): não há.

6.2.4 Remuneração do Banco (spread de risco: ganho do Banco): mínimo de 3% a.a.


<==

6.3 IOF e tarifas: conforme as instruções em vigor.

7 Garantias

Cotas-partes do Fundo de Participação dos Municípios (FPM) e/ou receitas provenientes do


imposto sobre circulação de mercadorias e prestação de serviços (ICMS ou ICMS-
Exportação).

8 Reembolso

8.1 O reembolso se dará em prestações mensais.

8.2 Cada prestação será no valor do principal vincendo da dívida dividido pelo número de
prestações não-vencidas, vencendo-se a primeira no dia 15 do mês imediatamente
subsequente ao término do período de carência.

9 Outras Condições

9.1 Área de atuação: toda a área de atuação do Banco.

9.2 Recursos Próprios

9.2.1 Nos projetos em fase de execução, os investimentos financiáveis efetivamente


realizados e pagos com recursos próprios do mutuário até o 6° mês anterior à
data de entrada do projeto na agência podem ser considerados para efeito de
cálculo da contrapartida de recursos próprios que comporá as fontes do projeto,
desde que devidamente comprovados e documentados, observado, ainda, o
disposto a seguir:

a) o aproveitamento integral dos investimentos realizados no período de 6


meses anterior à entrada do projeto na agência só ocorrerá se o intervalo de
tempo entre a data de entrada do projeto na agência e a data de protocolo da
FRO no BNDES não ultrapassar 4 meses;

b) se o intervalo de tempo de que trata a alínea 9.2.1-b anterior for superior a 4


meses, o BNDES fixará, automaticamente, como data de entrada do projeto
na agência a data que seja, no máximo, 4 meses anterior à data de
recebimento da FRO, para, a partir dessa data por ele fixada, contar o
referido prazo de 6 meses.

9.2.2 Poderão ser considerados passíveis de reembolso os investimentos financiáveis,


previstos no orçamento do projeto, realizados e pagos a partir da data de
entrada do pedido de financiamento na agência ou a partir de 4 meses antes do
protocolo da FRO no BNDES, o que ocorrer por último.

9.3 A agência providenciará para que a FRO seja protocolada no BNDES no prazo de até
120 dias, contados da data de entrada da proposta na agência.

9.4 Previamente à contratação da operação, o mutuário comprovará que está em dia com a
entrega da Relação Anual de Informações Sociais (RAIS), mediante apresentação do
recibo de transmissão da RAIS pela internet.

9.5 Conforme Aviso BNDES SUP/AOI Nº 03/2015, de 15/01/2015, a agência fica autorizada a
contratar operações, sem necessidade de realizar consulta ao Cadastro de
Empregadores que tenham mantido trabalhadores em condições análogas à de escravo,
do Ministério do Trabalho e Emprego (MTE), a partir de 31.12.2014 e enquanto
perdurarem os efeitos da medida liminar proferida nos autos da Ação Direta de
Inconstitucionalidade (ADI) nº 5.209/DF. A decisão liminar determinou que se retirasse o
referido Cadastro do sítio do MTE, em 31.12.2014, configurando tal consulta em condição
inexequível.

9.6 Licenciamento ambiental

9.6.1 Previamente à contratação da operação e por ocasião de cada liberação, o


mutuário comprovará, mediante a competente licença ambiental, conforme o
caso, emitida pelo órgão ambiental competente, que está regular com relação à
legislação ambiental.

9.6.2 Não são aplicáveis aos mutuários de operações no âmbito deste Programa as
hipóteses de dispensa de comprovação do licenciamento ambiental previstas em
norma, exceto quando a dispensa tiver sido estabelecida por força de dispositivo
legal.

9.6.3 O simples protocolo de pedido de licenciamento ambiental não é suficiente para


o cumprimento da exigência de que se trata.

9.6.4 É indispensável a concessão da licença pelo órgão competente, salvo os casos


de dispensa por dispositivo legal.

9.6.5 Em quaisquer casos de dispensa, precisará haver documento formal de


dispensa ou que ateste a dispensa, emitido pelo órgão ambiental competente,
relativo especificamente ao projeto objeto do financiamento.

9.7 O projeto financiado no âmbito deste Programa só poderá ser alterado mediante prévia e
expressa autorização do BNDES.

9.8 Previamente à contratação, a agência exigirá do proponente as declarações de que trata


o Documento 102 do 3102-MP-OC, título 32.

9.9 Na hipótese de não-comprovação física e/ou financeira da realização do projeto objeto do


financiamento e na hipótese de aplicação dos recursos concedidos em finalidade diversa
daquela prevista no instrumento de crédito formalizador da operação, ocorrerá o
vencimento antecipado do crédito para com o BNDES, ficando o Banco sujeito, a partir do
dia seguinte ao fixado por notificação judicial ou extrajudicial, à multa de 50% incidente
sobre o valor liberado e não-comprovado, acrescido dos encargos devidos na forma
contratualmente ajustada até a data da efetiva liquidação do débito.

9.10 A cessão e a transferência dos direitos e das obrigações decorrentes do financiamento,


bem como a venda ou qualquer forma de alienação dos bens financiados, sem
autorização expressa do BNDES, acarretarão a rescisão, de pleno direito, do contrato
celebrado entre o BNDES e o Banco, passando o saldo devedor existente, nele
incluídas as parcelas vincendas, a ser exigível, de imediato, na forma contratual.

9.11 Os empreendimentos apoiados no âmbito deste Programa estarão regulares com o


cumprimento da legislação relativa à acessibilidade das pessoas portadoras de
deficiência, na forma do 3102-MANUAL DE PROCEDIMENTOS-OPERAÇÕES DE
CRÉDITO 2-1, sendo arquivados no dossiê da operação documentos que comprovem
essa regularidade.

9.12 Cadastro da FINAME - Consulta Obrigatória

Para verificar se as máquinas e equipamentos objeto do financiamento estão ali


cadastrados, é obrigatória a consulta ao cadastro da FINAME no Sistema 708 (relatório
equipamentos por fabricante), notadamente as instruções porventura constantes no
campo "Obs.".

9.13 Responsabilidade Técnica - Apresentação da ART ou RRT - Observar-se-á,


previamente à contratação, o disposto no 2101-MANUAL AUXILIAR-OPERAÇÕES DE
CRÉDITO 3-1 para a obtenção da ART do CREA ou do CORECON ou o RRT do CAU,
conforme o caso.

9.14 Vencimento Antecipado da Dívida

Ocorrerá o vencimento antecipado da dívida se sobrevier sentença condenatória


transitada em julgado em razão da prática de atos, pelo mutuário que importem trabalho
infantil, trabalho escravo ou crime contra o meio ambiente, salvo se efetuada a reparação
imposta ou enquanto estiver sendo cumprida a pena imposta ao mutuário, observado o
devido processo legal.

9.15 Manutenção da Regularidade Ambiental

É obrigação do agente financeiro certificar-se de que o mutuário mantém sua situação


regularizada perante os órgãos ambientais durante a vigência da operação, arquivando no
dossiê da operação os documentos relativos ao cumprimento da questão ambiental.

9.16 Máquinas e/ou Equipamentos Sujeitos a Eventos de Produção

Nas operações com valores relativos a máquinas e equipamentos que possuírem eventos
de produção, o mutuário apresentará, obrigatoriamente, um cronograma de eventos com a
previsão das liberações correspondentes ao valor financiado do bem, vinculadas aos
eventos de produção, especificando-se, no cronograma, os eventos não-físicos (tais como
sinal, assinatura de contrato, aprovação de desenhos e projetos etc.) e os eventos físicos
(tais como compra de matérias-primas, fabricação e corte de chapa etc.), sendo a última
parcela do referido cronograma de, no mínimo, 20% do valor financiado do bem,
correspondente à sua entrega e aceitação (incluídos pagamento de impostos e margem de
lucro), observado que os respectivos pedidos de liberação só poderão ser protocolados no
BNDES após a apresentação de declaração do mutuário à agência, que será arquivada no
dossiê da operação, e por esta ratificada, em que ateste o cumprimento do evento previsto
no cronograma.

9.17 Análise da operação

Na análise das operações pelo Banco, serão seguidas as instruções relativas ao


BNDES Automático, observado o que se segue.

9.17.1 O município proponente apresentará ao Banco projeto de modernização que


permita identificar, analisar e acompanhar detalhadamente o conjunto de ações
e resultados esperados, físicos e financeiros, por meio das quais pretenda
alcançar um maior nível de eficiência em sua arrecadação ou de redução
efetiva do custo unitário do setor público na prestação dos serviços sociais
básicos.

9.17.2 No encaminhamento do pedido de financiamento, o município determinará o


máximo de resultados esperados possível para cada ação eleita, dentre as
indicadas no subitem 1.2 anterior, escolhendo, no mínimo, 2 dos indicadores de
objetivo e 2 dos indicadores de produtos e serviços entregues indicados nas
Tabelas 1 e 2 adiante, tendo o município de definir os resultados esperados
com a execução do projeto e, quando possível e aplicável, para cada uma das
ações propostas que serão realizadas.

Tabela 1
Indicadores de Objetivo

Indicadores Descrição Lógica da intervenção


Arrecadação própria de
Receita de IPTU
IPTU em R$
Arrecadação própria de
Receita de ISS
ISS em R$ Aumentar receitas
Arrecadação própria de
Receita da
recuperação da dívida ativa
Dívida Ativa
em R$
Tempo médio de espera na
Tempo de espera
central de atendimento
Prazo médio para solução de Aprimorar atendimento
Prazo para
demandas dos cidadãos nos
solução
processos apoiados

Tabela 2
Indicadores de Produtos e Serviços Entregues

Indicadores Descrição Lógica da intervenção


Nº de softwares e
sistemas Número de softwares e Melhoria da gestão /
implantados para sistemas implantados para Tecnologia da
melhoria da melhoria da gestão Informação
gestão
Nº de
Número de equipamentos
equipamentos Equipamentos
adquiridos
adquiridos
Número de pessoas
Nº de pessoas Qualificação do corpo
treinadas, informado pelo
treinadas funcional
mutuário
Nº de estudos
Número de estudos e
e projetos
projetos realizados e Estudos e projetos
realizados
implementados
implementados
Número de processos
Nº de processos
otimizados, informado pelo Melhoria de processos
otimizados
mutuário

9.17.3 O município constituirá grupo especial de trabalho de modernização da gestão


pública, o qual contará com, pelo menos, 40% de servidores públicos
municipais efetivos dentre seus membros, para coordenador a elaboração, a
implantação e o acompanhamento de todo o projeto.

9.17.4 O município apresentará ao Banco ato administrativo emitido pela autoridade


competente, devidamente publicado no veículo oficial de imprensa desse ente
público, que comprove a instituição do grupo especial de que trata o subitem
9.17.3 anterior, o qual será arquivado no dossiê da operação.

9.17.5 Caso o projeto contemple o financiamento da aquisição dos bens de que trata o
subitem 1.4.5 anterior, o município apresentará, quando da apresentação do
pedido de financiamento, declaração firmada pelo prefeito, na qual informe o
número de fiscais do município.

9.18 Outras exigências

9.18.1 O município comprovará, durante o prazo de utilização dos recursos, a


inclusão, na lei orçamentária anual e no plano plurianual em vigor, na categoria
econômica de despesas de capital, dos investimentos que serão realizados
com os recursos provenientes do BNDES e com os recursos próprios da
contrapartida no montante mínimo necessário à realização do projeto,
observado o disposto no parágrafo único do art. 20 da Lei nº 4.320 de
17/03/1964, com abertura de programa especial de trabalho.

9.18.2 O município encaminhará à agência, juntamente com cada solicitação de


desembolso, as informações na forma do modelo constante na Tabela 3
adiante a respeito dos processos licitatórios e dos contratos objeto do referido
pedido de liberação.

Tabela 3
Modelo para Prestação de Informações - Processos Licitatórios

Data de
Intervençã Nome do Publicaçã
Licitaçã Contrat Praz Valo
o Contratad o no
o nº o nº o r
específica o Diário
Oficial

==>
9.18.3 O mutuário deverá notificar do recebimento de cada uma das liberações
de re cursos oriundos do contrato todos os partidos políticos, sindicatos
de trabalhadores e entidades empresariais sediadas no Município, em
cumprimento ao disposto no art. 2º da Lei nº 9.452, de 20.03.1997, no
prazo de 02(dois) dias úteis, contado da data de recebimentos dos
recursos.
<==

9.19 Sistema de Registro de Operações de Crédito com o Setor Público (CADIP)

A agência adotará os procedimentos de que trata o 3102-MANUAL DE


PROCEDIMENTOS-OPERAÇÕES DE CRÉDITO 26-6 para fins do cumprimento das
obrigações do Banco perante o CADIP.

9.20 Prevenção e Combate à Lavagem de Dinheiro

O 1101-MANUAL BÁSICO - OPERAÇÕES DE CRÉDITO, Título 2, Capítulo 3 -


Prevenção e Combate à Lavagem de Dinheiro complementa as normas deste Capitulo
e deve ser objeto de leitura por todos os funcionários envolvidos nas atividades
relacionadas com a realização de operações e administração de crédito.

10 Formalização

Minuta 89.

***

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