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2. TRELIÇAS ISOSTÁTICAS

2.1. Métodos de Cálculo

a) Método dos Nós ou Analítico

Se a treliça está em equilíbrio, cada um de seus nós também está. Logo, cada nó
da treliça nos fornece duas equações de equilíbrio: H 0 e V 0 . Teremos
então um sistema de 2n equações lineares, onde n é o número de nós da treliça.

Fases de cálculo:
a) Isolamos cada nó e aplicamos os esforços atuantes: esforços externos
(cargas e reações de apoio) e substituímos cada barra pelo esforço normal
que nela atua, supondo inicialmente que sejam de tração.
b) Aplicamos as equações de equilíbrio de cada nó: H 0 e V 0.
c) Resolvemos o sistema de equações. Resultados positivos indicarão tração e
resultados negativos compressão.

b) Método de Ritter

O método de Ritter permite a obtenção de esforços normais isolados, sem a


necessidade de calcularmos toda a treliça.
Seja a treliça apresentada na figura abaixo. Vamos dividi-la em duas partes
através de uma seção, conforme figuras a seguir.

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Como a treliça estava em equilíbrio, as partes obtidas pela seção S-S também
devem estar em equilíbrio. Logo, podemos aplicar as 3 equações de equilíbrio da
estática para as partes, ou seja, H 0, V 0 e M 0.

Fases de cálculo:
a) Dividimos a treliça em 2 partes por uma seção qualquer e substituímos as
barras cortadas pelos seus esforços normais considerados como tração.
b) Aplicamos as equações de equilíbrio a uma das partes: H 0, V 0
e M 0 , ou V 0, M O1 0 e M O2 0 , ou H 0,
M O1 0 e M O2 0.
c) Escolhemos novas seções e repetimos o processo até calcularmos todos os
esforços normais.
Devemos escolher seções que interceptem três barras não paralelas nem
concorrentes em um mesmo ponto.

2.2. Treliças Compostas

Podemos definir treliças compostas isostáticas como aquelas obtidas pela


ligação de treliças simples através de três barras não paralelas nem concorrentes no
mesmo ponto, ou por um nó e uma barra não concorrente a este nó. Treliças
compostas podem também ser obtidas pela substituição de uma ou mais barras de
uma treliça simples (principal) por outras treliças simples (secundárias). Os métodos
de solução apresentados a seguir são específicos para cada um dos tipos de treliça
composta aqui descritos.

Métodos de Solução:
a) Associação de treliças simples: A partir do método de Ritter encontram-se
os esforços normais nas barras e/ou nó de interligação e depois se resolvem
as treliças simples componentes, conforme ilustrado nas figuras abaixo.

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b) Treliças formadas por treliças secundárias: Resolve-se a treliça principal


substituindo-se as treliças secundárias por barras retas. O esforço normal,
obtido na barra substituta, é aplicado na treliça secundária equilibrada e esta
é resolvida como treliça simples, conforme ilustra a figura a seguir.

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