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Treliças Planas

Prof. Dr. Yagho de Souza Simões


yaghosimoes@ufba.br
ENGN89 – Isostática
Departamento de Construção e Estruturas (DCE) 29/05/2023
Conteúdo Programático
Considerações Iniciais

Aplicações

Elementos de uma Treliça

Principais Tipos

Classificação das Treliças

Métodos de Resolução: Método dos Nós

Nós Característicos

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1. Considerações Iniciais
Treliça é toda estrutura formada por barras retas articuladas nas extremidades com atuação de forças
externas apenas nas articulações (nós), de maneira a ter, como consequência, apenas esforço normal.

𝑵𝟏 𝑵𝟐

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2. Aplicações

TORRE DE TRANSMISSÃO COBERTURA PONTES

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3. Elementos de uma Treliça

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4. Principais Tipos

https://skyciv.com/pt/docs/tutorials/truss-
tutorials/types-of-truss-structures/

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5. Classificação das Treliças
QUANTO À DISPOSIÇÃO ESPACIAL

Conforme suas barras e forças externas estejam no mesmo plano ou não, as treliças podem ser planas ou espaciais.

TRELIÇA PLANA

TRELIÇA ESPACIAL

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5. Classificação das Treliças
QUANTO À FORMAÇÃO

TRELIÇAS SIMPLES
Dá-se o nome de treliças simples às treliças formadas a partir de um triângulo inicial indeformável (três barras e
três rótulas) ao qual, para cada novo nó, adicionam-se duas novas barras.

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5. Classificação das Treliças
QUANTO À FORMAÇÃO

TRELIÇAS COMPOSTAS
Configuração geralmente constituída de duas ou mais treliças simples unidas entre si por barras. Alguns
modos de formação desse tipo de treliça está representado a seguir:

• um nó comum e uma barra (Figura a);


• três barras não-paralelas entre si nem concorrentes num mesmo ponto (Figura b).

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5. Classificação das Treliças
QUANTO À FORMAÇÃO

TRELIÇAS COMPLEXAS
As configurações de treliças que não podem ser classificadas como simples ou compostas são consideradas
complexas. Uma treliça complexa pode ser composta de qualquer combinação, seja de elementos
triangulares, quadriláteros ou mesmo poligonais.

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5. Classificação das Treliças
QUANTO AO EQUILÍBRIO ESTÁTICO

➢ Cada nó de uma treliça plana fornece 2 equações de equilíbrio - Logo, sendo n o número de nós,
tem-se um total de 2n equações de equilíbrio;
➢ Cada barra treliça fornece 1 esforço solicitante, - Logo, sendo b o número de barras, tem-se um
total de b esforços desconhecidos;
➢ Cada vínculo externo também fornece uma incógnita - Logo, sendo r o número de vínculos, tem-
se um total de incógnitas igual (r+b)

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5. Classificação das Treliças
QUANTO AO EQUILÍBRIO ESTÁTICO

➢ Uma condição necessária (mas não suficiente) para que uma treliça seja isostática, isto é, possa ser resolvida
exclusivamente por equações de equilíbrio é que b + r = 2n;
➢ Se existe um excesso de incógnitas, e novas equações devem ser acrescentadas para a resolução do problema
– a treliça é hiperestática, ou seja, b + r > 2n;
➢ Se , existe uma carência de vínculos (internos e externos), a treliça é hipostática, portanto, b + r < 2n.

Observa-se que a regra de Maxwell apresenta


condições necessárias, mas não suficientes, para os
casos de treliças isostáticas ou hiperestáticas, pois o
arranjo das barras e vínculos pode ser deficiente!

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5. Classificação das Treliças
QUANTO AO EQUILÍBRIO ESTÁTICO

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5. Classificação das Treliças
QUANTO AO EQUILÍBRIO ESTÁTICO

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6. Métodos de Resolução

✓ Equilíbrio dos nós

✓ Método das seções ou de Ritter

✓ Método de Henneberg ou Processo de Substituição de


Barras

✓ Método de Cremona

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6. Métodos de Resolução
MÉTODO DOS NÓS
“Se a treliça está em equilíbrio, todos os seus nós também estão.”

Este método consiste em isolar sucessivamente cada um dos nós da treliça, marcar as forças
externas, ativas e reativas, e os esforços normais das barras que nele concorrem.
Assim, realiza-se o equilíbrio de forças no nó (Limitado a duas incógnitas por nó).

෍ 𝐹𝑥 = 0 ෍ 𝐹𝑦 = 0
Normal (+)

CONVENÇÃO DE SINAIS
N1
Compressão se a força converge para os nós
Tração se a força sai dos nós.
N2

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6. Métodos de Resolução
MÉTODO DOS NÓS
𝑦

෍ 𝐹𝑦 = 0 → 𝑁12 sen 𝜃 + 𝑉𝐴 = 0

෍ 𝐹𝑥 = 0 → 𝑁12 cos 𝜃 + 𝑁13 + 𝐻𝐴 = 0

O PROCESSO CONTINUA ATÉ O ENCONTRO DOS ESFORÇOS EM TODAS AS BARRAS!

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6. Métodos de Resolução
MÉTODO DOS NÓS

Exercício 01: Determine os esforços normais nas barras.

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6. Métodos de Resolução
MÉTODO DOS NÓS

Exercício 01: Determine os esforços nas barras.

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6. Métodos de Resolução
MÉTODO DOS NÓS

Exercício 01: Determine os esforços nas barras.

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6. Métodos de Resolução
MÉTODO DOS NÓS

Exercício 01: Determine os esforços nas barras.

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7. Nós Característicos
• Forças em barras opostas que se interceptam entre em
duas linhas retas em um nó são iguais;

• As forças em duas barras opostas (AD e AB) são iguais


quando uma carga está alinhada com uma terceira
barra. A força na terceira barra (AC) é igual a carga;

• Se, no caso anterior, o valor da carga P for zero, então


AC tem carga igual a zero (o nó A é dito
característico);

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7. Nós Característicos
• As forças em duas barras conectadas em um nó que
está livre de carregamento são iguais se os membros
estão alinhados. Caso contrário, são nulas.

• O reconhecimento de nós característicos simplifica a


análise de uma treliça.

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7. Nós Característicos
APLICAÇÕES

𝑪 ANÁLISE DO NÓ D

𝑵𝑫𝑪

𝑵𝑫𝑨 𝑵𝑫𝑩
𝑨 𝑫 𝑩

෍ 𝐹𝑌 = 0 → 𝑁𝐷𝐶 = 0

෍ 𝐹𝑋 = 0 → 𝑁𝐷𝐴 = 𝑁𝐷𝐵
DETERMINAÇÃO DE ESFORÇOS POR INSPEÇÃO!

NÓ D: CARACTERÍSTICO

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7. Nós Característicos
APLICAÇÕES

Aplicando as condições anteriores, observa-se que os nós C, K e J são característicos,


pois as barras BC, IJ e JK são barras de força normal igual a zero.

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8. Exercícios
Verifique se as treliças a seguir são isostáticas. Em caso positivo, determine os esforços nas barras pelo
método dos nós e indique se elas estão tracionadas ou comprimidas.

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