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Dimensionamento de tubulações

Parte II
Diâmetro da tubulação
Propriedades físicas de fluidos
VISCOSIDADE

 Viscosidade absoluta μ
Poise (P), usual centipoise 10-2 poise

1μ = 1dyn seg/cm2 , ou g/cm.s, ou kg/ms = Pa.s (1 cP = 10-3 Pa.s) 1P = 10-5 Pa.s

 Viscosidade cinemática υ,
Stoke, usual centistoke 10-2 stokes

υ = μ / ρ ( cm2/s) ρ =g/cm3

Variação da viscosidade com a temperatura:

 Líquidos: T ↑ μ ↓ ,

 Gases: T↑ μ↑
Viscosímetros cinemáticos:
Saybolt universal - Tempo (s) necessário para escoamento através de um orifício
Saybolt Furol (para fluidos muito viscosos)
Engler
Saybolt Redwood
Brookfield (spinder)
Ostwald
Esferas em duto, etc..

DENSIDADE

 Densidade específica

 Líquidos: lb/ft3, g/cm3


CONVERSÃO DE OUTRAS UNIDADES PARA DENSIDADE RELATIVA:
141,5
 De: API (óleos) d d - (60F/60F)
131,5 0API
 De: Bé (Baumé)

140
• Líquidos menos densos que a água: d
130 0Bé
 Líquidos mais densos que a água: 145
d
145 0 Bé
Gases e vapores
Mol ( gas)
Densidade relativa d
Mol (ar )
_
Volume específico V  1 cm3/g ou ft3/lb

Outras Termos ou parâmetros /definições:

Para dutos não circulares:


A = área da seção transversal do duto - ft2
 Raio hidráulico: RH  ft  
A
P* P* = perímetro molhado -ft

 Diâmetro equivalente Deq= 4. RH (ft) ou 48 RH , se em (pol)


DETERMINAÇÃO DA VAZÃO EM DUTOS NÃO CIRCULARES
– ou parcialmente preenchidos

SEÇÃO NÃO CIRCULAR *

** hL Deq
q gal / min   19,65d 2
2
** unidades inglesas
fL

 hL  perda de carga estática devido ao fluxo através do duto (inclinação) ft/ft (ΔH)

 d - diâmetro de um tubo que tenha seção equivalente à seção transversal de líquido (pol)

 Deq ( ft ) – diâmetro equivalente

* retangulares, ovais, circulares parcialmente preenchidos, externo a feixe tubular,


etc..
Determinando diâmetro econômico

 LÍQUIDOS DE BAIXA VISCOSIDADE –

Critério - Velocidade econômica

Diâmetro mínimo

1 1
Dmin .  3,1  6
Q 2
(mm)

Diâmetro típico

DT  15,52  Q 0.434 (mm)


 kg / m 3

Q
 m3 / h
LÍQUIDOS DE MÉDIA / ALTA VISCOSIDADE

Critério – perda de carga econômica

Velocidade de 1,5 a 3,5 m/s

*alta viscosidade: velocidade de 0,5 a 1,5 m/s


P
   de  0,25 a 1,0kgf / cm 2
100m

Perda de carga: Fórmula de Darcy:

L v2
lw  f expresso em m
D 2g
fLv 2
P  expresso em lb/ft2 ρ expresso em lb/ft3
144D2 g
Ex. Bombear 8m3/h de um fluido com as seguintes características:
Massa específica (ρ = 850kg/m3) e viscosidade μ = 40cp.

Vel. Econômica DT =15,52 x 8 0,434 = 38,2mm

Tubo de 1 ½”, Sch 40 .......... D = 40,89 mm, área = 0,001314 m2

Checando a velocidade :

v = Q/A ............ 8 / 3600 x 0,001314 = 1,7 m/s

Calculando Re ....
vD
= 1477 ... < 2100 4f = 64/ Re = 0,0435 2f = 0.02175

Cálculo da perda de carga

( lw = (2f L v2) / (gc D) = (0.02175 x 100 x 1,72) / (9.8 x 0.04089) = 15,68 m

ΔP/ρ = - lw ..... ΔP= 850Kg/m3 x 15,68 m = 13333/10000 = 1,33 kgf/cm2

> 1 kgf/cm2…logo 1 1/2 é pequeno, usar próximo diâmetro 2”.


Determinando f
Zona de transição
64
Re < 2100 4f 
Re
1,42
4f  2
560   100 
0 , 25  Re 
Re  4 f  0,11,46  log 
  D Re    
D  D

560 1
Re  4f 
  
2
D 3,7
2 log 
  
 D
12 m3/h de acetona 96% deverão escoar do trocador de calor de resfriamento de uma
destilaria para o tanque de armazenamento distante a 120m. Dimensionar a linha para este
serviço e especificar o material de construção. Dados T= 40º C ,μ=0,9cp, ρ=817kg/m3
Resp. inox 304, soldado (inflamável)

Veconômica 1,5 a 3,5 m/s μ baixa

Chutando 2,0 m/s + 70 % por se tratar de inox .............1,7 x 2,0 = 3,4 m/s

V =Q/A .... A= 12 / (3,4 . 3600) = 9,8.10-4 m2........1 ¼”, obs. Não é comercial,
Logo:
Escolho 1” ou 1 ½” Sch 40 , por exemplo

1” # 40 .... v = 12/( 0,0005572 .3600 = 6,0 m/s 1 ½”... v= 2,5 m/s


2- Querosene* deixa um tanque a 40º C e é bombeado para um tanque situado a 1600m
no pátio de estocagem de uma refinaria, com uma vazão de 18 m3/h. Dimensionar a
linha para este serviço. Dados: μ=2,0cp ρ=815kg/m3
Veconômica 1,5 a 3,5 m/s
Material: Aço carbono (tubo preto)
ASTM-A-53 s/costura, solda , Norma API

1 1
Dmin .  3,1  6
Q 2

DT  15,52  Q 0.434 54,4 mm...

54,4 mm...2,0” (#40) ... D = 52,5mm . A= 0.002165 M2


Checando a velocidade V=18/(0,002165 . 3600).....v = 2,3 m/s

Calculando pelo diâmetro mínimo

Dmin = 3,1 . 8151,6 .181/2 = 40,2mm

Obs*. Fluidos sobre os quais tem-se freqüentemente projetos,...custo otimizado CE


setembro -1970
3- Mel de 1ª deverá ser reciclado do tanque de centrifugação para o segundo cristalizador,
distante 40m na vazão de 6 m3/h a 60º C (60 Bé). Dimensionar a linha. Dados: μ=200cp
(60Bé) ≈ ρ = 910kg/m3.
Tubulação de inox 304
Veconômica 0,5 a 1,5 m/s

Arbitrando 0,8 m/s, teremos A= Q/V = 6/(0,8 .3600) = 2,083. 10-3 m2


#40 , diâmetro 2” (52,5mm) , A= 0,002165m2.

Checando ΔP
Do Ludwig, faixa econômica para fluidos viscosos ....25KPa até 100KPa / 100m ou,
0,25 a 1,0kgf/cm2.

2  f  L  v2 kgf/cm2 p/ Pa x por 98066,5


lw 
gc D kgf/cm2 p/ N x por 9,8

gc .......... SI→ 1 J/kg (KPa) ; se 9,8 → m/s2

Cálculo da velocidade para o tubo com A = 0,002165m2

V=Q/A 6/(0,002165. 3600) = 0,77m/s


Para cálculo ΔP, necessito conhecer o valor de 2f

Dv
Re 

Obs.: 1cP = 10-3 Pa.s

Re = (910 kg/m3. 0,0525m . 0,77m/s) / (200. 10-3 Pa.s) = 184 (laminar)

→ 4f = 64/Re 2f = 32/Re 2f = 0,174

Lw = (0,174 . 100 m. (0,772 )m2/s2 ) / (1 . 0,0525m) = 196,5 J/Kg

Cálculo da ΔP resultante:
Equação de conservação de massa e energia

v 2 g P
 z   lw  H  0 P  lw    g c gc =1
2g c g c g c

1ª parcela....velocidade constante (não variação da energia cinética) = zero


2ª variação de altura (considerando tubulação horizontal)
3ª perda de carga de pressão
4ª perda de carga por atrito
5ª trabalho devido a eixo

ΔP= 196,5 J/kg . 910 kg/m3 = 178 KPa = 1,78kgf /cm2, que é maior que a faixa
admissível.

Recalcular para outro diâmetro.

Se o regime fosse turbulento


 100 
0 , 25

4 f  0,11,46   
 D Re 
ou através do diagrama de Moody.
Óleo BPF deve ser bombeado de um TQ aquecido a 60º C para alimentar uma caldeira
na vazão de 8m3/h distante 60 m . Dimensionar a linha.
μ=120cp ρ=980kg/m3.
Tubo preto, solda
Velocidade econômica de 0,5 a 1,5 m/s, chutando 0,8 m/s

A= Q/V 8/( 0,8 . 3600) = 2,77 .10 -3 m2

2 ½” #80 .............2,73 .10-3


#40 ............. 3,09 .10-3.............D=0,06271
Checando ΔP   vD
V= 8 / 0,00309 .3600 = 0,72 Re =

Re = 368 , laminar
4f Moody 2f = 0,087

lw = ( 0,087 . 100 . 0,722 .) / (1 . 0,06271)

ΔP= 71,91 . 980 = 70,5 KPa


FLUIDOS COMPRESSÍVEIS

Considerações inicias
Assumindo fluxo adiabático p Vn  cst
, k

Neste caso, considerando que os dutos são curtos e isolados termicamente. Isto é,
nenhum calor é transferido para, ou absorvido pelo fluido, exceto pequena quantidade
de calor gerada pela fricção devido ao fluxo.

 Considerando fluxo isotérmico: p Vn  cst


,

Assumido freqüentemente por conveniência. Visto que esta condição mais se aproxima
das situações práticas de transferência de fluidos gasoso pressurizados normalmente
encontrados na indústria.
Limites de operação para cálculo com emprego da fórmula de Darcy:
Com relação a variação da densidade assumida para o fluido
 ΔP ( P1 - P2) * < 10% , boa precisão; seja usando valor médio do volume
específico, ou mesmo um ou outro valor.
 Se entre 10 a 40 %** ; recomenda-se usar volume específico médio.

 Se maior que 40% (condições freqüentemente encontradas na indústria


(tubulações de grande extensão) adotar-se as formulas que segue adiante.
Velocidade econômica adotada para gases de 20 a 60 m/s
Perda de carga econômica no máximo 0,5kgf/100m

Escoamento completamente isotérmico


Para facilidade de cálculo, despreza-se a variação da temperatura (regime isotérmico)
de um fluido gasoso compressível através de um duto, a custa da pequena variação de
pressão, visto a reduzida troca de calor com as paredes.

Temos que, w  vA (1) , como W1  W2


Se as seções são iguais teremos:
1v1
W1  1v1 A1   2 v2 A2  1v1   2 v2  v2   f
v  (com Aconst.)
2
De (1) temos que , a velocidade em um determinado ponto da tubulação de área A, com
massa específica  i

W (2)
vi 
i A
Balanço de energia

v 2 g P
 Z   lw  nWS  0 (3)
2g c g c g

Derivando o primeiro e terceiro termo e substituindo o termo lw teremos:

dv 2 dP 2 fLdv 2
  0 (4)
2g c  gc D
2
W
Elevando (2) ao quadrado e substituindo v 2  2 2 2 em (3), procedendo posterior
substituição em (4) e integrando teremos:  2 A2

 .g . A 2 P 2
 P 2

W 
2
  1 2
 (4)
4 fL P
 2 ln 1 
P1 
D P2
Além da consideração de fluido completamente isotérmico também é assumido por
conveniência:

Ausência de trabalho mecânico


Fluxo invariável com o tempo
Fluido obedece as leis dos gases perfeitos
Velocidade representada pela velocidade média através da seção
f constante ao longo da tubulação
Tubulação horizontal e reta

Equação simplificada: (tubulações curtas) , ou longas, se perda de carga pequena.


_
144.g.DA 2  P12  P22  3
V1 - ft2/lb,
W 2
_
   (5)
A- ft ,
V1 fL  P1 
P - psig,
g - 32,2 ft/s,
D- ft.
L - pol,
Outras fórmulas adotadas para dimensionamento de tubulações para fluido compressível:

 Fórmula de Weymouth:
Adotada também para ar comprimido, e gases combustíveis (S Telles, p. 237)

 
Lm = milhas,
 P 2  P 2  520  d = pol,
qh,  ft3 / h   28,0d 2, 667 2  1 2
. . (6)
Sg =dens. relativa
  S g Lm  T  T = oR = o F + 459,67 ,
P psia
 Fórmula de Panhandle:
Para gás natural.
Aplicada à tubos de 6 até 24”, Re de 5x106 a 14x106, Sg= 0,6
0 , 5394
P  P 
2 2
q  36,8.E.d
,
h
2 , 6182

1

2 (7) E , coeficiente experimental
 L m  0,92 ( 0,85 a 0,95)

, = ft3/h – ( condição padrão- 14,7 psi 60º F),


q h

Obs.: Diferença entre as fórmulas decorre a custa do valor de f adotado


Diagrama de Moody: é mais frequentemente empregado.
 Fator de fricção por Weymouth:

0,032
f  1
(8)
3
d
Obs. Apresenta valor idêntico ao Moody para diâmetro na região de diâmetro de 20”,
maior para diâmetros menores e menores para diâmetros maiores.
 Fator de fricção por Panhandle:

d ' = pol
0 ,1461 q h = ft3/h (padrão)
 d 
f  0,1225 '  Sg = d rel.
( 9)
q S 
 h g  .

Obs. 1) Valores menores que Moody em toda extensão.

2) O uso dos fatores de fricção Weymouth ou Panhandle na fórmula geral


simplificada leva a resultados similares.
Varias são as formas de resolução para cálculo do diâmetro de tubulações envolvendo
fluidos comprimidos.

Por exemplo:
Atribui-se um diâmetro para ficar dentro da velocidade econômica.
 Determina-se a perda de carga resultante. Atende? Ok,
 Se não atende, atribui-se outro diâmetro.

Ou ainda,
Atribui-se uma perda de carga através de P2 e calcula-se o diâmetro resultante.
 Atende a vazão mássica? Sim ? então Ok,
 Se Não atende, refaz-se o cálculo assumindo outra perda de carga.

Obs. As relações de engenharia empregam critérios de perda de carga admissível em


função de um comprimento unitário de tubulação. Na prática, no sistema inglês adota-se
perda de carga por 100 ft. Ainda , os valores assumidos levam em consideração a pressão
de operação da linha
Equação que representa o fator de fricção na região turbulenta (tubo liso) no diagrama .
de Moody

0 ,16
  
f  0,0185  (11)
 Dv 

Ainda, obtido de dados práticos obtem-se uma relação que expressa o quociente ΔP/L

P fv 2
 0,518 (12)
100 ft D

Substituindo – se f da equação 11 na equação 12 e explicitando - se D tem-se


uma equação que determina o diâmetro como função da referida perda de carga.
0 , 207
  D pol
  0,16W 1,84  W lb/h
D  1,706  (13) ρ lb/ft3
  P   μ cP
   100   P psia
 
Exemplo de Gráfico relacionando a (perda de carga /100ft ) versus
(pressão do sistema)

Pressão (psia)
P/ (gases) - pressão do sistema, P (psia),
P/líquidos – quociente da pressão do sistema / pressão de vapor
p
pv
Do artigo: Kent, G. R. Chemical Engineering, September, 25, 1976
Escolhida três regiões da curva, (ΔP/100ft) versus (P1) para gases teremos após a
conversão para o SI:

P
1- P1 < 6,3 kgf/cm2  0,05.P10, 6379
100m
P
2- 6,3 Kgf/cm2 < P1 < 14 Kgf/cm2  0,082.P10,363
100m

P
3- 14 Kgf/cm2 < P1 < 70 Kgf/cm2  0,144 P10,157
100m

Obs. Para valores de pressão acima de 1000psia

P
Gases → Para P > 1000,  0,49  0,12
100 ft
0.042
p* P P 
Líquidos → Para > 1000,  1,5 
pv 100 ft  Pv 

P* , pressão do sistema
DETERMINAÇÃO DA VELOCIDADE EM DUTOS DE DIÂMETRO CONHECIDO

formulas típicas

Para líquidos v  5,6D 0,304 ( ft / s) D diâmetro típico

D 0, 45
Para gases v  43,6 ( ft / s) D (polegada), ρ (lb/ft3)
 0 ,16

DETERMINAÇÃO DA VELOCIDADE LIMITE

48
(líquidos limpos) v ft / s
 1/ 3

1/ 2
 kZT 
(gases limpos): v  148,7  ft / s
 m 
T = oR
Obs. A velocidade média para gases pode ser aproximada m = Mol
para 2/3 da velocidade máxima. k = Cp/Cv
Z compressibilidade
Velocidades
Gases
Superaquecidos de 15 a 60 m/s
Saturados de 15 a 35 m/s, ar de 8 a 10 m/s.
DETERMINAÇÃO DO COEFICIENTE DE FRICÇÃO

Na ausência do diagrama de Moody a fórmula

0 ,16
  
f  0,0185  possibilita determinar o fator de fricção f na região
 Dv 
de regime turbulento para tubos limpos de aço.
Exercício:
Determinar o diâmetro de uma tubulação para transporte 600Nm3/min. de butano que se
encontra a 450º K e a pressão de 10 bar (147psia) _
Dados na condição de processo: μ = 4 x 10-5 Pa.s , V = 0,0502 m3/kg

Usando critério de perda de carga.


Do gráfico de ΔP/100ft para gases temos para 147 psia: ≈ 0.8 psi/100ft
Convertendo as unidades PSI → Pa lbf /in2.............N/m2 ..................1bar = 105 Pa

lbf para N x 4,448 1 bar= 105 Pa


_
in2 para m2 x 0,000645 V

4,448/0,000645 = 6896, logo ΔP= 0,8 x 6896 = 5516 Pa

0.8 psi / 100 ft, isto é: 0,8 psi para cada 100 pés ou 5516 Pa para cada 30,48 m,

Logo, se P1 for 10 bar ( 10 x105 Pa), P2 será 10 x105 – 5516 = 9,9448 x105 Pa

Nas condições normais (1 atm, 15º C) a massa específica é:

PM 1x58,12
   2,46 kg m 3
RT 0,082 x 288
2,46 x600
Vazão mássica: W  Q   24,6 kg s
60s
ρ nas condições da linha: ρ = 1/,0502 = 19,92 Kg /m3
Adotando velocidade econômica para gases 30m/s.

De W  vA
Área para o tubo:
W 24,6 24,6
A A   4,11x10 2
v 1
x30
1
x30
 0,0502

(tubo de 1 0 “ #40 ... A= 0,05324 Diâmetro de 273 mm

 .g . A 2 P 2
 P 2

Aplicando os dados na equação → W 
2

 1 1

4 fL P
 2 ln 1 
P1 
D P2
Para determinação de f
dv
Re  Obs, ρ nas condições da linha.

Re = 19,92 x 0,0422 x 30 / 0,04 = 630 laminar

Do diagrama de Moody
.

4 f = 64/Re f = 0,025
W 
2 19 ,92 x 9,8 x 0,000966 2

 
1012
 994484 2

 
6 6
4 x0,025 x30,48
 2 ln
1x10  10 
0,273 994484

Verificar valor encontrado para a vazão. Se não atender, trabalho com outro diâmetro.
Através de processo iterativo chego ao diâmetro que melhor atende a perda de carga
admissível.

Obs. Se ΔP < 0,1 P1 posso assumir ρ = ρ 1 = ρ2


1   2
Se 0,1 P1 < ΔP < 0,4 P2 
2
Ex. 2 Calcular o diâmetro necessário para uma tubulação (80m), contendo 2 válvulas
globo (Leq = 340D) que passará 30Nm3/min. de etileno a 20kgf/cm2 abs, na temperatura
de 35º C _
μ= 0,011 cP e volume específico V = 0,086m3/h . Tc etileno 282K...

1,18 x30
Vazão mássica W  Q 
PM 1x28  0,59 kg s
   1,18 kg m 3
RT 0,082 x 288 60s

Usando critério 3, obtido do gráfico

P
14 Kgf/cm2 < P1 < 70 Kgf/cm2  0,144 P10,157
100m

P
 0,144 x 20 0,151  0,22 kgf cm 2
100m

lw =
Observações quanto a limites de velocidade para um fluido compressível.

A velocidade máxima de um fluido compressível está limitada à velocidade de


propagação da onda de pressão que viaja na velocidade do som naquele fluido. A
pressão cai à jusante, na medida em que o fluido percorre o duto. Em conseqüência a
velocidade aumenta atingindo no máximo a velocidade de propagação do som
naquele meio. Ainda que a pressão caia demasiadamente na saída, esta não será
sentida a montante, pois a onda de pressão viaja com menor velocidade que o som.
Em conseqüência, qualquer possível redução adicional de pressão na saída, após a
máxima vazão ter sido alcançada ( condição de velocidade sônica), este efeito só se
manifestará após a saída da tubulação. A energia a custa da conversão do incremento
de pressão dará origem a uma onda de choque e turbulência no jato de fluido
expelido.
Velocidade máxima possível para um fluido no interior de um duto (velocidade sônica*)

_ Cp
vs  gRT  g144 P V 
Cv

Obs.* A máxima velocidade de um fluido compressível em um tubo é limitada pela


velocidade de propagação da onda de pressão, que viaja na velocidade do som no fluido.
Então, se a perda de carga é suficientemente alta, a velocidade de saída pode alcançar , no
máximo, a velocidade de propagação do som no fluido.
Esta vazão foi experimentalmente calculada para saber a quantidade de vapor que sairia
por uma tubulação se a válvula permanecesse totalmente aberta até fosse alcançado fluxo
critico.

A equação que fornece a vazão é; onde : q h= vazão volumétrica em m3/h

P  P1 Y = fator de expansão para fluidos


q h  19,31  Y  d 
2
compressíveis (de Crane A-22)
K  T1  S g cp
, para   1,3
cv
P
Considerando os valores de K e
P1
d = diâmetro da tubulação.
P = diferença de pressão entre a entrada e a saída da tubulação

P1 = pressão na entrada (bar)

T1 = temperatura na entrada em K (grau Kelvin)


Sg = densidade relativa do gás em relação ao ar

Observar que o valor de K( coeficiente de resistência) na situação tratada refere-


se a regime turbulento
 ≈ 1,4 para ar e gases diatômicos,
≈1,66 para monoatômicos e
≈1,33 p/tri atômicos.
Cv para o ar e gases diatômicos = 0,0639 kcal/kg
Cp = 0,1321

Obs.O coeficiente isentrópico k, para o vapor varia de 1,33 a 1,25 (de 1 a 2000
psi) correspondendo a uma faixa de temperatura de (300F a 1400F).
EQUAÇÃO DE DARCY
INCLUINDO O COEFICIENTE DE EXPANSÃO “Y” PARA FLUXO ADIABÁTICO.

P  L
wlb / s   0,525.Yd 2 Onde, K, coeficiente de resistência K f 
_
 D
KV1
Observação quanto à perda de carga:

 Fricção: a custa de rugosidade da parede, em conseqüência do diâmetro, densidade,


e viscosidade.
 Mudanças de direção
 Obstrução (constricção)
 Brusca ou gradual variação na seção transversal e forma do caminho de fluxo

 ∆P para descarga de fluido compressível para atmosfera representa a diferença entre


o valor de P1(absoluta) e a atmosférica.
∆P = a ≠ P1 entrada menos a P na área expandida, ou atmosférica

 No cálculo, determinação dos dados de tabela para determinação do coeficiente Y,


aplicado a relação ΔP/P1, mede-se a diferença entre as pressão de entrada e a pressão
na seção de maior velocidade.

 Y - relacionado à mudança nas propriedades do fluido – fator de expansão


Apêndice

*Se ∆P < 10 % pode-se empregar com erro desprezível a equação de Darcy

fLv 2 fLv 2
Equação de Darcy P  P 
144D2 g 2 gc D

L v2
Ou ainda, hL  f 
D 2g
L
K f
D
v2
hL  K
2g
Apêndice
**Se ∆P entre 10 e 40% pode-se empregar também a equação

Esta equação também se emprega para determinar vazão através de


região onde ocorre expansão.

P w
w  0,525  Yd 2 2 _
lb/s
KV

K coeficiente de resistência (válvulas, curvas, bocais, etc..tabela 1-4)


Y  Fator de compressibilidade

cP
K  Obs. Não confundir com k (minúsculo)
cv

Obs. Se ∆P ˃ 40% foge aos limites da equação de Darcy


k≈1,3 aplicável para CO2, SO2, H2O, H2S, NH3, N2O, Cl2, CH4, C2H2 e C2H4
k≈1,4 aplicável para Ar, CO, O2, H2, N2, NO, HCl
Exemplo

Uma tubulação com vapor saturado a 170 psia é acoplada à um vaso de cozimento que opera a
pressão atmosférica. Sabendo-se que esta tubulação é constituída de duas curva de 90 graus e uma
válvula globo e que a tubulação tem 2,0 pol. de diâmetro (#40), com 30 pés de comprimento,
pergunta-se. Qual a vazão de alimentação do vaso sabendo-se que o bocal de tem a mesma seção da
tubulação? Ver croquis

Determinando os comprimentos equivalentes


P
wlb / s   0,525Yd 2 _
Da eq. de Darcy,
KV1
L
Para o tubo K f (30 x 12 x 0,019) / (52,5/25,4) = 3,309
D
Para a válvula globo 340 f T 340 x 0,019 = 6,46

Para o bocal de entrada K = 0, 04

Para bocal de saída K = 1,0

Para curva 90 graus (duas) 30 fT 2 x 30 x 0,019 = 1,14

Ktotal = 3,309 +6,46 + 0,04 + 1,0 + 1,14 = 11,95


P 170  14,7
,
  0.914
P1 170
Para K = 11,95, interpolando entre
valores de K = 10 e K = 15,

Teremos para
P = 0,785,
P1,
Sendo o valor limite atingível, bem
menor que 0,914.

Teremos na saída da tubulação condição


de velocidade sônica.

Com o valor máximo 0,785 calculamos a perda de carga limite


Tubo 2” #40
P  0,785 170  133,5 V 170  2,6738 diametro interno= 2,067”
Com o valor 0,785, por interpolação, determinamos o correspondente valor de Y que
será 0,710
133,5
Teremos então w  0,525  0,710  4,272   3,25lb / s
11,95  2,6738
Velocidade aproximada de propagação do som em
alguns diferentes meios (valores a 20ºC)

Estado físico Meios Velocidade


aproximada
Sólidos Aço 5790 m/s
Granito 6000
Pirex 5640
Líquidos Água 1482
Água do mar 1522
Mercúrio 1450
gases Hidrogênio 965
Ar 343
Hélio 331
Valores de (k = Cp/Cv) para algumas substâncias gasosas

acetileno 1,30 hidrogênio 1,41


ar 1,40 sulfeto de hidrogênio 1,30
amônia 1,32 metano 1,32
argônio 1,67 cloreto de metila 1,20
butano 1,11 gás natural 1,27
dióxido de carbono 1,30 óxido nítrico 1,40
monóxido de carbono 1,40 nitrogênio 1,41
cloro 1,33 óxido nitroso 1,31
etano 1,22 oxigênio 1,40
etileno 1,22 propano 1,15
helio 1,66 propeno 1,14
cloreto de hidrogênio 1,41 óxido de enxofre 1,26

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