INTRODUÇÃO A ECONOMIA

Economia, palavra derivada do grego que significa “administração da casa” e também

“administração da coisa pública”. É a ciência que estuda como utilizar recursos escassos para
satisfazer as necessidades humanas. Sendo assim, o objeto de estudo da economia é a
economia de recursos proveniente da escassez de recursos, escassez essa que surge por
meio das necessidades ilimitadas dos humanos e das limitações físicas dos recursos.

Quando essas necessidades ilimitadas encontram a escassez de recursos, fazem com seja
necessário tomar uma decisão sobre o que e quanto produzir, como produzir e para quem
produzir. Essas decisões são tomadas de acordo com a forma de organização econômica de
cada local, duas formas principais são: A economia de mercado e a economia planificada.

A economia de mercado pode ser dividida em dois sistemas: Sistema de concorrência pura e
o sistema de economia mista. O sistema de concorrência pura é baseado na lei da oferta e
demanda e os problemas econômicos fundamentais são resolvidos nele dessa forma: O que
e quanto produzir? O item com maior rentabilidade será o que terá maior produção. Como
produzir? Com a maior eficiência possível. Para quem produzir? Para os setores que serão
beneficiados pelo resultado da atividade. O sistema de economia mista possui a atuação do
governo para eliminar as distorções alocativas e distributivas e promover melhores padrões
de vida para a sociedade.

A economia planificada resolve os problemas econômicos fundamentais através de agências

ou órgãos de planejamento. A propriedade dos recursos é do Estado e os meios de
sobrevivência pertencem aos indivíduos. Desta forma, os preços são definidos pelo governo
e uma parte do lucro vai para o mesmo, outra parte deve ser revertida em investimentos
para a empresa e uma terceira parte é dividida entre os administradores e os trabalhadores.

A curva de transformação é a fronteira máxima que a economia pode produzir, dado os

recursos limitados e a tecnologia. Essa curva ilustra como a limitação de recursos leva a
necessidade de a sociedade fazer escolhas entre alternativas de produção, é o limite máximo
de produção num dado momento.

O custo de oportunidade é o valor econômico da melhor alternativa ao se optar pela

produção de determinado bem. Procura-se por meio dele mostrar que tudo tem um custo
em economia.

A teoria econômica utiliza-se de argumentos positivos e normativos. Os positivos são

conjuntos de conhecimentos objetivos que respeitam os cânones científicos, enquanto os
argumentos normativos contém juízo de valor subjetivo. O principal instrumento que a
economia utiliza para analisar a realidade são os modelos, que são simplificações da
realidade que buscam captar sua essência e podem ser testados.
Antes da revolução industrial, a economia era vista como parte da filosofia, moral e ética. O
início do estudo sistemático da economia ocorreu nos séculos XVIII e XIX. A construção do
núcleo científico inicial foi desenvolvida com base nas concepções organicistas e
mecanicistas. Com o tempo, predominou a concepção humanística. Muitos dos avanços da
economia surgiram da pesquisa histórica e existe também uma grande ligação entre
economia e geografia. Quanto à relação entre a economia e a política observam-se alguns
pontos de ligação, pois, a política fixa as instituições sobre as quais se desenvolverão as
atividades econômicas. No que se refere à intercorrência com o direito, as normas jurídicas
estão subjacentes à teoria econômica, assim como os problemas econômicos podem
modificar o quadro existente de normas jurídicas. Vale destacar ainda a necessidade de a
economia utilizar a matemática e a estatística como ferramentas para estabelecer relações
entre variáveis econômicas.

A teoria econômica pode ser dividida entre: Microeconomia ou teoria macroeconômica e

Macroeconomia ou teoria macroeconômica. A microeconomia estuda o comportamento das
unidades econômicas básicas enquanto a macroeconomia estuda a determinação e o
comportamento dos grandes agregados. O instrumento básico desenvolvido na micro e na
macroeconomia permite analisar as grandes questões de nosso tempo, como, os fluxos
comerciais financeiros entre países e o comportamento de vários setores de atividade.

A teoria econômica teve início em 1776, com a obra “A riqueza das nações” de Adam Smith,
antes disso encontram-se apenas referências da teoria econômica. Na Grécia antiga
encontramos muitas referências à economia. Roma não deixou nenhum escrito notável e até
a época do descobrimento, poucos trabalhos foram encontrados. A partir do século XVI,
observa-se o primeiro conjunto de ideias mais sistemáticas sobre o comportamento
econômico, o mercantilismo. O período clássico teve contribuições de economistas notáveis
como: Adam Smith, Thomas Robert Malthus, Jean Baptiste Say, dentre outros.

O período neoclássico inicia-se em 1980, com as obras de William Stanley, Carl Menger e
León Walras e foram desenvolvidas por seus seguidores. Neste período, privilegiam-se os
aspectos microeconômicos da teoria, pois a crença na economia de mercado fez com que
não e preocupasse tanto com a política e o planejamento macroeconômico.

A teoria Keynesiana iniciou-se com a publicação de “A teoria geral do emprego, do juro e da

moeda” de John Maynard Keynes em 1936 e foi rica em contribuições para todos os campos
da economia, bem como para a ampliação dos campos de estudo.

A teoria econômica tem tido muitas críticas e abordagens alternativas, a contribuição das
abordagens alternativas tem sido fundamental para corrigir as falhas existentes na teoria
tradicional bem como para apontar novos caminhos.

O período mais recente está marcado por três características: Existe maior consciência das
limitações e possibilidades de ampliação da teoria, o avanço no conteúdo empírico e o
avanço e consolidação das contribuições anteriores. Todo o corpo teórico da economia
avançou consideravelmente, hoje a análise econômica engloba quase todos os aspectos da
vida humana e impacta na melhoria do padrão de vida e do bem-estar de nossa sociedade.