Universidade Federal do ABC – UFABC

Centro de Engenharia, Modelagem e Ciências Sociais Aplicadas

Mecânica dos Sólidos I

DAESTO008-17SA
Aula 3 – Treliças
https://sites.google.com/site/esto00817mecsol/

Juliano Soyama
j.soyama@ufabc.edu.br
Sala 602-1 / Bloco A, 6º andar
06/06/2017
 Treliças
• Definição e exemplos
• Treliças planas
• Nomenclatura
• Conexões e suportes
• Método para análise de treliças planas
o Método dos nós
o Método das seções

Cap. 6 Estática, Hibbeler

Cap. 3 Introdução à mecânica dos sólidos, Gaspar
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 Treliças: definição
• Treliça é uma estrutura de membros esbeltos conectados entre si em
suas extremidades. Formam uma estrutura rígida
• Em construções são geralmente escoras de madeira ou barras de metal
• A carga é transmitida através de terças
• O ponto de encontro das barras é chamado nó da treliça

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 Treliças: definição
• O ponto de encontro das barras é chamado nó da treliça
• Os nós das treliças são articulados e suas barras estão submetidos
somente aos esforços axiais de tração ou compressão
• Os esforços externos são aplicados unicamente nos nós
• Para se calcular uma treliça deve-se:
o determinar as reações de apoio
o determinar as forças nas barras

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 Treliças, por que usar?
• As treliças surgiram como um sistema mais econômico que as vigas,
para vencer pequenos, médios e grandes vãos, ou, para suportar
cargas
• As treliças são observadas em estruturas tipo; pontes, viadutos,
coberturas, guindastes, torres, etc.

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 Estruturas com treliças
• Treliças Simples Usados na construção de Guindastes

Guindaste de plataforma oceânica

Treliças Guindastes de grande porte em
Portos marítimos
Estruturas com treliças

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Estruturas com treliças

8
Estruturas com treliças

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 Treliças planas
• Treliças são formadas unindo dois ou mais membros e conectando-os
a um novo nó
• Estrutura rígida!!
TRELIÇA SIMPLES

Um triângulo é uma
estrutura rígida Um polígono com número
de lados maior ou igual a
Unindo-se os dois
quatro é uma estrutura
anteriores obtém-se
não-rígida
uma estrutura rígida
 Estabilidade Geométrica

Estável Não estável

Não estável Estável

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 Treliças planas
• As estruturas mais comuns são as treliças espaciais, porém as mais
analisadas são as treliças planas, que se encontram num único plano

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Treliças planas

Tipos de treliças

Pratt

Warren

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Treliças planas

Tipos de treliças

Howe

Tesoura

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Nomenclatura

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 Conexões e suportes
• Treliças são suportados de forma fixa ou com movimento sobre cilindros
ou roletes.
• A união de barras (as mais comuns) nos nós é através de chapas
auxiliares, nas quais podem ser rebitadas, soldadas ou parafusadas

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 Treliças isostáticas
• Uma treliça é isostática quando a estrutura é um sistema reticulado
indeformável cujas barras possuem todas as suas extremidades articuladas
por nós e cujas cargas estão aplicadas nestes nós
• A condição para que uma treliça de malhas triangulares seja isostática é:

onde:

2n = b + v
b= número de barras
n= número de nós
v= número de reações de apoio

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 Classificação da estaticidade de uma treliça
• r + b < 2n → treliça hipostática
• r + b = 2n → treliça isostática
• r + b > 2n → treliça hiperestática
• Sempre deve ser verificado analisando os apoios externos e a lei de
formação interna da treliça em questão

onde:
b= número de barras
n= número de nós
v= número de reações de apoio
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 Treliças isostáticas
Método do Equílíbrio dos Nós 50 kN 100 kN 50 kN

B C D

barras b=9
nós n=6 2m
reações v=3
a HE
Condição de treliça isostática A F E

2n = b + v
2m 2m

2´6 = 9 +3 RA RE

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 Considerações na análise de esforços
• Para projetar os membros e as conexões de uma
treliça, é necessário fazer assumir duas hipóteses
fundamentais:
1. A análise de esforços (ou todas as cargas) são aplicadas
nos nós
2. Os membros são unidos por pinos lisos. As barras são
solicitadas apenas por forças normais (não ocorre
flexão/flambagem)
• Devido a esses dois pressupostos cada membro de
treliça agirá como um membro de duas forças e,
portanto, a força atuando em cada extremidade do
membro será direcionada ao longo do eixo do
membro.
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 Sinais
Convenção de Sinais
• barras tracionadas ® positivo

setas tracionando o nó

• barras comprimidas ® negativo

setas comprimindo o nó

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 Análise de treliças simples
• Objetivo principal: determinar as forças nas barras e definir se estas
estão em tração ou compressão
• Importante
o Cálculo das reações da estrutura
o Cálculo das forças nas barras

• Duas abordagens principais

o método dos nós
o método das seções

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 Cálculo de Esforços – Método dos Nós
• Para analisar ou projetar uma treliça, é necessário
determinar a força em cada um de seus membros retos (de
duas forças) situados em um único plano, onde cada nó
esta sujeito a um sistemas de forças que é coplanar e
concorrente
• A análise consiste em se estudar o equilíbrio de cada nó
isolado

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 Cálculo de Esforços – Método dos Nós
Procedimento para análise
1. Calcular as reações externas da treliça, se necessário
2. Desenhar o diagrama de corpo livre, DCL, começando no nó que tenha pelo menos uma, ou, no
máximo duas forças desconhecidas
3. Aplicar as equações de equilíbrio no nó escolhido (ΣFx = 0 e ΣFy = 0; por decomposição de
forças) com apenas 2 barras
4. Determinar o sentido correto da direção de uma força do membro incógnito. Que em muitos
casos é determinado “por observação”, e, em casos mais complexos é assumido
5. Resolvido o primeiro nó, continuar equilibrando os nós onde restem apenas 2 forças normais
desconhecidas

Se o nó tiver mais de duas barras a serem determinadas (>2 incógnitas), 2 equações

não bastam para a solução do sistema!!!
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 Membros de força zero
• Os membros de força zero são usados para aumentar a estabilidade
da treliça durante a construção e para fornecer um apoio adicional se
o carregamento for alterado
• Em geral, os membros de força zero de uma treliça podem ser
determinados por observação de cada um dos nós

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 Membros de força zero
• Quando dois membros formam um nó de treliça e nenhum peso
externo ou reação de suporte é aplicado ao nó, os dois membros só
podem ser membros de força zero

No nó A:

No nó D:

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 Exemplo
• Determine as forças que atuam em todos os elementos da treliça
mostrada na figura e indique se os elementos estão sob tração ou
compressão

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 Exemplo
• Determine as forças que atuam em todos os elementos da treliça
mostrada na figura e indique se os elementos estão sob tração ou
compressão 50 kN 100 kN 50 kN

B C D

2m

a HE
A F E
2m 2m

RA RE
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Exemplo
50 kN 100 kN 50 kN

B 50 kN C C 50 kN C D
100 kN C

100 kN C

100 kN C
T
70

kN
,7

7
kN

,
70
T

a
0 0
A F E
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 Cálculo de Esforços – Método das Seções
• O método das seções se baseia no princípio de que se uma treliça
está em equilíbrio, então qualquer segmento dela também está
• Este método permite que se calculem os esforços normais apenas em
algumas barras de interesse

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 Cálculo de Esforços - Método das Seções
• O método das seções também pode ser usado para cortar os
membros de uma treliça inteira
• Deve-se escolher uma seção que corte três membros com, no
máximo, 3 incógnitas. Isso porque apenas 3 equações de equilíbrio
podem ser aplicadas ao DCL
å F = 0 Þ V åF = 0 Þ N
Y X

åM = 0 Þ M
0 0

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 Exemplo
• Considere a treliça abaixo. Queremos determinar as forças em BC, CG e FG.
Onde devemos seccionar a treliça? Qual lado da seção usar?
DCL

• O sentido correto da força em cada membro desconhecido pode ser

determinado por observação ou pode ser assumido
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 Cálculo de Esforços – Método das Seções
Procedimento para análise
1. Desenhar o diagrama de corpo livre
2. Calcular as reações de apoio da treliça, se necessário
3. Decidir onde cortar a treliça através dos membros onde as forças devem ser determinadas
4. Cortar a treliça por seções, o corte deve:
• atravessar toda a treliça dividindo-a em 2 partes
• conter no máximo 3 barras que não sejam ao mesmo tempo paralelas ou concorrentes
5. Isolar a seção de interesse, desenhar o DCL, impor as condições de equilíbrio e calcular as
reações da seção da treliça
6. Use um dos dois métodos descritos anteriormente para estabelecer o sentido das forças
de membro desconhecidas

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 Exemplo
• Determine a força nos membros GE, GC e BC da treliça (método da
seção no corte a-a) e indique se os membros estão sob compressão
ou tração

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 Exemplo
• Determine a força nos membros JK, CJ e CD da treliça (método da
seção) e indique se os membros estão sob compressão ou tração.

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