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SUMÁRIO
1. INTRODUÇÃO: ........................................................................... 3
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Material elaborado por Genesis da Silva Honorato
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Este caderno foi elaborado com base nas aulas do curso lançado
gratuitamente pela PGM Rio sob a direção do professor RAFAEL
OLIVEIRA.
Agradecimentos ao grande mestre RAFAEL e a todos os
palestrantes.
1. INTRODUÇÃO:
Lembre-se que a natureza jurídica da própria licitação é justamente a de procedimento.
Importante destacar que o Projeto de Lei tem apresentado uma maior preocupação
na fase INTERNA, coisa que não acontecei na Lei 8.666/93, sobretudo na questão do
planejamento. Inclusive, o rol de princípios do Art. 5º (já estudado) apresenta o planejamento
é alçado ao status de princípio da licitação.
2. FASE INTERNA:
CONCEITO: A FASE INTERNA é chamada também de preparatória. Esta fase engloba os
atos iniciais que visam efetivar a licitação. É o início da movimentação da Administração.
O PL apresenta todo o caminhar da fase preparatória. Vejamos o Art. 17:
Art. 17. O processo de licitação observará as seguintes fases, em
sequência:
I – PREPARATÓRIA;
II – de divulgação do edital de licitação;
III – de apresentação de propostas e lances, quando for o caso;
IV – de julgamento;
V – de habilitação;
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VI – recursal;
VII – de homologação.
Percebam, portanto que o dispositivo coloca as fases dispostas, sendo a primeira a fase
interna e os demais já na fase externa com destaque especial para a inversão de provas
(julgamento e habilitação). Ainda, conforme o §1º:
§ 1º A fase referida no inciso V do caput deste artigo poderá, mediante
ato motivado com explicitação dos benefícios decorrentes, anteceder as
fases referidas nos incisos III e IV do caput deste artigo, desde que
expressamente previsto no edital de licitação.
Depois disso, o Art. 18 abre as disposições para tratar da fase interna. Vejamos:
Art. 18. A fase preparatória do processo licitatório é caracterizada pelo
planejamento e deve compatibilizar-se com o plano de contratações anual
de que trata o inciso VII do caput do art. 12 desta Lei, sempre que
elaborado, e com as leis orçamentárias, bem como abordar todas as
considerações técnicas, mercadológicas e de gestão que podem interferir
na contratação, compreendidos:
I – a descrição da necessidade da contratação fundamentada em estudo
técnico preliminar que caracterize o interesse público envolvido;
II – a definição do objeto para o atendimento da necessidade, por meio
de termo de referência, anteprojeto, projeto básico ou projeto executivo,
conforme o caso;
III – a definição das condições de execução e pagamento, das garantias
exigidas e ofertadas e das condições de recebimento;
IV – o ORÇAMENTO ESTIMADO, com as composições dos preços
utilizados para sua formação;
V – a elaboração do edital de licitação;
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Interessante que o Art. 6º, XXVII do PL temos o conceito da matriz de alocação de riscos,
sendo esta a cláusula contratual definidora de riscos e de responsabilidades entre as
partes e caracterizadora do equilíbrio econômico-financeiro inicial do contrato, em
termos de ônus financeiro decorrente de eventos supervenientes à contratação,
contendo, no mínimo, as seguintes informações: a) listagem de possíveis eventos
supervenientes à assinatura do contrato que possam causar impacto em seu equilíbrio
econômico-financeiro e previsão de eventual necessidade de prolação de termo aditivo por
ocasião de sua ocorrência; b) no caso de obrigações de resultado, estabelecimento das frações
do objeto com relação às quais haverá liberdade para os contratados inovarem em soluções
metodológicas ou tecnológicas, em termos de modificação das soluções previamente delineadas
no anteprojeto ou no projeto básico; c) no caso de obrigações de meio, estabelecimento preciso
das frações do objeto com relação às quais não haverá liberdade para os contratados inovarem
em soluções metodológicas ou tecnológicas, devendo haver obrigação de aderência entre a
execução e a solução predefinida no anteprojeto ou no projeto básico, consideradas as
características do regime de execução no caso de obras e serviços de engenharia.
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A Lei se preocupou em previamente estipular um valor, que deve ser compatível com os
valores do mercado e para cada tipo de contrato temos regras específicas. Na contratação
direta, quando NÃO FOR POSSÍVEL ESTIMAR O VALOR DO OBJETO, tem-se a obrigatoriedade
de o contratado comprovar os preços conforme o mercado.
2.1. EDITAL:
Aqui, importante perceber as disposições sobre o Edital (tendo em vista que o convite
será extinto com a futura nova lei).
No Art. 25 do PL temos:
Art. 25. O edital deverá conter o objeto da licitação e as regras relativas
à convocação, ao julgamento, à habilitação, aos recursos e às penalidades
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Este último dispositivo pode ser linkado com a função regulatória da licitação, tendo em
vista outros valores que ultrapassam questões econômicas.
Muita atenção a este dispositivo do §9º, meus caros, especialmente ao inciso I que é
uma grande e valiosa novidade.
Vamos agora para a fase externa que envolve a PUBLICAÇÃO DO EDITAL e demais fases:
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3. FASE EXTERNA:
Conforme o Art. 52:
Art. 52. Ao final da fase preparatória, o processo licitatório seguirá para o
órgão de assessoramento jurídico da Administração, que realizará
controle prévio de legalidade mediante análise jurídica da contratação.
§ 1º Na elaboração do parecer jurídico, o órgão de assessoramento
jurídico da Administração deverá:
I – apreciar o processo licitatório conforme critérios objetivos prévios de
atribuição de prioridade;
II – redigir sua manifestação em linguagem simples e compreensível e de
forma clara e objetiva, com apreciação de todos os elementos
indispensáveis à contratação e com exposição dos pressupostos de fato e
de direito levados em consideração na análise jurídica;
III – dar especial atenção à conclusão, que deverá ser apartada da
fundamentação, ter uniformidade com os seus entendimentos prévios, ser
apresentada em tópicos, com orientações específicas para cada
recomendação, a fim de permitir à autoridade consulente sua fácil
compreensão e atendimento, e, se constatada ilegalidade, apresentar
posicionamento conclusivo quanto à impossibilidade de continuidade da
contratação nos termos analisados, com sugestão de medidas que
possam ser adotadas para adequá-la à legislação aplicável.
§ 2º O parecer jurídico que desaprovar a continuidade da
contratação, no todo ou em parte, poderá ser motivadamente
rejeitado pela autoridade máxima do órgão ou entidade,
hipótese em que esta passará a responder pessoal e
exclusivamente pelas irregularidades que, em razão desse fato,
lhe forem eventualmente imputadas.
§ 3º Encerrada a instrução do processo sob os aspectos técnico e
jurídico, a autoridade determinará a divulgação do edital de
licitação em sítio eletrônico oficial [INÍCIO DA FASE EXTERNA].
§ 4º Na forma deste artigo, o órgão de assessoramento jurídico da
Administração também realizará CONTROLE PRÉVIO DE LEGALIDADE
de contratações diretas, acordos, termos de cooperação, convênios,
ajustes, adesões a atas de registro de preços, outros instrumentos
congêneres e de seus termos aditivos.
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O Art. 55 trata do modo de disputa (aberto ou fechado – que já temos, por exemplo, na
Lei das Estatais).
Art. 55. O modo de disputa poderá ser isolado ou conjuntamente:
I – aberto, hipótese em que os licitantes apresentarão suas propostas por
meio de lances públicos e sucessivos, crescentes ou decrescentes;
II – fechado, hipótese em que as propostas permanecerão em sigilo até
a data e hora designadas para sua divulgação.
§ 1º A utilização isolada do modo de disputa fechado será vedada quando
adotados os critérios de julgamento de menor preço ou de maior
desconto.
§ 2º A utilização do modo de disputa aberto será vedada quando adotado
o critério de julgamento de técnica e preço.
§ 3º Serão considerados intermediários os lances:
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Ressalte-se que é possível também a exigência de garantias (Art. 57 e 95). Atenção para
o Art. 98 que trata do seguro garantia que é diferente em relação aos percentuais.
Art. 57. Poderá ser exigida, no momento da apresentação da proposta, a
comprovação do recolhimento de quantia a título de garantia de proposta,
como requisito de pré-habilitação.
§ 1º A garantia de proposta não poderá ser superior a 1% (um por cento)
do valor estimado para a contratação.
§ 2º A garantia de proposta será devolvida aos licitantes no prazo de 10
(dez) dias úteis, contado da assinatura do contrato ou da data em que for
declarada fracassada a licitação.
§ 3º Implicará execução do valor integral da garantia de proposta a recusa
em assinar o contrato ou a não apresentação dos documentos para a
contratação.
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No que tange à fase de JULGAMENTO (Art. 33 e Art. 34), com destaque para a novidade
do maior retorno financeiro e o maior desconto:
Art. 33. O julgamento das propostas será realizado de acordo com os
seguintes critérios:
I – menor preço;
II – maior desconto;
III – melhor técnica ou conteúdo artístico;
IV – técnica e preço;
V – maior lance, no caso de leilão;
VI – maior retorno econômico.
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É isso, meus caros. Espero que tenham gostado do caderno e bons estudos.
Divulguem e compartilhem
SDG
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